segunda-feira, 18 de março de 2024

A EXPERIÊNCIA

título original: Species
título brasileiro: A Experiência
ano de lançamento: 1995
país: Estados Unidos
elenco principal: Forest Whitaker, Michael Madsen, Natasha Henstridge
direção: Roger Donaldson
roteiro: Dennis Feldman

Em 1995, um cientista chamado Xavier chama 4 pessoas de áreas diferentes pra se encontrarem com ele, mas sem explicar a nenhum deles o que se passa. Se trata do sensitivo Dan, do agente federal praticante de ‘meios alternativos’ Preston, do antropólogo Stephen e da bióloga Laura.
Quando o Xavier chega diante do grupo, dá mais explicações: ele faz parte de um programa que, nos últimos 30 anos, tem se empenhado em tentar detetar algum sinal de vida extraterrestre. E ele revela que, em 1993, depois de muitas tentativas de fazer contato, eles finalmente receberam uma resposta alien.
A forma de vida que entrou em contato com eles ali se mostrava amistosa. E na vez seguinte em que ela se comunicou, enviou à Terra amostras de DNA da espécie dela.
Os cientistas injetaram as amostras em 100 embriões humanos... A grande maioria morreu. Mas 1 deles conseguiu se desenvolver.
Eles chamaram a criatura que tava pra nascer dali de Sil. Mas o mais impressionante foi a velocidade com a qual ela cresceu: nascendo em poucas semanas em vez de 9 meses e continuando a crescer no mesmo ritmo depois de nascida.
Assustado com sua criação, o Governo dos Estados Unidos mandou exterminar o espécime. Mas ela conseguiu fugir antes disso.
E agora, o objetivo do Xavier em ter formado esse grupo é localizar e exterminar a Sil.

A Experiência foi um dos filmes que fizeram mais sucesso em 1995. E até deu origem a uma franquia com mais 3 filmes (1998, 2004 e 2007). Mas depois disso, parece que perdeu a graça. Talvez até mesmo porque nenhum dos outros filmes da série conseguiu chamar tanta atenção quando o 1º.
Bom, a maior parte da história segue aquela fórmula dos protagonistas seguindo as pistas que o vilão deixou e, quando chegam ao lugar onde sabem que vão encontrar o vilão, ele já saiu dali.
Nesse ponto, A Experiência lembra um pouco Caçada no Canal da Morte (1988), Warlock (1989) e Voo Noturno (1997).
Não é difícil entender por qual motivo a Sil escapa deles com tanta facilidade: diferente de outros monstros de filmes de terror, ela não é uma besta sanguinária que só se preocupa em matar, matar e matar, mas sim uma criatura com uma inteligência superior e que aprende qualquer coisa nova com extrema facilidade.
Além disso, sendo uma mutante híbrida de humana e extraterrestre, ela pode ir e voltar nas aparências das 2 espécies a qualquer momento que queira.
Aliás, tava previsto pelo roteiro que, nos primeiros minutos do filme, ela cometeria mais atos de violência. Mas o diretor decidiu cortar, pois queria que, a princípio, o público simpatizasse mais com a personagem e se chocasse mais com as atitudes que ela vai tomar depois...
Na verdade, o único comportamento animalesco dela é o instinto de querer engravidar e parir a qualquer preço.
Mas enfim: A Experiência é um bom filme de terror & ficção científica, com algumas características de policial. Mas, a não ser na parte conclusiva da história, não contem muito com cenas de luta aberta entre os heróis e o monstro.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre Voo Noturno e Warlock e em ‘slashers’ que você acha um post sobre Caçada no Canal da Morte.
Até a próxima!
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sábado, 16 de março de 2024

NICO GREETHAM

O californiano Nico Greetham provavelmente é mais conhecido no Brasil por ter interpretado o ranger amarelo da 25ª temporada de Power Rangers (2017).
Ele é um ator mais de dramas e comédias. Mas o 1º trabalho dele num filme foi um pequeno personagem num filme de terror. Se trata de Do Além (2008).
Em 2019, o Nico apareceu em 1 episódio de Into the Darkness.
E em 2021, ele foi visto em 2 episódios de American Horror Stories e em 4 episódios de História de Terror Americana (são 2 seriados diferentes: cuidado pra não confundir!).
Mais informações sobre o Nico? Lá vai:




ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!
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segunda-feira, 11 de março de 2024

MULHER SOLTEIRA PROCURA

título original: Single White Female
título brasileiro: Mulher Solteira Procura
ano de lançamento: 1992
país: Estados Unidos
elenco principal: Bridget Fonda, Jennifer Jason Leigh, Steven Weber
direção: Barbet Schroeder
roteiro: John Lutz (autor do texto original) e Don Roos

Uma mulher chamada Allison descobriu que foi traída pelo noivo, que já morava com ela. Entretanto, depois de mandar ele embora, ela conclui que não quer ficar sozinha no apartamento.
Mas o problema é que a única pessoa que ela conhece na cidade é um amigo que já mora em outro apartamento do mesmo prédio.
Assim, a Allison tem a ideia de alugar um quarto do apartamento dela, botando um anúncio no jornal pra isso.
Várias candidatas vão dar uma olhada no apartamento. Mas ela simpatiza mais com uma garota chamada Hedra.
Embora a recém-chegada passe uma imagem super amável a princípio, ela vai ficando cada vez mais odiosa conforme o tempo vai passando. E aí ela começa a demonstrar carência afetiva doentia, descontroles emocionais frequentes, excesso de intimidade com uma pessoa que não deu essa intimidade a ela, obsessão por achar que só ela sabe cuidar da pessoa que ela “ama”, obsessão por ficar infinitamente junto da pessoa que ela “ama”, tentativa de se parecer o máximo possível com a pessoa que ela “ama”, tendência de se achar sempre feia...
Conclusão: um tormento acabou de se instalar na vida da Allison.

Mulher Solteira Procura foi inspirado no livro SWF Seeks Same (1990), do John Lutz, que morreu recentemente de covid.
Esse é um filme mais de suspense do que de terror. Mas consta em alguns sites como “horror”.
Bom, não deixa de ser um filme de terror psicológico. E embora não apele pra fantasia, ele mostra um perigo bem real que qualquer um pode encontrar pelo caminho: uma mulher com personalidade borderline.
E a vilã aqui tá bem longe de ser fisicamente inofensiva: as coisas que ela fala dão a entender que ela já tinha pelo menos 2 assassinatos no currículo antes dos eventos mostrados no filme. E ela não vai ficar só nesses...
Enfim, ela é o mesmo tipo de vilã que a gente vê em Louca Obsessão (1990), embora a Hedra não seja tão autodestrutiva nem tão eremita quanto a Annie.
Mulher Solteira Procura abriu as portas pra uma franquia, já que um 2º filme com o mesmo tema foi lançado em 2005. Mas a história lá envolve outros personagens.
Mais informações sobre o filme de 1992? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções estadunidenses’ que você acha um post sobre Louca Obsessão.
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Até a próxima!
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sexta-feira, 8 de março de 2024

ISSO QUE AS “FEMINISTAS” DA GLOBO DEFENDEM É REALMENTE FEMINISMO?


Acredito que todos que estão lendo esse texto saibam que hoje, 08 de Março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Afinal, a mídia não permite que ninguém esqueça isso.
Assim, já que esse é um blog voltado pra filmes e outras produções artísticas, vale a pena comentar o comportamento das atrizes brasileiras que se dizem feministas.
Antes de seguir em frente, o que é feminismo?

Definição da Grande Enciclopédia Larousse Cultural: “FEMINISMO: Movimento que milita pela melhoria e extensão do papel e dos direitos da mulher na sociedade”.

Se esse é o significado, vamos manter isso em mente.
Bom, sem dúvida que no meio artístico brasileiro o grande foco do feminismo são as assim chamadas “feministas” da Globo. Ou seja, não só as atrizes dessa emissora como também as apresentadoras que trabalham lá e as cantoras que frequentemente se apresentam lá.
De uns 10 anos pra cá, essas mulheres passaram a se agarrar ao fato de falar frases de fundo feminista (pelo menos quando elas falam em público) como uma espécie de única condição possível pra elas continuarem vivendo...
Não sei se isso é necessário pra elas continuarem vivendo, mas claro que é necessário pra manter uma vaga garantida na Globo.
Um slogan que as assim chamadas “feministas” da Globo repetiam à exaustão até poucos anos atrás foi o famoso “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS”.
Interessante que todas as famosas que ficavam repetindo isso ou eram petistas ou então eram simpatizantes do PT. Por que será, né?
Bom, elas defendiam, teoricamente, a ideia de sororidade: o princípio de que cada mulher tem que apoiar todas as outras mulheres incondicionalmente.
Mas, na hora de passar da teoria pra prática, é assim que as “feministas” da Globo se comportam?
Em 2022, nas eleições presidenciais da França, a disputa no 2º turno foi entre o Emmanuel Macron e a Marine Le Pen. E o Emmanuel Macron venceu a Marine Le Pen, assim como tinha vencido na eleição anterior.
Bom, eis uma situação em que uma mulher foi derrotada por um homem 2 vezes seguidas em eleições presidenciais. Por que será que nós não vimos as “feministas” da Globo reclamando porque o povo da França é machista? Cadê a historinha do “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS!!!”?
Simples. A Marine Le Pen é esquerdista? É evidente que não. E se uma mulher não é esquerdista, ela é simplesmente deixada de lado pelas “feministas” da Globo que se preocupam tanto com a sororidade.
Também em 2022, a Giorgia Meloni se tornou a 1ª mulher a ocupar o posto de Primeira Ministra da Itália.
Entretanto, não vi nenhuma “feminista” da Globo comemorando isso.
Que estranho! Esse não é um passo a mais que as mulheres deram em relação à melhoria e extensão do papel e dos direitos da mulher na sociedade? As “feministas” da Globo não dizem que cada passo que as mulheres dão em relação à igualdade com os homens tem que ser comemorado e destacado?
Não é difícil entender o motivo dessa ausência de apoio ao que aconteceu na Itália: a Giorgia Meloni faz questão de se declarar de extrema direita.
Se vocês querem exemplos brasileiros, mais próximos de nós, tudo bem:
No caso do triplex pelo qual o Lula foi processado, o Lula colocou toda a culpa de qualquer irregularidade associada ao triplex na falecida Marisa Letícia. Nas palavras dele, ele não sabe de nada sobre esse assunto: a Marisa é que sabia de tudo.
Engraçado, né? Pra onde foram as “feministas” da Globo quando ele falou isso? Eu não vi nenhuma delas se manifestando contra ele.
Elas que dizem (só DIZEM, né?) que não se submetem a homem nenhum, tratam o Lula como um deus. Então, se ele quiser culpar a defunta pelo que quer que seja, as “feministas” da Globo estão pouco se lixando pra isso. Elas não vão falar contra o mestre delas.
Cadê a sororidade? Cadê o “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS!!!”?
A Marcela Temer recebeu centenas de comentários machistas contra ela na Internet. Alguma “feminista” da Globo se manifestou querendo defender ela? Eu não vi. E por quê? Porque a Marcela Temer é casada com o Michel Temer, que os petistas tratavam até bem pouco tempo atrás como o inimigo mortal deles.
Cadê a sororidade das “feministas” da Globo? Cadê o “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS!!!”?
O José de Abreu cuspiu na cara de uma mulher num restaurante só porque ela estava falando frases direitistas.
Embora essa tenha sido uma situação em que um homem agrediu explicitamente uma mulher, como o José de Abreu é um petista extremista, nenhuma “feminista” da Globo deu nenhum pio contra ele.
Cadê a sororidade com essa mulher que foi cuspida na cara? Cadê o “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS!!!”?
O que a gente percebe de forma indiscutível e inquestionável em todos esses exemplos? As “feministas” da Globo não defendem feminismo nenhum! Elas defendem é um petismo com uma maquiagenzinha muito mal feita de feminismo por cima.
E se você for mulher, se você tiver passado por alguma situação negativa especificamente por ser mulher, mas se você não defender as mesmas ideias políticas que essas famosas defendem e se você não idolatrar os mesmos líderes políticos que elas idolatram, pode ter certeza de que elas não vão dar a mínima pra você.
Mas é claro que não adianta você tentar explicar isso aos fãs delas. Os fãs mais emocionais dessas mulheres são aquele tipo de pessoa que vai continuar batendo o pé infinitamente dizendo que 2 + 2 = 5, dizendo que açúcar é salgado, dizendo que sal é doce... E se você tentar explicar racionalmente que não é assim, ou eles vão ignorar você e deixar você falando sozinho ou então eles vão ter ataques histéricos completamente descontrolados pra cima de você.
Aliás, antes de encerrar, como eu sei que os fãs dessas atrizes, apresentadoras e cantoras vão começar a me chamar de “direitista” só porque eu não estou idolatrando elas, quero lembrar que sou apartidário. Até porque analiso os 2 lados com raciocínio, e não com emoção, e vejo ambos os lados fazendo muita merda movida a emocionalismo.
O objetivo desse post foi apenas provar que dizer que essas mulheres são feministas faz tanto sentido quanto dizer que o Charles III é republicano.
Fica aí algo pra refletir.

Até a próxima!
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segunda-feira, 4 de março de 2024

O SEQUESTRO

título original: O Sequestro
ano de lançamento: 1981
país: Brasil
elenco principal: Carlo Mossy, Jorge Dória, Milton Moraes
direção: Victor de Mello
roteiro: Valério Meinel (autor do texto original) e José Louzeiro

Na noite chuvosa e fria de 02 de Agosto de 1973, um menino chamado Carlos Ramires da Costa, apelidado de Carlinhos, via televisão junto com a mãe e os irmãos na casa dele, na Rua Alice, no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
De repente, as luzes se apagaram e um homem não identificado invadiu a casa, exigindo levar a criança mais nova que se encontrava ali, ou seja, o Carlinhos. E foi o que ele fez.
Esse evento, conhecido como Caso Carlinhos, foi investigado pela polícia com a execução de erros quase cômicos de tão idiotas. E é lembrado até hoje com deboche ao se falar da incompetência e inépcia dos policiais envolvidos no caso.
Em 1981, o diretor Victor de Mello lançou um filme criticando explicitamente as autoridades policiais cariocas. E ele usou como pano de fundo pra isso o Caso Carlinhos.
Se trata do longa-metragem O Sequestro, inspirado num livro com o mesmo título do Valério Meinel (1979) e tendo como ponto de partida o sequestro do menino Zezinho.
O filme retrata a história do Carlinhos? Não. Existem, sim, várias cenas que reproduzem situações que aconteceram relacionadas ao sequestro do Carlinhos. Por exemplo: os policiais só tomando conhecimento do sequestro pela televisão, a presença sem lógica dos bombeiros no local do sequestro, o espanto das pessoas ao ver que o sequestro aconteceu na casa de aparência mais pobre da rua, os repórteres aparecendo no local do pagamento do resgate e estragando tudo, o trote marcando o pagamento do resgate no Maracanã e a polícia conseguindo falsas confissões de culpa através de torturas.
E claro que, principalmente, a cena que mostra o menino sendo levado de casa é uma reprodução do que a mãe e os irmãos do Carlinhos descreveram.
Mas a intenção explicitamente não foi falar sobre a história do Carlinhos. A intenção foi mostrar o lado negativo das instituições policiais do Rio de Janeiro.
Na cena de abertura mesmo, já aparece uma aposentada sendo assaltada por 2 garotos na rua, chamando a polícia e os carros da polícia passando por ela e ignorando a situação.
Durante o filme todo, os policiais são retratados como extremamente corruptos, racistas e violentos.
Tem cenas (simuladas) de sexo? Claro. Como 99% dos filmes brasileiros do início dos anos 80.
Mais informações sobre O Sequestro? Lá vai:


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Até a próxima!
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sábado, 2 de março de 2024

BILL CABLE

Esse mês se completam 26 anos que hoosier Bill Cable faleceu, devido a sequelas causadas por um acidente de moto que ele tinha sofrido 1 ano e meio antes.
Também creditado algumas vezes como Big John e Stoner, ele foi um ator mais de comédias. E as raríssimas produções de terror com que ele se envolveu foram exatamente comédias de terror.
Em 1987, ele apareceu em 1 episódio do seriado de terror Movie Macabre.
E no ano seguinte, o Bill teve um pequeno personagem em Elvira, a Rainha das Trevas.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:









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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

DRÁCULA DE BRAM STOKER

título original: Bram Stoker’s Dracula
título brasileiro: Drácula de Bram Stoker
ano de lançamento: 1992
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: Gary Oldman, Keanu Reeves, Winona Rider
direção: Francis Ford Coppola
roteiro: Bram Stoker (autor do texto original) e James V. Hart

Transilvânia. 1462.
Um nobre romeno chamado Drácula se prepara pra defender a Europa contra a invasão dos muçulmanos. E deixando sua noiva Elisabeta no castelo, parte pra batalha junto com os guerreiros dele.
Depois de uma sangrenta luta, ele vence, consagrando o triunfo dele ao Catolicismo Ortodoxo.
Furiosos, os muçulmanos decidem se vingar, levando ao castelo do Drácula a falsa notícia de que ele morreu, por saberem que isso vai desestabilizar as pessoas que moram ali.
De fato, quando a Elisabeta sabe dessa falsa notícia, ela se suicida.
Quando o Drácula retorna e entra na capela do castelo, um patriarca ortodoxo diz a ele que Jeová não aceita suicidas no Céu. E assim, o espírito da Elisabeta foi condenado ao Inferno.
Ao ouvir isso, o Drácula grita que ele amaldiçoa Jeová. E que daqui pra frente ele vai viver nas trevas e beber sangue, humilhando Jeová a cada vez que ele fizer isso, pra se vingar pelo fato da Elisabeta não poder ser aceita no Céu...
Inglaterra. 1897.
Num hospício de Carfax, em Londres, um ex corretor de imóveis identificado como R. N. Renfield se encontra internado, enquanto fala sozinho com um aparente amigo imaginário, que ele diz que é um mestre.
O dono da agência de imóveis pra qual ele trabalhava seleciona outro corretor chamado Jonathan Harker e explica que o Renfield enlouqueceu depois de ter ido até os Montes Cárpatos, uma das regiões mais desertas e inexploradas da Europa...
Um conde chamado Drácula, que mora naquela região, quer comprar uma velha abadia abandonada de Carfax. E o Renfield foi até lá pra ter a 1ª conversa com o conde sobre a venda. Mas, como ele voltou de lá com o raciocínio sequelado, o dono da agência decidiu mandar o Jonathan até os Cárpatos, pra terminar de fechar a venda...

Quando Drácula de Bram Stoker se encontrava às vésperas do lançamento, foi anunciado como se fosse a obra mais fiel ao texto original, ou seja, o livro Drácula, lançado pelo irlandês Bram Stoker em 1897...
Foi realmente isso? Bom, é evidente que houve uma inspiração total no livro pra fazer o filme. Mas a questão é exatamente essa: o roteiro do filme apenas se inspirou no texto do livro; ele não seguiu o texto do livro passo a passo (e nunca é possível fazer isso 100% quando um texto é adaptado do modo literário pro modo cinematográfico), que era o que as propagandas do filme anunciavam com entusiasmo na época da pós-produção.
O livro diz claramente que, num passado distante, o Drácula foi um brilhante voivoda (título dado às autoridades políticas e/ou militares da Europa Oriental). Mas nunca é mencionado no livro o nome do personagem histórico que ele era.
Já o prólogo do filme mostra de forma 100% explícita que ele era o Voivoda Vlad III Draculea.
O livro retrata o Drácula como um personagem ardiloso, sádico e sempre desejoso por transformar mulheres em novas vampiras a serviço dele. Mas completamente desprovido de romantismo ou de boas intenções.
O filme retrata ele como um personagem que começa romântico, se torna perverso e anticristão por não ter tido os sonhos românticos dele satisfeitos e depois volta a ser romântico.
A personagem Elisabeta não existe no livro, mas ela é retratada no filme como uma encarnação anterior da Mina.
O livro retrata a Mina apenas como uma vítima das situações que acontecem: embora tenha uma personalidade decidida, a versão literária dela é quase um anjo que teve a pureza violada ao ter que encarar as perversidades do Drácula.
O filme retrata ela também com uma personalidade decidida, mas com muito mais tendências a dar razão às pessoas que ela ama mesmo que essas pessoas tejam fazendo algo errado, a ser infiel (no sentido conjugal da palavra)...
Algumas cenas inclusive dão a entender que a Mina tava traindo o noivo com uma amiga dela, chamada Lucy, enquanto ele tava fora.
Aliás, foram filmados pelo menos 2 finais diferentes pro filme. E no final oficial, a Mina realmente se entrega por completo às paixões dela e ignora tudo mais que existe no Mundo.
Outra coisa completamente inexistente no livro: nas cenas do filme em que o Drácula aparece atacando a Lucy diretamente, ele foi retratado se transformando num lobisomem (embora a palavra “lobisomem” nunca seja dita por nenhum personagem).
Mas então por que o título original do filme é Bram Stoker’s Dracula? Porque a Universal Pictures tem os direitos autorais sobre o título “Dracula”. Ou seja, eles não permitem que ninguém lance um filme pro cinema (se for pra televisão, DVD ou outra mídia, não tem problema) se chamando só “Dracula”.
O filme pode até ter essa palavra no título, mas tem que ter outra palavra junto. E assim, eles pensaram em Bram Stoker’s Dracula.
A maioria esmagadora dos efeitos especiais do filme são práticos. Aliás, o sangue que aparece em todas as cenas era geleia de morango.
Na cena em que o Abraham Van Helsing enfrenta a Lucy no mausoléu, dá pra ver que, durante a maior parte dessa cena, a atriz Sadie Frost aparece segurando um boneco no colo, já que a criança que foi fazer a cena ficou realmente aterrorizada com a imagem da vampira, abriu o berreiro e teve que ser substituída por um boneco.rsrs
Bom, embora o filme tenha algumas cenas mais agressivas, ele é mais um romance com pinceladas de terror do que um filme de terror propriamente dito. A conclusão da história provavelmente vai agradar mais a mulheres apaixonadas do que a fãs de terror hardcore.
Mas com certeza é uma superprodução que vale a pena ser vista.
Outra produção inspirada no livro Drácula que eu já indiquei aqui foi Nosferatu (1922).
E This Ain’t Dracula XXX (2011) foi uma paródia inspirada diretamente no filme de 1992.
Mais informações sobre Drácula de Bram Stoker? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘góticos’ que você acha posts sobre Nosferatu e This Ain’t Dracula XXX.
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sábado, 24 de fevereiro de 2024

Como se Defender desse Vilão? (hoje com OS MOGWAIS)

nome completo: a maioria dos indivíduos da espécie não tem nomes próprios
espécie: mogwais
planeta de origem: Terra
residência: sem residência fixa
função social: praga semidescontrolada
armas e/ou poderes: capacidade de se transformar em gremlins (mas isso só acontece se eles forem alimentados depois de meia-noite)
servem a: quando nasce um grupo novo de mogwais, geralmente o mais inteligente assume o comando daquele grupo sem dificuldades
são servidos por: ninguém
inimigos mortais de: embora sintam um prazer bastante frequente em matar e destruir só por sadismo, não há um inimigo principal que eles usem como alvo fixo pra fazer isso
foram vistos pela última vez em: Nova York
1ª produção em que apareceram: Gremlins (1984)

Que riscos eu corro vindo dessas criaturas?
Os mogwais são criaturas naturalmente perversas (a única exceção parece ser o Gizmo). Mas, ao mesmo tempo, eles agem como se tivessem simplesmente brincando enquanto fazem maldades.
Então, se eles tiverem chance, vão submeter você a algum tipo de brincadeira violenta que vai matar você. Ou, no mínimo, ferir.
É bom lembrar que, se eles chegarem a se transformar em gremlins, a força física deles vai aumentar, o que vai tornar mais possível ainda que isso aconteça.

Como eu faço pra evitar encontrar essas criaturas?
Os mogwais são claramente muito raros, o que torna bastante difícil encontrar eles.
São originários da China, embora o Gizmo tenha ido parar nos Estados Unidos, dando origem a alguns ‘filhos’ dele por lá e ainda morando lá.
De qualquer forma, desde que você nunca vá à China, é pouco provável que você encontre um mogwai um dia.

Se eu já tiver encontrado, o que eu faço?
Corra pra algum lugar bem iluminado. Nenhum mogwai vai se aproximar de você ali.

É possível matar essas criaturas?
Qualquer coisa que mate uma criatura de médio porte consegue matar um mogwai.
Além disso, se eles forem expostos à luz forte, eles dissolvem.

Mais algumas informações que talvez você não saiba sobre o universo em que essas criaturas vivem:


Até a próxima!
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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

LOUCA OBSESSÃO

título original: Misery
título brasileiro: Louca Obsessão
ano de lançamento: 1990
país: Estados Unidos
elenco principal: James Caan, Kathy Bates, Richard Farnsworth
direção: Rob Reiner
roteiro: Stephen King (autor do texto original) e William Goldman

O escritor Paul Sheldon terminou um livro sobre uma personagem chamada Misery Chastain, que já protagonizou 8 histórias dele. Mas ele decidiu parar de falar sobre essa heroína daqui pra frente, resolvido a escrever histórias com outros temas.
Ao terminar o livro, ele pega o carro e começa a atravessar uma estrada de uma montanha do Colorado durante uma nevasca... Conclusão: ele perde a direção e cai do alto de uma ladeira.
Uma enfermeira chamada Annie Wilkes se aproxima do carro acidentado e recolhe o Paul, levando ele pra casa no meio da floresta onde ela mora sozinha...

Louca Obsessão foi inspirado no livro Misery, lançado pelo Stephen King em 1987.
Muitos atores foram convidados pra interpretar o Paul. Mas quase todos rejeitaram, já que o personagem funcionaria quase como um objeto imóvel durante a maior parte do filme.
A atriz Kathy Bates, que interpretou a vilã, ganhou o Oscar de Melhor Atriz por Louca Obsessão.
Aliás, provavelmente o que desperta mais discussão aqui é exatamente a personalidade da vilã.
Ela é equivocadamente chamada de “psicopata” por alguns críticos. Mas um psicopata é incapaz de se apaixonar por alguém ou por alguma coisa da forma como ela se apaixonou pelos livros que contavam a história da Misery.
Quem se apaixona por alguém ou por alguma coisa de uma forma obsessiva e compulsiva quase sempre é borderline.
Aliás, durante o desenrolar do filme, ela demonstra todos os sintomas de personalidade borderline: ela começa como uma figura amável e vai ficando cada vez mais odiosa conforme o tempo vai passando, ela tem um comportamento histérico frequente, ela se descontrola completamente quando alguém contradiz uma opinião dela ou quando alguém deixa de fazer 100% do que ela esperava, ela acredita com certeza absoluta que ela faz parte da vida íntima de uma pessoa que ela nunca viu antes e que nem sabia que ela existia, ela manifesta um medo obsessivo de que a pessoa que ela “ama” se afaste dela, ela se vê como a única pessoa no Mundo que sabe cuidar da pessoa que ela “ama”, ela se acha feia com extrema frequência e ela já tentou se matar e continua pensando no assunto.
Claro que essa personagem já é um caso extremo de personalidade borderline e claro que a coisa aqui foi adaptada pra se enquadrar no roteiro de um filme de terror. Mas acho interessante discutir esse assunto, porque tenho visto nos últimos tempos algumas pessoas, inclusive psiquiatras, romantizando a personalidade borderline. E honestamente e com toda a sinceridade, isso é muito errado. Esse não é um tipo de pessoa com quem dá pra você conviver numa boa.
Se você chegar diante de uma borderline e disser simplesmente que você não concorda com alguma coisa que ela disse, isso já é o suficiente pra ela sair gritando, batendo portas, xingando você de tudo quanto é nome e mandando você pra tudo quanto é lugar!
Mas tem gente que tenta defender:

“Ah! Mas pessoas que são borderlines frequentemente procuram o meio artístico, se tornam grandes artistas, se mostram completamente dedicados...”

Sim. Porque, na arte, você encontra espaço pra cometer os exageros que você quiser sem ninguém (ou quase ninguém) estranhar. E com uma personalidade exagerada você consegue se dedicar completamente a uma causa.
Mas quando se trata de conviver com alguém assim na vida íntima, a coisa se torna caótica.
Então, eu não vejo nada a romantizar no comportamento de uma pessoa assim.
Bom, mais informações sobre Louca Obsessão? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!
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sábado, 17 de fevereiro de 2024

50 ANOS DE NASCE UM MONSTRO


Em Abril vão se completar 50 anos do lançamento de Nasce um Monstro.
Assim, pra marcar a data, decidi fazer um post lembrando algumas curiosidades sobre o filme:

O filme ia ser lançado nos Estados Unidos a princípio com o título de Baby Killer. Mas depois mudaram pra It’s Alive.
Houve uma clara intenção de homenagear o filme Frankenstein (1931).
Por exemplo, o próprio título do filme em Inglês é a frase que o Dr. Henry Frankenstein grita quando percebe que o monstro adquiriu vida: “It’s Alive!”.
E o nome do personagem principal é Frank, também em homenagem ao nome Frankenstein.
Embora o Larry Cohen não tenha declarado isso explicitamente em nenhuma entrevista conhecida, muito provavelmente ele se inspirou até um certo ponto em O Bebê de Rosemary (1968) pra escrever e dirigir Nasce um Monstro.
Acontece que, na última cena do filme de 1968, quando a heroína da história olha pro bebê no berço pouco depois que ele nasceu, ela se apavora completamente. E embora a câmera nunca mostre o que ela viu, fica evidente que a criança nasceu com uma aparência monstruosa.
Essa cena chocou extremamente o público da época. Exatamente porque, como o monstrinho ali nunca foi mostrado, cada um enxergou o que quis na sua própria imaginação.
Dessa forma, é bem possível que o nosso diretor e roteirista aqui tenha se aproveitado do horror que o público ainda sentia no início dos anos 70 ao pensar num bebê de aspecto monstruoso, decidindo assim fazer um filme sobre um.
Pra criar a imagem do bebê mutante, o Larry Cohen teve a ideia de fazer uma versão mais monstruosa do feto visto no encerramento de 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968).
A princípio, ele pensou em usar um gato fantasiado pra interpretar o bebê monstruoso. Mas abandonou a ideia logo depois.
Nas poucas cenas em que o bebê aparece, ele foi interpretado por um simples boneco sem movimento próprio. Mas, pra fazer as cenas em que a criatura precisava aparecer se mexendo, foi criado um traje um pouco maior, mas com a mesma aparência do boneco, que foi usado pela atriz Elaine Alexander (o traje só cobria a atriz da cabeça até o tórax).
Na última cena em que o Frank entra no quarto que deveria ser do bebê, vemos a imagem de um homem, aparentemente sentado no chão do quarto, refletida no espelho... Quem era?
Era alguém da equipe técnica: isso foi só um erro de filmagem mesmo.
Na cena final, quando o Frank aparece carregando o bebê no colo enrolado num casaco, era um cachorro que o ator John Ryan tava segurando pra fazer a cena (não deu pra usar o boneco nessa cena porque o vulto abrigado pelo casaco tinha que aparecer se mexendo).
A capa da versão em VHS que o filme recebeu no Brasil mostra um monstro obeso que não aparece no filme.
Nasce um Monstro abriu as portas pra uma franquia com mais 2 filmes (1978 e 1987).
O 2º filme é uma continuação direta do 1º e segue o mesmo estilo de terror sério. Mas o 3º, embora tenha o mesmo tema, tem pouca ligação com a história dos outros filmes e fica meio em cima do muro entre contar uma história séria e fazer uma comédia de terror.
O único personagem que aparece nos 3 filmes é um policial chamado Perkins. E 2 personagens vistos no 2º filme são só superficialmente mencionados numa cena do 3º.
Desde os primeiros anos do século existiam conversas sobre fazer um remake de Nasce um Monstro. Mas algo parecido com isso só aconteceu em 2009, 35 anos depois do filme original, quando o Josef Rusnak lançou Anjo Maldito.
Só que isso não foi um remake, e sim um reboot de Nasce um Monstro, já que a história foi toda bastante mudada.

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Outras vezes em que o blog já falou sobre...

ANJO MALDITO



NASCE UM MONSTRO




Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.