sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

A HORA DO PESADELO

título original: A Nightmare on Elm Street
título brasileiro: A Hora do Pesadelo
ano de lançamento: 1984
país: Estados Unidos
elenco principal: Heather Langenkamp, Johnny Depp, Robert Englund
direção e roteiro: Wes Craven

No final dos anos 60, na cidade de Springwood, um serial killer chamado Freddy Krueger matou mais de 20 crianças que moravam na Rua Elm e suas proximidades, deixando os corpos numa caldeira abandonada.
Ele foi preso. Mas os advogados aproveitaram uma brecha na lei pra que ele fosse posto em liberdade.
Furiosos com esse resultado, alguns moradores da vizinhança se juntaram pra fazer justiça com as próprias mãos: prenderam o Freddy na caldeira onde ele matava as crianças, molharam tudo ali com gasolina, tacaram fogo, deixaram ele queimar até a morte e depois sumiram com os restos mortais dele.
Em 1984, transformado numa assombração que controla os sonhos das pessoas, ele voltou pra atacar os adolescentes que agora moram na Rua Elm. E o que ele faz com a pessoa no sonho acontece com o corpo da pessoa no mundo real...

Um dos clássicos de terror mais famosos dos anos 80, escrito e dirigido pelo recentemente falecido Wes Craven, A Hora do Pesadelo apresentou ao Mundo um dos vilões mais populares do Cinema de Terror: o Freddy Krueger.
É curioso lembrar que, embora ele seja um personagem indiscutivelmente perverso e disposto a cometer atrocidades contra qualquer ser vivo que ele encontre pelo caminho, a forma como o Freddy é retratado tanto nesse filme quanto nos outros em que ele aparece é sempre cômica. E talvez por isso ele tenha ganhado até uma certa simpatia do público.
Não que A Hora do Pesadelo seja uma comédia escrachada. Excetuando-se essas palhaçadas do Freddy, focadas sempre num humor cáustico e cheio de ironia, a história é até bastante pesada.
Os poderes do Freddy variam bastante de uma produção pra outra em que ele aparece. Mas todos os filmes concordam que ele só é invencível dentro dos pesadelos que ele provoca na pessoa que ele tá atacando e também enquanto a pessoa tiver medo dele: se ele for trazido pro mundo real e encontrar uma pessoa que não sente nenhum medo, ele pode 0% contra essa pessoa, como já aparece nas últimas cenas do 1º filme.
Supostamente, a aparência do Freddy era pra ser originalmente muito mais nojenta do que é. Mas, como não houve grana pra produzir uma maquiagem desse tipo (naquela época, não dava pra usar o tão indispensável CGI de hoje: a maioria dos efeitos especiais tinham que ser práticos), acharam melhor fazer ele com a aparência de um mendigo com a cara deformada.
E a arma principal dele, uma luva com lâminas nas pontas dos dedos, foi inspirada nas mãos do Conde Orlok, de Nosferatu (1922).
Já que eu mencionei os filmes que vieram depois, a franquia A Hora do Pesadelo original teve 8 filmes: esse aqui e os 7 que continuam a história dele (1985, 1987, 1988, 1989, 1991, 1994 e 2003). Mas o Freddy também voltou a aparecer em produções avulsas, em versões independentes do filme de 1984.
A última continuação do filme original, um crossover chamado Freddy vs Jason, talvez tenha sido a que despertou mais polêmicas, já que misturou a história do Freddy com a história de outro grande vilão dos filmes de terror dos anos 80: o Jason Voorhees.
Isso agradou muito a alguns fãs, mas tiveram outros que odiaram a ideia. Principalmente porque são vilões de tipos diferentes de terror: o Freddy é um vilão sobrenatural e o Jason é um vilão de slasher.
Aliás, é bom lembrar que, embora A Hora do Pesadelo seja eventualmente chamado de “slasher” por alguns sites... isso não é um slasher, né, gente? Ninguém viu nesse filme um grupo de pessoas sem ter a quem pedir socorro e sendo perseguidas e mortas por um louco que não fala nada (e esse era o roteiro básico dos slashers oitenteiros), mas sim um ser sobrenatural sádico e debochado.
E como curiosidade, vamos lembrar também que esse filme foi a estreia do Johnny Depp no cinema... Alguém se surpreendeu? Pois ele fez coisas piores logo depois.rs É só dar uma olhada nas comediotas que ele fez na mesma época, por exemplo.
E A Hora do Pesadelo também teve um reboot (2010).
Mais informações sobre o filme de 1984? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre Freddy vs Jason e Nosferatu.
Até a próxima!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

JEFFREY ROGERS

Algumas pessoas que moram em Nova York e já foram atendidas por um médico chamado Jeffrey Rogers talvez nem saibam que ficaram diante de um ex ator, que apareceu num dos filmes da franquia slasher mais famosa do Mundo.
Acontece que a estreia do homem na curta carreira artística que ele teve foi no 3º filme do Jason Voorhees: Sexta-Feira 13 – parte 3 (1982).
O personagem do Jeffrey, chamado Andy, não trás lá grandes novidades pro filme. É só mais um dos rapazes que o Jason massacra. A única coisa diferente que ele faz é andar de cabeça pra baixo. E aliás, é nessa posição que o Jason mata ele.
Também, venhamos e convenhamos: esse foi o filme do Jason mais desprovido de roteiro. Só tem cenas de matação, matação, matação e quase nenhuma história.
Bom, além do 1º filme na carreira, esse também é o único trabalho na área do terror que consta no currículo do Jeffrey, que deixou a carreira artística ainda em 1986.
Mais informações sobre o ex ator? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Sexta-Feira 13 – parte 3.
Até a próxima!

sábado, 22 de fevereiro de 2020

VÍDEO SHOW

título original: Vídeo Show
ano de lançamento: 1983
país: Brasil
apresentadores principais: André Marques, Cissa Guimarães, Miguel Falabella
direção: Ângela Sander, Cacá Silveira, Carlos Magalhães, Denise Saraceni, Eduardo Aguillar, J. B. de Oliveira, Luiz Gleiser, Mariozinho Vaz, Maurício Sherman, Renata Netto, Roberto Campos, Ronaldo Cury e Vivi de Marco

Antes da Internet se popularizar, a televisão era o grande centro das atenções dos brasileiros, até porque saber o que as pessoas famosas tavam fazendo era uma informação que se adquiria basicamente através da televisão. E saber quais eram as novidades sobre os famosos, saber quais eram os próximos programas que passariam na televisão e tudo mais que se pareça com isso era algo que interessava MUITO ao público dos anos 80...
Não que hoje o público não tenha mais curiosidade sobre fofocas com gente famosa. Mas nos anos 80 era isso que a gente vê hoje multiplicado por 1000.
Assim, apostando nesse interesse popular pela televisão, em 1983, a Globo lançou o Vídeo Show, um programa que exibia basicamente curiosidades sobre o que se passava na Globo e pelo que já tinha se passado em emissoras de televisão já extintas naquela época, como a Rede Tupi de Televisão e a TV Excelsior.
Durante seus 11 primeiros anos de existência, o programa tinha exibição semanal: de 1983 até 1987, era exibido aos domingos; e de 1987 até 1994, era exibido aos sábados.
Em 1994, o Vídeo Show passou a ser exibido ao longo da semana toda, mantendo esse tipo de exibição até o fim.
Dezenas de apresentadores e diretores passaram pelo programa, dando estilos diferentes a ele (às vezes mais cômico, às vezes mais jornalístico). Mas sempre trabalhando com a mesma matéria-prima principal: aquilo que se passava na Globo.
O apresentador que ficou mais tempo à frente do Vídeo Show foi o Miguel Falabella. E em 2 fases: ele apresentava a maior parte do programa de 1987 até 2002 e voltou pra apresentar quadros específicos de 2016 até o programa sair do ar (aliás, foi ele que fez o encerramento da última cena que foi ao ar).
A volta do Miguel foi uma tentativa da Globo de restaurar a audiência do programa, já que, entre 2010 e 2015, foi constatada uma queda de público do Vídeo Show. E a situação foi piorando mais a cada ano...
A Globo não costuma poupar programas que tão com queda de audiência. Mas o problema é que tirar o Vídeo Show do ar era prejuízo pra própria Globo: ele era o programa que mais divulgava a programação da emissora. Então, até o último minuto, tentaram manter ele.
Por fim, no final de 2018, o Vídeo Show já tava perdendo em audiência pra quase todos os programas de outras emissoras exibidos no mesmo horário. E assim, ele encerrou suas atividades em Janeiro de 2019.
Em Setembro do mesmo ano, a Globo lançou o Se Joga, uma espécie de Vídeo Show genérico. Mas esse também não anda tão bem das pernas em termos de audiência. Só que, assim como o Vídeo Show, ele é usado pela Globo pra divulgar a programação da emissora. Então, eles também vão pensar 1000 vezes antes de tirar esse programa do ar, né? Mas é provável que, daqui a não muito tempo, o resultado seja o mesmo que a gente viu com o Vídeo Show.
Mais informações sobre o programa? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E antes de encerrar, cabem aqui alguns comentários sobre o motivo que fez o Vídeo Show sair do ar.
A Internet atualmente está tomando o lugar da televisão em termos de popularidade, da mesma forma que, quando a televisão apareceu, ela tomou o lugar do rádio.
Caso alguém não saiba, o 1º grande veículo de comunicação de massa no Brasil foi o rádio, com vários artistas de rádio que eram extremamente populares na 1ª metade do século XX. Principalmente as cantoras de rádio.
E assim tudo se manteve até os anos 50, quando a televisão começou a se popularizar.
A partir dali, as cantoras de rádio, principalmente as mais velhas, passaram a falar da televisão com desdém, como um veículo de comunicação vulgar. Elas achavam que o rádio é que era a forma clássica de transmitir manifestações artísticas.
Mas, independente da vontade delas, a partir dali a televisão dominou.
Bom, o rádio deixou de existir por causa disso? Óbvio que não. Ele continua existindo até hoje. Mas ele se tornou um veículo de comunicação secundário comparado com a televisão.
Lá pelo meio dos anos 90, começou a se falar em Internet de uma forma mais explícita no Brasil. Mas ainda de uma forma muito superficial pra maioria do povo. Pouca gente sabia “mexer em computador”, como se dizia na época.
Além disso, a Internet daquela época era muito rústica comparada com o que existe hoje. E 99% dos celulares dos anos 90 não tinham nada parecido com acesso à Internet (funcionavam só como telefones mesmo).
Sem falar que tanto o celular quanto o computador ainda eram vistos como “coisa de rico” nos anos 90 (custavam caríssimo). Quem tinha isso em casa na maioria das vezes eram pessoas de classe média-alta pra cima.
Foi mais ou menos de 2005 pra cá que a Internet se popularizou com força mesmo no Brasil, até devido ao lançamento de modelos de computador e de celular mais baratos, permitindo que as classes mais pobres também passassem a ter acesso a isso.
E de lá pra cá, teve toda a evolução que a gente já conhece, com a Internet atraindo cada vez mais pessoas.
Então, o fenômeno que está acontecendo agora entre a Internet e a televisão foi o mesmo que aconteceu antes entre a televisão e o rádio: uma quantidade cada vez maior de pessoas, principalmente das novas gerações, que faziam uso frequente de um veículo de comunicação estão abandonando esse veículo de comunicação e migrando pra outro.
Em 2030, provavelmente o público mais assíduo da televisão vai ser formado quase só por velhos. A televisão não vai deixar de existir, mas vai virar um veículo de comunicação secundário, como o rádio.
E mesmo que você queira saber sobre fofocas de gente famosa, você encontra isso na Internet. Não precisa ver um programa de televisão pra isso.
Pois bem: no final de 2018, a Fernanda Montenegro apareceu no Domingão do Faustão e fez um discurso 100% vitimista (além de bastante egocêntrico) em relação aos atores brasileiros. E entre outras coisas, ela chamou a Internet de “terra de ninguém”, onde os internautas jogam coisas agressivas na cara dos atores brutalmente.
A rejeição dela contra a Internet não é diferente da rejeição das cantoras de rádio mais velhas contra a televisão no passado. Aliás, é exatamente a mesma coisa.
Os atores de televisão mais velhos reinaram durante décadas sobre o público brasileiro. Mas agora eles são os reis de um reino em decadência: o público quer saber cada vez mais de Internet e cada vez menos de TV aberta. E está claro que essa é a realidade que vai aumentar cada vez mais daqui pra frente.
Esse é um dos motivos pelos quais tantos atores velhos (José de Abreu, Juca de Oliveira, Osmar Prado e adjacências) andam tão ‘nervosinhos’ nos últimos tempos. Não é o único motivo, é claro. Mas me parece um dos motivos.
Mas enfim: toda essa mudança de situações de uma época pra outra demonstra bem o motivo da queda de audiência do Vídeo Show: ele era um programa 100% focado na televisão (principalmente na TV aberta). E não adianta investir num programa que é voltado pra um público que encolhe cada vez mais.
Até a próxima!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

DIEGO ALFONSO

O argentino Diego Alfonso segue paralelamente nas carreiras de ator e cantor.
Em 2016, ele protagonizou o filme Ecuación, que foi a única produção de terror com a qual ele se envolveu até hoje.
Mais informações sobre o Diego? Lá vai:















ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

THRILLER

títulos original e brasileiro: Thriller
ano de lançamento: 1983
país: Estados Unidos
elenco: Michael Jackson e Ola Ray
direção: John Landis
roteiro: John Landis e Michael Jackson

Um casal de namorados tão num cinema vendo um filme sobre um lobisomem. E percebem que o ator e a atriz do filme são iguais a eles.
A garota se assusta e, depois de insistir com o namorado pra ir embora e não ser atendida, ela sai dali sozinha.
O namorado vai atrás e alcança ela na porta do cinema. E como ela tá irritada e decide ir andando sozinha pelas ruas desertas, ele vai dançando e cantando em volta dela pra animar ela.
A garota realmente acaba se alegrando. Mas, quando eles passam em frente ao cemitério da cidade, a música acaba acordando os mortos que tão enterrados ali.
E pouco depois, o casal se vê cercado por dezenas de zumbis no meio da rua...

Considerado ao mesmo tempo um clipe musical e um curta-metragem de terror cômico, Thriller é um dos trabalhos mais famosos do falecido Michael Jackson.
Vale lembrar que, por pouco, ele não foi destruído pouco depois de ser gravado.
É que, na época, o Michael era testemunha de jeová. E ele recebeu tantas críticas negativas de colegas do mesmo grupo religioso que quase deu fim ao vídeo.
Thriller foi todo filmado na California, durante 4 dias. E até hoje desperta reações positivas e negativas em quem vê.
Outra produção dirigida pelo John Landis que eu já mencionei aqui foi Um Lobisomem Americano em Londres (1981).
Mais informações sobre Thriller? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções inglesas’ que você acha o post sobre Um Lobisomem Americano em Londres.
Até a próxima!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

JEAN-HUGUES ANGLADE

O francês Jean-Hugues Anglade é mais conhecido no Brasil por ter interpretado o Rei Charles IX de Valois, na tragédia histórica A Rainha Margot (1994), que até deu a ele o César de Melhor Ator Coadjuvante de 1995.
Mas ele também já teve experiências na área do terror.
Em 2007, o Jean-Hugues interpretou o vilão do filme Fata Morgana, que ao longo do filme todo parece ser simplesmente um psicopata, mas, no final, dá a entender que é um ser ‘tipo Jason Voorhees’, que, quando leva um golpe mortal, cai inconsciente por algum tempo e, depois, levanta como se nada tivesse acontecido.
Em 2010, o Jean-Hugues protagonizou Dans Ton Sommeil.
E em 2013, ele apareceu no filme L’Autre Vie de Richard Kemp, que, pelo que eu pude entender nos sites que falam sobre ele, não é exatamente um filme de terror, mas sim um filme de suspense com pinceladas de eventos sobrenaturais.
Mais informações sobre o Jean-Hugues? Lá vai:


E já que eu mencionei o Jason, dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Sexta-Feira 13 (1980) e os demais filmes em que o personagem aparece.
Até a próxima!

sábado, 15 de fevereiro de 2020

A ILHA DA MORTE

título original: Matango
título brasileiro: A Ilha da Morte
ano de lançamento: 1963
país: Japão
elenco principal: Akira Kubo, Miki Yashiro, Yoshio Tsuchiya
direção: Ishiro Honda
roteiro: William Hope Hodgson (autor do texto original), Masami Fukushima, Sakyo Komatsu, Shin’Ichi Hoshi e Takeshi Kimura

Um grupo de amigos saem pra dar um passeio de iate pelo litoral sul do Japão. Mas um pequeno furacão atinge o barco, destrói as velas e o leme e joga eles pra dezenas de quilômetros longe da costa.
Dias depois de navegarem a esmo, eles chegam a uma ilha florestal aparentemente deserta. Mas um navio encalhado lá e pegadas humanas espalhadas por aqui e por ali mostram que alguém já passou pela ilha há não muito tempo.
Mas, se alguém naufragou ali e não conseguiu sair depois, cadê essas pessoas? E se morreram, pra onde foram os cadáveres?
O navio abandonado que eles encontraram tá todo coberto por um fungo muito estranho. E quando as gaivotas se aproximam dali e olham pra ilha, elas dão meia volta e voam na direção oposta, demonstrando medo de alguma coisa que se encontra naquela ilha.
Em suas andanças pela floresta, os recém-chegados logo vão perceber que não tão sozinhos na ilha...

Vagamente inspirado no conto The Voice in the Night (1907), do inglês William Hope Hodgson, A Ilha da Morte é uma crítica explícita contra os efeitos das 2 bombas atômicas que atingiram o Japão. E talvez também contra os Testes do Atol de Bikini.
Aliás, o roteiro lembra bastante o roteiro de outro filme da mesma época que faz o mesmo tipo de crítica: A Ilha do Pavor (1957). Só que, em vez de caranguejos gigantes, a radiação produziu outro tipo de monstros mutantes.
Mas A Ilha da Morte não é um filme que mostra monstros atacando humanos desde o início: a 1ª metade do filme tem como tema pouco mais do que os esforços dos heróis pra sobreviverem à situação em que se encontram e, embora os monstros apareçam de fato na 2ª metade, ainda assim o filme segue esse mesmo tema praticamente até as últimas cenas. E as criaturas são quase um detalhe da história comparadas a isso.
Nem dá pra dizer que os vilões principais do filme são os monstros, mas sim os próprios personagens do grupo dos humanos!
Acontece que, diante da necessidade de sobrevivência, quase cada um deles começa a pensar só em si próprio e a tomar atitudes que abertamente prejudicam o resto do grupo. Então, atos que podem ser considerados de egoísmo extremo (alguns até sem muita lógica) vão aparecendo seguidamente entre eles.
É quase uma obra de Literatura Naturalista, né?
Mais informações sobre A Ilha da Morte? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘criaturas subterrâneas’ que você acha um post sobre A Ilha do Pavor.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

GEORGE EASTMAN

O italiano George Eastman (também creditado algumas vezes como Alex Carver, John Cart, Lew Cooper, Louis London, Richard Franks, Tom Salina e Luigi Montefiori, sendo esse último o nome verdadeiro dele) teve uma carreira polêmica...
Embora ele tenha se especializado em filmes de caubói, foram outras produções, principalmente as de terror, que acabaram popularizando mais a imagem dele. Sem mencionar que ele apareceu até em filmes pornô, mas sem participar da farra.rsrsrs Ou seja: ele não entrava nas cenas reais de sexo. Aliás, ele nem nunca aceitou aparecer nu em nenhum filme.
Em 1973, o George teve o 1º trabalho como ator num filme de terror: Baba Yaga.
Em 1975, ele protagonizou o filme Emanuelle e Françoise, le Sorelline.
No ano seguinte, o George foi diretor e roteirista do filme Bestialità.
Ao lado do amigo Joe D’Amato, o George formou a mais famosa parceria do Cinema de Terror Italiano na virada dos anos 70 pros 80, atuando não apenas como ator, mas também como roteirista (e como vimos acima, usando vários pseudônimos diferentes).
Em 1977, ele apareceu no filme Noites Pornôs no Mundo.
Em 1979, o George foi o roteirista do filme Crocodilo, a Fera Assassina.
E atualmente tão se completando 40 anos do trabalho mais polêmico do currículo dele!
Acontece que 1980 foi o ano de Antropophagus, filme do qual o George participou como ator, roteirista e produtor. Mas é um filme que chama a atenção até hoje por causa das cenas splatter protagonizadas pelo George vistas na 2ª metade do filme... A propósito, ele já declarou numa entrevista que odiou fazer aquela cena do feto.
No mesmo ano, ele participou como ator e roteirista da bagunça... isso é, do filme Noites Eróticas dos Mortos-Vivos.rs Ô filmeco sem pé nem cabeça!
Bom, em 1981, o George foi ator e roteirista do que talvez seja a maior bomba da carreira dele: Rosso Sangue... Na verdade, comparando esse com Noites Eróticas dos Mortos-Vivos, é difícil dizer qual é a maior bomba!rs
No mesmo ano, ele também foi ator e roteirista de Porno Holocaust.
Em 1982, o George foi um dos roteiristas do filme Calígula, a História que Não Foi Contada...
Bom, ainda não vi nenhuma cena desse filme, então não posso emitir muitas opiniões sobre ele. Mas ele tá classificado no IMDB como “horror”. E eu suponho que seja por causa de cenas específicas (provavelmente, cenas splatter), já que o tema em si do filme não é voltado pro terror.
No mesmo ano, o George protagonizou Cannibal Love.
Em 1983, ele foi visto nos filmes 2019 - Depois da Queda de Nova York e Duelos Mortais.
Esse último na verdade é mais um filme de ficção científica e de luta, né? Mas, como tem lá uns mutantes, cenas de violência extrema e adjacências, acaba passando como um ‘terror light’.
Em 1986, o George apareceu no filme O Exterminador de Aço... Esse tá na mesma categoria de Duelos Mortais: é mais de aventura, mas dá pra classificar lá como um ‘terror light’.
No ano seguinte, ele teve no slasher O Pássaro Sangrento...
Vale destacar que nesse filme o George foi novamente ator (interpretando o vilão do filme só nas cenas em que ele aparece de máscara) e roteirista.
No mesmo ano, ele foi visto no filme Le Foto di Gioia.
E em 1990, o George apareceu no filme Mutação Maligna como diretor, roteirista e ator.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções italianas’ que você acha posts sobre Antropophagus, Noites Eróticas dos Mortos-Vivos, Porno Holocaust e Rosso Sangue.
Até a próxima!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

VIVA A NOITE

título original: Viva a Noite
ano de lançamento: 1982
país: Brasil
apresentadores principais: Gilmelândia, Gugu Liberato, Paulo Barboza
direção: Homero Salles e Roberto Manzoni

Em 1982, o SBT lançou um programa aparentemente sem grandes pretensões iniciais que mostrava casais de anônimos fazendo brincadeiras.
A atração se chamava Viva a Noite.
A partir do ano seguinte, o programa começou a passar por grandes reformulações, até passar a se caracterizar por levar a cada edição um pequeno grupo de convidados famosos diferentes, que eram divididos em grupo dos homens e grupo das mulheres e participavam de brincadeiras ao longo do programa todo.
Intercaladas com isso vinham as apresentações musicais de vários cantores e imitações humorísticas de alguma coisa (como cenas de filmes, por exemplo).
O Gugu Liberato foi o apresentador do Viva a Noite durante os 10 anos seguidos em que a 1ª fase da atração ficou no ar, embora vários outros apresentadores ocasionais também tenham aparecido ali por períodos breves. E no encerramento, o Gugu sempre cantava a música Baile dos Passarinhos, dançando no palco junto com os convidados.
A 1ª fase do programa saiu do ar em 1992.
Em 2007, foi feita uma tentativa de ressuscitar o Viva a Noite, dessa vez apresentado pela cantora Gilmelândia. Mas não vingou: o programa ficou no ar de Março até Dezembro daquele ano e foi tirado do ar definitivamente.
A baixa audiência que levou ao fim definitivo do programa na sua 2ª fase pode ter sido resultado simplesmente do estilo ultrapassado dele, já que era uma atração muito centrada no que o público dos anos 80 gostava de ver; mas o programa também pode não ter funcionado por não ter mais um jovem Gugu à sua frente, já que o apresentador passou quase metade da juventude dele comandando essa atração e, consequentemente, virou um símbolo dela.
Mais informações sobre o Viva a Noite? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

domingo, 9 de fevereiro de 2020

JAVIER GODINO

O espanhol Javier Godino é um ator mais de dramas. Mas ele também já participou de algumas produções de terror.
Em 2012, ele protagonizou o curta-metragem de terror De Noche y de Pronto e também apareceu em La Habitación Cerrada.
Em 2014, o Javier foi visto em 1 capítulo do seriado de terror Cuéntame un Cuento.
Em 2016, ele participou do curta-metragem de terror El Último Bus.
E no ano seguinte, o Javier teve em 2 filmes de terror: 7 from Etheria e Mis Demonios Nunca Juraron Soledad.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:








ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

P0RN0 H0L0CAUST

título original: Porno Holocaust
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1981
países: Itália / República Dominicana
elenco principal: George Eastman, Lucia Ramirez, Mark Shannon
direção: Joe D’Amato
roteiro: George Eastman (creditado aqui como Tom Salina)

Depois de assistir pessoalmente a morte da esposa e do filho num evento trágico, um homem fica louco e deformado. E passa a matar basicamente todas as pessoas que encontra pela frente na ilha onde ele mora.
Mas o passado dele só é revelado quando uma mulher presa na ilha (o barco que ela usou pra chegar até lá se perdeu por causa dele) lê um diário com essas informações sobre o que aconteceu ali antes.

Isso parece o roteiro de Antropophagus (1980), né? Mas se trata de Porno Holocaust.
A semelhança não é por acaso: o George Eastman, que foi o roteirista dos 2 filmes, parece ter reaproveitado o roteiro de Antropophagus pra criar Porno Holocaust. Mas acrescentando algumas características de ficção científica.
Contudo, o diretor Joe D’Amato teve desde o início a intenção de fazer aqui um filme pornô, como o próprio nome do filme já deixa bem claro. Então, ele carregou nas cenas de sexo de verdade.
Porno Holocaust foi gravado ao mesmo tempo, nos mesmos lugares e quase com o mesmo elenco que Noites Eróticas dos Mortos-Vivos (1980). Mas só foi lançado alguns meses depois desse outro, já no início de 1981.
Acontece que gravar mais de 1 filme ao mesmo tempo era comum pra dupla dinâmica do Cinema de Terror Italiano do início dos anos 80 (eles mesmos: George Eastman & Joe D’Amato). Tanto que eles também lançaram seguidamente Antropophagus e Rosso Sangue (1981), dando a entender que um era uma continuação do outro. E como o diretor tinha muita experiência na área da pornografia, em alguns filmes de terror ele botou algumas cenas reais de sexo... Só que em Porno Holocaust ele pisou no acelerador e foi com tudo mesmo nesse sentido.rs
E o terror em si onde entra? Com o vilão, é claro.
Detalhando um pouco mais o que eu já mencionei acima, em 1958, um nativo chamado Antoine Demaduro morava numa ilha caribenha com a esposa e o filho. Mas ali foram feitos testes nucleares, incluindo a explosão de uma bomba atômica.
Eles não tiveram tempo de sair dali antes do início dos testes e foram atingidos pela radiação da bomba. Em consequência, a mulher e a criança morreram e o Antoine se transformou num mutante deformado. E enlouquecido depois de tudo o que aconteceu, ele passou a se vestir com farrapos e a vagar a esmo pela ilha, matando todos os humanos que inadvertidamente desembarcam ali...
O histórico de vida do personagem parece uma crítica aos testes nucleares no Atol de Bikini, em 1946, né?
Quanto às cenas de sexo protagonizadas por ele são simplesmente aquilo que se chama hoje de “pornografia PKF”.
Bom, simplificando temos aqui um filme de mutante misturado com slasher. Então, quem é fã desses 2 subgêneros deve gostar. Mas quem quiser assistir pra ver só sacanagem, tudo bem. Também é válido.rs Então, funciona nos 3 pontos.
Mas não vamos fechar os olhos pro óbvio: Porno Holocaust acabou virando uma comédia involuntária. É um filme que tem muitas cenas mal filmadas, contradições e efeitos especiais ‘feitos no quintal’. Entretanto, se você não se incomodar com isso, vale a pena ver, com certeza.
Simplificando: claro que não é um filme pra quem tá acostumado só com as produções hollywoodianas de hoje. Mesmo pros padrões dos anos 80, tudo aqui foi filmado de uma forma muito artesanal. Sem contar que o filme é uma criação do Joe D’Amato, é claro (como eu já disse aqui no blog antes, ele não costumava se importar tanto assim com a coerência das coisas que filmava).
Mais informações sobre Porno Holocaust? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções italianas’ que você acha posts sobre Antropophagus, Noites Eróticas dos Mortos-Vivos e Rosso Sangue.
Até a próxima!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

CHRIS VIOLETTE

O canadense Chris Violette é mais conhecido no Brasil por ter interpretado o ranger azul da 13ª temporada de Power Rangers (2005). E a maioria dos filmes e seriados de que ele participou foram mesmo produções de aventura.
Mas ele também já teve algumas participações em produções de terror.
Em 2007, o Chris apareceu no filme Diário dos Mortos.
No ano seguinte, ele participou do slasher Acampamento Sinistro, o Retorno.
Sim: como o título do filme deixa bem claro, essa é uma das continuações do slasher oitenteiro Acampamento Sinistro (1983).
Em 2012, o Chris foi visto em 1 capítulo do seriado de terror e comédia Minha Babá é uma Vampira.
No ano seguinte, ele teve em 1 capítulo do seriado A Rainha das Sombras.
Em 2014, o Chris apareceu em 2 capítulos do seriado Fome de Loba.
Em 2016, ele foi o responsável pela trilha sonora do curta-metragem de terror The Evil of Elkmore Ridge.
E atualmente, o Chris tá envolvido numa nova produção de terror chamada Raveage. Mas ainda não há informações consistentes sobre isso na Internet.
Mais informações sobre o Chris? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Acampamento Sinistro.
Até a próxima!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

NOlTES ERÓTlCAS DOS MORTOS-VlVOS

título original: Le Notti Erotiche dei Morti Viventi
título brasileiro: Noites Eróticas dos Mortos-Vivos
ano de lançamento: 1980
países: Itália / República Dominicana
elenco principal: Dirce Funari, George Eastman, Mark Shannon
direção: Joe D’Amato
roteiro: George Eastman (creditado aqui como Tom Salina)

Numa ilha do Caribe conhecida como Isla del Gato, já houve no passado uma colônia de pescadores. Mas depois de um terremoto seguido por uma epidemia de peste, todos morreram. E os cadáveres foram sepultados por lá mesmo.
Entretanto, uma lenda diz que, seguindo as ordens de um gato mágico, às vezes os cadáveres se levantam dos túmulos e ficam vagando pela ilha como zumbis, matando todos os vivos que se atrevem a desembarcar lá...

Observando essa lenda lançada pelo filme Le Notti Erotiche dei Morti Viventi, projetado na Itália e gravado na República Dominicana, até pensamos num 1º momento que vamos ver um filme de terror interessante. Mas já posso adiantar que não é o caso.
Temos aqui, ao longo do filme todo, uma história um tanto confusa e muitas vezes com situações... malucas mesmo.rs
Talvez o que tenha ficado mais sem explicação é uma espécie de feiticeira chamada Luna (o nome dela não é dito durante o filme, mas aparece nos créditos) que vive na ilha e que parece querer ao mesmo tempo ajudar e atrapalhar os heróis da história.
Na 1ª cena em que aparece, ela tá do lado do avô dela, no cemitério da ilha, prevendo a chegada de forasteiros (o Larry, o John e a Fiona) e se dispondo a avisar a eles pra irem embora assim que desembarcarem. Se não, eles vão encontrar a morte naquela ilha.
Depois disso, a Luna vê a Fiona tomando sol pelada na praia e faz uma ‘briga de aranha’ com ela.rs
Na vez seguinte em que aparece, ela transa com o Larry pra distrair ele até que um bando de zumbis cheguem perto dele. E aí ela se desmaterializa no ar, deixando ele sozinho diante das criaturas.
E finalmente, ela resolve fazer sexo oral com o John. Mas ela arranca o pênis dele com uma mordida! E aí ela permite que um bando de zumbis caiam em cima dele e semidevorem ele, transformando ele num novo zumbi.
Depois dessa cena, a personagem simplesmente some do filme, sem deixar claro em momento nenhum qual era a dela. Começou querendo ajudar os estranhos, depois quis matar eles e terminou transando com todo mundo!
E a gente também não consegue entender se os zumbis obedecem ou não à Luna, já que algumas cenas dão a entender tanto uma coisa quanto a outra.
E entre as bizarrices envolvendo outros personagens que aparecem aqui vemos, pouco depois do início do filme, o Larry preocupado porque tá vendo um homem se afogando no Mar e, pra tirar o cara de lá, ele taca uma âncora em cima do sujeito (sério mesmo!) e ‘pesca’ ele com a âncora.
O cara afogado é levado pro hospital, onde ele revela ser um zumbi. E aí ele mata um médico e sai andando pelo hospital sem chamar a atenção de ninguém (e sem que se explique como essa história acabou, porque ele nunca volta a aparecer e nem sequer é mencionado depois disso!).
A propósito, não espere ver nada que chame a atenção na maquiagem dos zumbis: mais de 90% deles são só figurantes vestidos com farrapos e na maioria das vezes mostrados de longe.
Já viram que isso aqui virou uma comédia involuntária indiscutível, né?
De acordo com alguns sites, Le Notti Erotiche dei Morti Viventi foi lançado no Brasil em VHS com o título traduzido de Noites Eróticas dos Mortos-Vivos. Mas não encontrei nenhuma informação consistente sobre isso.
Ah! Não entenderam o motivo do filme ter esse nome? É que, além das cenas da feiticeira que eu já mencionei, ele também tem várias outras cenas de sexo. Quase todas essas cenas são simuladas e algumas poucas são de verdade. Mas todas são muito mal mostradas.rs
Aliás, não é difícil encontrar Noites Eróticas dos Mortos-Vivos em alguns sites de vídeos pornô por aí.
Então, vale a pena ver esse filme só como curiosidade mesmo. Ou se você não tiver outra coisa pra ver. Porque nem entender a história você vai conseguir entender direito!
Aliás, no caso de Noites Eróticas dos Mortos-Vivos, será que devemos dizer “a história” ou “a falta de”?rs Afinal, o que a gente vê aqui são várias situações dando a entender que vai começar uma história a partir daquele assunto... Mas o assunto é abandonado logo depois.
Bom, as pessoas que conheceram o Joe D’Amato pessoalmente costumavam contar uma piada: diziam que ele adorava gravar filmes, mas não se preocupava muito com a qualidade do resultado nem com a coerência do que tava gravando.rsrs
Não sei se isso é só uma piada, né? Porque não podemos negar que faz todo sentido.
Outros filmes dirigidos pelo Joe que eu já mencionei aqui, e nos quais vocês podem confirmar o quanto essa piada faz sentido, foram Antropophagus (1980) e Rosso Sangue (1981).
Mais informações sobre Noites Eróticas dos Mortos-Vivos? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções italianas’ que você encontra os posts sobre Antropophagus e Rosso Sangue.
Até a próxima!