segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

O HOMEM-COBRA

título original: Sssssss
título brasileiro: O Homem-Cobra
ano de lançamento: 1973
país: Estados Unidos
elenco principal: Dirk Benedict, Heather Menzies, Strother Martin
direção: Bernard L. Kowalski
roteiro: Daniel C. Striepeke e Hal Dresner

Um estudante universitário chamado David é indicado pelo professor dele pra trabalhar como assistente de um cientista chamado Carl que se dedica a estudar cobras.
A filha do cientista, chamada Kristina, ajuda o pai nas experiências dele. E não demora a começar um namoro entre ela e o David.
O Carl também não demora a dizer que precisa vacinar o David com um líquido que, assim diz ele, é um imunizante contra o veneno das serpentes.
Logo depois disso, o rapaz começa a ter sonhos estranhos. E poucos dias depois, vê que a temperatura dele mudou e que a pele dele começou a sofrer uma mutação estranha...
Ninguém imagina, mas o Carl pretende transformar o David numa cobra, já tendo tentado fazer o mesmo com o assistente anterior dele!

Se a gente der uma olhada em Frankenstein (1910), Frankenstein (1931), A Maldição de Frankenstein, El Ladrón de Cadáveres (ambos de 1957), La Loba (1965), Praga Infernal (1975), Ataque das Cobras (1976), Alligator (1980), Frankenstein, Rosso Sangue (ambos de 1981), Criação Monstruosa (1987), O Rato-Humano (1988), Shakma (1990), O Penetrador do Futuro (1991), Metalbeast (1995), Caçada ao Predador (1996), Criaturas Arrepiantes (1997), Do Fundo do Mar (1999), Jekyll & Hyde, Python (ambos de 2000), A Evolução do Mal Começou, Criaturas, Plataforma do Medo (os 3 de 2004), Mosquito Man (2005), A Face do Predador, Enxame Negro (ambos de 2007), Ambuli (2012), Aranhas 3D (2013), Grito Silencioso (2020) e Aranha Gigante no Sótão (2021), filmes de origens e épocas bem diferentes, o que a gente vê em comum?
Simples: todos eles mostram um cientista que, de forma voluntária ou involuntária, criou algum tipo de monstro que saiu tocando o terror por aí.
No caso do Homem-Cobra, a coisa foi um pouco diferente: um cientista louco criou monstros, mas os monstros que ele criou são completamente inofensivos. Nenhum deles nunca machuca ninguém. Aqui o único personagem que mata e cria caos na vida dos outros é o próprio cientista. Eventualmente, usando as serpentes dele.
Grosso modo, ele é mais um cientista com mania de grandeza que acha que não precisa respeitar nenhum tipo de limite.
Quanto ao filme em si, posso adiantar que ele não tem muita ação. É uma produção que aposta mais em suspense e terror psicológico.
Curiosamente, O Homem-Cobra acaba meio em aberto, com a Kristina olhando apavorada pra cena que tá se passando no final, a câmera fechando na cara dela e a imagem congelando.
As serpentes que apareceram dentro do laboratório eram todas de verdade. E uma delas, uma mamba negra, chegou a morder o ator Strother Martin de verdade numa cena. Mas ele continuou fazendo a cena até o final, embora tenha confessado mais tarde que morreu de medo de ter sido envenenado ali.
No final dos anos 70, quando o Sílvio Santos fundou a TVS, ele transformou O Homem-Cobra numa espécie de carro-chefe dos filmes de terror exibidos na emissora, reprisando esse filme à exaustão naquela época.
Então, quem viu a aurora do canal 11 do Rio de Janeiro com certeza se lembra de ter visto no mínimo a chamada desse filme durante os intervalos comerciais.
E sim: o título original em Inglês é esse mesmo. Sssssss!
Mais informações sobre O Homem-Cobra? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘ficção científica’ que você acha posts sobre a versão de 1910 de Frankenstein, a versão de 1931 de Frankenstein, a versão de 1981 de Frankenstein, A Evolução do Mal Começou, A Face do Predador, A Maldição de Frankenstein, Alligator, Ambuli, Aranha Gigante no Sótão, Aranhas 3D, Ataque das Cobras, Caçada ao Predador, Criação Monstruosa, Criaturas, Criaturas Arrepiantes, Do Fundo do Mar, El Ladrón de Cadáveres, Enxame Negro, Grito Silencioso, Jekyll & Hyde, La Loba, Metalbeast, Mosquito Man, O Penetrador do Futuro, O Rato-Humano, Plataforma do Medo, Praga Infernal, Python, Rosso Sangue e Shakma.
Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

sábado, 27 de janeiro de 2024

Como se Defender desse Vilão? (hoje com O GOLEM)

nome completo: Golem
espécie: estátua (alterada por forças sobrenaturais)
planeta de origem: Terra
residência: um bairro judaico em algum lugar da Europa Central
função social: guarda-costas e serviçal da comunidade judaica
armas e/ou poderes: força física sobre-humana
serve a: (a princípio) a pessoa que criou ele e, eventualmente, pessoas ligadas a essa pessoa
é servido por: ninguém
inimigo mortal de: embora possa facilmente machucar ou matar qualquer pessoa, ele não parece tratar ninguém exatamente como um inimigo
foi visto pela última vez em: sendo carregado pra dentro do bairro judaico onde foi criado
1ª produção em que apareceu: O Golem (1920)
1º ator a interpretar o personagem: Paul Wegener

Que riscos eu corro vindo desse vilão?
Até 2ª ordem, a função do Golem é apenas obedecer às ordens dos membros da comunidade judaica. E a tendência é ele só fazer alguma coisa contra você se alguém daquela comunidade mandar ele fazer isso.
Entretanto, nas últimas horas em que funcionou, ele demonstrou uma certa rebeldia, passando a agir seguindo só os próprios instintos. E nesse último caso, ele pode fazer qualquer coisa que a força física dele permita.

Como eu faço pra evitar encontrar esse vilão?
O Golem nunca foi visto fora da Europa Central (mais especificamente, ele nunca foi visto muito longe do palácio onde os imperadores do Sacro Império Romano Germânico moravam).
Então, desde que você nunca vá até lá, provavelmente você nunca vai encontrar ele.

Se eu já tiver encontrado, o que eu faço?
Lutar fisicamente contra o Golem é inútil, já que ele é muito mais forte do que qualquer humano.
O mais indicado a fazer parece ser arrancar o amuleto que ele leva no tórax ou então simplesmente sair de perto dele.

É possível matar esse vilão?
O Golem é apenas uma estátua trazida à vida pelos poderes do demônio Astaroth. E ele só se mantém vivo enquanto um amuleto em forma de estrela se encontrar atarraxado ao tórax dele.
Se alguém arrancar o amuleto dali, ele se transforma de volta numa inofensiva estátua normal (no caso dele, acho que isso corresponde mais ou menos a morrer, né?).

Mais algumas informações que talvez você não saiba sobre o universo em que esse vilão vive:


Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

A MOSCA DA CABEÇA BRANCA

título original: The Fly
título brasileiro: A Mosca da Cabeça Branca
ano de lançamento: 1958
países: Canadá / Estados Unidos
elenco principal: David Hedison, Patricia Owens, Vincent Price
direção: Kurt Neumann
roteiro: George Langelaan (autor do texto original) e James Clavell

Numa noite comum, o empresário François recebe um telefonema da cunhada dele, chamada Helene. E ela diz que matou o marido, chamado Andre. E agora ela precisa de ajuda.
O François liga pro inspetor Charas e vai com ele e um grupo de policiais até a casa dela.
O Charas e o François vão dar uma olhada no laboratório que o Andre tinha em casa e encontram tudo destruído lá!
A Helene confirma a todos que foi ela quem matou o Andre e se mostra bastante tranquila com isso. Mas se recusa a revelar o motivo. E assim, o Charas começa a suspeitar que ela é louca.
Depois de pressionar muito, o François consegue que ela confesse o que aconteceu. Mas a história que ela conta parece mais inverossímil do que tudo o que já se passou ali até agora...

Venhamos e convenhamos, A Mosca da Cabeça Branca não é exatamente um filme de terror... Embora seja classificado quase sempre como tal, ele é mais um filme policial misturado com ficção científica (acontece um assassinato, a assassina vai contando a situação aos poucos até ficar claro o que aconteceu...). E tem umas 2 ou 3 cenas que tentaram dar sustos no público. Mas só isso.
O filme deu origem a uma franquia que teve mais 2 filmes (1959 e 1965). E curiosamente, embora o 1º filme seja em cores, os outros 2 são em preto e branco.
Um erro que muita gente comete é dizer que o filme A Mosca (1986) é um remake da Mosca da Cabeça Branca.
O filme dos anos 80 não segue os passos do filme dos anos 50. O que acontece é que ambos foram inspirados no mesmo conto [The Fly (1957), do francês George Langelaan]. E assim, obviamente, eles têm quase o mesmo tema: em ambos você vê um cientista canadense que inventa uma máquina de teletransporte, sacrifica acidentalmente um animal que ele usa ao testar a máquina, passa por uma mudança genética porque uma mosca entra com ele na máquina de teletransporte e ambos resolvem seus problemas no final em cenas relativamente parecidas.
No resto, os personagens dos 2 filmes não têm os mesmos nomes nem vivem nas mesmas condições.
Dá pra ver claramente que A Mosca da Cabeça Branca inspirou outro filme de terror lançado no ano seguinte: The Alligator People. Com algumas mudanças, é claro...
Em ambos os filmes, vemos uma mulher que teve que lidar com o marido transformado num mutante híbrido (ambos com corpo humano e cabeça animalesca) devido a uma experiência que deu errado. E o destino dos 2 homens é quase igual nos 2 filmes.
Bom, A Mosca da Cabeça Branca não é um filme de ação. E a maior parte da história é contada pela Helene e apresentada como flashback.
Também não há aqui nenhum monstro sanguinário matando um monte de gente que ele vai encontrando pelo caminho.
Assim, como eu disse antes, eu recomendo A Mosca da Cabeça Branca mais a quem gosta de filmes policiais do que de filmes de terror.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E dê uma clicada aí do lado em ‘produções inglesas’ que você acha um post sobre A Mosca.
Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

sábado, 20 de janeiro de 2024

70 ANOS DO MONSTRO DA LAGOA NEGRA


Em Fevereiro vão se completar 70 anos do lançamento de um dos filmes mais famosos da Universal Pictures: O Monstro da Lagoa Negra.
Assim, pra marcar a data, decidi fazer um post lembrando algumas curiosidades sobre o filme:

Não podemos negar que a Universal tentou fazer algo relativamente diferente, já que os filmes de terror da empresa tinham a tendência de usar personagens clássicos da Literatura de Terror como vilões (como o Conde Drácula e o Monstro de Frankenstein). E nesse caso aqui, não: o monstro é uma criatura inteiramente inventada pelos próprios roteiristas da Universal. Estamos falando do Gill-Man.
Entretanto, depois do sucesso inicial do personagem, que permitiu que ele aparecesse em 2 continuações do filme, ele acabou sendo meio deixado de lado depois disso. E nunca apareceu na mesma quantidade de produções seguintes que outros monstros da Universal.
O interesse que o monstro sente pela Kay foi inspirado em A Bela e a Fera (1884).
Na cena em que a Kay resolve dar um mergulho, o monstro, ao ver ela nadando na superfície, resolve se aproximar, começando a nadar mais ou menos… 1 metro abaixo dela. Aliás, acho que ela tem algum problema ótico, porque ela não vê ele nadando literalmente ao lado dela! Tem um momento em que o braço dele quase esbarra no dela!
Bom, finalmente, o monstro segura no pé dela. E ela sente uma coisa pegando no pé dela… Mas ela deixa pra lá e continua nadando. Acho que ela não tem problema ótico: ela é meio maluca mesmo!
Na cena em que o monstro tá carregando a Kay dentro da caverna, o ator Ben Chapman não tava enxergando nada dentro da fantasia de monstro. Assim, ele acabou batendo com a cabeça da atriz Julie Adams na parede do cenário sem querer.
Na 1ª cena subaquática em que o David e o Mark veem o monstro a alguns metros de distância, a criatura não demonstra nenhuma atitude agressiva. Muito pelo contrário: foge nadando.
Esse comportamento ‘tímido’ do monstro na própria lagoa onde ele vive contradiz bastante o comportamento que ele teve no acampamento do Carl, saindo do rio e matando 2 homens que nem sequer sabiam que ele existia, né? Mas aí pode ser que ele tenha matado porque se assustou com os homens por algum motivo.
O David usa sempre 2 tanques de oxigênio nas costas e o Mark só usa 1 em todas as cenas em que eles mergulham...
Talvez isso pareça sem sentido à 1ª vista. Mas o diretor fez isso propositalmente só pra diferenciar os 2 atores de longe quando eles se encontrassem nadando dentro da água.
De acordo com o que os personagens conversam enquanto cruzam o rio de barco, o rio simplesmente acaba numa lagoa... Meio estranho, né? A água desse rio fica lá empoçando, empoçando, empoçando eternamente na lagoa? Ou a lagoa tem um buraco por onde a água sai pra outro lugar?
O Gill-Man foi interpretado por 2 atores diferentes: o ator Ricou Browning deu vida à criatura nas cenas subaquáticas e o ator Ben Champman interpretou a criatura nas demais cenas.

Inspirações que o filme de 1954 deu a algumas outras produções:

Jonny Quest (1964) → A criatura mostrada no 26º e último episódio do seriado (O Monstro do Mar de Java) foi vagamente inspirada no Gill-Man. Embora, na prática, ele se parecesse mais com uma espécie de híbrido de peixe abissal com réptil.
A última cena do episódio (que foi também a última cena do seriado) parece ser uma imitação da última cena do filme, com o monstro caindo na água depois de ter sido atingido por uma arma dos heróis e descendo pras profundezas.

Sting of Death (1966) → A criatura desse filme, até 2ª ordem, era humana. Mas, como se tratava do assistente de um cientista que fazia experiências com caravelas, não foi difícil pra ele criar uma caravela mutante que podia transformar ele numa caravela humanoide.
Embora o Egon não tivesse muito a ver com o Gill-Man como um todo (a única grande semelhança é que ambos eram monstros que se locomoviam na água e na terra com a mesma facilidade), é impossível olhar pra cena em que o Egon levou a Karen pra caverna dele e não notar a inspiração na cena em que o Gill-Man levou a Kay pra caverna dele.

Ultraman (1966) → O 4º episódio do seriado (Fúria sobre o Mar) nos mostra um réptil humanoide pré-histórico chamado Ragon.
A aparência da criatura foi explicitamente inspirada na aparência do Gill-Man. E o próprio nome do monstro se originou do título do filme em Inglês: a base do nome Ragon é a palavra “lagoon”.

Viagem Rumo ao Infinito (1966) → OK. O monstro desse filme, creditado no roteiro apenas como Thing, era um extraterrestre. Então, teoricamente, nem teríamos como comparar ele com o Gill-Man.
Mas alguém vai dizer que as cenas subaquáticas da criatura nadando não lembram as cenas do filme de 1954?

Octaman (1971) → Esse aqui é o hors concours dessa lista.
O Harry Essex, um dos roteiristas do Monstro da Lagoa Negra, foi o diretor e roteirista de Octaman. E o que ele fez aqui foi pegar o roteiro do outro filme, fazer meia dúzia de adaptações e contar a mesma história, substituindo o peixe humanoide por um polvo humanoide. Ou seja: vocês vão ver aqui inúmeras semelhanças entre os 2 filmes.

Creature from Black Lake (1976) → Já sei que alguém aqui vai dizer que esse filme não tem nada a ver com o outro, porque esse é um filme de terror de sasquatches e não de monstros aquáticos... Eu até poderia contestar isso, já que o 1º ataque do sasquatch aqui aconteceu com ele saindo de dentro de um lago. Mas vamos deixar isso pra lá.
A inspiração aqui não foi na história em si, mas sim no nome do filme. Ou alguém vai querer me convencer que Creature from Black Lake não foi um título dado pra imitar Creature from the Black Lagoon?

He-Man e os Defensores do Universo (1983) → O Aquático foi um vilão do seriado inspirado no Gill-Man, embora ambos os personagens não tivessem nada a ver um com o outro em termos de história pessoal (o Aquático era movido a intenções francamente perversas e tinha uma capacidade de raciocínio igual à de um humano).

Black Kamen Rider (1987) → O 24º episódio do seriado (Pesadelo sem Fim) começa com uma criatura com o mesmo tipo físico do Gill-Man saindo de um lago e atacando um casal que tava namorando na margem, no que parece ser uma referência à criatura saindo do rio e matando os assistentes do Dr. Carl.
Na verdade, se tratava do monstro mutante Shirlakan, um antigo professor de Biologia que se vendeu à seita Gorgom em troca de poder, acabando por ser transformado por eles no tal mutante.

Deu a Louca nos Monstros (1987)→ Nesse filme, sob o comando do Drácula, se juntaram vários monstros. Entre eles, uma criatura aquática chamada Gillman.
Esse réptil humanoide obviamente foi inspirado no Gill-Man, já que todos os monstros da quadrilha do Drácula faziam referências a monstros vistos como clássicos até o meio do século XX. Mas o nome teve que ser escrito diferente por causa dos direitos autorais, já que a Universal não liberou.

O Demônio do Paraíso (1987)→ Aqui fomos apresentados ao Akua, um feroz réptil humanoide que vivia num lago na Ilha de Kihono e que podia nadar na água e caminhar na terra com a mesma facilidade. E os humanos que chegaram a ver ele nunca concluíram se o monstro era um ser sobrenatural ou simplesmente uma criatura pré-histórica.
De qualquer forma, a inspiração no Gill-Man é evidente.

🐟🐟🐟

Outras vezes em que o blog já falou sobre...

BLACK KAMEN RIDER





CREATURE FROM BLACK LAKE



DEU A LOUCA NOS MONSTROS




HE-MAN


















JONNY QUEST












O DEMÔNIO DO PARAÍSO




O MONSTRO DA LAGOA NEGRA







OCTAMAN





STING OF DEATH


ULTRAMAN









VIAGEM RUMO AO INFINITO



Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

O GOLEM

título original: Der Golem: Wie Er In Die Welt Kam
título brasileiro: O Golem
ano de lançamento: 1920
país: Alemanha
elenco principal: Albert Steinrück, Ernst Deutsch, Paul Wegener
direção: Carl Boese e Paul Wegener
roteiro: Henrik Galeen e Paul Wegener

Na Europa medieval (possivelmente no Sacro Império Romano Germânico), um rabino chamado Löw observa as estrelas e vê, pela posição delas, que algo terrível vai acontecer à comunidade judaica.
Pouco depois, o Löw começa a esculpir uma estátua, pretendendo invocar o demônio Astaroth pra encarnar nela, numa tentativa de usar essa criatura pra defender a comunidade judaica.
Pra ser mais exato, o objetivo dele é produzir ali uma criatura chamada Golem. E pra dar vida a ela é preciso atarraxar um amuleto mágico, contendo uma palavra desconhecida, no tórax dela.
O Löw realiza um ritual mágico, no qual faz o demônio aparecer e mencionar a tal palavra.
O rabino escreve essa palavra num papel, bota isso dentro de um amuleto em forma de estrela e atarraxa isso no tórax da estátua, que imediatamente adquire vida. Mas volta a ser só uma estátua normal quando tem o amuleto tirado dali.
O Löw só não sabe que, se alguém produzir uma estátua mágica daquela espécie, só vai poder controlar ela durante um certo tempo: depois disso, o demônio Astaroth vai assumir o controle da estátua e passar a usar ela com propósitos maléficos.

Originalmente, O Golem fazia parte de uma franquia com 2 outros filmes, lançados em 1914 e 1917. E os 3 mostravam o ator Paul Wegener interpretando o mesmo monstro. Mas as gravações dos outros 2 filmes se perderam e, atualmente, tudo o que existe deles são algumas fotos e algumas páginas dos roteiros.
De qualquer forma, pareciam ser 3 filmes que contavam 3 histórias de terror independentes umas das outras sobre a mesma criatura, já que o que sobrou dos outros 2 roteiros não mostra uma continuidade de acontecimentos entre as histórias.
Bom, como único filme sobrevivente da franquia, O Golem é considerado o monster movie de longa-metragem mais antigo da História do Cinema.
Levando em conta que tudo foi feito há mais de 100 anos, foi uma superprodução. Mas é claro que vemos algumas esquisitices aqui, como, por exemplo, os rabinos sendo retratados como magos.
O amuleto atarraxado no tórax do Golem muito provavelmente inspirou o amuleto sendo colocado e tirado do tórax do Morty em Uma Noite de Halloween (1999).
A cena do final em que o Golem se encontra com a menina (calma: não vou contar como acaba!rsrs) muito provavelmente também inspirou a cena de Frankenstein (1931) em que o monstro interage com uma menina na beira do lago.
Sendo um filme de 1920, acho que já tá claro que O Golem é uma produção muda e em preto e branco. Mas vale muito a pena dar uma olhada. Principalmente se você for historiador, estudante de Cinema e/ou fã de filmes daquela época.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E dê uma clicada aí do lado em ‘séries cinematográficas’ que você acha posts sobre Frankenstein e Uma Noite de Halloween.
Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

sábado, 13 de janeiro de 2024

MICKEY CURTIS

O japonês Mickey Curtis é mais conhecido no Brasil por ter interpretado o Imperador Guiotine em Spielvan (1986). Mas ele sempre foi um ator mais de dramas e comédias.
Entretanto, ele apareceu em várias produções de terror.
No ano 2000, o Mickey foi visto em Noroime.
Em 2003, Showa Kayo Daizenshu contou com ele no elenco.
No ano seguinte, o Mickey participou de Izo.
Em 2007, ele protagonizou o curta-metragem O Horror de Dunwich e Outras Histórias de H. P. Lovecraft.
Em 2011, o Mickey apareceu em Dedoboru.
Em 2013, ele foi visto em Godotan: Kisu Gaman Senshuken e também em Por que Você Não Vai Brincar no Inferno.
Em 2014, o Mickey protagonizou 1 episódio do seriado de terror Garo: Makai No Hana e também foi visto no telefilme Yonimo Kimyo Na Monogatari: 2014 Haru No Tokubetsu Hen.
No ano seguinte, Gekijo Ban: Biku contou com ele no elenco.
E em 2017, o Mickey apareceu em Rokuroku.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E dê uma clicada aí do lado em ‘metal heroes’ que você acha um post sobre Spielvan.
Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

O GABINETE DO DR. CALIGARI

título original: Das Cabinet des Dr. Caligari
título brasileiro: O Gabinete do Dr. Caligari
ano de lançamento: 1920
país: Alemanha
elenco principal: Conrad Veidt, Friedrich Feher, Werner Krauss
direção: Robert Wiene
roteiro: Carl Mayer e Hans Janowitz

Numa praça, ou algo parecido, um jovem chamado Franzis tá conversando com um homem mais velho.
Nenhum dos 2 parece se encontrar nas melhores condições mentais, enquanto falam coisas sem sentido sobre espíritos assombrando a vida deles e tal.
Uma mulher igualmente desnorteada passa por eles.
O Franzis diz ao idoso que aquela é a noiva dele. E que eles passaram por uma tragédia que o velho nem imagina na cidade natal deles, chamada Holstenwall...

O Gabinete do Dr. Caligari começa com esse prólogo e, depois disso, entramos na mente do Franzis enquanto ele conta uma história sinistra ao velho, se passando numa cidade formada só por construções retorcidas e ruas cheias de curvas sem sentido.
E de acordo com o que ele conta, um misterioso homem chamado Caligari chegou a essa cidade pra se apresentar numa feira de variedades, expondo um jovem que ele mantinha infinitamente inconsciente dentro de um caixão, chamado Cesare. Mas não demorou muito a ficar claro que o Caligari era um psicopata que, através de hipnose, levava o Cesare a cometer assassinatos!
O filme tem um plot twist nos minutos finais. Mas, se você for mais observador, talvez não se surpreenda tanto. Porque, prestando atenção no prólogo e na aparência física das coisas que o Franzis descreve, já é de se esperar o que aparece no final do filme.
O Gabinete do Dr. Caligari é considerado por alguns historiadores o 1º longa-metragem do Expressionismo Alemão.
Devido aos recursos da época em que foi feito, há mais de 100 anos, o filme é mudo, em preto e branco e não há cenas externas (tudo foi filmado em estúdios).
Pouco depois que O Gabinete do Dr. Caligari foi exibido pelas primeiras vezes, a cópia que o diretor tinha ficou inutilizada por motivos não muito claros, o que deu a essa produção o título de “filme perdido”. Mas, nos anos 50, o ator Werner Krauss, que interpretou o Caligari, revelou que ele tinha uma cópia. E quando ele morreu, em 1959, a película foi entregue a um arquivo cinematográfico na Alemanha, o que acabou permitindo que ela chegasse até os dias de hoje.
Indispensável pra historiadores, estudantes de Cinema e fãs de expressionismo e de filmes do início do século XX.
Mais informações sobre O Gabinete do Dr. Caligari? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

EDSON CELULARI

O brasileiro Edson Celulari é lembrado principalmente pelas várias novelas da Globo que já contaram com ele no elenco.
O único filme de terror em que ele já apareceu até hoje foi a comédia Meu Cunhado é um Vampiro (2023).
Outra produção que eu já indiquei aqui e de que o Edson participou foi Sai de Baixo (1996).
Mais informações sobre o ator? Lá vai:












ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E dê uma clicada aí do lado em ‘comédias’ que você acha um post sobre Sai de Baixo.
Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

NOBORU MITANI

Vamos começar o ano com uma homenagem ao japonês Noboru Mitani, mais conhecido no Brasil por ter interpretado a Bruxa Kiba em Space Cop (1982). Esse mês se completa 1 ano que ele faleceu.
Ele foi um ator mais de dramas e comédias. Mas também apareceu em várias produções de terror.
A estreia do Noboru na área foi em 1973, em 1 episódio do seriado de terror Kamen No Hakaba.
Em 1976, ele apareceu em A Família Inugami.
No ano seguinte, o Noboru foi visto em Inugami No Tatari e em Yumeno Kyusaku No Shojo Jikoku.
Em 1979, ele participou de Dabide No Hoshi: Bishojo-Gari.
Em 1981, Portal do Inferno e Vísceras de Anjo contaram com o Noboru em seus elencos.
Em 1988, ele apareceu em Armadilha Maligna.
No ano seguinte, o Noboru foi visto em Suito Homu.
Em 1994, ele participou de Kowagaru Hitobito.
Em 1997, Parasaito Ivu contou com o Noboru no elenco.
No ano 2000, ele apareceu em Iki-Jigoku.
Em 2005, o Noboru foi visto em Ubume No Natsu.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E dê uma clicada aí do lado em ‘metal heroes’ que você acha um post sobre Space Cop.
Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.