segunda-feira, 29 de julho de 2019

O MONSTRO SEM ALMA

título original: Dr. Black, Mr. Hyde
título brasileiro: O Monstro Sem Alma
ano de lançamento: 1976
país: Estados Unidos
elenco principal: Bernie Casey, Marie O’Henry, Rosalind Cash
direção: William Crain
roteiro: Robert Louis Stevenson (autor do texto original), Larry LeBron e Lawrence Woolner

Acho que não é novidade pra ninguém que o livro O Médico e O Monstro (1886), do escocês Robert Louis Stevenson, inspirou várias produções cinematográficas. Mas a única que se enquadrou no gênero blacksploitation foi O Monstro Sem Alma.
Ah, pra quem não sabe, blacksploitation (ou blaxploitation, como preferem escrever outros) foi um movimento cinematográfico que ocorreu nos Estados Unidos, principalmente nos anos 70, em que foram produzidos filmes voltados pro público negro de lá. E os diretores e atores principais desses filmes eram todos negros e mulatos.
Mas enfim: inspirado só vagamente no livro, O Monstro Sem Alma é um filme de terror sobre um mutante, é claro. Só que ele tem uma curiosidade em relação à época...
Os anos 70 eram um período em que o Cinema de Terror tava começando a dar importância aos filmes que mais tarde seriam chamados de “slashers”, que dominariam esse gênero nos anos seguintes (principalmente na 1ª metade dos anos 80). E dá pra ver que O Monstro sem Alma tem algumas características superficiais de slasher (um homem de aparência bizarra matando brutalmente pessoas que tão em lugares onde não podem receber ajuda).
Outra curiosidade é que se passa numa cidade grande (cenário não muito comum em filmes de terror). Ou, pra ser mais exato, se passa basicamente nos bairros pobres de Los Angeles, terminando com a exposição total do vilão nas Watts Towers.
Falando no vilão, que também é o protagonista, ele se chama Henry (e foi interpretado pelo recentemente falecido Bernie Casey). E quando era criança, ele viu a mãe morrer de cirrose hepática na frente dele e não conseguiu fazer com que ninguém viesse ajudar ela, por mais que pedisse ajuda na hora. Por isso, ele se formou em Medicina e dedicou a vida a estudar as doenças hepáticas, se empenhando em desenvolver um soro que, acreditava ele, curaria qualquer tipo de doença hepática que uma pessoa tivesse.
Só que, quando o Henry injeta o soro num rato preto, em vez de se curar de doenças, ele se transforma num rato branco. E logo se revela extremamente feroz e mata todos os outros ratos do laboratório!
Insistindo nas pesquisas, o Henry injeta o soro numa mulher em estado terminal, mas obtém o mesmo tipo de resultado assustador que teve com o rato!
Mesmo assim, ele desenvolve uma obstinação em produzir o soro, acabando por usar a si mesmo como cobaia e, consequentemente, se transformar num mutante pálido com tendências assassinas. E com uma especial predileção por matar cafetões e prostitutas...
É o típico caso que tinha tudo pra acabar bem, mas desceu pelo ralo por causa de exagero e descontrole.
O Monstro Sem Alma tem bons momentos de ação (principalmente em relação a cenas de perseguição). E o roteiro, como já vimos, tem basicamente aquilo que se espera de uma obra inspirada no Médico e O Monstro.
Outra produção que eu já indiquei aqui inspirada nesse livro foi Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1912).
Mais informações sobre O Monstro Sem Alma? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘mutantes’ que você acha um post sobre Dr. Jekyll and Mr. Hyde.
Até a próxima!

domingo, 28 de julho de 2019

AKIHIDE TSUZAWA

O japonês Akihide Tsuzawa é mais conhecido por ter interpretado o garoto Hoshino, em Ultraman (1966), quando ele tinha 12 anos. E é até engraçado a gente ver ele hoje chegando aos 65 tendo em mente a imagem que ficou dele naquela época, né?
A carreira dele como ator foi só na infância mesmo: depois de Ultraman, ele sofreu um pequeno acidente e, ao se recuperar, não quis mais saber de trabalhar no meio artístico.
Antes de Ultraman, ainda em 1961, o Akihide teve um pequeno personagem (na verdade, uma figuração) em Mothra, a Deusa Selvagem.
Embora esse não seja um filme com cenas extremamente perturbadoras, ele pode ser classificado como ‘terror light’. E consta nas listas de “natural horror films” de alguns sites famosos.
É sobre um dai kaiju (monstro gigante japonês) que ataca uma cidade, provocando mortes e destruição. E tem gente com planos de fazer uma nova versão de Mothra nos próximos anos, como um spin-off de Godzilla II: Rei dos Monstros (2019).
Mais informações sobre o Akihide? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções japonesas’ que você acha um post sobre Ultraman.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

terça-feira, 23 de julho de 2019

O TERROR DO HIMALAIA

título original: The Snow Creature
título brasileiro: O Terror do Himalaia
ano de lançamento: 1954
país: Estados Unidos
elenco principal: Leslie Denison, Lock Martin, Paul Langton
direção: W. Lee Wilder
roteiro: Myles Wilder

Descritos como grandes humanoides peludos, os yetis, de acordo com os mitos e lendas de diferentes países do Extremo Oriente, habitam a Cordilheira do Himalaia. E embora esses mitos e lendas já existam há milênios no Extremo Oriente, o Ocidente só começou a prestar atenção nessas criaturas por volta de 1920, quando elas se popularizaram com o apelido de “abomináveis homens das neves”. E desde aquela época até hoje, muitos criptozoólogos americanos defendem a tese de que os yetis e os sasquatches são raças diferentes da mesma criatura.
Mesmo assim, ainda demorou um pouco pra sair o 1º filme de terror de longa-metragem sobre yetis. E esse é o tema desse post: O Terror do Himalaia.
Aliás, curiosamente, até hoje esse nunca foi um tema muito explorado pelo Cinema de Terror. Se você comparar a quantidade de filmes de yetis com a quantidade de filmes de sasquatches, esses últimos ganham de longe.
Mas vamos ao roteiro:

Nos anos 50, o antropólogo Frank vai até o Himalaia buscar amostras de vegetais raros, sendo orientado nas montanhas pelo guia de turismo Subra. E um repórter chamado Peter vai junto com ele.
Logo depois que eles começam a subir as montanhas, um vizinho do Subra chega correndo e avisa que a esposa dele foi raptada por um yeti.
Os americanos não dão importância àquela “superstição de caipiras” e querem seguir com a expedição. Mas o Subra se amotina, assume o comando da expedição e decide que vai encontrar e matar o yeti.
Forçados a ir junto, o Frank e o Peter eventualmente encontram uma família de yetis dentro de uma caverna. Mas o macho adulto da família se enfurece com a presença dos humanos ali, começa a bater nas paredes da caverna e provoca um desmoronamento. E as pedras que caem acabam matando os outros yetis e ferindo o macho, que cai desmaiado.
O Subra quer matar a criatura. Mas o Frank, reassumindo o comando da expedição, acha mais interessante levar ela viva pros Estados Unidos pra ser estudada.
Ideia pior ele não poderia ter...

O Terror do Himalaia é um filme com algumas esquisitices.
Já começa com um avião sobrevoando Nova York enquanto o narrador diz que ele tá sobrevoando Los Angeles. E depois mostra o avião sobrevoando as pirâmides do Egito enquanto o narrador diz que ele tá pousando na Índia.
Depois que o yeti é capturado, as autoridades do Himalaia, que falam Japonês (?!), arranjam o que parece ser uma cabine telefônica com um ar condicionado dentro pro monstro ser transportado pros Estados Unidos.
Mas o mais decepcionante é que a gente nunca vê o yeti com detalhes, já que quase sempre ele é mostrado de longe, no escuro ou de costas.
Muito provavelmente fizeram isso de propósito, pra não expor as falhas da fantasia. Porque, embora o ator Lock Martin, que interpretou o monstro, fosse muito alto (tinha 2, 31m), pelo que dá pra ver no filme, parece que ele tá com um pano de pelúcia enrolado em volta da cabeça e vestindo uma espécie de camisa felpuda de mangas compridas e uma calça comprida felpuda. Nada mais.
Tem uma cena em que ele aparece saindo da escuridão e andando na direção da câmera que foi reutilizada umas 20 vezes ao longo do filme todo, sendo tocada em velocidades diferentes ou mesmo exibida de trás pra frente algumas vezes. Mas nem ali dá pra ver muitos detalhes.
Embora o yeti mate algumas pessoas ao longo do filme, isso nunca é mostrado: alguém encontra o corpo depois que ele já saiu dali (e mesmo o corpo nunca é mostrado com detalhes).
Como a gente vê, O Terror do Himalaia não é nenhuma obra-prima. Mas, como eu já disse, fica com a glória de ser o 1º longa-metragem de terror sobre yetis.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E antes de encerrar, um esclarecimento, já que talvez alguém tenha percebido que o seriado O Elo Perdido (1974) não foi marcado na categoria ‘yetis’ aqui do blog, embora sejam vistos 2 aparentes yetis no seriado.
Bom, realmente aparecem ali 2 criaturas que evidentemente foram inspiradas em yetis (a Holly, inclusive, menciona que na Terra elas seriam chamadas de “yetis” ou “pés-grandes”), que vivem nas montanhas nevadas atrás da cidade perdida dos sleestaks. Mas, de acordo com os habitantes daquela realidade virtual, essas criaturas são tappas, não são yetis. É outro tipo de humanoide peludo que vive na neve. Por isso O Elo Perdido não foi listado aqui na categoria ‘yetis’, certo?
Então, quem quiser ver um post sobre O Elo Perdido pode dar uma clicada aí do lado em ‘seriados’, mas não em ‘yetis’.
Bom, até a próxima!

segunda-feira, 22 de julho de 2019

ED JUNIOR

Ao longo dos últimos 17 anos, o brasileiro Ed Junior já apareceu em todos os tipos de filme pornô. Mas, curiosamente, ele só participou até hoje de 1 filme de terror pornô.
Se trata de Vampiras Insaciáveis (2006).
Bom, nem há muito o que explicar, né?rs O filme mostra vampiras que transam com os homens e depois mordem eles.
Mais informações sobre o Ed? Lá vai:









Até a próxima!

sexta-feira, 19 de julho de 2019

O ATAQUE DAS COBRAS

título original: Rattlers
título brasileiro: O Ataque das Cobras
ano de lançamento: 1976
país: Estados Unidos
elenco principal: Dan Priest, Elisabeth Chauvet, Sam Chew
direção: John McCauley
roteiro: Jerry Golding e John McCauley

Num deserto dos Estados Unidos, as cascavéis começam a manifestar um comportamento extremamente feroz, atacando em bando e matando as pessoas que elas encontram aleatoriamente pelo deserto. E até mesmo atacando as fazendas da região e matando todas as pessoas e animais que elas encontram por lá!
Sem saber o que fazer, o xerife pede a um professor de Biologia chamado Tom pra investigar o estranho fenômeno. E sob pressão do movimento feminista local, ele é obrigado a contratar pelo menos 1 profissional do sexo feminino pra participar do trabalho, chamando a fotógrafa Ann pra trabalhar em parceria com o Tom.
Eles observam no mapa todos os locais onde aconteceram ataques das cobras e veem que eles formam quase um círculo ao redor de um forte no deserto. E quando decidem ir até lá pra ver qual é a relação que isso tem com os ataques, percebem que o coronel responsável pelo forte sabe muito mais do que parece sobre o assunto...

Nos anos 70, época em que os filmes de terror se focavam tanto nos animais enfurecidos, não podiam faltar produções sobre elas: as cobras, os únicos animais temidos por todas as culturas do Mundo (independente da época e/ou lugar onde uma pessoa foi criada, ela sempre associa: serpente = perigo).
E se você nunca viu um filme de terror sobre cobras e quer começar por uma coisa mais light, O Ataque das Cobras é uma boa.
As cenas em que as cascavéis atacam os humanos não são nada que não possa passar na Sessão da Tarde. Só vão assustar mesmo a quem tiver ofidiofobia (medo compulsivo de serpentes). Se for o seu caso, se prepare pra cena em que a mulher toma banho na banheira...
Sem entrar em muitos spoilers, esse é mais um filme que mostra um velho militar com mania de grandeza e que acha que pode tudo. E os resultados da arrogância dele, é claro, são desastrosos.
Na verdade, ele se envolveu num plano do exército que foi abandonado. Só que, com o complexo de onipotência dele, profundamente convencido de que só ele tá certo e o resto do Mundo tá errado, ele decidiu dar continuidade ao plano sozinho...
O Ataque das Cobras tá bem longe de ser um clássico. Mas não é um filme ruim. E consegue contar uma história com início meio e fim, embora a cena final deixe uma porta aberta pra uma continuação (que nunca rolou).
Mas também dá pra ver que tem cenas que tão lá só pra encher linguiça, tem uma cena sem sentido do Tom pegando um helicóptero pra procurar cobras no chão do deserto lá embaixo (será que ele tem visão telescópica?)...
Mais informações sobre O Ataque das Cobras? Lá vai:


Até a próxima!

quinta-feira, 18 de julho de 2019

DWAYNE JOHNSON

Ao lado da carreira de lutador de wrestling, o californiano Dwayne Johnson (ou The Rock, como ele gosta de ser chamado) segue a carreira de ator, trabalhando principalmente em filmes de aventura e comédias.
Na verdade, ele acabou ficando um pouco estereotipado como o fortão de Hollywood do século XXI, meio que substituindo os fortões que protagonizavam os filmes de aventura dos anos 80 (esses já tão meio velhinhos hoje, né?rs).
E assim, foram poucas as produções de terror em que o Dwayne apareceu até hoje.
Em 2001, ele foi visto no filme O Retorno da Múmia.
É interessante lembrar que, embora esse seja uma continuação do filme A Múmia (1999), que é de terror, ele não se voltou tanto pro terror, mas foi mais pro lado da aventura.
Assim como O Escorpião Rei (2002), que o Dwayne protagonizou, que embora faça parte da mesma franquia da Múmia (é uma pré-sequência), também é um filme basicamente de aventura, não de terror.
E em 2005, ele apareceu no filme Doom: A Porta do Inferno, que já é de terror misturado com ficção científica.
Em 2009, o Dwayne participou em 1 capítulo do seriado Os Feiticeiros de Waverly Place.
E em 2018, ele foi o protagonista e produtor executivo de Destruição Total.
Mais informações sobre o Dwayne? Lá vai:


Até a próxima!

quarta-feira, 17 de julho de 2019

NO CORAÇÃO DA TERRA

título original: At the Earth’s Core
título brasileiro: No Coração da Terra
ano de lançamento: 1976
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: Caroline Munro, Doug McClure, Peter Cushing
direção: Kevin Connor
roteiro: Edgar Rice Burroughs (autor do texto original) e Milton Subotsky

No final do século XIX, o cientista Abner constrói uma perfuratriz, com a ajuda de seu rico ex aluno David.
A intenção deles é explorar o subterrâneo, é claro. Só que, perdendo o controle da máquina, eles acabam descendo muitos e muitos quilômetros abaixo do que pretendiam. E chegam a um misterioso mundo subterrâneo.
Em meio a uma floresta cheia de plantas pré-históricas e monstros gigantes muito parecidos com dinossauros, eles acabam sendo presos por uma espécie de porcos humanoides, os sagoths, que servem a uma espécie de répteis voadores chamados mahars.
E mais: naquele lugar também existem humanos, que são presos pra ser usados como escravos e eventualmente como comida pros mahars.
Fazendo amizade com alguns humanos que encontram ali, o Abner e o David vão tentar armar uma revolução, pra libertar os humanos e dar fim à tirania que os mahars impõem ao mundo subterrâneo.

Inspirado no livro At the Earth’s Core (1914), do illinoisiano Kevin Connor, No Coração da Terra é um filme de aventura de história rasa, que só serve pra você ver, se distrair na hora e não pensar muito. Só chama a atenção pela presença do grande Peter Cushing dando vida ao Abner.
A história é bem maniqueísta: ESSES personagens são do bem e ponto final e AQUELES personagens são do mal e ponto final.
Os vilões assustam? Bom, são os sagoths que fazem as maldades na prática, porque os mahars só ficam lá na caverna deles dando ordens aos sagoths através de telepatia. Mas ambos os grupos parecem mais vilões de seriado infantil.
Aliás, em alguns pontos, No Coração da Terra lembra vagamente O Elo Perdido (1974), né?
Algumas situações ficam sem explicação. Mas até que não são muitas, porque a história é tão simples que você nem gasta muito tempo pensando em alguma coisa que não foi explicada.
Tem boas cenas de ação, mas nada que seja de primeiríssima linha.
Os efeitos especiais são aqueles que você espera ver num filme dos anos 70 mesmo. Nada de mais nem de menos.
Tem também algumas cenas simples de humor (a última, inclusive).
Simplificando: No Coração da Terra não é um filme pra quem gosta de produções elaboradíssimas; mas é legalzinho. Serve pra se distrair.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘criaturas subterrâneas’ que você acha um post sobre O Elo Perdido.
Até a próxima!

domingo, 14 de julho de 2019

DWAYNE CAMERON

O neozelandês Dwayne Cameron talvez seja mais conhecido no Brasil por ter interpretado o ranger mercúrio da 15ª temporada de Power Rangers (2007).
Bom, ele é um ator principalmente de produções de ficção científica. Mas teve até hoje alguns poucos trabalhos na área do terror.
No ano 2000, o Dwayne protagonizou o telefilme Possum Hunter, que parece, mais ou menos, um slasher de floresta.
Em 2003, ele apareceu no filme A Cidade Maldita.
Em 2012, o Dwayne protagonizou o curta-metragem de terror A Dream...
E em 2017, ele apareceu em 1 capítulo do seriado de terror Eye on Entertainment.
De acordo com alguns sites, tem um novo filme de terror com o Dwayne chegando aí. Se chama Silent Fear.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


Até a próxima!

quinta-feira, 11 de julho de 2019

CREATURE FROM BLACK LAKE

título original: Creature From Black Lake
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1976
país: Estados Unidos
elenco principal: Dennis Fimple, Jack Elam, John David Carson
direção: Joy N. Houck Jr.
roteiro: Jim McCullough Jr.

De acordo com os folclores dos Estados Unidos e do Canadá, os sasquatches, também chamados de pés-grandes, são uma espécie de grandes macacos humanoides que vivem nas montanhas e florestas do Oeste da América do Norte (embora existam lendas sobre eles em outras regiões desses países também).
Um subgênero do terror que foi relativamente comum nos anos 70 e 80 foram os filmes de sasquatches.
Na verdade, foi propriamente ao longo dos anos 80 que eles começaram a se tornar mais raros, pelo menos em relação ao gênero ‘terror’... É que, a partir daquela época, quase todos os filmes de sasquatches produzidos nos Estados Unidos e Canadá eram voltados pro público infantil, retratando os pés-grandes como bonzinhos. Alguns exemplos disso são Um Hóspede do Barulho; Pé-Grande (ambos de 1987); e Pé Grande: O Encontro Inesquecível (1994).
Então, produções com o mesmo tema continuaram sendo feitas, mas tendo esse novo público-alvo.
Ao mesmo tempo, temos que reconhecer que filmes de terror de sasquatches dos anos 70 e 80, em sua grande maioria, são pouco mais do que lixo... Alguns são até menos do que lixo mesmo.rs
Mas não é aquele lixo que diverte porque vira uma comédia involuntária; é aquele lixo que chateia, que não prende a atenção, que você fica torcendo pra acabar logo...
Bom, se você é fã de podreiras, digite no Google “horror films 1970s sasquatches”. Provavelmente você vai gostar do que vai encontrar.
Daquela época, pouca coisa se salva. Principalmente por causa dos roteiros, que dão tantas voltas que você acaba nem entendendo a história.
Um dos que se salvam daquela fase é exatamente o tema desse post aqui: Creature From Black Lake.
Em 1º lugar, tenho que dizer a vocês que, apesar da semelhança do título, ele não tem nada a ver com Creature From The Black Lagoon, lançado no Brasil como O Monstro da Lagoa Negra (1954).
Assim, não se preocupem: não apelaram tanto a ponto de transformar o Gill-Man num sasquatch.rsrs
Aliás, a única cena que justifica o título é a cena de abertura do filme, quando um sasquatch mergulhado num lago negro bota a mão pra fora e puxa um homem lá pra dentro, pois não tem nenhum lago negro além desse na história.
Bom, Creature From Black Lake ganha exatamente por apresentar um roteiro mais simples e que não dá tantas voltas:

Um garotão e um balzaquiano que são colegas na faculdade de Biologia, ao ouvirem o professor falar sobre os sasquatches durante uma aula, resolvem ir até as florestas pantanosas e escuras da Louisiana investigar essas criaturas... E realmente eles encontram o que tavam procurando!

Apesar de ser uma produção visivelmente de baixo custo (por exemplo: a história deixa claro que são vários sasquatches, mas só aparece 1 em cada cena, provavelmente porque não tiveram dinheiro pra fazer mais de 1 fantasia) e que conta com os costumeiros ataques de burrice de alguns personagens em algumas cenas, o filme é bom. Desde que você assista levando em conta que é uma produção simples dos anos 70.
Creature From Black Lake tem bons momentos de aventura e suspense. Mas nada de matação, matação, matação... Aliás, poucos personagens morrem na história.
As últimas cenas deixam evidente que pretendiam fazer uma continuação. Mas nunca rolou.
Mais informações sobre Creature From Black Lake? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘criaturas pré-históricas’ que você acha um post sobre O Monstro da Lagoa Negra.
Até a próxima!

quarta-feira, 10 de julho de 2019

DREW ANDREWS

Quem acompanha a carreira do californiano Drew Andrews já deve ter esbarrado por aí com uma certa ‘piadinha’ que ele costuma contar:

“If there’s a hole, I’ll fuck it. If there’s a dick, it can fuck me.”

Bom, é normal que o Drew siga esse lema, levando em conta que ele já manteve uma carreira pornô de 1994 até 2011, ao longo da qual ele já apareceu em todos os tipos de filmes desse gênero (com mulheres, homens e travestis).
Aparentemente, ele deixou a carreira em 2011 mesmo e o paradeiro atual dele é desconhecido, como costuma acontecer com a maioria das pessoas que já trabalharam com pornografia e depois se afastam.
A filmografia do Drew é um tanto difícil de ser organizada, visto que ele deixou de ser creditado em dezenas de filmes nos quais trabalhou. Mas pelo menos 2 deles foram filmes de terror pornô.
Se tratam de Leather After Midnight (1996), que só tem alguns toques superficiais de terror, e VamBires (1998), no qual ele interpretou um vampiro.
Mais informações sobre o ex ator? Lá vai:


Até a próxima!

terça-feira, 9 de julho de 2019

ABELHAS SELVAGENS

título original: The Savage Bees
título brasileiro: Abelhas Selvagens
ano de lançamento: 1976
país: Estados Unidos
elenco principal: Ben Johnson, Gretchen Corbett, Michael Parks
direção: Bruce Geller
roteiro: Guerdon Trueblood

Uma raça de abelhas africanas foi trazida pro Brasil pra cruzar com uma raça sul-americana e, assim, produzir uma raça de abelhas mestiças mais fortes. Mas elas acabaram escapando do cativeiro. E uma rainha, acompanhada por suas operárias, se escondeu num navio de frutas que ia pros Estados Unidos.
Às vésperas do Mardi Gras de 1976, quando o navio atravessava o Rio Mississipi, as abelhas atacaram todos os tripulantes, forçando eles a se jogar na água. E o navio, flutuando a esmo, acabou se chocando contra um navio maior, fazendo as abelhas se assustarem com o impacto e se espalharem pela região...
Numa cidade perto de Nova Orleans, o enxame começa a matar os animais e pessoas que aparecem pelo caminho. Mas o vice-prefeito não quer fazer nada pra não provocar pânico e não estragar o Mardi Gras. Assim, só cabe ao Xerife Donald e a um pequeno grupo de amigos dele se mobilizar pra tentar resolver o problema antes que as abelhas cheguem a Nova Orleans em pleno Mardi Gras.

Bom, temos aqui mais um filme de terror que pegou carona na moda dos animais enfurecidos dos anos 70. Dessa vez, com abelhas.
Mas não esperem ver em Abelhas Selvagens uma história extremamente movimentada. Contudo também não chega a ser um filme paradão.
Aliás, curiosamente, a cena mais parada do filme é a mais famosa, com as abelhas e o carro. Mas o único problema ali é que foi uma cena desnecessariamente demorada.
Abelhas Selvagens não tem nada de CGI (nem era possível fazer isso nos anos 70): todas as abelhas que aparecem no filme são de verdade.
Cerca de 1000000 de abelhas foram usadas pra gravar o filme.
Claro que alguns atores e membros da equipe técnica levaram ferroadas durante as gravações. Mas, curiosamente, foram poucos casos.
Abelhas Selvagens teve uma continuação (1978). Mas tem muito pouco a ver com a história original. A única personagem que aparece nos 2 filmes é a bióloga Jeannie.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


Até a próxima!

segunda-feira, 8 de julho de 2019

DANILO GENTILI

O brasileiro Danilo Gentili é mais lembrado por apresentar o programa de entrevistas The Noite desde 2014. Mas ele também participou de algumas comédias de terror (compreensível, já que ele sempre foi humorista).
Em 2013, ele apareceu na série Nerd of the Dead.
Em 2015, o Danilo participou do telefilme Mansão Bem Assombrada, exibido pelo SBT.
E em 2018, ele foi ator, roteirista e produtor do filme Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro.
Mais informações sobre o Danilo? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Bom, como eu já sei que falar sobre o Danilo Gentili vai criar polêmica entre certas pessoas em relação a política, sou obrigado a fazer uns comentários aqui sobre isso:
Já vou avisando que eu não sou direitista nem esquerdista. Na briga entre esses 2 grupos eu dou a mesma resposta que o Ney Matogrosso dá: eu sou do Independente Futebol Clube. Eu não estou aqui pra defender o PSL, eu não estou aqui pra defender o PT, eu não estou aqui pra defender partido específico nenhum. Mas eu defendo a DEMOCRACIA!
Eu sou, sim, contra os extremismos em geral, não importa se esses extremismos vêm da direita ou da esquerda.
E eu tenho visto o Danilo se manifestar recentemente contra os extremismos também. Só que as censuras que ele tem recebido recentemente por causa disso estão vindo da esquerda. Principalmente vindo de uma das deputadas mais grossas, mais hipócritas e mais tendenciosas do Brasil. Então, eu tenho que apoiar a censura que ela quer impor? Não. E você que está lendo esse texto também não deveria apoiar. Se não, você está abrindo precedentes pra que ela também censure você um dia na 1ª vez em que você discordar de qualquer coisa que ela fale.
Não pense que nenhum político que tem o tipo de atitude que essa deputada teve está preocupado com a sua liberdade de expressão, porque não está, não! Ele vai defender a liberdade de expressão que você tem enquanto você falar só coisas que ele quer ouvir. Quando isso mudar, vai ser mordaça pra você.
E se fosse uma deputada direitista que tivesse esse tipo de comportamento, eu diria exatamente a mesma coisa aqui.
É evidente que (como qualquer cidadão) um político pode se manifestar contra o que eu falei, mas ele não pode decidir por mim o que eu posso ou o que eu não posso falar. Caso alguém não saiba, esse tipo de atitude caracteriza, sim, CENSURA.
É isso que você quer pro Brasil?
Bom, até a próxima!

sexta-feira, 5 de julho de 2019

CALÍGULA

títulos originais: Caligola / Caligula
título brasileiro: Calígula
ano de lançamento: 1979
países: Estados Unidos / Itália
elenco principal: John Gielgud, Malcolm McDowell, Peter O’Toole
direção: Bob Guccione, Giancarlo Lui e Tinto Brass
roteiro: Bob Guccione, Giancarlo Lui e Gore Vidal

“Filme pornô de luxo.”

“Filme pornô chique.”

“Filme pornô pra intelectuais.”

É. Calígula já foi chamado de tudo isso. E não podemos negar que é mesmo um filme pornô, pois contém cenas reais de sexo no início, no meio e no fim do seu desenrolar.
Só que não era bem isso que era pra ser no início...
Depois que Calígula estreou, a atriz Anneka di Lorenzo (hoje já falecida) processou a direção do filme, por terem feito ela participar de um filme pornô sem ela saber: de acordo com a atriz, as cenas reais de sexo só foram feitas depois que o resto do filme já tava pronto. E várias outras fontes parecem confirmar o que ela disse, mostrando que a maior parte do elenco convencional nem sabia que as cenas pornô seriam feitas e anexadas ao filme.
Diga-se de passagem, são cenas reais de sexo de TODOS os tipos possíveis: cenas héteros, cenas gays e cenas lésbicas.
Dizem que o motivo disso foi o seguinte: o produtor de Calígula era o Bob Guccione, que achou que o filme tava ‘suave’ demais, ia acabar passando batido, e aí ele decidiu botar cenas mais polêmicas no filme pra ele chamar mais atenção. E como ele era o dono da Revista Penthouse, ele chamou alguns atores e atrizes pornô que trabalhavam pra ele e aí gravou essas cenas com sexo de verdade e acrescentou isso à edição final do filme. E o Malcolm McDowell e o Peter O’Toole foram os únicos atores do elenco convencional avisados disso com antecipação.
Cenas de sexo simulado também aparecem com frequência entre o elenco convencional. E homens pelados e mulheres peladas (inclusive em cenas sem teor sexual) também podem ser vistos ao longo do filme todo.
Polêmicas à parte, o que Calígula faz é contar, de forma muito fantasiosa, os últimos dias de reinado do Imperador Tiberius I e depois o reinado todo do Imperador Calígula (respectivamente, o 2º e o 3º imperadores do Império Romano).
Mas a tecnologia avançada que é atribuída à época (lembrando que a história se passa no século I), os exageros com que os cenários são mostrados e a forma caricata como a personalidade dos personagens é retratada, acabam transformando Calígula numa simples comédia de humor cáustico, regada a cenas de nudez e sexo. Tem lá umas 3 ou 4 cenas que tentam reproduzir acontecimentos reais, mas o resto do filme é fantasia... Ou pornografia, se vocês preferirem dizer assim, né?rsrs
Se é isso que você tá procurando, divirta-se. Mas se você tá atrás de um filme épico, que procura retratar fielmente o Império Romano, não é isso que você vai encontrar aqui.
Quanto ao protagonista e personagem-título do filme, pelo menos 90% das maldades que ele comete tão associadas a... vamos dizer assim, pênis, vaginas e ânus, pra usar termos suaves. Ou, no mínimo, tem uma mulher pelada e/ou um homem pelado fazendo parte da cena.
Simplificando: o Calígula é retratado como um tarado louco, gratuitamente mau e com muito poder político nas mãos.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


Até a próxima!

quinta-feira, 4 de julho de 2019

DRAKE BELL

O californiano Drake Bell é mais conhecido no Brasil por ter participado do seriado de comédia infanto-juvenil Drake & Josh (produzido de 2004 até 2007).
Aliás, ao lado da carreira de cantor, ele é basicamente um ator de comédias, na grande maioria das vezes feitas pra televisão. Mas nos últimos anos, ele tem aparecido com uma relativa frequência em produções de terror light. Principalmente em seriados:
Em 2002, o Drake teve a estreia dele na área protagonizando 1 capítulo do seriado A Hora do Arrepio.
Em 2009, ele apareceu em 3 capítulos do seriado I <3 Vampires.
Em 2012, o Drake protagonizou 1 capítulo do seriado BlackBoxTV.
Em 2015, ele foi visto pela 1ª vez num longa-metragem de terror: L. A. Slasher.
E no ano seguinte, o Drake protagonizou 1 capítulo do seriado de terror Suspense.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


Até a próxima!