segunda-feira, 29 de novembro de 2021

AS DUPLAS FEMININAS DO MAL DOS TOKUSATSUS OITENTEIROS


Tokusatsu. Palavra da Cultura Pop que é uma contração da frase japonesa “Tokushu kooka satsuei”, ou seja, “Filmagem com efeitos especiais”.
E tem gente que pega essa contração e ainda abrevia: fala “toku” em vez de “tokusatsu”.
Bom, como acho que já deu pra entender, o que é definido como tokusatsu é aquele gênero de seriados (ou, em menor quantidade, filmes) com pessoas de carne e osso, sobre heróis e/ou monstros passando por histórias de aventura e produzidos no Japão (ou coproduzidos entre o Japão e outro país).
E se você foi criança e/ou adolescente no Brasil nos anos 70, 80 ou 90, acho impossível que você não tenha no mínimo ouvido falar em alguns deles. Principalmente nos que foram produzidos nos anos 80, que foi a época que serviu como o epicentro do contato com esses programas através da TV aberta do Brasil (principalmente quem costumava ver a Rede Manchete naquela época sabe o que eu quero dizer rsrs).
E uma das características dos seriados japoneses de aventura dos anos 80 foi bastante comum no núcleo dos vilões: 2 personagens femininas que sempre andavam juntas e ocupavam o mesmo posto na quadrilha da qual elas faziam parte.
Pois é. Em quase todo tokusatsu dos anos 80, uma dessas duplas femininas tava lá no time do mal.
A função dessas personagens variava um pouco de um seriado pro outro. O principal ponto em comum entre elas que eu observo é que essas vilãs rarissimamente ocupavam um posto de liderança muito alto na organização da qual elas faziam parte. Geralmente elas só tinham autoridade pra mandar nos monstros e nos soldados da organização.
Elas apareciam pela 1ª vez sempre no mesmo episódio e morriam quase na totalidade das vezes também no mesmo episódio (e muitas vezes, na mesma cena).
E na hora de encarar os heróis no campo de batalha, elas geralmente eram vistas junto com algum vilão que ocupava um posto mais alto na organização, cada uma de um lado dele, quase sempre usando roupas parecidas, mas de cores diferentes. E mesmo quando não existia outro vilão presente, era raro ver uma dessas vilãs sozinha em alguma cena, sem a outra junto dela.
Algumas dessas vilãs eram guerreiras, outras eram só espiãs e outras funcionavam mais como parte da decoração, já que não faziam nada ou quase nada na prática além de ladear outro vilão.
Bom, vamos ver de quem exatamente a gente tá falando?
BERA & BESU
Em Goggle Five, os Guerreiros do Espaço (1982), elas eram originalmente 2 bonequinhas que ficavam dentro do sarcófago do Comandante Desmark enquanto ele dormiu lá dentro.
Quando acordou, o vilão deu vida à Bera e à Besu e fez elas crescerem até o tamanho humano, pra que passassem a trabalhar como as aias dele.
GASH & SHADOW
Em Spielvan (1986), essas vilãs foram definidas pelo protagonista do seriado como “guerreiras mutantes bio”... Embora ele nunca explique o que é isso, dá a entender que se trata de um tipo superior de guerreiro mutante, com algumas partes do corpo cibernéticas.
A Gash e a Shadow trabalhavam como espiãs do Império Water, quase sempre atuando sob o comando da Lai.
KARA & MARA
Em Black Kamen Rider (1987), elas eram 2 mutantes que o Shadow Moon criou com a própria energia dele, já nos últimos episódios do seriado.
E ele fez isso só pra elas fazerem parte da decoração do Santuário de Gorgom, já que, durante 90% da vida da Kara e da Mara, elas só ficavam paradas à direita e à esquerda do Shadow Moon olhando o circo pegar fogo enquanto os outros vilões é que agiam de fato. E podem somar a isso o fato de que elas nunca falaram nenhuma palavra em nenhum episódio do seriado.
KENON & MARSHAL
Em Jiban (1989), elas começaram muito bem hierarquicamente, ocupando um posto de liderança em Baiolon inferior apenas ao próprio Dr. Jean-Marie. Mas foram desbancadas quando o Jean-Marie criou a Mado-Garbo, fazendo dela a 2ª no comando depois dele.
Mesmo assim, até o último episódio, a Kenon e a Marshal nunca deixaram de ser personagens bem atuantes na história, trabalhando ao mesmo tempo como guerreiras, espiãs e carrascas (eram elas que matavam os membros traidores da organização).
KIRA & MIRA
Em Denshi Sentai Denziman (1980), elas eram as aias da Rainha Hedorian, a Soberana de Beda. E embora não fossem guerreiras, elas também iam frequentemente ao campo de batalha pra observar as lutas contra os heróis.
Ao contrário de outros grupos de vilões do mesmo tipo, a Kira, a Mira e os outros membros de Beda formavam um clã no qual existia amizade sincera e apreço recíproco entre eles.
KIRT & URK
Em Comando Estelar Flashman (1986), elas eram as assistentes e guarda-costas dos 3 generais de Mess, ou seja, o Gals, a Néfer e o Wandar.
Embora nunca tenham tomado nenhuma atitude significativa ao longo da história, a Kirt e a Urk eram bastante agressivas e violentas na hora de meter a porrada nos inimigos.
MISS AKUMA 1 & MISS AKUMA 2
Em Sharivan, o Guardião do Espaço (1983), elas tinham 2 funções básicas entre os membros de Mad: fazer serviços de espionagem pra Dra. Porter e trabalhar como guarda-costas do General Gailer.
A Miss Akuma 1 e a Miss Akuma 2 são a única dupla mencionada aqui em que as personagens encontram seus destinos finais em episódios diferentes do seriado.
SECRETÁRIA K & SECRETÁRIA S
Em Metalder, o Homem-Máquina (1987), elas eram as secretárias do empresário milionário Makoto Dobara, trabalhando pra ele na sala presidencial do Colosso do Império Neroz.
Como o Makoto não era ninguém menos do que a identidade humana do Imperador Neroz, quando ele se transformava, a Secretária K e a Secretária S também passavam a usar roupas de guerreiras (inclusive, elas participavam do processo de transformação dele, fechando as persianas do escritório do vilão pra que a escuridão cobrisse ele no momento da mutação). Mas foram bem raras as vezes em que essas vilãs partiram pra porrada pessoalmente contra os heróis do seriado.
GURU & PURIMA
Em O Fantástico Jaspion (1985), elas eram originalmente membros da quadrilha dos Quadridemos, ao lado do Iki e do Zampa. Mas, com a destruição desses 2, passaram a atuar mais como espiãs e guerreiras do MacGaren, demonstrando mais dedicação a ele do que ao próprio Satan Goss.
Ao contrário dos seus colegas Iki e Zampa, a Guru e a Purima nunca tentaram cada uma atacar o Jaspion sozinha. Elas partiam pro combate sempre em dupla e, na grande maioria das vezes, escoltadas por soldados.
AMAZONA nº 1 & AMAZONA nº 2
Em Jaspion também existiu outra dupla feminina do mal, mas com infinitamente menos destaque do que a Guru e a Purima: a Amazona nº 1 e a Amazona nº 2 foram um par de guerreiras mutantes criadas a mando do MacGaren no 10º episódio e mortas pelo herói no mesmo episódio.

👹👹👹

Outras ocasiões em que a Multibússola já falou sobre...

BLACK KAMEN RIDER



DENZIMAN



FLASHMAN


GOOGLE FIVE


JASPION


JIBAN


METALDER



SHARIVAN




SIPIELVAN


Até Dezembro!

sábado, 27 de novembro de 2021

TERROR NA ÁGUA 3D

título original: Shark Night
título brasileiro: Terror na Água 3D
ano de lançamento: 2011
país: Estados Unidos
elenco principal: Chris Carmack, Dustin Milligan, Sara Paxton
direção: David R. Ellis
roteiro: Jesse Studenberg e Will Hayes

Um rapaz e uma moça brincam na beira de um lago. Até que o rapaz sai e se afasta alguns metros...
De repente, alguma coisa por baixo da água agarra a moça, que começa a chamar pelo namorado. Mas ele tá com o rádio ligado e longe demais pra escutar. E nem vê quando ela é puxada pro fundo da água e some...

Não. Isso não é a descrição da 1ª cena de Tubarão (1975).rsrs Mas, certamente é uma homenagem à referida cena, já que é assim que Terror na Água 3D começa. E como ele também é um filme de terror sobre tubarões...
A diferença é que esse aqui se passa num lago, tem vários tubarões em vez de 1 só e tem vilões humanos envolvidos nessa situação bizarra.
Aliás, embora o filme faça um certo suspense sobre como tubarões de várias raças diferentes foram parar num lago sem conexão com o Mar, você não tem nenhuma grande surpresa quando descobre exatamente o que houve. Porque nos primeiros 15 minutos de filme já dá pra ver explicitamente quem são os vilões (embora tenha mais 1 que só vai ser identificado mais tarde).
Mas até que funciona bem, porque são aqueles vilões que você torce mesmo pra se darem mal pelo que fizeram. E sem entrar em spoilers, você vai gostar do destino final que eles vão ter.rsrs Enfim, eles agem só por sadismo mesmo. Não há nenhuma vingança ou outra causa que justifique as atitudes deles.
O mais bizarro é que eles amarraram câmeras nas barrigas dos tubarões... Fica meio difícil entender como conseguiram fazer isso, né?rsrs
O final também não chega a impressionar. Se você tá acostumado a ver filmes de terror, não é difícil deduzir quem vai sobreviver no fim do filme.
Terror na Água 3D completou 10 anos de lançamento em Agosto. E foi o canto do cisne do diretor David R. Ellis, que morreu em Janeiro de 2013.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘animais enfurecidos’ que você acha um post sobre Tubarão.
Até a próxima!

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

JUSTIN KIRK

O oregoniano Justin Kirk é um ator basicamente de teatro. E na televisão e no cinema ele trabalhou principalmente em comédias, o que torna poucos os filmes de terror em que ele apareceu até hoje.
Em 2009, ele protagonizou Four Boxes.
No ano seguinte, o Justin protagonizou A Presença.
Em 2012, ele foi visto na comédia de terror Vampiras.
E em 2016, o Justin participou do reboot feminista dos Caça-Fantasmas.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:








Até a próxima!

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

O TUBARÃO DO PÂNTANO

título original: Swamp Shark
título brasileiro: O Tubarão do Pântano
ano de lançamento: 2011
país: Estados Unidos
elenco principal: D. B. Sweeney, Kristy Swanson, Robert Davi
direção: Griff Furst (creditado aqui como G. E. Furst)
roteiro: Charles Bolon, Eric Miller e Jennifer Iwen

O xerife de uma região pantanosa formada por vários lagos interligados é um fornecedor de animais exóticos pra colecionadores do mercado negro. E agora ele conseguiu capturar um tubarão de uma raça extremamente rara, vinda de profundezas extremas do Mar.
A fera foi posta num container, que tá sendo transportado de caminhão por uma estrada da jurisdição do xerife. Mas o bicho começa a se debater lá dentro e acaba virando o container. E o tubarão acaba caindo no lago ali do lado e sai nadando pra longe.
A criatura não demora a começar a fazer vítimas entre os humanos e animais que vivem na região. E a dona de um restaurante local chamada Rachel resolve organizar um pequeno grupo pra caçar a fera. Mas isso não vai ser fácil, já que a criatura, além de muito feroz, também é muito mais resistente do que os tubarões comuns e tem a pele imperfurável por tiros!

O Tubarão do Pântano completou 10 anos de lançamento em Junho.
É aquele telefilme de terror regular. Não é nenhuma obra-prima, mas também não é ruim.
Tentam fazer um certo suspense com a chegada de um forasteiro chamado Tommy, que se junta à Rachel pra pegar o tubarão. Mas quando ele revela o motivo da presença dele ali, isso não chega a ser nada extremamente surpreendente.
Também não faltam alguns clichês, como o casal que se afasta de todo mundo pra ir transar num lugar idiota e acaba sendo morto pelo monstro. Mas isso até que passa batido.
E não esperem ver aqui um filme de terror com muitas cenas de violência explícita, porque isso quase não aparece (na verdade, é uma produção que agrada mais a quem tá a fim de ver filmes de terror mais voltados pra aventura).
E o próprio tubarão aparece muito pouco em detalhes.
Ou seja, vale a pena ver O Tubarão do Pântano, mas levando em conta que é uma produção mediana, que não vai mostrar nada que espante nenhum fã de terror.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


Até a próxima!

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

JUSTIN HARTLEY

O illinoisano Justin Hartley talvez seja mais conhecido entre os fãs de aventura por ter interpretado o herói Oliver Queen, o Arqueiro Verde, em Smallville (de 2006 até 2011).
Aliás, ele é um ator basicamente de televisão, tendo feito poucos trabalhos no cinema até hoje. E raríssimos filmes de terror.
A estreia do Justin na área foi em 2008, em Red Canyon.
E em 2020, ele apareceu em A Caçada.
Mais informações sobre o Justin? Lá vai:










Até a próxima!

domingo, 21 de novembro de 2021

DESAPARECIDOS

título original: Desaparecidos
ano de lançamento: 2011
país: Brasil
elenco principal: Charlene Chagas, Fernanda Peviani, Pedro Urizzi
direção: David Schurmann
roteiro: David Schurmann e Rafael Blecher

Em Outubro de 2011, 6 câmeras digitais foram encontradas abandonadas no meio de uma floresta de Ilhabela. Algumas, sujas com sangue...
As imagens encontradas nessas câmeras foram mantidas em sigilo. Mas agora as autoridades decidiram revelar o que elas continham...

Se você já viu A Bruxa de Blair (1999), acho quase impossível que você não tenha se lembrado desse filme agora, já que ele começa com um aviso do mesmíssimo tipo. Mas o que a sinopse menciona é um aviso mostrado no início de Desaparecidos, produção que vai completar 10 anos de lançamento em Dezembro.
E as semelhanças não param por aí: todo o desenvolvimento da história de Desaparecidos segue os passos da história da Bruxa de Blair, já que a intenção do diretor foi mesmo criar uma versão brasuca da história da Heather, do Josh e do Mike.
Até uma cena que foi deletada da Bruxa de Blair, que mostraria o Mike morto e amarrado em cipós, foi aproveitada com um dos personagens de Desaparecidos.
A diferença básica é que aqui tudo se passa numa única noite e os garotos não entram na floresta com a intenção de fazer um documentário.
Ah, sim: e a criatura bizarra que persegue eles na floresta não é uma bruxa. Mas também não é explicado exatamente do que se trata...
De qualquer forma, a criatura é creditada no encerramento do filme como “Escravo”. E juntando isso à história contada sem muitos detalhes por um caipira que os garotos encontram, a gente consegue entender mais ou menos o que ele é.
Desaparecidos foi todo filmado durante 5 dias e conta só com atores iniciantes e/ou pouco conhecidos.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘góticos’ que você acha um post sobre A Bruxa de Blair.
Até a próxima!

sábado, 20 de novembro de 2021

IAIN GLEN

O escocês Iain Glen talvez seja mais famoso por ter interpretado o personagem Jorah Mormont no seriado Game of Thrones (2011). E a maioria das produções de que ele participou foram filmes e seriados de aventura e dramas. Mas as produções de terror até que são relativamente comuns no currículo dele.
No ano 2000, ele apareceu no filme A Casa do Mal e no telefilme O Mistério de Wyvern.
Em 2002, o Iain foi visto em A Sétima Vítima.
Em 2004, ele fez parte do elenco de Resident Evil 2: Apocalipse como o personagem Isaacs. E ele voltaria a interpretar o mesmo personagem em Resident Evil 3: A Extinção (2007) e em Resident Evil 6: o Capítulo Final (2016).
E em 2012, 1 episódio do seriado Haven contou com a presença do Iain.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:



ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

A NOITE DO CHUPACABRAS

título original: A Noite do Chupacabras
ano de lançamento: 2011
país: Brasil
elenco principal: Joel Caetano, Mayra Alarcón, Petter Baiestorf
direção e roteiro: Rodrigo Aragão

Em meio a uma gigantesca região florestal do interior do Brasil se pode encontrar uma casa aqui, outra lá a muitos quilômetros de distância, mais outra a outros tantos quilômetros de distância...
Numa dessas casas mora a Família Silva e em outra mora a Família Carvalho. E ambas vivem numa guerra sangrenta uma contra a outra.
Tudo começou quando o Patriarca Carvalho foi encontrado morto no meio da floresta. E o assassinato foi atribuído à Família Silva.
As coisas pioraram quando um rapaz Silva transou com uma moça Carvalho. E pouco depois, quando ele se mudou pra um centro urbano pra estudar, se recusou a levar ela junto. E a garota surtou e se suicidou por causa disso.
O que ninguém imagina é que quem matou o velho Carvalho não foi ninguém da Família Silva. Aliás, não foi nem sequer alguém humano...
Animais mortos misteriosamente têm aparecido ali cada vez com mais frequência. E só o que dá pra ver é que quem (ou o quê) faz isso tem um par de olhos brilhantes que aparecem na escuridão da noite.

Um filme chamado A Noite do Chupacabras dá a entender que você vai ver uma história sobre esse monstro, certo? E não posso negar que você vê aqui uma história que tem esse monstro presente. Mas se engana quem pensa que a história gira em torno dele.
O tema principal do filme é a inimizade mortal entre as 2 famílias de caipiras. Inimizade essa que já chegou a um ponto tão extremo que os 2 lados tão esperando só um mínimo detalhe pra partir pro extermínio recíproco definitivo.
Enfim, é um ambiente que não vai durar muito mais tempo e que já tá pra desabar a qualquer momento. Na prática, o ataque definitivo do monstro só serve pra destruir as últimas ruínas daquela comunidade.
O filme nunca explica o que o monstro é. Pode ser um ser sobrenatural (o que é mais provável, já que vemos que a floresta abriga pelo menos mais outra presença sobrenatural além dele) ou pode ser um animal de espécie não catalogada pela Biologia. Mas isso também não faz diferença.
De qualquer forma, na última cena é que a gente entende como a espécie do monstro se reproduz.
Vale lembrar que A Noite do Chupacabras tem várias cenas splatter. É um filme só pra quem não se incomoda com gore mesmo.
O roteiro desse filme, que completou 10 anos de lançamento em Julho, faz uma vaga referência a um filme anterior do Rodrigo Aragão, chamado Mangue Negro (2008). Mas A Noite do Chupacabras não é uma continuação de Mangue Negro (forçando a barra, pode ser considerado no máximo um spin-off). Parece mais que os 2 filmes contam histórias de terror independentes uma da outra, mas que se passam em lugares próximos.
Como ponto negativo, eu destaco o excesso de palavrões durante o filme todo. Não sou contra falar palavrão (desde que tenha lógica). Mas qualquer palavra que seja repetida, repetida, repetida, repetida, repetida, repetida, repetida, repetida, repetida, repetida... começa a encher o saco. É ou não é? E é isso que acontece com os palavrões aqui.
Mais informações sobre A Noite do Chupacabras? Lá vai:


Até a próxima!

domingo, 14 de novembro de 2021

JUNICHI HARUTA

O japonês Junichi Haruta é mais conhecido no Brasil por ter interpretado o vilão MacGaren, do Fantástico Jaspion (1985).
Aliás, vale lembrar que ele também apareceu em 4 outros seriados japoneses de aventura dos anos 80 exibidos na TV aberta do Brasil: Goggle Five, os Guerreiros do Espaço (1982); Metalder, o Homem-Máquina (1987); Cybercops, os Policiais do Futuro; e Jiraiya, o Incrível Ninja (ambos de 1988). Até porque, durante toda a juventude dele, o Junichi foi um ator e dublê de filmes e seriados de aventura (e mesmo quando ele participava como ator, ele sempre fazia questão de atuar pessoalmente nas cenas de ação desse tipo de programa).
Mas ele também já foi visto em algumas poucas produções de terror.
Em 1986, o Junichi protagonizou o curta-metragem Baioserapi.
E em 1999, 1 episódio do seriado de terror Ringu: Saishusho contou com a presença dele.
Outros seriados de que o Junichi participou e que a Multibússola já indicou foram Denshi Sentai Denziman (1980), Taiyo Sentai San Barukan (1981), Kagaku Sentai Dynaman (1983) e Chojin Sentai Jetman (1991).
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções japonesas’ que você acha posts sobre Baioserapi, Cybercops, Denziman, Dynaman, Goggle Five, Jaspion, Jetman, Jiraiya, Metalder e San Barukan.
Até a próxima!

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

A HORA DA ESCURIDÃO

títulos originais: Fantom / The Darkest Hour
título brasileiro: A Hora da Escuridão
ano de lançamento: 2011
países: Estados Unidos / Rússia
elenco principal: Emile Hirsch, Max Minghella, Olivia Thirlby
direção: Chris Gorak
roteiro: Jon Spaihts, Leslie Bohem e M. T. Ahern

Depois de terem levado um golpe de um empresário desonesto, 2 garotos americanos chamados Sean e Ben aproveitam que se encontram em Moscou e vão conhecer a cidade à noite. E numa boate, eles encontram 2 turistas americanas chamadas Anne e Natalie.
De repente, as luzes se apagam e todos os aparelhos param de funcionar. E saindo da boate, todos veem que as luzes de todos os estabelecimentos da cidade também se apagaram, ao mesmo tempo em que luzes estranhas começaram a aparecer no Céu.
Essas luzes vão aterrissando por toda a cidade, sendo que uma delas pousa na rua bem ao lado da boate e fica invisível assim que toca o chão.
Enquanto uma multidão se aglomera ali ao redor, um policial se aproxima pra tocar na coisa. Mas ele é desintegrado assim que faz isso!
Diante da cena, todos entram em pânico e saem correndo. E o Sean, o Ben, a Anne e a Natalie vão se esconder no depósito da boate, só tendo coragem de sair dali 3 dias depois. Mas, quando saem, encontram tudo bem pior do que imaginavam: as ruas de Moscou tão completamente desertas e cheias de carros batidos espalhados por toda parte, enquanto vários montinhos de poeira (provavelmente pessoas e animais desintegrados) tão espalhados pelo chão.
Será que ainda sobrou algum lugar seguro pra onde se pode ir?

Já posso começar dizendo que, se você é fã de Jonny Quest (1964), certamente esse filme vai lembrar muito a você o 20º episódio (O Monstro Invisível). Mais especificamente, em várias cenas você consegue vislumbrar uma presença feita de energia, que não pode ser tecnicamente enxergada e que vai destruindo todas as coisas em que ela encosta enquanto vai seguindo em frente.
A maior parte da história se limita a mostrar os humanos andando por uma grande cidade deserta e semidestruída e se escondendo das criaturas que desceram do espaço quando percebem que elas tão se aproximando. São pouquíssimas aqui as cenas de luta aberta entre heróis e vilões.
Mas, exatamente por isso, A Hora da Escuridão tem boas cenas de suspense. Principalmente quando você vê os humanos se escondendo e torce pra eles não serem encontrados pelas criaturas invasoras.
O filme também não tem momentos parados, já que os humanos têm que ficar em alerta durante 100% do tempo pra não serem atacados e transformados em pó.
Comparando A Hora da Escuridão com outros filmes do mesmo tipo, eu diria que é um filme bom e se vê que recebeu um investimento melhor na produção.
Claro que tem algumas esquisitices, como uma personagem que cai num rio e vai parar a quase 1 quilômetro dali em poucos segundos, um ônibus que sai rodando apesar de se encontrar freado e tal.
Mas, desconsiderando uma bobagem ou outra, se você gosta de suspense e de filmes de invasão extraterrestre, você vai gostar dessa coprodução russo-estadunidense que vai completar 10 anos de lançamento em Dezembro.
Mais informações sobre A Hora da Escuridão? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘seriados’ que você acha um post sobre Jonny Quest.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

JUN YOSHIDA

O japonês Jun Yoshida provavelmente é mais conhecido no Brasil por ter interpretado a Sacerdotisa Paú em Shaider, o Detetive do Espaço (1984) e o espadachim Taurus em Black Kamen Rider (1987), ambos pouco antes que ele deixasse a carreira de ator.
Mas pouca gente sabe que, em 1967, mesmo ano em que ele estreou como ator, com 6 anos, ele já tinha participado de um filme de terror: Jain.
Outros seriados em que o Jun fez participações menores e que a Multibússola já indicou foram Spielvan (1986) e Jiban (1989).
Mais informações sobre o ex ator? Lá vai:







E dê uma clicada aí do lado em ‘produções japonesas’ que você acha posts sobre Black Kamen Rider, Jiban, Shaider e Spielvan.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

terça-feira, 9 de novembro de 2021

A FÚRIA DE SIMUROC

título original: Roadkill
título brasileiro: A Fúria de Simuroc
ano de lançamento: 2011
países: Estados Unidos / República da Irlanda
elenco principal: Diarmuid Noyes, Kacey Clarke, Ned Dennehy
direção: Johannes Roberts
roteiro: Andrew Rangel e Rick Suvall

Um pequeno grupo de jovens americanos vão dar um passeio pelas estradas desertas das charnecas irlandesas com uma van.
No caminho, eles param pra abastecer numa espécie de comunidade cigana.
Uma das garotas fica perto do carro, enquanto os outros entram numa loja. E ela acaba sendo abordada por uma velha cigana deformada, que pede pra ler a mão dela. Mas, de repente, a velha começa a dar uns trancos e diz que os forasteiros precisam ir embora dali imediatamente!
Dentro da loja, os outros acham interessante um pequeno amuleto que o dono do lugar, chamado Luca, mantém pendurado no pescoço. E embora o coroa diga que o amuleto não tá à venda, eles insistem em comprar.
O Luca tenta passar a perna neles, se afastando e depois voltando com uma caixa fechada com outra coisa dentro que ele entrega aos americanos. Mas ele fica com o dinheiro da venda.
Claro que isso resulta numa briga que acaba com os garotos arrancando o amuleto do pescoço do cigano e correndo de volta pra van. Mas, quando começam a se afastar, eles atropelam a velha que tava ali. E nos últimos suspiros, ela amaldiçoa o grupo, dizendo que o Simuroc vai pegar todos eles.
Depois de tentar inutilmente prestar socorro à cigana, os garotos fogem dali o mais rápido que podem.
De acordo com um dos garotos, Simuroc é uma ave de rapina lendária invencível, mas que tem medo de fogo.
No meio da estrada, uma grande quantidade de névoa aparece do nada e faz eles se perderem. Ao mesmo tempo em que eles escutam o grito de uma ave de rapina lá fora e alguma coisa começa a atacar a cobertura da van. Mas os problemas deles ainda vão ficar muito mais sérios do que isso...

A Fúria de Simuroc completou 10 anos de lançamento em Abril. E é um dos filmes da Maneater.
Até que temos aqui alguma originalidade: um filme de terror gravado na República da Irlanda que tem uma ave de rapina como único monstro da história e na qual a mocinha mais boazinha do grupo de heróis não é a única sobrevivente no final do filme. Nada disso são coisas que se vê todo dia, né?
Tirando isso, é um filme bastante trash. Inclusive, o monstro é incrivelmente não assustador.rsrs
Um urutau de verdade é muito mais feio do que aquilo. A não ser que você tenha ornitofobia (medo compulsivo de aves), o Simuroc não vai provocar nada parecido com medo em você.
Uma grande contradição também fica no ar...
Logo vemos que o Simuroc não consegue atacar nenhuma pessoa que use o amuleto do Luca. Mas, pelo que ficou claro, a criatura só tá perseguindo os garotos por causa da maldição da cigana, ou seja, de alguma forma, aqueles ciganos controlam o monstro através de magia, certo? Só que, não muito tempo depois do atropelamento, a criatura mata uma mulher que era uma habitante local e que obviamente fazia parte da comunidade cigana.
E o Luca quer compulsivamente recuperar o amuleto pra se proteger. Por quê, se ele também faz parte da comunidade cigana?
Será que isso significa que o Simuroc mata qualquer pessoa que ele encontre pelo caminho, inclusive os ciganos? Porque, se é isso, a cigana que morreu não podia controlar ele. E portanto, a maldição dela não faz sentido.
Como clichê básico, o filme retrata os caipiras (no caso aqui, como já vimos, ciganos que moram numa comunidade rural) daquela forma que a gente sempre vê em filmes de terror: de aparência meio suja, grosseiros, avessos a forasteiros e meio psicopatas.
As cenas de humor são poucas, mas ficam mais por conta do personagem Chuck.
Então, veja A Fúria de Simuroc se você quiser se distrair e ver algo relativamente sem clichês, mas sem esperar grandes coisas, é claro.
Curiosamente, eu lembro que esse filme foi um dos últimos DVDs que eu aluguei na época das saudosas locadoras de vídeo.
Bom, outro filme da Maneater que eu já indiquei aqui foi A Criatura da Montanha (2011).
Mais informações sobre A Fúria de Simuroc? Lá vai:


E dê uma clicada aí lado em ‘criaturas pré-históricas’ que você acha o post sobre A Criatura da Montanha.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

JOSH STEWART

O virginiano-ocidental Josh Stewart talvez seja mais conhecido no Brasil por ter interpretado o policial Brendan na última temporada de Parceiros da Vida (2005), ainda no início da carreira dele.
Mas produções de terror nunca foram raras no currículo dele.
A estreia do Josh na área foi em 2007, em Jekyll.
No ano seguinte, ele apareceu em Jovens Malditos.
Em 2009, o Josh protagonizou O Colecionador de Corpos. E ele voltaria em 2012 como o mesmo personagem na continuação O Colecionador de Corpos 2.
Um 3º filme da franquia se encontra em fase de produção e também deve contar com o Josh como o mesmo personagem.
Em 2010, ele foi visto em 1 episódio do seriado Entre Vidas.
No ano seguinte, o Josh participou de Rehab.
Em 2012, 1 episódio de Grim: Contos de Terror e 4 episódios de The Walking Dead contaram com a presença dele.
No ano seguinte, foi a vez do filme The Hunted, que além de ter o Josh como protagonista, produtor e até operador de câmera, também foi a estreia dele como diretor e roteirista. E segue o mesmo estilo de terror da Bruxa de Blair (1999).
Em 2014, ele apareceu em Psychotic State.
Em 2016, o Josh protagonizou Cold Moon e The Neighbor.
Em 2018, ele foi visto em Discarnate e Sobrenatural: a Última Chave. E também foi o protagonista e produtor do filme O Chamado do Mal.
Mais informações sobre o Josh? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre A Bruxa de Blair e Parceiros da Vida.
Até a próxima!

sábado, 6 de novembro de 2021

A CRIATURA DA MONTANHA

título original: Behemoth
título brasileiro: A Criatura da Montanha
ano de lançamento: 2011
países: Canadá / Estados Unidos
elenco principal: Ed Quinn, Pascale Hutton, William B. Davis
direção: W. D. Hogan
roteiro: Rachelle S. Howie

Hoje a Multibússola vai começar outra série: a gente vai lembrar as produções que tão completando 10 anos esse ano.
Vamos ver o que temos a dizer sobre a 1ª:

O velho William, um dos habitantes mais antigos da pequena cidade de Ascenção, passa o tempo fazendo pesquisas sobre monstros de diferentes mitologias que, de acordo com os povos antigos, um dia chegarão pra destruir o Mundo.
Ele acredita que uma dessas criaturas vai aparecer de fato algum dia. Mas ninguém leva ele a sério, pensando que ele tá tendo sinais de alzheimer ou alguma coisa assim.
Em 2010, o Serviço de Missões Secretas dos Estados Unidos detetou um movimento estranho no subterrâneo, constatando que alguma coisa tá subindo na direção de um vulcão extinto, o Monte Lincoln. E o mesmo fenômeno aconteceu há cerca de 30000 anos atrás e de novo há cerca de 15000 anos atrás.
Passados 6 meses, a sismóloga Emily consegue detetar alguma coisa com um volume gigantesco se erguendo do subterrâneo e causando fenômenos estranhos no planeta todo. E ela concorda que a tal coisa tá indo na direção do topo do Monte Lincoln, aproveitando a cratera do vulcão como caminho.
Ao mesmo tempo, terremotos rápidos, mas muito intensos, começam a atingir Ascenção, localizada ao lado do vulcão. E acreditando que uma erupção se aproxima, a Emily e o ex namorado dela, chamado Thomas, conseguem convencer o xerife a evacuar a cidade.
Embora isso ajude, o problema que eles vão encontrar não é uma erupção vulcânica. Mas sim algo muito maior (em todos os sentidos) e que o William já tinha previsto!

A Criatura da Montanha é aquele tipo de filme de terror que só deixa o terror pro final.
Tudo bem que o título que o filme recebeu no Brasil já deixa claro que se trata de um monster movie. Mas se vocês forem ver só pelas cenas, só fica claro que tem um monstro na história depois de 40 minutos de filme.
Antes disso, só vemos personagens (todos humanos) tendo desentendimentos uns com os outros e tentando entender o que são aqueles terremotos estranhos que tão ocorrendo na região.
Mas eu até entendo a pequena quantidade de cenas mostrando a criatura, porque o monstro aqui é do tamanho de uma montanha e fica quase impossível imaginar uma situação duradoura em que dá pra mostrar um personagem desse tamanho em cena, né? A aparição dele obrigatoriamente teria que ser rápida.
É a mesma situação que aconteceu com o Kraken de Fúria de Titãs (2010).
Por falar nisso, a forma como o Thomas resolve o problema principal da história lembra bastante a forma como o Perseu matou o Cronos em Fúria de Titãs 2 (2012). E também a forma como o Esquadrão Fiveman matou o vilão mega-gigante Barugaiya em Chickyu Sentai Fiveman (1990).
A Criatura da Montanha não é um filme ruim. Mas, na minha opinião, escolheram um tema muito difícil pra usar num longa-metragem sem cair na monotonia durante a maior parte do filme. Talvez funcionasse melhor num curta ou no último episódio de um seriado de aventura.
Pra encerrar, vamos lembrar que esse filme faz parte do grupo Maneater. E isso não é exatamente uma franquia, mas sim um grupo de telefilmes produzidos pela Sonar Entertainment e que têm como temas comuns animais enfurecidos e monstros.
As histórias desses filmes (pelo menos dos que foram lançados até agora) são completamente independentes umas das outras. E nem os tipos de monstros e feras que aparecem em cada filme voltam a aparecer nos outros. Por isso eu não classificaria esse grupo de filmes como uma franquia.
E a Multibússola vai indicar mais filmes da Maneater no futuro, é claro.
Mais informações sobre A Criatura da Montanha? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘monstros gigantes’ que você acha posts sobre Fiveman e Fúria de Titãs.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

JASON WILES

O missouriano Jason Wiles provavelmente é mais conhecido no Brasil por ter interpretado o policial Bosco no seriado Parceiros da Vida, sendo também um dos únicos atores do seriado que ficaram lá do 1º ao último capítulo (de 1999 até 2005).
Mas a 1ª vez em que ele se envolveu com um filme de terror, embora o nome dele nem tenha sido creditado ali, foi exatamente há 30 anos, em 1991.
Se trata de Às Vezes Eles Voltam. E na verdade, o Jason apareceu ali contratado como figurante, e não como ator: algumas vezes ele aparece no fundo cenário, em outras cenas ele aparece de costas... Mas era mais pra encher o cenário, né? Ele não tem exatamente um personagem na história.
Em 2008, ele apareceu no telefilme As Raízes do Terror.
E no ano seguinte, o Jason foi visto no remake do Padrasto.
Em 2015, o seriado Pânico contou com ele no elenco.
E o Jason tá gravando atualmente um filme de terror novo, com o título provisório de Inimical.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre Às Vezes Eles Voltam e Parceiros da Vida.
Até a próxima!

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

TERROR NO PÂNTANO

título original: Hatchet
título brasileiro: Terror no Pântano
ano de lançamento: 2006
país: Estados Unidos
elenco principal: Joel David Moore, Kane Hodder, Tamara Feldman
direção e roteiro: Adam Green

Em algum momento não muito claro dos anos 50, um lenhador chamado Thomas Crowley vivia numa cabana da Ilha do Mel, localizada num pântano da Louisiana, com seu filho Victor. O lenhador era um pai dedicado e amava profundamente o filho, mas, pra segurança dele, tinha que deixar o garoto trancado na cabana toda vez que ele saía, já que o Victor tinha nascido com deformações monstruosas pelo corpo todo, o que tornava ele uma frequente vítima de bullying das crianças das redondezas.
E numa das vezes em que o menino ficou sozinho na cabana, essas crianças se juntaram e incendiaram a casa com ele dentro. O Thomas chegou e começou a arrombar a porta a golpes de machado pra salvar o filho. Mas uma das machadadas acabou acertando a testa do Victor, que tava do outro lado da porta e morreu na hora.
O Thomas morreu de depressão 10 anos depois. E desde então, todos que passam pelo pântano à noite ouvem a voz de um homem chorando e chamando pelo pai. E quem se atreve a desembarcar na Ilha do Mel e se aproximar da cabana onde ocorreu a tragédia simplesmente some sem deixar vestígios...

Essa lenda foi lançada pelo filme Terror no Pântano, produção que completou 15 anos de lançamento em Abril. E ela nos apresenta o vilão Victor Crowley.
Ele tem várias características do Jason Voorhees: é louco, deformado, anormalmente forte e imortal.
Também não podemos esquecer a personalidade territorialista dos 2 vilões: eles evitam sair dos seus territórios, mas matam todos os intrusos que entram lá.
Aliás, o ator que interpreta o Victor é o Kane Hodder, que interpretou o Jason no 7º, 8º, 9º e 10º filmes em que o personagem aparece (lançados respectivamente em 1988, 1989, 1993 e 2001).
Já que falamos no elenco, dá pra ver que o diretor quis impressionar os fãs de filmes de terror do século XX logo na cena do prólogo: ali, já vemos logo de cara uma participação especial dos atores Robert Englund e Joshua Leonard, que interpretaram o Freddy Krueger em A Hora do Pesadelo (1984) e o Josh em A Bruxa de Blair (1999). Eles são as primeiras vítimas (mostradas explicitamente) do Victor.
Claro que não podemos esquecer que, embora o vilão principal seja o Victor, as crianças que maltratavam ele são os culpados por tudo de ruim que aconteceu na história. Se não tivessem botado fogo na cabana com o garoto dentro, nada teria acontecido. Então o Victor é mais um resultado do mal do que o próprio mal.
Bom, embora Terror no Pântano seja basicamente um slasher, também tem algumas características superficiais de terror sobrenatural. Então, vai agradar aos fãs de ambos os subgêneros.
O filme teve até agora 3 continuações (2010, 2013 e 2017). E a última cena do último filme dá a entender que vem mais alguma coisa por aí (mas não foi noticiada a chegada de nenhum filme novo até agora).
O 2º filme explica melhor o passado do vilão. Mas acaba por mudar um pouco a 1ª impressão que a gente teve no 1º filme...
É porque no filme de 2006 fica a nítida impressão de que o Victor só mata quem entra ou tenta entrar na casa dele (isso seria o resultado de um trauma da noite em que os garotos tentaram entrar ali e depois incendiaram a casa). E nos filmes seguintes essa ideia é completamente abandonada.
OK. Em todos os filmes ele não sai da região da Ilha do Mel e só ataca quem chega lá de alguma forma. Mas a casa em si vira um simples detalhe na história.
De qualquer forma, se você gosta de vilões que têm a história pessoal deles desenvolvida, se você gosta de quando dá pra entender com detalhes o motivo do personagem se comportar como se comporta, você encontra isso bastante no Victor Crowley. Ele não é só um cara deformado e maluco matando todo mundo que ele vê por aí, né?
É diferente, por exemplo, de um slasher de 1981 chamado Don’t Go in the Woods Alone em que simplesmente não se menciona NADA sobre o passado e nem sequer sobre a identidade do vilão. O cara lá é simplesmente um maluco que se veste que nem um homem das cavernas e mata todo mundo que entra na floresta onde ele mora sozinho.
Uma coisa que talvez desagrade na franquia Terror no Pântano como um todo: o 1º filme tentou contar uma história relativamente séria; as continuações, devido aos exageros nas cenas de violência, acabaram virando galhofa mesmo. Ou seja, seguiu o mesmo desenvolvimento que Brinquedo Assassino (1988).
Mais informações sobre Terror no Pântano? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘séries cinematográficas’ que você acha posts sobre A Bruxa de Blair, A Hora do Pesadelo, Brinquedo Assassino e os 11 primeiros filmes em que o Jason apareceu.
Até a próxima!

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

GUILLAUME CANET

O francês Guillaume Canet é um ator principalmente de comédias e dramas. E assim, ele só apareceu até hoje em alguns raros filmes de terror.
Em 2001, ele protagonizou Cães da Noite.
E em 2018, o Guillaume foi visto na comédia de terror Falcons em Jogo.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:














ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

terça-feira, 2 de novembro de 2021

PRESOS NO GELO

título original: Fritt Vilt
título brasileiro: Presos no Gelo
ano de lançamento: 2006
país: Noruega
elenco principal: Ingrid Bolsø Berdal, Rolf Kristian Larsen, Tomas Alf Larsen
direção: Roar Uthaug
roteiro: Jan Eirik Langoen, Magne Lyngner, Martin Sundland, Roar Uthaug e Thomas Moldestad

Em 1975, um menino que nasceu com o lado esquerdo do rosto deformado desapareceu nas montanhas da Noruega em condições misteriosas.
Nos anos que se seguiram a isso, mais de 100 pessoas também desapareceram sem deixar rastro na mesma região.
Em 2006, 5 amigos pós-adolescentes vão esquiar ali. E quando um deles se acidenta, eles não sabem o que fazer, pois vai anoitecer daqui a pouco, os celulares deles não pegam no alto daquela montanha nevada e eles não têm como descer lá de cima carregando um ferido.
A única alternativa parece ser se abrigar por essa noite no único vestígio de civilização visível nas redondezas: um hotel abandonado.
A princípio, tudo corre bem. Mas o livro de registros do hotel mostra que ninguém se hospeda lá desde os anos 70. E quando eles andam pelos quartos e corredores, veem vários sinais de que teve gente ali até bem pouco tempo atrás. E o pior: marcas de sangue, objetos encontrados em lugares incomuns e outros indícios mostram que teve gente sendo morta ali recentemente!
Quando eles começam a ouvir barulhos estranhos pelo hotel e depois entram num dos quartos e encontram um lampião ainda aceso, não restam dúvidas de que o assassino ainda se encontra ali, espreitando eles e vagando e se escondendo pelos corredores do hotel!
Agora os garotos vão ter que dar um jeito de fugir dali antes que seja tarde. Se é que já não é...

Tendo completado 15 anos de lançamento em Outubro, Presos no Gelo por si só já é um filme com ar de novidade: é um slasher norueguês. Quantos outros slashers noruegueses você já viu?rsrs
Bom, ele segue quase passo a passo a fórmula dos slashers norte-americanos dos anos 80: um pequeno grupo de jovens ficam presos num lugar de difícil acesso sem poder receber ajuda imediata, começam a ser atacados e mortos por um maníaco deformado, anormalmente forte, que se cobre com uma máscara e que tá ligado a uma tragédia que ocorreu há muitos anos. Sem mencionar que o final do filme é aquele mesmo que era o mais comum nos slashers oitenteiros.rsrs
Mas eu disse que Presos no Gelo QUASE segue a fórmula mencionada passo a passo porque ele foge de alguns clichês. Por exemplo, a 1ª vítima que o vilão faz no grupo de heróis é a garota virgem que se recusa a transar, chamada Ingunn. O único slasher oitenteiro em que eu também vi isso acontecer foi A Vingança de Cropsy (1981).
Aqui, o cara engraçado do grupo dos heróis, chamado Morten, não é aquele babacão que fica só fazendo brincadeirinhas sem graça e falando merda o tempo todo. Ele brinca com todo mundo, mas ele também é inteligente, sabe falar sério na hora de falar sério...
Claro que Presos no Gelo também tem algumas falhas: o Morten teve uma fratura exposta na perna e caminha mancando como se tivesse só torcido o pé, os garotos vão comer a comida da dispensa sem se preocupar com a data de validade vencida (e bota VENCIDA nisso, visto que a dispensa se encontrava trancada há mais de 30 anos!)...
Enfim, claro que não é nenhum clássico que vai entrar pra História do Cinema. Mas dentro do que se espera de um slasher, esse filme supera a maioria.
Imperdível pra fãs desse subgênero do terror. Principalmente pros que gostam de slashers que se passam em construções sombrias de aparência abandonada, como Tower of Evil (1972), Antropophagus (1980), Noite Infernal (1981), A Ilha dos Cães, Madman (ambos de 1982) e O Castelo Maldito (1995).
Presos no Gelo abriu as portas pra uma franquia com mais 2 filmes: uma continuação (2008) que conta o que se passou depois desse aqui e uma pré-sequência (2010) que conta o passado do vilão.
Por falar nele, sem dar muitos spoilers, posso dizer que ele é simplesmente um produto da forma como foi criado pela mãe e pelo padrasto.
Mais informações sobre Presos no Gelo? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha posts sobre A Ilha dos Cães, A Vingança de Cropsy, Antropophagus, Madman, Noite Infernal, O Castelo Maldito e Tower of Evil.
Até a próxima!