segunda-feira, 28 de novembro de 2022

ANATOMIA FÁCIL

títulos originais: Vídeo Aulas / Anatomia Fácil
ano de lançamento: 2013
país: Brasil
elenco, direção e roteiro: Rogério Gozzi

Em 2013, o Fisioterapeuta Rogério Gozzi criou no YouTube um canal que achei muito interessante, intitulado Video Aulas.
Em 2015, ele mudou o nome do canal pra Anatomia Fácil.
Mas o que achei interessante é que se trata de um canal sobre basicamente todos os fenômenos que se passam no corpo humano. E é tudo contado com uma linguagem simples e divertida, mas sem partir simplesmente pra palhaçada.
Essa última parte é a mais curiosa. Porque a gente sabe que o que não falta no YouTube é gente postando palhaçadas, futilidades e inutilidades, né? E depois ainda vai aos programas matutinos da Globo pra se exibir fazendo discursos feminazis.
Aqui o Rogério consegue dar todas as informações que tem que dar sobre o assunto que tá sendo discutido de uma forma engraçada, mas sem ir pro escracho.
Mais informações sobre Anatomia Fácil? Lá vai:


Até Dezembro!

domingo, 27 de novembro de 2022

SE VOCÊ É FÃ DE PRETO E BRANCO, DÊ UMA OLHADA AQUI


Não é novidade pra ninguém que, na época em que os primeiros filmes foram feitos, no final do século XIX, não havia nem a possibilidade de filmar imagens coloridas (e nem sequer com som ao fundo), pois não havia tecnologia pra isso. E assim, as produções em preto e branco dominariam o cinema por muitas décadas a partir dali.
Pra exemplificar, vamos nos lembrar de Frankenstein (1910) e Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1912).
De 1914 pra frente, as primeiras e raras produções com um colorido muito tímido foram começando a surgir.
O Fantasma da Ópera (1925) foi o 1º longa-metragem de terror com 1 única cena colorida, no momento em que o Erik se mostra em público com mais desembaraço, certamente por ser uma cena de extrema importância pro filme.
Mas cada produção com alguma cena em cores era quase um grão de areia numa praia de produções em preto e branco. E só na virada dos anos 50 pros 60 é que o colorido começou a substituir o preto e branco de uma forma mais significativa (dependendo do país, é claro).
Antes disso, tavam lá Zut! Zut! Ma Légitime! (1920?), Nosferatu (1922), Drácula, Frankenstein (ambos de 1931), O Lobisomem de Londres (1935), O Lobisomem (1941), O Morcego (1943), A Mulher-Lobo de Londres (1946), Superman and the Mole-Men (1951), Monster from the Ocean Floor, O Monstro que Desafiou o Mundo, O Terror do Himalaia (os 3 de 1954), A Ilha do Pavor, A Maldição do Monstro, El Ladrón de Cadáveres, O Escorpião Negro (os 4 de 1957), A Ameaça do Outro Mundo, A Maldição do Homem sem Face (ambos de 1958), Obras Maestras del Terror (1960) e La Loba (1965).
Isso acontecia até por uma questão de grana mesmo, já que um filme em preto e branco saía no mínimo um pouco (NO MÍNIMO UM POUCO, vamos frisar) mais barato do que um filme em cores.
Mas controle de gastos não era o único motivo: quando o diretor e os produtores tavam com muita pressa pra terminar o filme (e quase sempre eles tavam), o preto e branco também ajudava. Porque, como nada ali ia aparecer com a mesma nitidez que apareceria numa produção colorida, não era preciso tomar excesso de cuidado com falhas nos cenários, nos figurinos e nas maquiagens. E assim, tudo ficava pronto mais rápido.
Aliás, algumas produções de baixo custo do século atual também usam o preto e branco exatamente por causa da nitidez e exatamente com a intenção de esconder as imperfeições dos cenários, figurinos e maquiagens.
Por exemplo, Habitaciones para Turistas (2004).
Mas e daí?
O preto e branco impediu que o mutante da versão de 1910 de Frankenstein perseguisse o cientista que criou ele? O preto e branco impediu que o Mr. Hyde fizesse as maldades dele na vizinhança? O preto e branco impediu que o casal tarado de Zut! Zut! Ma Légitime! fizesse as putcharias que queria fazer? O preto e branco impediu que o Luke Benson de Superman and the Molemen causasse a revolta popular que causou em Silsby? O preto e branco impediu que o Daka do Morcego tentasse controlar mentalmente as pessoas? O preto e branco impediu que as formas de vida animal de Tarahumare da Maldição do Monstro se transformassem em mutantes gigantes? O preto e branco impediu que o Horacio de Habitaciones para Turistas organizasse uma máfia pentecostal pra exterminar mulheres que queriam fazer abortos? O preto e branco impediu que o Erik do Fantasma da Ópera, o Conde Orlok de Nosferatu, o Larry Talbot do Lobisomem, o cíclope com tentáculos de Monster from the Ocean Floor, os monstros subterrâneos gigantes do Escorpião Negro, os moluscos pré-históricos do Monstro que Desafiou o Mundo, os yetis do Terror do Himalaia, os caranguejos mutantes da Ilha do Pavor, os lobisomens de La Loba, a Martha Winthrop da Mulher-Lobo de Londres, o Wilfred Glendon do Lobisomem de Londres, o Quintillus Aurelius da Maldição do Homem sem Face, o cientista louco de El Ladrón de Cadáveres, o marciano da Ameaça do Outro Mundo, o Conde Drácula e o Monstro de Frankenstein fizessem as vítimas deles?
Pois é. Então, isso não só não impediu que nenhum vilão das produções mencionadas acima parecesse ameaçador, como também não impediu que você torcesse pros heróis dessas produções.
E finalmente, o preto e branco também pode ser usado propositalmente pra causar efeitos psicológicos no público, tais como fazer o espectador prestar mais atenção na história e nos diálogos do que nas imagens, já que essas acabam ficando mais simples.
No caso de La Media Vuelta (1995), por exemplo, as cenas em preto e branco fazem você prestar mais atenção no drama do noivo abandonado do que nas imagens.
E atualmente muitas pessoas ainda são fãs de filmes em preto e branco. Principalmente porque a imagem com essa aparência passa uma sensação diferente.
Vejam a mesma imagem em cores e em preto e branco:
Acho que ninguém vai dizer que tem exatamente a mesma sensação quando olha pros 2 lados, né?
Fechando o assunto, não vamos nos esquecer da colorização, ou seja, o processo de pegar um filme que foi feito originalmente em preto e branco e recriar as imagens dele numa versão em cores.
O Monstro Gigante do Gila (1959), por exemplo, passou por esse processo: dê um passeio pela Internet que você encontra tanto a versão original em preto e branco quanto a versão colorida dele.

💥💥💥

Outras vezes em que a Multibússola falou sobre...

A AMEAÇA DO OUTRO MUNDO


A ILHA DO PAVOR



A MALDIÇÃO DO HOMEM SEM FACE



A MALDIÇÃO DO MONSTRO



A MULHER-LOBO DE LONDRES



DR. JEKYLL AND MR. HYDE



DRÁCULA



EL LADRON DE CADAVERES


FRANKENSTEIN DE 1910


FRANKENSTEIN DE 1931




HABITACIONES PARA TURISTAS


LA LOBA


LA MEDIA VUELTA


MONSTER FROM THE OCEAN FLOOR



NOSFERATU




O ESCORPIÃO NEGRO


O FANTASMA DA ÓPERA




O LOBISOMEM


O LOBISOMEM DE LONDRES



O MONSTRO GIGANTE DO GILA



O MONSTRO QUE DESAFIOU O MUNDO



O MORCEGO


O TERROR DO HIMALAIA



OBRAS MAESTRAS DEL TERROR



SUPERMAN AND THE MOLE-MEN



ZUT! ZUT! MA LÉGITIME!


O blog vai indicar outras produções em preto e branco no futuro? Nada impede. Desde que a produção me interesse, eu não vou deixar de falar sobre ela só porque foi feita em preto e branco.
Mas, se isso acontecer, vai ser de uma forma mais eventual. Porque, como vocês sabem, eu comecei o blog falando sobre produções mais antigas (e a maioria das produções em preto e branco tão nesse pacote) e fui caminhando pras mais recentes. Então, as que vão aparecer com mais frequência daqui pra frente são as produções lançadas no século atual.
Até a próxima!

sábado, 26 de novembro de 2022

UROLOGIA EM FOCO

título original: Urologia em Foco
ano de lançamento: 2013
país: Brasil
elenco, direção e roteiro: Hallison Castro

Em 2013, o urologista Hallison Castro criou no YouTube o canal Urologia em Foco, formado por vídeos de em média 3 minutos, nos quais ele esclarece dúvidas sobre ejaculação precoce, gravidez, DSTs, diferentes tipos de cirurgias nos órgãos sexuais/urinários e reversão dessas cirurgias quando for possível.
Mais informações sobre o canal? Lá vai:


Até a próxima!

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

PETER BARTON

Decidido a ter mais tempo pra cuidar da vida pessoal, o nova-iorquino Peter Barton deixou a carreira de ator em 2005.
Ele teve mais trabalhos na televisão. Mas entre os poucos trabalhos que teve no cinema, 2 foram slashers dos anos 80:
Em Noite Infernal (1981), o Peter interpretou o Jeff, o herói masculino principal do filme. E como tal, cumprindo o que era comum em filmes de terror do início dos anos 80, ele foi o último rapaz a morrer nas garras do maníaco deformado da história.
Uma curiosidade: na cena em que o Jeff tá fugindo do homem aberrante nos corredores subterrâneos da mansão, há um momento em que ele e o vilão começam a lutar e acabam caindo de volta pela escada por onde eles acabaram de subir. Mas o Jeff escapa, já que consegue se levantar e subir a escada mancando, por ter machucado a perna na queda...
As pessoas que tavam presentes na gravação dessa cena comentavam que o movimento capenga do personagem ao fazer isso não foi interpretação do Peter: o ator realmente teria machucado a perna quando ele caiu ali, mas teria continuado fazendo a cena da forma como conseguiu.
O Peter, entretanto, disse em entrevistas recentes que não foi bem isso: ele realmente tava mancando de dor de verdade nas cenas que se seguiram à queda na escada, mas não porque ele se machucou de verdade ao cair ali, e sim porque ele próprio teve a ideia de botar uma pedra dentro de um dos sapatos pra poder mancar a partir dessa cena e deixar a representação mais realista.
Em 1984, ele apareceu em Sexta-Feira 13 – parte 4: o Capítulo Final (sim: o 4º filme do Jason rsrs).
Mas agora o personagem do Peter, chamado Doug, nem tinha muita função na história. Era só mais um pós-adolescente que entrava no filme quase exclusivamente pra ser morto pelo Jason (que faz ele perecer quando ele menos espera, no chuveiro).
Em 2022, imagens do Peter apareceram em 1 episódio do seriado Coroner’s Report, falando sobre o personagem dele em Sexta-Feira 13 – parte 4.
Mais informações sobre o Peter? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha posts sobre Noite Infernal e sobre a franquia Sexta-Feira 13.
Até a próxima!

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

POSEIDON REX

títulos original e brasileiro: Poseidon Rex
ano de lançamento: 2013
países: Belize / Estados Unidos
elenco principal: Anne McDaniels, Brian Krause, Steven Helmkamp
direção: Mark L. Lester
roteiro: Rafael Jordan

Um ex membro de uma quadrilha chamado Jackson tenta se livrar das dívidas que tem com o antigo chefe. E pra isso, ele mergulha nas proximidades de uma ilha do Caribe pra recolher um tesouro perdido que foi encontrado por lá. E ao ver um grande objeto soterrado sob um morro subaquático, ele decide dinamitar aquilo, supondo que o objeto em questão é um navio afundado ou alguma coisa assim...
Pro azar do Jackson e de todas as pessoas que tão na ilha, o que jazia ali embaixo era um grande ninho cheio de ovos de um monstro marinho muito feroz, soterrado naquele local há milhões de anos.
E a pior parte não é essa: a mãe desses ovos, soterrada junto com o ninho, acordou com a explosão, disposta a devorar qualquer coisa que se mexa na frente dela!

Quem já viu Up From the Depths (1979) e O Monstro do Mar de Bering (2013), ao dar uma olhada em Poseidon Rex inevitavelmente vai ter algumas sensações de deja vu...
Aqui você vai ver um monstro marinho pré-histórico, gigantesco, muito feroz e com uma aparente predileção por comer carne humana que ficou soterrado no fundo do Mar por milhões de anos até se soltar acidentalmente; uma grande quantidade de turistas hospedados numa praia perto dali sendo atacados e eventualmente devorados pela criatura; uma cena em que o braço arrancado de uma das vítimas é encontrado; um grupo de pessoas que saem de barco pra encarar a criatura mano a mano e tem como resultado disso apenas derrota e um barco afundado; e um tesouro afundado que o pessoal mergulha pra recolher.
Tudo isso já tinha aparecido em Up From the Depths.
aqui você vai ver também um cara que vai mexer numa coisa que ele vê enterrada na areia do fundo do Mar acabando por soltar acidentalmente um monstro marinho de espécie desconhecida que tava ali, uma oceanógrafa que recolhe um filhote de monstro e leva pro laboratório dela pra analisar e que acaba perdendo o controle sobre o ‘bichinho’ e uma máfia de bandidinhos provincianos que não chegam a fazer nada na prática durante o filme quase todo.
Tudo isso já tinha aparecido no Monstro do Mar de Bering. Mas, nesse último caso, temos que lembrar que tanto Poseidon Rex quanto O Monstro do Mar de Bering foram lançados em 2013. Aí, já que os 2 filmes foram feitos simultaneamente, fica difícil dizer quem seguiu os passos de quem.
Além de tudo isso, dá pra ver que várias cenas de Poseidon Rex foram postas no filme só pra encher linguiça, como as cenas em que aparece a tal máfia de bandidos inúteis que vivem na ilha, as cenas em que o exército entra em ação pra enfrentar o monstro (só que os militares aí ameaçam muito e não fazem nada) e uma cena de sexo ridícula entre o Jackson e a oceanógrafa Sarah, em que nenhum dos 2 nem sequer tira a roupa.
O filme também tem várias bizarrices que acabam transformando ele numa piada: um grupo de pessoas encontram um homem desconhecido boiando desmaiado no Mar e levam pra casa de um deles (será que o procedimento nesse tipo de situação não seria levar a pessoa pro hospital e/ou chamar a polícia?); quando ele acorda, acontece uma conversa de poucos minutos com os salvadores dele e todo mundo, do nada, se dispõe a mergulhar com aquele desconhecido pra procurar um tesouro afundado que ele diz que localizou; e vemos várias pegadas que a ‘mamãe monstro’ deixou no fundo do Mar (ué: ela nadava ou caminhava no fundo do Mar?).
Falando nisso, podemos acrescentar que, em várias cenas em que ela é vista na superfície do Mar, parece que ela tá em pé sobre a água ou mesmo caminhando ali!
Resumindo: Poseidon Rex é uma comédia involuntária, já que pretendia contar uma história séria, mas passou bem longe disso.
Então, não tem nada de bom? Claro que sim.
Tem boas cenas de aventura (principalmente de perseguição). E também surpreende um pouco em relação aos protagonistas, já que, na 1ª meia hora, o filme é focado num casal de namorados que foram passar as férias na ilha...
Você acha que eles são o mocinho e a mocinha do filme, certo? Errado. O bandido arrependido Jackson e a oceanógrafa Sarah protagonizam essa pérola.
Aliás, é a Sarah que dá ao monstro o nome de Poseidon Rex, já que se trata de um monstro marinho, mas se parece muito com um tiranossauro rex.
A última cena deixa claro que vamos ver uma continuação algum dia. Mas ainda não chegou.
Outro filme do Mark L. Lester que eu já indiquei aqui foi A Ameaça Jurássica (2005).
Mais informações sobre Poseidon Rex? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘animais enfurecidos’ que você acha posts sobre A Ameaça Jurássica, O Monstro do Mar de Bering e Up From the Depths
Até a próxima!

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

PEDRO CARDOSO

Sem dúvida o brasileiro Pedro Cardoso é mais conhecido por ter interpretado o personagem Agostinho do seriado A Grande Família (entre 2001 e 2014). E atualmente, pelos desentendimentos que ele tem tido com os paparazzi e com a Rede Globo, seu ex local de trabalho.
A comédia se encontra presente na quase totalidade da carreira dele. E assim, claro que os trabalhos que ele teve até hoje na área do terror foram exatamente em comédias de terror.
A estreia do Pedro nesse gênero foi em As Sete Vampiras (1986).
E em 1991, ele teve um pequeno personagem em Vamp.
Mais informações sobre o Pedro? Lá vai:





E dê uma clicada aí do lado em ‘seriados’ que você acha um post sobre Vamp.
Agora, alguns comentários, já que eu mencionei lá em cima os problemas que o Pedro teve com a Globo e os paparazzi.
Bom, de acordo com o que ele mesmo explicou na época em que acabou A Grande Família, ele não sentiu que a Globo teve com ele a consideração que ele acha que merecia receber...
Uma declaração meio estranha, né? Se a Globo manteve ele interpretando um dos personagens principais do mesmo programa por 13 anos, que é algo bem incomum na emissora, isso é falta de consideração?
Aliás, vamos fazer uma rápida retrospectiva da carreira do Pedro Cardoso: ele começou a adquirir uma certa fama dentro do meio artístico trabalhando nos teatros do Rio no início dos anos 80 em parceria com o hoje falecido ator Felipe Pinheiro e, não muitos anos depois, devido aos contatos que eles tiveram com outros atores de teatro que trabalhavam na Globo, acabaram por ser chamados pra participar de programas humorísticos da época, como TV Pirata (1988).
Então, antes de chegar à Globo, ele trabalhava basicamente em peças de teatro que praticamente se resumiam a esquetes de humor, conhecidas na época como besteirol. E é claro: eram peças engraçadinhas, divertiam, faziam o público rir... Não estou tirando o valor das comédias simples nem do teatro. Mas alguém vai querer me convencer que a maior parte do dinheiro que o Pedro ganhou na vida dele veio mais dessas peças de teatro do que dos programas que ele fez na Globo??? E alguém vai querer me convencer que a fama que o Pedro adquiriu entre o grande público veio mais dessas peças de teatro do que dos programas que ele fez na Globo???
Então, acho que ele é que não está tendo consideração pela Globo com os comentários que ele anda fazendo, né?
Vamos acordar pra realidade: a Globo tratou ele muito melhor do que tratou milhares de outros atores e atrizes.
Deem uma olhada nas novelas que são reprisadas na Globo. Vejam SÓ ALI quantos atores e atrizes de talento considerável fizeram só aquela novela e depois foram completamente esquecidos pela emissora.
Aí sim: nesses casos, a gente pode dizer que a Globo não deu importância ao trabalho daquelas pessoas.
Quanto à questão dos paparazzi, o Pedro diz que não aceita que tirem fotos não autorizadas dele...
Bom, aí já é mais uma situação de análise caso a caso. Uma coisa é alguém tirar uma foto não autorizada minha quando eu estou num lugar público; outra coisa é eu estar dentro da minha casa e aparecer alguém na janela tentando tirar uma foto não autorizada minha.
Esse último caso eu não vou nem comentar: é evidente que está errado sob todos os pontos de vista.
Mas se você é uma pessoa pública (e, portanto, você escolheu expor a sua imagem à mídia), quando você passar por um lugar público inevitavelmente vão aparecer pessoas ali filmando e/ou fotografando você.
Se você não quer que isso aconteça, não seja uma pessoa pública. Vá trabalhar numa profissão em que a sua imagem não é exposta à mídia. Simples, né?
Bom, é isso aí.
Até a próxima!

terça-feira, 22 de novembro de 2022

O MONSTRO DO MAR DE BERING

títulos originais: Beast of the Bering Sea / Bering Sea Beast
título brasileiro: O Monstro do Mar de Bering
ano de lançamento: 2013
país: Estados Unidos
elenco principal: Brandon Beemer, Cassandra Scerbo (creditada aqui como Cassie Scerbo), Jonathan Lipnicki
direção: Don E. FauntLeRoy
roteiro: Brook Durham

Em 1800, um homem chegou ao litoral do Mar de Bering dizendo que um “vampiro do mar” tinha atacado ele.
Na mesma região, no final do século XIX, um pescador apareceu morto numa praia com marcas de mordidas estranhas pelo corpo. E logo depois, um barco que navegava não muito longe dali teve a tripulação desaparecida, como se alguma coisa tivesse entrado no barco e dado um sumiço em todos.
Desde 2012, também naquelas redondezas, centenas de focas têm aparecido mortas e com todo o sangue sugado.
Em 2013, um pequeno grupo de catadores de metal, o Black Drum, decide explorar uma parte do Mar de Bering aonde ninguém vai. E um dos mergulhadores, ao ir mais pro fundo, vê alguma coisa enterrada e se mexendo na areia. E ele vai catucar a coisa com uma faca...
Um infeliz ato de curiosidade que vai mostrar a todos o que são as criaturas responsáveis por todos os eventos descritos acima!

Lançado simultaneamente na televisão com o título de Bering Sea Beast e em DVD com o título de Beast of the Bering Sea, O Monstro do Mar de Bering, como foi lançado no Brasil, não tem como ser considerado um bom filme. Não é um lixo absoluto. Mas é aquele filme de terror que só vale a pena você ver pra se distrair e sem esperar muita coisa.
OK. Ele consegue contar uma historinha que começa, se desenvolve e acaba. Mas tentou seguir demais os passos de outros filmes de terror pra ficar original.
Os tais monstros que aparecem aqui são uma raça de arraias monstruosas que se alimentam de sangue. Mas elas parecem se reproduzir da mesmíssima forma que os monstros de Alien (1979): um indivíduo mais velho da espécie bota um filhote dentro do tórax de um humano, depois de algumas horas o tórax do hospedeiro humano explode e um minimonstro sai lá de dentro querendo matar todo mundo que ele encontra pelo caminho.
E essas arraias explodem quando são atingidas por luz forte! Além de bizarro, isso é um plágio escancarado do Caçador de Troll (2010).
E sabem que dá até pra ver uma certa influência de Jonny Quest (1964)? Afinal, no último episódio, O Monstro do Mar de Java, também vemos ali uma criatura das profundezas do Mar, que tem horror à luz forte e que respira ar numa boa e não demonstra sentir tanta falta de voltar pras profundezas.
Falando nos monstros, eles são muito cheios de contradições...
Como já foi dito, eles explodem quando são atingidos por luz forte. Mas um deles aparece se expondo tranquilamente à luz solar quando ataca 2 velhos que tavam pescando num barco. E nada acontece com a criatura ali.
É uma espécie que vive nas profundezas do Mar e, portanto, só respira água e só se locomove na água, certo? Mas (a maior bizarrice de todas) essas arraias conseguem voar como se fossem aves!!!
O aspecto físico deles também não ajuda muito: eles parecem aqueles sacões de lixo de plástico preto com uma máscara de monstro em cima!rsrs
E os personagens humanos? Bom, eles não têm carisma. Mas a pior parte aí talvez seja um bandidinho mixuruca que manda numa quadrilha provinciana. Na prática, eles não fazem nada durante o filme todo.
E o lugar onde a história se passa é muito insosso (talvez até por ser tudo meio cinzento). E em alguns casos, vira um cenário incompreensível: o excesso de cenas escuras deixa a gente sem entender certas coisas direito.
Em poucas palavras: veja O Monstro do Mar de Bering se você não tiver outra coisa pra ver.
O Don E. FauntLeRoy também foi o diretor de Anaconda 3 (2008) e Anaconda 4 (2009), continuações do clássico Anaconda (1997).
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘aventura’ que você acha posts sobre Alien, Anaconda, Jonny Quest e O Caçador de Troll.
Até a próxima!

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

PAULO GORGULHO

Mais lembrado por ter interpretado os heróis José Leôncio e José Lucas de Nada em fases diferentes da novela Pantanal (1990) e por ter feito uma participação especial no remake da novela (2022), o brasileiro Paulo Gorgulho é um ator basicamente de novelas.
O único trabalho que ele teve até hoje na área do terror foi o curta-metragem de terror infantil A Missa dos Mortos (2004).
O personagem do Paulo é um pai viúvo que cria 3 filhos. E um dia, ele resolve levar as crianças pra conhecer a cidade natal dele, no interior.
Lá, as crianças pedem pra brincar na praça com as suas bicicletas. E a única advertência que eles recebem é pra não se aproximarem da chamada “Igreja da Missa”, embora ninguém explique o motivo...
E aí? Pra onde vocês acham que os 3 vão pedalando?rsrs
O tal lugar é uma igreja meio afastada do resto da cidade, mas existem placas que mostram claramente o caminho pra lá.
Estruturalmente, o lugar ainda se encontra de pé. Mas qualquer um vê que ninguém entra lá há muitos anos.
De repente, começa a chover. E as crianças entram ali pra se abrigar. Mas começam a ouvir um barulho de pessoas rezando na nave principal.
Como parece se tratar simplesmente de uma missa comum, eles vão até lá. Mas veem que todos que tão presentes na igreja são fantasmas! E começam a se movimentar como se fossem atacar os intrusos! E aí... As 3 crianças acordam, cada uma na sua cama, vendo que tudo aquilo foi um pesadelo que todos eles tiveram ao mesmo, além de também acordarem ao mesmo tempo.
De manhã, eles veem o pai botando as malas de todos eles no carro pra viajar, deixando claro que vão visitar a cidade natal dele...
O filme acaba com carro partindo com as 3 crianças quase em estado de choque, concluindo que o pesadelo foi um sonho premonitório dos 3 em relação ao que eles vão encontrar na tal cidade no dia seguinte.
Mais informações sobre o Paulo? Lá vai:


Até a próxima!

domingo, 20 de novembro de 2022

CORRIDA

título original: Córrer
título brasileiro: Corrida
ano de lançamento: 2013
país: Espanha
elenco: Daniel Sánchez
direção e roteiro: Eloi Biosca

Já vou começar avisando que Corrida não é um filme pra todos. Se você não gosta de ver o lado plástico das cenas e não gosta de filosofar sobre as imagens que aparecem na tela, não veja, porque você não vai gostar. Até porque é só isso que se tem pra ver nesse filme.
O que temos aqui é um curta-metragem de 1 minuto e 37 segundos feito no Delta de l’Ebre (um parque do Leste da Espanha). E que foi dirigido, produzido e filmado da forma mais artesanal possível pelo fotógrafo espanhol Eloi Biosca.
As imagens mostram o ator Daniel Sánchez correndo sem roupa por uma estrada deserta, vindo de um lugar indefinido e indo pra outro lugar indefinido.
O que isso quer dizer? Bom, o objetivo é provocar reações diferentes em quem tá vendo: raiva em algumas pessoas, desinteresse em outras, desejo em outras, espanto em outras, inveja em outras...
Obviamente, cada um entende o que quiser dali, pois o filme não conta nenhuma estória explicadinha.
Pouco depois do lançamento, o diretor/roteirista/produtor/cameraman lançou o que seria a continuação de Corrida, chamada Córrer 2. Mas não esperem ver ali nenhuma ‘continuação’ propriamente dita: o tal Córrer 2 não é nada mais e nada menos do que o mesmíssimo filme, só que com as cenas em câmera lenta, dando ao filme a duração de 3 minutos e 15 segundos.
Mais informações sobre Corrida? Lá vai:


Até a próxima!

sábado, 19 de novembro de 2022

PAUL KRATKA

Médico e ator, o californiano Paul Kratka se dedica mais à 1ª profissão do que à 2ª. Mas, nesse último caso, ele é mais lembrado exatamente por uma produção de terror, que foi também a estreia dele como ator: Sexta-Feira 13 – parte 3 (1982).
Pra quem desconhece qualquer mínima informação que seja sobre filmes de terror dos anos 80, se trata do 3º filme do Jason Voorhees. E o personagem do Paul, chamado Rick, era exatamente o protagonista masculino da vez, ou seja, ele namorava a Chris, que era a protagonista feminina da vez.
Em slashers dos anos 80, a regra geralmente era que só a protagonista feminina se salvasse no final, enquanto todo o resto da turminha de heróis morria. E isso incluía o protagonista masculino. E Sexta-Feira 13 – parte 3 não foi uma exceção: já no final do filme, o Rick tem a cabeça esmagada pelo Jason numa cena que hoje, pra nós, parece meio cômica: usaram um manequim pra fazer a cena, porque o diretor queria que aparecesse um dos olhos do Rick pulando pra fora do rosto quando ele tivesse a cabeça esmagada... Com os efeitos especiais daquela época, é óbvio que o resultado da cena ficou meio trash. Até porque a gente vê com todos os detalhes que é um boneco que aparece ali.
Mas vai ver que naquela época (há 40 anos atrás) teve gente se assustando ao ver isso.
His Name Was Jason: 30 Years of Friday the 13th (2009) e Crystal Lake Memories: The Complete History of Friday the 13th (2013) foram documentários sobre os filmes do Jason, reunindo entrevistas e reportagens sobre todos os filmes em que o personagem tinha aparecido até ali. E o Paul aparece lá, como um dos entrevistados.
Outros filmes de terror em que ele foi visto foram The Day They Came Back (2006), Mr. Mullen (2010) e Blood Was Everywhere (2013).
Mais informações sobre o Paul? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Sexta-Feira 13 – parte 3 e os demais filmes da franquia.
Até a próxima!

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

AXE GIANT: THE WRATH OF PAUL BUNYAN

título original: Axe Giant: The Wrath of Paul Bunyan
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 2013
país: Estados Unidos
elenco principal: Amber Connor, Chris Hahn, Kristina Kopf
direção: Gary Jones
roteiro: Gary Jones, Jason Ancona e Jeff Miller

Há várias lendas sobre um lenhador gigante chamado Paul Bunyan que caminha pelas florestas norte-americanas acompanhado por um touro azul gigante chamado Babe. E há quem pense que, desde o final do século XIX, a dupla anda por ali fazendo o bem.
Mas quem acredita nisso não conhece a história que deu origem a essa imagem...
Em 1889, numa pequena cidade recém fundada numa floresta de Minnesota, nasceu um menino grande, deformado e com problemas mentais, que foi batizado com o nome de Gunnar Wolfgang Bunyan.
Quando o médico fez o parto, disse que o bebê nasceu com uma doença rara. Na verdade, ele é um tipo de aberração. E isso faria ele viver o triplo do tempo de um homem normal, assim como ele cresceria até o dobro do tamanho de um homem normal.
Aos 5 anos de idade e já com 1, 80m de altura, o Gunnar acabou conquistando a amizade de outra aberração: um touro que também nasceu deformado e maior do que seria normal, além de ter o pelo azul, chamado Babe.
Numa ocasião em que esse touro se perdeu na floresta, o garoto foi procurar ele. E quando viu o destino que o único amigo que ele tinha na vida tinha sofrido, os responsáveis por isso conheceram a ira dele no seu ponto mais extremo!

Quem já viu Terror no Pântano (2006), não se informou sobre Axe Giant: The Wrath of Paul Bunyan e viu imagens dele por aí, deve ter pensado que esse filme aqui é uma das continuações de Terror no Pântano, só que com o Victor Crowley em tamanho gigante.
Não é pra menos: temos aqui um típico slasher de floresta. A novidade é que o vilão, além de ser louco e deformado (como a maioria dos vilões de filmes do mesmo tipo), também é gigante.
Já que falamos nisso, o tamanho do monstro não é respeitado de uma cena pra outra: em algumas cenas, o gigante parece ter uns 20 metros de altura; em outras, ele parece ter pouco mais de 2 metros.
Os efeitos especiais são no mínimo ridículos (tô usando a definição mais gentil que eu posso). Tudo em CGI classe Z: dá pra ver que pelo menos 2 terços das cenas foram gravadas sobre um fundo de cromaqui e as imagens dos cenários foram inseridas depois (mas de uma forma tão ‘feita no quintal’ que até uma criança percebe).
A cena que mostra o Babe andando perdido pela floresta, pela lógica, era pra ser uma das cenas retratadas de forma mais triste, pra poder o filme fazer algum sentido. Mas talvez tenha sido a cena que ficou mais tosca em termos de efeitos especiais.
Enfim, tentaram fazer aqui uma versão de terror séria sobre a lenda do lenhador gigante Paul Bunyan, mas as derrapadas que o filme deu foram tão grotescas que Axe Giant virou um filme que muitas vezes acaba fazendo você rir.
Também não faltam algumas idiotices escancaradas, como um personagem que é partido ao meio pelo monstro com um golpe de machado, cai no chão e continua conversando com os outros como se tivesse só levado um tapa ou quebrado uma unha! Repito: ele foi partido ao meio e só sobrou metade do corpo dele, da cabeça até a cintura!
E o grupo de heróis? Bom, apesar de serem aqueles personagens bem estereotipados de slashers (a garota boazinha, o garoto brigão, a garota tarada...), nenhum deles diz a que veio. São todos realmente ocos e funcionam mais como figurantes que entraram no filme pra ser mortos pelo monstro do que pra interagir na história.
O único que se sobressai um pouquinho (só um pouquinho, hein!) é o Zack. E mesmo assim ele não chega a ser um personagem carismático.
O vilão pelo menos é mau? Bom, claro que os atos do Gunnar, tanto na fase do filme que se passa em 1889 quanto na fase que se passa em 2013, são de muita violência e sadismo. Mas, na cabeça dele, ele só tá fazendo aquilo pra se vingar de atitudes que foram tomadas contra o Babe nessas diferentes épocas. Ele é mau, mas não há sadismo gratuito nas atitudes dele.
Seguindo a tradição da maioria dos slashers, a última cena de Axe Giant deixa uma porta escancarada pra uma continuação. Mas ainda não rolou. Nem sei se vai rolar, né? Será que alguém vai querer patrocinar a 2ª parte de uma coisa tão mal feita?
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Terror no Pântano.
Até a próxima!

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

PATRICK DUFFY

O montanano Patrick Duffy provavelmente tem como personagens mais famosos da carreira dele o personagem-título do seriado O Homem do Fundo do Mar (1977) e o milionário Bobby Ewing do seriado Dallas (1978).
Ele é um ator mais de romances e dramas. E as produções de terror que tiveram ele no elenco até hoje foram raríssimas.
Em 1982, o Patrick protagonizou o telefilme Cry for the Strangers.
E no ano 2000, ele apareceu em 1 episódio do seriado The Secret Adventures of Jules Verne.
Mais informações sobre o Patrick? Lá vai:







Até a próxima!

terça-feira, 15 de novembro de 2022

ELA VEIO DA FLORESTA / SEGREDO SOMBRIO

título original: Thale
títulos brasileiros: Ela Veio da Floresta / Segredo Sombrio
ano de lançamento: 2012
país: Noruega
elenco principal: Erlend Nervold, Jon Sigve Skard, Silje Reinamo
direção e roteiro: Aleksander Nordaas

Os uldras são criaturas que, de acordo com as lendas do Folclore Escandinavo, vivem nas florestas ou no subterrâneo delas.
Dizem algumas versões que eles são seres parecidos com gnomos, dizem outras versões que eles se parecem mais com mulheres de aspecto quase humano...
Mas parece haver concordância sobre os uldras serem criaturas pacíficas. E dizem até que eles podem curar feridas e doenças que aflijam os humanos. Desde que sejam bem tratados, é claro. Porque, quando um uldra se sente desrespeitado pelos humanos, coisas terríveis podem acontecer...

Thale foi lançado no Brasil como Ela Veio da Floresta, sendo relançado logo depois como Segredo Sombrio. E é uma produção independente e de baixíssimo custo (o Aleksander Nordaas funcionou ao mesmo tempo como diretor, roteirista, produtor, cenógrafo e cameraman do filme).
O resultado ficou bom dentro do que se pode esperar pra um filme feito nessas condições. E é óbvio que você não pode ver Segredo Sombrio esperando encontrar nada que passe perto de uma superprodução.
Aventura e ação? Pouca coisa. Só começa a ficar ‘animado’ lá pelos últimos 15 minutos.
Os heróis da história são 2 rapazes que tão passando por problemas pessoais: o Elvis é um pai solteiro que não sabe lidar direito com essa situação e o Leo vive em pânico contido desde que descobriu um câncer fora de controle crescendo nos pulmões.
E são eles que, acidentalmente, descobrem um laboratório clandestino escondido por uma cabana e abandonado há muitos anos no meio de uma floresta norueguesa. E lá dentro, eles encontram uma uldra (ou huldra, como alguns preferem escrever), chamada Thale, que foi criada ali por um cientista.
Nunca é dada nenhuma explicação detalhada sobre nada. Mas fica implícito que o cientista era um dissidente de uma organização que pretendia matar a uldra pra fazer experiências com ela. E ele trancou ela ali pra salvar ela.
Enquanto os rapazes veem isso, a organização localizou a uldra e tá indo pra lá. Mas as outras uldras da floresta também começaram a se aproximar dali pra buscar a irmã...
Nas poucas cenas em que aparecem, as criaturas quase sempre são mostradas de longe. Então a gente nem chega a ver detalhes sobre a aparência delas. Só chegam a assustar quando aparecem de súbito em algumas cenas.
Quanto à personagem-título, ela se mostra desde o início com um grande poder destruidor. Mas, como as outras que aparecem, ela não faz nada contra você desde que você não faça nada contra ela.
Segredo Sombrio também é um dos raros filmes de terror em que cada personagem só recebe o que merece no final. Então, não espere ver aqui um monstro bizarro matando culpados e inocentes indiscriminadamente.
Pra encerrar, só vou lembrar que, sobre os nomes diferentes que o filme recebeu no Brasil, procurei informações sobre isso, mas não achei nenhuma explicação muito relevante. A única coisa que deu pra entender é que o filme ia ter uma distribuidora e depois passou pra outra (mas nenhum site que menciona o assunto entra em detalhes sobre isso). Deve ter sido por isso que mudaram o título.
Mais informações sobre Segredo Sombrio? Lá vai:


Até a próxima!

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

BRUNO GAGLIASSO

Mais famoso pelas novelas de que já participou, o brasileiro Bruno Gagliasso teve como 1º longa-metragem feito pro cinema um filme de terror: Isolados (2014), que ele protagonizou e do qual também foi produtor.
No mesmo ano, ele interpretou o vilão principal de Dupla Identidade, um seriado de suspense com toques de terror.
E outras produções em que o Bruno apareceu que eu já indiquei aqui foram Caminho das Índias (2009) e Babilônia (2015).
Mais informações sobre o Bruno? Lá vai:




E dê uma clicada aí do lado em ‘seriados’ que você acha os posts sobre Babilônia e Caminho das Índias.
Até a próxima!

domingo, 13 de novembro de 2022

CHORIKI SENTAI OHRANGER

título original: Choriki Sentai Ohranger
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1995
país: Japão
elenco principal: Ayumi Aso, Kunio Masaoka, Masaru Shishido, Masashi Goda, Shoji Yamaguchi, Tamao Sato
direção: Shohei Tojo
roteiro: Hirohisa Soda, Noboru Sugimura, Shozo Uehara, Susumu Takaku e Toshiki Inoue

Em 1997, naves estranhas foram vistas sobrevoando a Terra.
Antevendo uma invasão extraterrestre, o Comandante Naoyuki, líder de uma divisão da Aeronáutica do Japão chamada UA, começou a tomar as devidas providências pra defender a Terra...
Em 1999, Tókyo foi atacada abertamente por um grupo só de robôs chamado Império Baranoia, comandado pelo Imperador Bakasu-Fundo. E ele afirmou que queria levar metade dos humanos como escravos pra outro planeta, avisando que destruiria uma cidade da Terra a cada dia se encontrasse resistência. E assim, tava começando por Tókyo.
Em resposta, a UA convocou 4 oficiais pra enfrentar os invasores, chamados Shohei, Yuji, Juri e Momo. E a eles se juntou um capitão da Força Aérea do Japão, chamado Goro, vestindo uma armadura vermelha. E ele logo levou os recém-chegados pra encontrar o Naoyuki, aprenderem mais sobre a situação que acontecia ali e ganhar, cada um, uma armadura de uma cor diferente do mesmo tipo que a armadura dele.
Assim, os 5 juntos formaram o Esquadrão Super Poderoso Ohranger.

Temos aqui um sentai em que não existem vilões de carne e osso: são todos máquinas.
Não deixa de ser novidade, né? Chodenshi Bioman (1984) mostrou uma situação parecida, mas não igual: o Dr. Man, vilão principal do seriado, era um humano transformado em cyborg, e não uma máquina que sempre foi máquina.
Uma coisa curiosa em Ohranger é que os robôs se casam e têm filhos (não consegui entender como, mas...).
Outra curiosidade aqui é a mudança eventual de vilão principal. Ou melhor: embora os problemas venham sempre de Baranoia, acontece eventualmente a saída de um imperador e a chegada de outro. E o imperador que tá no Trono de Baranoia na época é o vilão principal da vez.
Também podemos destacar aqui uma conveniência de roteiro que foi uma das maiores já vistas em todos os seriados do Mundo. Não vou entrar em spoilers, mas posso dizer que, depois que um dos vilões principais é explodido pelos ohrangers durante uma luta, simplesmente a cabeça dele reaparece num laboratório de um planeta deserto a bilhões de quilômetros de distância dali! E a forma como a cabeça foi parar lá nunca é explicada pelo roteiro e não é compreendida nem pelo próprio personagem (ele comenta isso!).
E é claro que o vilão (ou seria a cabeça?) aproveita a situação pra fazer mais uma maldadezinha e causar mais problemas pros inimigos dele.
Bom, por falar neles, como são os heróis?
Como já vimos, os ohrangers são oficiais da Força Aérea do Japão. E funcionam quase como celebridades mesmo, sendo reconhecidos pelo povo quando andam na rua.
Apesar de juntarem vários robôs gigantes durante o seriado, eles não têm nenhuma lasca de robô gigante até o 6º episódio. Ou seja, quando Baranoia ataca com um robô gigante, no princípio eles têm que enfrentar o inimigo grandão com as próprias mãos mesmo, apesar da diferença de tamanho.
No 1º robô gigante que eles adquirem, de vez em quando cada um dos heróis assume o comando da máquina (e a cabeça do robô muda de formato a cada vez que um dos 5 faz isso).
E lá pelo meio do seriado, aparece um gênio com aparência de robô chamado Gan-Majin pra ajudar os heróis. Sim: um gênio que concede pedidos (embora de uma forma meio parcial).
Em 1996, várias cenas de Ohranger foram utilizadas como stock footage na 4ª temporada de Power Rangers. E os vilões do Império das Máquinas, principalmente, foram diretamente inspirados nos vilões de Baranoia: o Rei Mondo foi inspirado no Imperador Bakasu-Fundo, a Rainha Machina foi inspirada na Imperatriz Hisuteria, o Príncipe Sprocket foi inspirado no Príncipe Burudonto, a Princesa Archerina foi inspirada na Imperatriz Maruchiwa, o Klank foi inspirado no Acha...
O ator Hideaki Kusaka, que aqui interpretou o Gan-Majin, já tinha interpretado os personagens Heru Satan em Taiyo Sentai San Barukan (1981); Mau Saíke em Sharivan, o Guardião do Espaço; Aton em Kagaku Sentai Dynaman (ambos de 1983); Saigon em Bioman; Satan Goss em O Fantástico Jaspion; Gyodai em Esquadrão Relâmpago Changeman (ambos de 1985); La Deus em Comando Estelar Flashman (1986); Zeba em Defensores da Luz Maskman (1987); Ragon em Kosoku Sentai Turboranger (1989); o vilão Gunsa em Chikyu Sentai Fiveman (1990); Gurei em Chojin Sentai Jetman (1991); Totopato em Kyoryu Sentai Zyuranger (1992); um dos reis de Goma em Gosei Sentai Dairanger (1993); e Daimao em Ninja Sentai Kakuranger (1994).
O ator Hiroshi Miyauchi, que aqui interpretou o Comandante Naoyuki, já tinha aparecido em 2 episódios de Space Cop (1982) e em Kamen Rider Black RX (1988) como um dos antigos kamen riders.
O ator Kei Shindachya, que já tinha interpretado o guerreiro azul Ken em Fiveman, fez uma participação em 1 episódio aqui.
E o ator Kazutoshi Yokoyama, que aqui interpretou a vilã Hisuteria, já tinha interpretado o personagem-título transformado em Jiban (1989) e o vilão Gurifoza em Zyuranger.
Mais informações sobre Ohranger? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções japonesas’ que você acha posts sobre Bioman, Changeman, Dairanger, Dynaman, Fiveman, Flashman, Jaspion, Jetman, Jiban, Kakuranger, Maskman, RX, San Barukan, Sharivan, Space Cop, Turboranger e Zyuranger.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

PASCAL GREGGORY

O francês Pascal Greggory é um ator principalmente de dramas. E o único filme de terror com o qual ele se envolveu até hoje foi a coprodução Canadá/França/Estados Unidos A Prisioneira (2009).
Mais informações sobre o ator? Lá vai:















Até a próxima!

terça-feira, 8 de novembro de 2022

BABILÔNIA

título original: Babilônia
ano de lançamento: 2015
países: Brasil / Emirados Árabes / França
elenco principal: Adriana Esteves, Camila Pitanga, Glória Pires
direção: Dennis Carvalho e Maria de Médicis
roteiro: Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares

A novela Babilônia (que teve cenas gravadas no Brasil, Emirados Árabes e França) ficou no ar entre Março e Agosto de 2015, totalizando apenas 5 meses de exibição e sendo uma das novelas globais com menor audiência que já existiram.
De acordo com alguns grupos pentecostais e neopentecostais, a novela foi rejeitada pelo público por conter personagens homossexuais, já que o povo brasileiro é conservador e não aceita ver nada parecido com isso sendo mostrado numa novela...
Honestamente e com toda a sinceridade, essa explicação é o mesmo que dizer que 2 + 2 = 5. Não faltam novelas anteriores que tiveram personagens homossexuais e não sofreram nenhuma queda de audiência por causa disso. Basta lembrar o personagem Félix da novela Amor à Vida (2013), que começou como um vilão, foi perdoado pelo público e terminou até sendo ovacionado!
O que provocou a decadência de Babilônia é que o roteiro era ruim mesmo.
Eu admito que não vi a novela toda (já faz mais de 10 anos que não vejo mais nenhuma novela do 1º até o último capítulo). Mas dentro do que eu vi e levando em conta o que li na Internet e ouvi de comentários de pessoas que viram a novela toda, ela se limitou praticamente a mostrar as maldades recíprocas das vilãs Beatriz e Inês (interpretadas respectivamente pelas atrizes Glória Pires e Adriana Esteves), que queriam destruir uma à outra. Parece que a história não se desenvolveu muito além disso. Em termos simples: não decolou.
Então, qual é o motivo do ‘ataque evangélico’ contra a novela usando a homossexualidade como justificativa?
Bom, em 1º lugar, não é nenhuma novidade ver evangélicos usando a homossexualidade como justificativa pra atacar o que quer que seja. Converse com qualquer pentecostal ou neopentecostal que você tem 95% de chance de ouvir frases de ódio exacerbado deles contra esse assunto. Pentecostais e neopentecostais não se limitam a não concordar com a homossexualidade: eles têm um ódio obsessivo contra todos os assuntos relacionados a esse tema.
Por que o Jair Bolsonaro ainda tem tanto apoio dos evangélicos? Simples: porque o ódio patológico e doentio dos evangélicos contra os homossexuais encontra eco nos discursos bolsonaristas.
Em 2º lugar, de fato houve uma polêmica sobre a homossexualidade em Babilônia.
A novela tinha um casal de gays e um casal de lésbicas. E a polêmica toda começou exatamente por causa do casal de lésbicas, que eram mulheres de idade já avançada (interpretadas pelas atrizes Fernanda Montenegro e Nathália Timberg) e que tinham uma cena de beijo na boca logo no início da novela.
Como eu disse, casais do mesmo sexo já tinham aparecido em novelas anteriores (inclusive com cenas de beijo na boca) e não houve nenhum grande problema por causa disso. Mas, como aqui a situação envolvia mulheres com mais de 60 anos, acho que a rejeição de certas pessoas foi principalmente por causa disso. Afinal, nós nos habituamos culturalmente com aquela ideia de que mulheres mais velhas não têm vida sexual ativa. Imaginem então vida sexual ativa com uma pessoa do mesmo sexo!
Pode não parecer à 1ª vista, mas liberdade sexual feminina na velhice ainda é um super tabu na sociedade brasileira!
Mas falando especificamente da questão ‘evangélicos contra Babilônia’, o que incomodou eles de fato na novela é que a história mostrava 2 vilões evangélicos (interpretados pelos atores Marcos Palmeira e Arlete Sales), retratados como agressivos e preconceituosos contra quem tivesse qualquer comportamento diferente do que era seguido por eles.
Ué?! Por acaso vocês nunca viram pentecostais e neopentecostais que são 100% isso? Que se enquadram exatamente nessa definição?
Só acho que a novela errou num ponto: os personagens evangélicos vistos aqui eram ricos; os pentecostais e neopentecostais que se comportam com um radicalismo tão extremo e explícito, pelo menos na maioria das vezes, são de classes mais pobres (aliás, algo que a gente vê em todas as religiões é que o fanatismo se manifesta com mais força entre os praticantes mais pobres da religião).
Como seja, os pentecostais e neopentecostais acham que podem falar o que quiserem de ofensivo e também fazer o que quiserem de ofensivo contra outras religiões e outros estilos de vida, sob a justificativa de que “NÓIS TÁ PREGANDO!!!”. Mas eles tratam esse direito autoproclamado como uma via de mão única: se alguém que não é pentecostal ou neopentecostal der um pio contra a religião deles ou contra o estilo de vida deles, eles declaram guerra contra essa pessoa.
Então, a novela não mostrou nenhuma mentira sobre esse assunto. O problema é que com certeza teve gente que vestiu a carapuça quando viu essas cenas, né?
Vale lembrar mais uma coisa sobre esse assunto, já que os grupos religiosos mencionados acima têm essa paranoia extrema contra a Globo e passam as 24 horas do dia deles falando mal dos programas da Globo...
Eu não sou fã da maior parte dos programas atuais da Globo. Mas nunca ouvi dizer que a Globo acorrenta ninguém em frente à televisão nem força ninguém a ver os programas dela. Se um evangélico não gosta de algum programa global que alguém está assistindo, por que ele não levanta e sai dali?
Ou, se ele quiser ficar na sala e viu alguma cena de um programa da Globo que não está agradando, existe uma coisa chamada controle remoto. É só mudar de canal ou desligar a televisão.
Simples, né? Mas é isso que eles fazem? Não. Eles querem é ficar compulsivamente falando mal de alguma coisa, se metendo na vida dos outros e tentando forçar os outros a passarem a seguir a mesma opinião e o mesmo comportamento deles.
Aliás, eles dizem que não se pode usar a palavra “forçar” porque, quando eles tentam nos levar pra igreja deles, eles não estão com armas apontadas pra nós. Então, não estão “forçando” nada... Isso é pra rir, né? Se você repete a mesma coisa 50 vezes pra uma pessoa, num tom que vai ficando cada vez mais surtado conforme a pessoa vai respondendo “Não!” e achando que a pessoa tem o dever e a obrigação de concordar com tudo o que você está falando, isso não é tentar forçar?
Bom, já que a novela foi dirigida pelo Dennis Carvalho, vale lembrar que eu já indiquei aqui outra produção dirigida por ele: Sai de Baixo (1996).
Mais informações sobre Babilônia? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘seriados’ que você acha o post sobre Sai de Baixo.
Até a próxima!