segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

SHARIVAN, O GUARDIÃO DO ESPAÇO

título original: Uchu Keiji Shariban
título brasileiro: Sharivan, o Guardião do Espaço
ano de lançamento: 1983
país: Japão
elenco principal: Hiroshi Watari, Kenji Ohba, Yumiko Furaya
direção: Hideo Tanaka, Michio Konishi, Satoru Tsuji, Takeshi Ogasawara e Toshiaki Kobayashi
roteiro: Shozo Uehara

Em 1982, Space Cop lançou entre os seriados de aventura o subgênero metal hero, que se manteria na TV Japonesa ao longo do resto da década.
O seriado tem como herói principal o Policial do Espaço Gyaban (ou Gavan ou Gaban ou Gabin, de acordo com diferentes tradutores), que lutava contra o Grupo Maku, uma quadrilha extraterrestre que queria dominar a Terra. E no último capítulo, depois de destruir Maku, o Gyaban é recompensado por isso, sendo promovido a capitão da Polícia Espacial, o que obriga ele a deixar a Terra pra ocupar esse posto. E quem vai ficar na Terra como substituto dele é o Detetive Espacial Sharivan.
E o seriado fecha com a voz do narrador ‘adivinhando’ que um novo grupo de vilões espaciais tão de olho na Terra...
Como se vê, Space Cop deixou uma porta escancarada pra uma continuação, né? E ela chegou em 1983: Sharivan, o Guardião do Espaço.
O então estreante Hiroshi Watari deu vida ao personagem-título. Mas o ator Kenji Ohba, que interpretou o Gyaban, aparece aqui em várias participações especiais. E aliás, o Gyaban dá uma super ajuda ao Sharivan na batalha final dele contra os vilões.
Por falar nos ditos-cujos, eles são a Sociedade Criminosa Mad, uma quadrilha fechadona e sinistra que vive num sombrio castelo em outra dimensão. E o lúgubre rei deles, chamado Mau Saíke, esconde um segredo só revelado no final do seriado que torna ele imortal. Ou seja, o Sharivan vai ter que se virar contra um inimigo que ele não tem como matar!
E a Dra. Pórter, sucessora do Mau Saíke no comando da organização, é a responsável por acionar a Máquina do Mundo da Alucinação, que transporta qualquer inimigo dela pra outra dimensão, junto com o monstro que ela tenha enviado na ocasião pra lutar contra esse inimigo. E a única forma de desfazer o efeito da máquina e voltar pra Terra é se um dos 2 (o monstro ou o inimigo de Mad) matar o outro... Quem vocês acham que escapa sempre quando o Sharivan é mandado pra lá junto com algum monstro?rs
Isso foi uma imitação de Space Cop (o Grupo Maku fazia quase a mesma coisa), só que um pouco mais bem elaborada.
A história assume um clima mais fantasmagórico e cheio de intrigas na reta final, com a chegada do horripilante Feiticeiro Leider, que invoca onryos (espíritos mal intencionados de pessoas que já morreram) pra atacar o Sharivan e os aliados dele, ao mesmo tempo em que tenta jogar os membros de Mad uns contra os outros com a intenção de, no futuro, dominar a organização.
Sharivan é um seriado de aventura, mas as pitadas de terror light são frequentes aqui. Então, vai agradar a quem gosta de ambos os gêneros.
Vale lembrar que, antes de interpretar o Gyaban, o Kenji Ohba já tinha interpretado o herói Daigoro em Denshi Sentai Denziman (1980).
Antes de estrear em Space Cop como ator, o Hiroshi Watari já tinha feito trabalhos como dublê em Taiyo Sentai San Barukan (1981) e em Goggle Five, os Guerreiros do Espaço (1982).
O ator Toshiaki Nishizawa e as atrizes Kyoko Nashiro e Wakiko Kano, que tinham interpretado o comandante da Polícia Espacial e suas assistentes em Space Cop, voltaram aqui interpretando os mesmos personagens. Assim como o ator Masayuki Suzuki, que interpretou um fotógrafo desastrado e mal-humorado, responsável pelas cenas cômicas do programa.
O ator Hideaki Kusaka, que aqui interpretou o Mau Saíke, já tinha interpretado o vilão Heru Satan em San Barukan.
O ator Toshimichi Takahashi, que aqui interpretou um herói recorrente chamado Keiso, já tinha interpretado o vilão Des-Killer em Goggle Five, além de ter feito algumas participações simples em Denziman e San Barukan.
O ator Satoshi Kurihara, que aqui interpretou o vilão Gailer, já tinha feito pequenas participações em Space Cop, Denziman e Goggle Five.
A atriz Hitomi Yoshioka, que interpretou aqui a vilã Pórter, já tinha feito uma participação em 1 capítulo de Space Cop.
O hoje falecido ator Mitsuo Ando, que interpretou aqui o vilão Leider, já tinha interpretado a aparência humana do monstro do capítulo 8 de Denziman.
O ator Kazuyoshi Yamada, que interpretou a aparência humana do Mau Saíke (aquele careca de terno branco que fica espionando os heróis), já tinha aparecido em 1 capítulo de Space Cop.
E a hoje falecida atriz Machiko Soga, que já tinha interpretado a Rainha Hedorian em Denziman e San Barukan, além de ter feito uma participação simples em Space Cop, também apareceu aqui interpretando a aparência humana do monstro do capítulo 22.
Mais informações sobre Sharivan? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções japonesas’ que você acha posts sobre Denziman, Goggle Five, San Barukan e Space Cop.
Até 2020!

domingo, 29 de dezembro de 2019

ANTHONY HEALD

Presença constante tanto no teatro quanto no cinema e televisão, o nova-iorquino Anthony Heald já teve alguns trabalhos interessantes na área do terror.
Em 1986, ele apareceu em 1 capítulo do seriado de Galeria do Terror.
Em 1991, o Anthony foi visto no filme O Silêncio dos Inocentes, interpretando o personagem Frederick Chilton, inimigo mortal do vilão Hannibal Lecter. E o Anthony voltaria a interpretar o mesmo personagem em Dragão Vermelho (2002), pré-sequência do Silêncio dos Inocentes.
Ainda em 1996, ele participou de 1 capítulo do seriado de terror Poltergeist: o Legado.
É importante lembrar que, apesar do título, esse seriado não tem nada a ver com a série cinematográfica Poltergeist, lançada em 1982.
Em 1998, o Anthony teve no filme Tentáculos...
Bom, esse é um filme de terror de monstros marinhos, né? E eu diria que ele cumpre as expectativas do que se propõe a mostrar, mas falha por deixar situações sem explicação. Nem tanto por não explicar a origem dos monstros (afinal, a gente pode partir do princípio de que “O Mar tem espaço suficiente pra ainda esconder formas de vida desconhecidas” e acabou!), mas por algumas partes que ficaram meio no ar. A cena da ilha, no final, por exemplo, é completamente subjetiva.
Mais informações sobre o Anthony? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘séries cinematográficas’ que você acha um post sobre a franquia Poltergeist dos anos 80.
Até a próxima!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

SPACE COP

título original: Uchu Keiji Gyaban
título brasileiro: Space Cop
ano de lançamento: 1982
país: Japão
elenco principal: Hiroshi Watari, Kenji Ohba, Machiko Soga
direção: Toshiaki Kobayashi
roteiro: Kazue Abe, Mikio Matsushita, Shozo Uehara, Susumu Takaku, Tatsuro Nagai, Tomomi Tsutsui e Tsuyo Hayashi

Em 1977, foi lançado o clássico Guerra nas Estrelas - Uma Nova Esperança, abrindo as portas pra franquia Star Wars. E no final dos anos 70 e início dos 80, esse assunto se tornou um hit em todos os países ocidentais ou que mantinham contato cultural com o Ocidente.
Consequentemente (e inevitavelmente), vários países lançaram na época produções cinematográficas e/ou televisivas que tentavam seguir os passos de Guerra nas Estrelas. E o Japão fez isso com Space Cop... Nome meio bizarro que Uchu Keiji Gyaban receberia em terras brasucas. Afinal, todo mundo deve estranhar que um seriado japonês, ao passar no Brasil, tenha recebido um título em Inglês, né?
Pois é. Só que isso não foi culpa da tradução brasileira: a própria Toei Company, que produziu esse seriado, exportou ele com esse nome pros países ocidentais que se interessaram pelo programa.
Bom, o seriado tem como herói principal o policial do espaço Gyaban, que luta contra o grupo criminoso Maku, uma quadrilha de vilões espaciais com superpoderes que querem conquistar a Terra. E pra isso, a cada vez que atacam a Terra, os vilões mandam um monstro ou guerreiro com poderes diferentes.
O vilão principal é o Don Rola, uma estátua monstruosa (aparentemente de gesso) que é o chefe do Grupo Maku. Abaixo dele vem um vilão que começou sendo chamado no Brasil de Caçador Maligno, mas depois teve o nome mudado (nas últimas aparições, ele acaba sendo chamado de Matador Implacável). E na reta final do seriado aparece o filho do Don Rola, chamado San Dorba, que chega pra se tornar a nova 2ª autoridade máxima de Maku.
Destaque pra hoje falecida atriz Machiko Soga, que aqui interpretou o monstro do capítulo 21 (uma mulher-abelha) e, de acordo com alguns sites, também fez a voz da vilã Kiba no áudio original.
A Machiko é mais famosa por interpretar a Rita Repulsa na 1ª temporada de Power Rangers (1993). Mas os fãs de sentais também devem se lembrar dela interpretando a Rainha Hedorian em Denshi Sentai Denziman (1980) e Taiyo Sentai San Barukan (1981).
Como o personagem Gyaban voltou a aparecer em outros seriados depois desse, e esses seriados também foram exibidos no Brasil, mas ficaram sob a responsabilidade de tradutores diferentes, o herói foi apresentado ao público brasileiro com os mais variados nomes: Gyaban, Gavan, Gaban e até Gabin!
Mas isso também não é tanto culpa da tradução brasileira. É que, lá no Japão, quando eles escrevem o nome do personagem com letras ocidentais, eles escrevem sempre “GAVAN”, com V. Mas na hora de pronunciar o nome dele, às vezes eles falam [GABAN], outras vezes eles falam [GYABAN]. Complicado, né? Mas é assim mesmo.
Bom, quando eu me referir a ele vou escrever Gyaban, OK?
Space Cop abriu as portas pra um tipo de seriado de aventura que foi uma das marcas registradas da TV Japonesa ao longo dos anos 80: os metal heroes. E Space Cop, junto com os 2 metal heroes seguintes, formam a trilogia uchu keiji, que é vista pelos fãs do gênero como a fase mais clássica dos metal heroes. Mas isso é conversa pros próximos posts. Aguardem! Não vai demorar!
Vale lembrar que o ator Kenji Ohba, que interpretou o herói principal aqui, já tinha interpretado o herói Daigoro, o guerreiro azul de Denziman.
A vilã Kiba foi interpretada por um homem: o ator Noboru Mitani. E esse já tinha interpretado a aparência humana do monstro do capítulo 13 de Denziman.
E o ator Michiro Ida, que interpretou o Matador Implacável, já tinha feito uma pequena participação em San Barukan.
Mais informações sobre Space Cop? Lá vai:


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Até a próxima!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

HECTOR DAVID JR.

O nutmegger Hector David Jr. é mais conhecido no Brasil por ter interpretado o ranger verde da 19ª temporada de Power Rangers (2011). Mas ele também já se envolveu em algumas poucas produções de terror.
Em 2014, ele apareceu em 1 capítulo do seriado Massacre.
E no ano seguinte, o Hector foi visto no filme The Sand.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:













Até a próxima!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

POLTERGEIST / O FENÔMENO & suas continuações



título original: Poltergeist
títulos brasileiros: Poltergeist / O Fenômeno
ano de lançamento: 1982
país: Estados Unidos
elenco principal: Heather O’Rourke, Oliver Robins, Zelda Rubistein
direção: Tobe Hooper
roteiro: Mark Victor, Michael Grais e Steven Spielberg

título original: Poltergeist II: The Other Side
título brasileiro: Poltergeist II: O Outro Lado
ano de lançamento: 1986
país: Estados Unidos
elenco principal: Heather O’Rourke, Oliver Robins, Zelda Rubistein
direção: Brian Gibson
roteiro: Mark Victor e Michael Grais

título original: Poltergeist III
títulos brasileiros: Poltergeist III / Cresce o Pavor / O Capítulo Final
ano de lançamento: 1988
país: Estados Unidos
elenco principal: Heather O’Rourke, Nancy Allen, Zelda Rubistein
direção: Gary Sherman
roteiro: Brian Taggert e Gary Sherman

Como eu já mencionei no post que fiz sobre Antropophagus (1980), a propaganda boca a boca muitas vezes distorce a realidade de muitos filmes. E Poltergeist foi uma dessas produções que sofreram muito ‘disse me disse’.
Acredito que não seja novidade pra quase ninguém que esse filme, lançado em 1982, teve uma continuação lançada em 1986 e outra, em 1988. E no caso dos 3 filmes, houve a morte de pelo menos 1 ator durante ou logo depois das gravações: a atriz Dominique Dunne (a heroína Dana do 1º filme) foi assassinada em 1982, o ator Julian Beck (o vilão Henry Kane do 2º filme) foi vitimado por um câncer de estômago em 1985, o ator Will Sampson (o herói Taylor do 2º filme) morreu devido a complicações causadas por uma cirurgia mal sucedida em 1987 e a atriz Heather O’Rourke (a heroína principal Carol Anne) morreu durante uma cirurgia de emergência no intestino em 1988.
Somando isso ao fato de encontrarmos aqui uma história de terror, não demorou a surgir a lenda de que o roteiro tava amaldiçoado, não demoraram a surgir boatos de que muitos outros atores além desses tinham morrido de forma estranha durante as gravações...
Enfim, pra muita gente, Poltergeist é mais famoso pelas lendas que ele gerou do que pela história em si.
É interessante lembrar que o filme de 1982 é na verdade uma sátira de terror, e não um filme de terror cascudo (a última cena, em que o pai bota a televisão pra fora de casa, é inegavelmente uma cena pra rir, né?). Por sinal, nenhum personagem morre no 1º filme. Com exceção de um canário, que morre de morte natural.rs
Tem uma árvore e um palhaço de brinquedo que se transformam em monstros, tem algumas figuras fantasmagóricas que aparecem pra encarar os heróis da história... Mas, sinceramente, essas criaturas não fazem muito mais do que dar sustos nos outros personagens.
Então, se nem é uma coisa voltada pro ‘mal’, vamos dizer assim, por que a história estaria amaldiçoada?
Além disso, vamos lembrar que morreram 4 pessoas relacionadas com Poltergeist ao longo de 6 anos (entre 1982 e 1988), não foi nem no mesmo ano. E dê uma pesquisada na história de vários outros filmes que você vai ver também pessoas relacionadas a eles que morreram durante as gravações ou nos anos seguintes.
Acho que, se o filme falasse sobre qualquer outro assunto que não fosse sobrenatural, nem teriam surgido essas lendas.
Tem uma cena em que aparecem alguns esqueletos, que, de acordo com informações não confirmadas, eram reais, porque ficava mais barato alugar esqueletos de indigentes do que comprar esqueletos de plástico.
Ninguém que trabalhou na direção nem na produção do filme nunca confirmou essa história e, venhamos e convenhamos, isso não convence muito, né? Não só pela improvável diferença de valor, mas também porque esqueletos de verdade seriam muito mais difíceis de manipular do que esqueletos de plástico.
Acho que isso tem muito mais a ver com o aglomerado de lendas urbanas que falam de maldições sobre o filme.
Bom, lançado no Brasil com o título original, mas eventualmente anunciado na televisão com o título de O Fenômeno, esse não é um filme propriamente de muita ação. Mas não deixa de prender a atenção do público com um roteiro interessante, escrito pelo grande Steven Spielberg (que foi também o produtor), em parceria com o Mark Victor e o Michael Grais.
A história mostra um vilão um tanto abstrato, identificado apenas como “Besta”. É um ser sobrenatural mais poderoso do que todos os outros espíritos que aparecem no filme, mas a origem dessa criatura só é esclarecida no 2º filme...
Em Poltergeist II: O Outro Lado, ficamos sabendo que, nos primeiros anos do século XIX, um fanático religioso chamado Henry Kane reuniu um bando de fanáticos manipuláveis e convenceu todos eles a se fechar numa caverna no Deserto da Califórnia, onde eles esperariam pelo fim do Mundo, pela volta de Jesus ou por alguma coisa parecida com isso.
Obviamente, todos eles, incluindo o próprio pastor, morreram de fome e de sede dentro da caverna, esperando pelo que nunca veio. Só que o espírito dele devorou os espíritos dos seguidores dele, se transformando numa espécie de assombração chamada Besta.
Vamos dizer que ele é o espírito de um Silas Malafaia do século XIX.rs
Agora, esclarecendo uma coisa do 2º filme que muita gente não entendeu, que foi o desaparecimento sem explicações da Dana...
Como já foi dito, a atriz Dominique Dunne, que interpretava essa personagem, foi assassinada na época do lançamento do 1º filme. Então, obviamente a personagem não aparece nas continuações. Mas por que pelo menos não inventaram uma explicação pro sumiço dela?
Provavelmente por motivos jurídicos mesmo. Os responsáveis pelo filme acharam melhor continuar a história dali pra frente ignorando a personagem, como se ela nunca tivesse existido, porque expor a imagem da atriz ali talvez pudesse causar algum problema com os tribunais.
Também vale lembrar que o 2º filme segue mais os passos do 1º. O 3º, apesar de ter o mesmo tema e de manter alguns dos personagens principais, acabou mudando bastante as coisas: a história foi deslocada pro Centro de Chicago, apareceram dezenas de personagens que nunca tinham sido mencionados nos filmes anteriores...
Isso é porque, do elenco dos filmes anteriores, só as atrizes Heather O’Rourke e Zelda Rubistein quiseram participar desse filme. O resto do pessoal nem deu a mínima (o sumiço deles, inclusive, fortaleceu a lenda urbana de que eles tinham morrido devido às maldições envolvidas com o filme).
Poltergeist III (lançado na televisão como Cresce o Pavor e em VHS como O Capítulo Final) também parte pra um terror um pouco mais pesado, enquanto os anteriores eram mais sátiras (é só aqui que a Besta começa a matar algumas pessoas).
Bom, o filme de 1982 é considerado um dos grandes clássicos do Cinema Fantástico. E teve um reboot lançado em 2015.
Outro filme dirigido pelo Tob Hooper que eu já indiquei aqui foi Pague para Entrar, Reze para Sair (1981).
Mais informações sobre Poltergeist e suas 2 continuações? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha posts sobre Antropophagus e Pague para Entra, Reze para Sair.
Até a próxima!

domingo, 22 de dezembro de 2019

HARVEY KEITEL

O nova-iorquino Harvey Keitel é um ator basicamente de filmes dramáticos, mas produções de todos os outros tipos também aparecem no currículo dele. Aliás, acho que o 1º filme que vi com ele foi uma comédia (Mudança de Hábito, de 1992).
A estreia dele na área do terror foi em 1966, em 2 capítulos do seriado Sombras da Noite.
Em 1980, o Harvey apareceu no filme Saturno 3... Esse filme é mais de ‘aventura’, mas passa como ‘terror light’.
Em 1985, ele protagonizou 1 capítulo do seriado Histórias Maravilhosas.
Em 1990, o Harvey participou do filme Dois Olhos Satânicos.
Em 1996, ele foi visto no filme Um Drinque No Inferno.
Em 1999, o Harvey teve no filme A Outra Volta do Paraíso.
No ano seguinte, ele apareceu na comédia de terror Um Diabo Diferente.
E em 2002, o Harvey foi visto no filme Dragão Vermelho, pré-sequência do Silêncio dos Inocentes (1991).
Aliás, no ano seguinte, foi lançado um documentário sobre o filme, chamado A Director’s Journey: The Making of Red Dragon, que também contou com a participação do Harvey.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


Até a próxima!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

OLHOS DA NOITE

título original: Deadly Eyes
título brasileiro: Olhos da Noite
ano de lançamento: 1982
país: Canadá
elenco principal: Cec Linder, Sam Groom, Sara Botsford
direção: Robert Clouse
roteiro: James Herbert (autor do texto original), Charles H. Eglee e Lonon F. Smith

Às vésperas da inauguração de uma linha de metrô em Toronto, a inspetora do departamento de saúde Kelly vai dar uma olhada num enorme estoque de cereais na beira do porto e vê que os cereais tão empapados de esteroides (provavelmente usados como conservantes). E assim, ela manda queimar tudo ali imediatamente.
Mas ela não percebe que um bando de ratos enormes, cada um com 1 metro, moravam embaixo daqueles cereais! E depois que os cereais são queimados, sem ter mais o que comer, eles saem dali e vão se instalar nos porões das casas próximas...
Não demora muito e a Kelly é chamada a um hospital pra ajudar os médicos a identificar qual foi o animal que mordeu um rapaz num beco escuro, já que ele não viu o que foi: a mordida é igual à de um rato, mas o tamanho não corresponde ao tamanho de um rato.
O rapaz mordido é aluno de um professor de Educação Física chamado Paul, que vai ao hospital visitar ele. E quando o Paul e a Kelly se conhecem ali, começam um romance. Só que vai ser um romance abalado por uma aluna do Paul que tá desesperada pra dar pra ele. E mais ainda pelo encontro de várias carcaças humanas que vão aparecendo pela cidade todos os dias a partir dali e que têm as mesmas marcas de dentes deixadas pelo animal que atacou o aluno do Paul.
Preocupada com essa última questão, a Kelly manda dedetizar os esgotos no mesmo dia da inauguração do metrô, sem perceber que a dedetização só espantou os ratos em vez de matar, fazendo com que eles corressem exatamente na direção da festa de inauguração...

Vagamente inspirado no livro The Rats (1974), do inglês James Herbert, Olhos da Noite é um filme só com efeitos especiais práticos: 0% de CGI ou de qualquer coisa parecida. E assim, como a história é sobre ratos que cresceram além do tamanho normal, eles foram representados por cachorros maquiados nas cenas em que apareciam de longe. E nas cenas de close, eles eram representados por bonecos mesmo.
Funciona? Bom, depende.
Se você tem murofobia (medo compulsivo de ratos), certamente o filme vai assustar você.
E se você tá acostumado só com filmes de terror light em que tudo acaba bonitinho, como Cucuy: o Bicho-Papão (2018), tem meia dúzia de cenas que também vão chocar você, como uma parte do início em que os ratos matam e devoram um bebê (a morte não é mostrada, mas vemos os ratos se aproximando do bebê e, na cena seguinte, aparece um rastro de sangue saindo do lugar onde a criança tava e chegando até a roupa dela, toda rasgada e suja de sangue).
Diferente de Calafrio (1971) e A Vingança de Willard (2003), em que os ratos, pelo menos durante a maior parte da história, obedeciam a um humano, em Olhos da Noite eles são retratados só como feras mutantes alteradas geneticamente pelas toxinas dos cereais que comeram e que enxergam nos humanos apenas presas pra saciar a fome deles.
É interessante que filmes de terror sobre animais enfurecidos já tavam meio fora da moda nos anos 80, enquanto os slashers passavam a ser o centro das atenções entre os fãs de terror. Mas os produtores de Olhos da Noite não tiveram medo de investir numa fórmula que tinha dominado o Cinema de Terror até uns 5 anos antes. E desde que você não seja muito exigente, posso dizer que não se saíram mal. Mas também não produziram nenhuma obra prima inesquecível.
ATENÇÃO: alguns spoilers daqui pra baixo!!! Se você não quer saber como o filme acaba, continue lendo a partir dos 3 asteriscos vermelhos.
A cena final deixa uma porta aberta pra uma continuação, mas nunca rolou... Ou, melhor dizendo, poderiam ter várias continuações, já que uma praga de centenas de ratos mutantes começam a atacar Toronto no final (os heróis principais sobrevivem e escapam, mas não têm como eles controlarem a infestação de ratos que eles deixaram pra trás).
***Mais informações sobre Olhos da Noite? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘animais enfurecidos’ que você acha um post sobre A Vingança de Willard e Calafrio.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

HARRY HAMLIN

O californiano Harry Hamlin teve como personagem de mais destaque da carreira dele o herói Perseu, protagonista da 1ª versão de Fúria de Titãs (1981), inspirado na Mitologia Grega. E na época, inclusive, ele era casado com a Ursula Andress, que interpretou Afrodite no mesmo filme.
Mas o Harry também já teve em várias produções de terror.
A estreia dele na área foi em 1986, quando participou de 1 capítulo do seriado O Passageiro Imprevisto.
Em 1998, o Harry teve em 1 capítulo do seriado Limites do Terror.
No ano seguinte, ele protagonizou o telefilme Predadores Silenciosos.
Em 2002, o Harry protagonizou o telefilme Mistério no Deserto.
E em 2009, ele apareceu em 2 capítulos do seriado O Mistério da Ilha.
E em 2016, o Harry participou da comédia de terror Director’s Cut.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘aventura’ que você acha um post sobre Fúria de Titãs.
Até a próxima!

sábado, 14 de dezembro de 2019

MADMAN

título original: Madman
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1982
país: Estados Unidos
elenco principal: Gaylen Ross (creditada aqui como Alexis Dubin), Paul Ehlers, Tony Fish
direção e roteiro: Joe Giannone

Não se sabe bem se isso aconteceu nos anos 60 ou 70, mas foi naquela época que um homem que morava com a esposa e os 2 filhos numa casa na Floresta de North Sea provocou uma tragédia...
Ele já era famoso pela personalidade agressiva que tinha. E muitos acreditavam que era louco, pois, do nada, sem explicação nenhuma, ele costumava praticar algum ato de extrema violência e, quando terminava, agia como se não tivesse feito nada de errado.
A gota d’água foi numa noite em que ele matou a esposa e os filhos a golpes de machado e, depois, foi até um bar próximo e pediu uma rodada de cerveja, sem demonstrar nenhuma alteração!
Quando os habitantes da cidade vizinha souberam do que tinha acontecido, se revoltaram de tal forma que 10 homens agarraram o sujeito e lincharam ele violentamente, chegando a arrebentar o lado direito da cara dele com um golpe de machado. E depois arrastaram ele até a floresta, amarraram uma corda no pescoço dele e penduraram numa árvore, deixando ele lá pra morrer enforcado e sozinho... Mas, no dia seguinte, quando voltaram pra enterrar o cadáver, encontraram a forca arrebentada e nem sinal do tal homem!
Muitos acreditam que ele virou uma assombração que, desde então, se esconde entre as árvores daquela floresta. E não ousam pronunciar o nome dele em voz alta, pois acreditam que, se alguém fizer isso, ele aparece e mata a pessoa e todos que tiverem perto dela na hora.
O nome dele é Marz. Ou, como ficou conhecido devido à sua suposta insanidade, o “Louco Marz”.

Essa lenda, lançada pelo filme Madman, é contada logo nas primeiras cenas, à luz de uma fogueira, pelo personagem Max, diretor da colônia de férias que hoje fica em North Sea (sim: esse é outro slasher do início dos anos 80 que se passa numa colônia de férias à beira de uma floresta rsrs).
Bom, não podia dar em outra: um garoto do grupo, chamado Richie, querendo se exibir pros outros, berra o nome da assombração o mais alto que ele pode. Mas o próprio Max deixa claro que o que ele contou é só uma historinha.
Como já tá na hora de dormir, as crianças apagam a fogueira e se enfileiram pra voltar pro alojamento. Mas o Richie deixa a fila depois de olhar pra cima e ver um vulto espreitando eles do alto de uma árvore. E ele se aproxima pra ver melhor quem tá ali, mas acaba perdendo a criatura de vista... Contudo, se engana quem pensa que ele vai morrer. Já os outros personagens adultos quase todos do filme...
Aliás, a lenda que o Max conta não parece ser mesmo tão real assim: os resultados de invocar o tal Marz não são exatamente como ele diz ali.
Bom, Madman é uma mistura de slasher com sobrenatural. Mas não é um filme de muita ação. Até porque o vilão aqui nem costuma ir muito atrás das vítimas dele: prefere deixar que as vítimas vão até o lugar onde ele tá e aí ele mata (aliás, pelo menos metade dos personagens que ele mata ao longo do filme não teriam morrido se não tivessem saído do lugar onde tavam em segurança).
Sobre a produção, vocês devem lembrar que, no post em que eu falei sobre A Ilha dos Cães (1982), mencionei que é um filme muito criticado por causa da escuridão total ou quase total de uma grande parte das suas cenas... Em Madman, apesar de 99,9% do filme se passar de noite, não aconteceu isso: o diretor usou uma iluminação de tom azul escuro em todas as cenas noturnas, criando um clima de escuridão sem deixar a tela toda preta (e consequentemente, sem deixar o filme incompreensível).
Se você conhece alguma pessoa que gosta de 0% de informação sobre o filme antes de começar a ver, não recomende esse filme a ela. Porque a abertura do filme é cheia de flashfowards (cenas curtas mostrando acontecimentos futuros do filme intercaladas com o que é mostrado no presente), enquanto o hoje falecido ator Tony Fish canta uma música sinistra.
Madman é um filme bem pouco conhecido por ter sido feito basicamente por desconhecidos: quase todos os atores e atrizes que aparecem aqui fizeram só esse filme ou poucos filmes além desse. E o próprio Joe Giannone teve aqui o seu único trabalho como roteirista e também como diretor geral.
O roteiro de uma continuação foi escrito. Mas nunca chegou a sair do papel.
Mais informações sobre Madman? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre A Ilha dos Cães.
Até a próxima!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

HARRY CROSBY

O californiano Harry Crosby apareceu em alguns poucos trabalhos na televisão e cinema ao longo dos anos 80, passando a trabalhar como bancário e empresário depois disso.
Mas um dos primeiros trabalhos da curta carreira de ator dele foi Sexta-Feira 13 (1980).
Talvez a cena mais polêmica do filme, e que hoje possivelmente seria até censurada se fosse ao ar, foi uma cena de improviso protagonizada por ele...
Acontece que, como Sexta-Feira 13 foi filmado numa área florestal, teve um dia em que uma cobra de verdade entrou num dos alojamentos onde os atores tavam. E o Harry matou ela com um golpe de facão.
Em meio ao reboliço, o diretor filmou tudo. E acrescentou a cena ao filme como se fosse o personagem do Harry matando a cobra.
Dentro do universo da história, a cobra teria sido posta ali pela Pamela Voorhees, pra se livrar dos jovens zeladores.
Antes que o 1º ecologista se manifeste, vamos lembrar que, nos anos 80, matar uma cobra era simplesmente o que se esperava quando se encontrava uma, né? Ainda não havia consciência ecológica de que cobras têm que ser preservadas porque fazem parte do ecossistema e tal.
A ideia dominante naquela época era “COBRA = PERIGO”. Então, se você encontrasse uma, tinha que matar.
Aproveito pra dizer que eu NÃO CONCORDO com matanças de animais pra fazer produções cinematográficas e/ou televisivas de qualquer tipo, como fizeram em Cannibal Holocaust (1980). Mas no caso da cobra de Sexta-Feira 13, acho que não foi exatamente o mesmo tipo de situação, né?
Mais informações sobre o Harry? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Sexta-Feira 13.
Até a próxima!

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

GOGGLE FIVE, OS GUERREIROS DO ESPAÇO

título original: Dai Sentai Goguru Faibu
título brasileiro: Goggle Five, os Guerreiros do Espaço
ano de lançamento: 1982
país: Japão
elenco principal: Junichi Haruta, Megumi Ogawa, Ryouji Akagi, Sanpei Godai, Shigeki Ishi
direção: Shohei Tojo
roteiro: Hirohisa Soda

Em 1982, numa montanha da Alemanha, um cientista japonês chamado Hongo procura pelas pistas de Des-Dark, uma organização secreta que existe desde 3000 a.C. e que não parece ter as melhores intenções em relação ao resto do Mundo...
Quando descobre um castelo que Des-Dark usava como base, o cientista é atacado por robôs da organização. Mas um alpinista japonês chamado Jun Ichi, que também andava por ali, corre pra defender o velho, conseguindo salvar ele.
Enquanto isso, um perverso cíclope mutante chamado Tabu, chefe de Des-Dark, se enfurece ao saber que a organização foi descoberta. E decide mudar de tática nas operações que usou até hoje: Des-Dark vai deixar de ser uma organização secreta e passar a ser um grupo de ataque direto contra a população!
Pra fazer frente a isso, o Hongo volta pro Japão junto com o Ken Ichi e decide recrutar mais 4 jovens pra, liderados pelo corajoso alpinista, formar o grupo que vai lutar contra os vilões. Os Gigantes Guerreiros Goggle Five.

Lançado em 1982, Goggle Five, os Guerreiros do Espaço foi o 6º sentai a ser produzido no Japão e o sentai mais antigo que já foi exibido na TV aberta do Brasil.
Apesar de ter a intenção de ser uma história séria, ele acabou, involuntariamente, se transformando numa patética comédia de aventura. Principalmente devido aos exageros na aparência de alguns personagens e nas próprias cenas de luta. E quanto às armas dos heróis... Entre outras ‘curiosidades’, você vê ali um bambolê de plástico, uma bola de borracha e uma fita de seda. Sim: eles lutam usando isso!
Mais uma: a “base secreta” dos heróis fica “escondida” embaixo de um estádio de beisebol no Centro de Tókyo, que em todos os capítulos se levanta algumas dezenas de metros acima do solo pra permitir a saída dos veículos deles. E as entradas pra lá são cabines que ficam no meio de um parque de diversões e todo mundo que tá em volta vê quando eles entram lá! Uma base assim é... “secreta”?!
O marechal do exército dos vilões é um faraó que vivia no Polo Sul (?!), onde ele dormia dentro de um caixão com 2 bonequinhas roxas. E os monstros, além de mal feitos, ficam o tempo todo pulando, agitando os braços, rindo sem motivo e repetindo os próprios nomes que nem uns debiloides.
Outra esquisitice que também aconteceu (embora pouca gente tenha percebido) foi o sumiço da personagem Midori, que tinha pouca importância no seriado, falava pouco, agia pouco, mas tava presente no recinto na 1ª metade do programa (ela era uma das assistentes dos heróis principais da história e ficava orientando as crianças que manipulavam os computadores na base deles).
A personagem sumiu sem explicação depois do capítulo 22.
Pra terminar de fazer a coisa descer pelo ralo, Goggle Five teve um tratamento de lixo no Brasil: foi exibido pela Bandeirantes em 1989 como um mero tapa-buracos na programação. Assim, quando não tinha mais nada pra passar, fosse de manhã, de tarde ou de noite, a Band botava lá algum capítulo de Goggle Five.
E a dublagem brasileira foi mais lixo ainda, com o som abafado, os personagens se chamando pelos nomes errados e outras bizarrices.
E ainda por cima, como já vimos, na abertura o narrador brasileiro anunciava o seriado com o nome de Goggle Five, os Guerreiros do Espaço (o nome original do seriado em Japonês é Dai Sentai Goguru Faibu, ou seja, “Grande Sentai Goggle Five”). Por que deram esse nome ao seriado no Brasil? É uma história em que os heróis são da Terra, os vilões são da Terra e não tem NENHUM capítulo em que aconteça nada de importante no espaço. De onde tiraram que tem guerreiros do espaço nesse seriado? Eu hein!
Bom, o ator Junichi Haruta, que interpretou o guerreiro preto Kan-Pei, já tinha feito aparições discretas nos 2 sentais anteriores: Denshi Sentai Denziman (1980) e Taiyo Sentai San Barukan (1981).
O personagem do Junich foi o 1º herói de sentai a usar uma armadura preta. E curiosamente, vários personagens do ator depois desse usariam roupas pretas também (alguns deles, bem famosos no Brasil).
O ator Toshimichi Takahashi, que interpretou o vilão Des-Killer, já tinha aparecido em 2 capitulos de Denziman e 1 capítulo de San Barukan.
O ator Kazuhiko Ohara, que interpretou uma das crianças da base dos heróis, também tinha aparecido em 1 capítulo de San Barukan.
O ator Eichi Kikuchi, que interpretou o vilão Igana, já tinha interpretado alguns monstros dos Vingadores do Espaço (1966), Spectreman (1971) e Lion-Man (1972).
E o ator Kin Omae, que aqui fez uma pequena participação como um cara que se fantasiava de Papai Noel pra dar presentes às crianças, já tinha interpretado o Rei Demônio Banriki em Denziman.
Bom, se você é fã de sentais, ou se simplesmente quer rir com mais algumas esquisitices desse aqui, lá vão mais informações sobre Goggle Five:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções japonesas’ que você acha posts sobre Denziman, Lion-Man, Os Vingadores do Espaço, San Barukan e Spectreman.
Até a próxima!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

DAVID WYSOCKI

O floridiano David Wysocki tem uma carreira de ator bastante irregular, com várias idas e vindas. Mas ele teve principalmente trabalhos na televisão.
O 1º trabalho dele na área do terror foi exatamente num telefilme de 1980: A Enviada do Mal (na verdade, isso é mais um suspense com toques de terror).
Em 1982, o David interpretou o garoto bonzinho do slasher A Ilha dos Cães.
A gente costuma pensar que a vantagem principal de ter essa função num slasher dos anos 80 é ser o último rapaz a morrer no grupo dos heróis, né?rs No resto, esse tipo de personagem só tem apurrinhação. Ao contrário da garota tarada e do garoto brigão do grupo, nem sexo ele faz! O garoto bonzinho geralmente fica querendo se chegar na garota boazinha do grupo, mas o máximo que rola são uns beijinhos insossos, com ela quase sempre saindo fora quando ele se aproxima.
Bom, na Ilha dos Cães a coisa é um pouquinho mais apimentada entre o ‘casal bonzinho’: tem cena de mão na bunda (por dentro da calcinha e tudo!), logo depois ele dá uma encoxada rápida nela (e ela não empurra ele pra longe nem nada) e depois aparecem os 2 na cama (mas sem mostrar detalhes).
Um garoto bonzinho e uma garota boazinha que gostam de sexo num slasher oitenteiro?! Até tem alguns outros exemplos, como a personagem da Elizabeth Berridge em Pague para Entrar, Reze para Sair (1981), que tem vida sexual ativa com o garoto brigão do grupo. Mas, mesmo assim, é raro, né?
Em 2017, ele lançou um vídeo de 21 minutos falando sobre o filme, chamado Humongous: Interview with David Wallace.
Ainda em 1983, o David também apareceu no filme Embalsamado.
O ator sempre usou o nome artístico de David Wallace. Mas em 2010, ele decidiu mudar pra David Wysocki.
Mais informações sobre ele? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha posts sobre A Ilha dos Cães e Pague para Entrar, Reze para Sair.
Até a próxima!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

CONAN, O BÁRBARO

títulos originais: Conan, the Barbarian / Conan, el Bárbaro
título brasileiro: Conan, o Bárbaro
ano de lançamento: 1982
países: Espanha / Estados Unidos / México
elenco principal: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Sandahl Bergman
direção: John Milius
roteiro: Robert E. Howard (autor do texto original), Edward Summer, John Milius e Oliver Stone

Um menino chamado Conan foi criado numa aldeia bárbara no meio de uma floresta, aprendendo a adorar o deus Crom.
Ele sempre soube que é inútil rezar pra esse deus, pois ele não presta atenção nas orações dos humanos. Mas, quando quer, ele ajuda determinados humanos que acreditam nele. E também é ele que absolve ou condena os espíritos do povo do Conan no momento em que eles morrem e chegam diante dele.
Um dia, a aldeia é atacada por um bando de bandidos.
Única criança da aldeia, o Conan foi o único que não foi morto. Mas foi levado por um dos bandidos e vendido como escravo a um fazendeiro, vivendo nessas condições até o início da juventude.
O trabalho duro todos os dias deixou ele enorme, musculoso e anormalmente forte.
Um dia, impressionado com a força do Conan, um apresentador de shows de luta comprou ele como escravo e botou ele pra lutar contra vários guerreiros nos espetáculos que apresentava. E permitiu que ele se aprimorasse no Oriente.
Até que, aparentemente percebendo que o Conan já tinha se tornado poderoso demais pra continuar sendo escravo, o patrão soltou ele. E ele foi vagando pelo Mundo, até entrar acidentalmente no túmulo de um rei guerreiro dentro de uma caverna. E pegando a espada que foi sepultada junto com o rei, ele passou a usar aquela arma nas aventuras que encontrou dali pra frente.

Com cenas gravadas nos Estados Unidos, na Espanha e no México, Conan, o Bárbaro foi um filme amado por alguns e odiado por outros na época em que foi lançado. Mas hoje é considerado um clássico cult.
O filme foi inspirado nas histórias sobre o herói deixadas por seu criador Robert E. Howard. E foi sem dúvida um divisor de águas da carreira do Arnold Schwarzenegger, apesar da interpretação canastríssima dele.rsrs
A história pode ser dividida entre antes e depois da alforria do personagem: antes, o Conan só fazia o que mandavam ele fazer e repetia o que mandavam ele repetir, sem nunca dar muita importância às coisas que falava e que fazia; depois, ele se dedicou a encontrar o assassino do povo dele e vingar a morte de todos eles.
Muita coisa foi gravada no improviso, como a cena em que o Conan tá correndo dos cachorros e a cena em que ele incendeia o templo. Sim: ali o Arnold tava correndo dos cães furiosos de verdade (e sem proteção nenhuma!) e ele também incendiou o cenário de verdade!
O filme também faz uma crítica explícita contra as seitas religiosas que atraem tantos fanáticos, que se transformam em meros fantoches nas mãos dos sacerdotes.
Qualquer semelhança entre o vilão Thulsa e os pastores pentecostais e neopentecostais milionários que a gente vê na televisão hoje certamente não é mera coincidência.
Mas o diretor parece deixar claro que não é uma crítica contra Jesus, já que ele retratou o Conan, que é exatamente quem faz os fanáticos abrirem os olhos, com algumas características de Jesus: ele é torturado, depois disso é crucificado numa árvore do deserto, depois disso é retirado da crucificação pelos amigos dele e depois disso ‘ressuscita’ através de um poder sobrenatural.
A mensagem clara parece ser “Confiem em Jesus, mas nunca confiem nos líderes ricos de seitas”. Embora os pentecostais e neopentecostais (principalmente os de classes sociais mais baixas) pareçam fazer questão de seguir o oposto disso.
Mas enfim: desde o início, a intenção do diretor era criar uma série cinematográfica sobre o Conan. Mas acabou saindo só 1 única continuação até hoje (1984).
Um 3º filme tava previsto pra ser gravado logo depois disso. Mas como algumas pessoas que trabalhariam no filme já tavam ocupadas com outros projetos e outras já tavam com os contratos expirados, acabou não rolando (embora, até poucos anos atrás, ainda tivesse gente pensando na possibilidade de lançar esse 3º filme).
Em 2011, um reboot também chamado Conan, o Bárbaro foi lançado. Mas mostrando o herói passando por situações completamente diferentes do que se viu no filme de 1982.
Daqui a algum tempo vocês vão ver um post sobre esse reboot aqui. Aguardem!
Mais informações sobre o filme de 1982? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

DAVID NAUGHTON

Não existe nenhum fã de filmes de lobisomem que desconheça Um Lobisomem Americano em Londres (1981). E os poucos entre eles que ainda não viram o filme inteiro, no mínimo, já viram algumas imagens dele por aí.
Essa coprodução anglo-estadunidense é um dos maiores clássicos do subgênero ‘lobisomem’. E sem dúvida, o maior de todos os clássicos desse subgênero da 2ª metade do século XX.
O filme foi protagonizado pelo connecticutiano David Naughton. Que por isso mesmo é visto como um dos maiores astros do Cinema de Terror (embora, injustamente, nunca tenha recebido o devido reconhecimento em outros gêneros de filmes).
Claro que ele também teve presente em muitas outras produções de terror:
Logo depois de Um Lobisomem Americano em Londres, em 1982, o David protagonizou o telefilme Eu, o Desejo: uma História de Vampirismo.
Em 1989, ele protagonizou 1 capítulo do seriado Além da Imaginação.
No ano seguinte, o David protagonizou a comédia de terror Expresso Macabro.
Em 1991, ele participou de Máquina de Vingança.
Em 1993, o David teve em Amityville 7: Uma Nova Geração e em Trilogia do Terror.
Em 1995, ele foi visto em Reflexo do Demônio 3 e na comédia de terror O Sorveteiro.
Em 2001, o David apareceu em 3 produções do gênero: Prisioneiros das Trevas, Abelhas: Ataque Mortal e 1 capítulo do seriado A Hora do Arrepio.
Uma homenagem que ele recebeu em 2006, quando Um Lobisomem Americano em Londres tava fazendo 25 anos, foi interpretar o Xerife Ruben em A Fera Assassina, outro filme de lobisomem.
Cuidado pra não confundir esse filme com Grizzly (1976), que no Brasil também foi lançado com o título de A Fera Assassina.
Em 2007, o David protagonizou a comédia de terror Brutal Massacre: A Comedy e também apareceu em outra comédia de terror chamada Hallows Point.
Em 2013, ele participou da comédia de terror Cool As Hell e de 1 capítulo do seriado de terror Holliston.
No ano seguinte, o David foi visto em Psychotic State.
Em 2015, ele apareceu em 1 capítulo do seriado História de Horror Americana.
Em 2017, o David foi visto em Sharknado 5: Voracidade Global e em The Hatred.
Atualmente, ele tá gravando uma nova comédia de terror, chamada Attack of the Killer Chickens, ainda sem data de estreia prevista.
E informações não confirmadas dizem que o David pretende participar de um filme de terror chamado The Gathering, que deve começar a ser gravado em 2020.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘aventura’ que você acha posts sobre A Fera Assassina (Grizzly) e Um Lobisomem Americano em Londres.
Até a próxima!

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

A ILHA DOS CÃES / O MONSTRO DA ILHA

título original: Humongous
títulos brasileiros: A Ilha dos Cães / O Monstro da Ilha
ano de lançamento: 1982
país: Canadá
elenco principal: David Wysocki (creditado aqui como David Wallace), Garry Robbins, Janet Julian
direção: Paul Lynch
roteiro: William Gray

Se você ler qualquer crítica sobre Humongous, uma reclamação que com certeza vai encontrar lá é sobre a iluminação ruim do filme. E é uma reclamação que realmente procede: muitas cenas são tão escuras que você nem entende o que tá acontecendo ali, pois não dá pra enxergar!
Tudo bem que 2 terços do filme se passam de noite. Mas existem técnicas pra fazer uma cena ficar com aspecto noturno sem deixar a tela toda preta, né?
Entretanto, parece que o excesso de escuridão do filme foi causado exatamente pela fixação do diretor em não mostrar a cara da criatura enquanto isso fosse possível, fazendo um jogo de luz por trás dele de forma que só aparecesse um vulto. Só dá pra ver mais ou menos alguma coisa quando ele fica preso no meio de um incêndio, já no final. E é aí que a gente entende o que houve: a maquiagem ficou muito mal feita! Tinham que dar um jeito de não aparecer muito.
Por outro lado, cenas escuras parecem fazer parte da estética que o Paul Lynch seguia nos anos 80: quando ele lançou Baile de Formatura, também conhecido como A Morte Convida para Dançar (1980), esse filme também foi criticado pelo excesso de cenas escuras.
Se a intenção é contar uma história, essa história não pode ser contada de uma forma que ninguém entenda, certo? E um filme que é todo escuro acaba entrando nessa de ninguém entender: a escuridão torna o filme confuso, e não misterioso.
Bom, lançado no Brasil com o título de A Ilha dos Cães quando saiu em VHS, e ao mesmo tempo exibido na televisão com o título de O Monstro da Ilha, esse filme tem como história um roteiro corriqueiro de slashers. Vamos ver:

Um pequeno grupo de jovens (um garoto bonzinho, uma garota boazinha, um garoto brigão, uma garota tarada e uma nerd) tão passeando de iate por um dos Grandes Lagos do Canadá, até que acabam se afastando dezenas de quilômetros da margem meio sem perceber.
De repente (e bota ‘de repente’ nisso!), a noite cai e ao mesmo tempo eles são envolvidos por um espesso nevoeiro, não conseguindo encontrar o caminho de volta pra margem. Mas, por outro lado, eles esbarram com uma lancha que tava à deriva com 1 único tripulante.
Esse homem explica que o único ponto de terra naquela parte do lago é a chamada Ilha dos Cães... Uma informação valiosa, já que o garoto brigão logo depois provoca um acidente que incendeia o iate e obriga todo mundo a se jogar no lago. Ou seja, eles são obrigados a nadar pra tal ilha, que tá a poucas dezenas de metros dali... A única coisa que ninguém sabe é que a ilha é habitada por alguém louco, deformado, anormalmente forte e que se comporta literalmente como um animal selvagem!

Só pra completar o ‘grupinho clichê’ de personagens de slashers, o cara da lancha é aquele personagem que entra no filme só pra explicar um pouquinho da história e morre menos de meia hora depois.
O maior buraco que o roteiro deixa é uma passagem de tempo de 1946 pra 1982, já que nada é explicado sobre o que aconteceu nesse meio tempo. E seriam exatamente as informações mais importantes pra gente entender a história com detalhes...
Acontece que o filme começa nos apresentando a filha de um milionário que é estuprada pelo ex namorado bêbado numa ilha florestal da família dela, em 1946. E segundos depois do estupro, os cães de estimação dela avançam no cara e fazem ele em pedaços. Mas ela termina de matar ele, quebrando-lhe o crânio com uma pedrada.
E aí é que tá: o filme não mostra o que aconteceu imediatamente depois disso. Mas deixa claro que o estupro resultou numa gravidez e, por algum motivo, o filho nasceu deformado e com o cérebro afetado.
A mulher passa a viver sozinha com o filho na ilha. E só sai de lá 2 vezes por ano pra comprar mantimentos, sendo que nessas ocasiões ela não olha nos olhos de ninguém nem diz nenhuma única palavra a ninguém, se limitando a comprar o que precisa e voltar pra ilha, onde acredita que o filho tá “protegido” do mundo exterior, guardado por uma grande matilha de cães de guarda que ela mantém ali.
No início dos anos 80, ao ver que tá doente e morrendo, ela destrói todos os barcos que tem na ilha, pra ter certeza de que, depois que ela morrer, o filho não vai embora, continuando “protegido” ali.
Conclusão: depois que ela morre, o filho tem que matar e comer todos os bichos da ilha pra sobreviver (e isso inclui os cães de guarda). Até que aqueles náufragos chegam ali em 1982...
Essas são as informações que aparecem. Mas ninguém explica o motivo do bebê nascer demente e deformado ou o fato da mulher passar a viver como eremita na ilha, já que ela era uma milionária. Só podemos supor que ela tentou fazer um aborto que não funcionou e acabou sequelando o feto. E ela, profundamente traumatizada por todo aquele conjunto de situações trágicas, decidiu viver ‘escondida’ naquela ilha. Mas é questionável que existisse amor materno ali, pois o filme dá a entender que ela sempre tratou o filho como pouco mais do que um dos cães dela. E nem deu um nome a ele: no roteiro ele é identificado apenas como Ida’s Son, já que o nome da mulher é Ida.
Quanto à força e resistência física fora do comum que ele adquiriu, talvez tenham sido exatamente por ter crescido como um animal selvagem, numa floresta.
Também é questionável que a tragédia de 1946 tenha caído num esquecimento tão absoluto em pouco mais de 30 anos (nenhum dos personagens de 1982 sabe nada sobre essa história): a Ida foi estuprada e matou o estuprador a algumas dezenas de metros de onde tava acontecendo uma festa com vários e vários convidados. Será que quando encontraram ela ninguém na festa estranhou a situação? E ninguém ali comentou o que aconteceu com outras pessoas mais tarde, quando foi embora da festa?
Eu sempre tive as minhas dúvidas sobre classificar A Ilha dos Cães como um filme de terror, pois ele não tem muitas cenas propriamente aterrorizantes. É um slasher, é claro. Mas pode ser entendido como um suspense com pinceladas de terror.
Outra particularidade que dá pra destacar aqui é que esse filme não tem como vilão um assassino sádico. O “monstro da ilha” é retratado como um predador que mata pra comer e pra defender o território dele, mas sem nenhuma conotação de matar por vingança ou sadismo (a gente percebe mais características de perversidade indiscutível em outros personagens que aparecem na 1ª metade do filme, como o Nick e o Tom). Tecnicamente, ele é só um animal irracional, sem característica humana nenhuma.
Ação? Bom, apesar do filme ser bem parado em várias partes, consegue manter um certo clima de aventura nas últimas cenas. Mas o final mesmo é aquele clichezão de slasher oitenteiro que todo mundo conhece.
Agora vou destacar uma coisa que qualquer fã de slashers dos anos 70 e 80 vai perceber se chegar a ver A Ilha dos Cães: esse filme bebeu na fonte de vários slashers um pouquinho mais antigos do que ele.
Logo de cara a gente vê que várias partes desse filme foram ‘aproveitadas’ de Antropophagus (1980), embora Antropophagus não seja um filme bom pra se ‘aproveitar’ ideias.rs Mas pelo menos A Ilha dos Cães não ficou com as contradições de Antropophagus.
Uma cena aqui que foi inegavelmente (e escancaradamente) plagiada de Sexta-Feira 13 – parte 2 (1981): quando a Sandy tá sendo perseguida pelo Ida’s Son, ela entra num quarto escuro, veste uma blusa da Ida e, quando ele entra, ela finge que é a Ida e consegue controlar ele assim... No outro filme, lançado 1 ano antes, uma garota perseguida pelo Jason já tinha usado essa mesmíssima tática pra escapar do vilão.
Se vocês acham que esse foi o plágio mais indiscutível que A Ilha dos Cães cometeu é porque vocês ainda não compararam esse filme com Tower of Evil (1972).
Ambos os filmes mostram uma mulher que teve um filho aberrante e foi viver com ele separada do Mundo numa ilha aonde ninguém ia. Até que ela morreu, o filho virou uma espécie de terror ambulante vagando pela ilha e atacou um grupo de pessoas que chegaram lá...
Tem até cenas que são quase 100% iguais nos 2 filmes, como os recém-chegados encontrando uma foto antiga da mãe com o bebê aberrante no colo em que ela tenta esconder ele. E também uma garota que encontra a carcaça da velha sentada numa cadeira no quarto dela. E não vou contar como é a cena do confronto final entre a mocinha e o vilão em ambos os filmes, mas até nessa parte A Ilha dos Cães mostra exatamente o mesmo tipo de situação que Tower of Evil.
Santo filme de terror plagiado, Batman!rs
Agora, uma parte fofa rs: A Ilha dos Cães conseguiu plagiar até mesmo cenas de Scooby-Doo, Cadê Você? (1969). É só ver a cena em que um loiro bonitão, uma ruiva boazuda e uma nerd de óculos (o Eric, a Sandy e a Carla) tão andando por um casarão abandonado, procurando pistas sobre o que aconteceu ali. Vão me dizer que isso não lembra várias cenas do Fred, da Daphne e da Velma em Scooby-Doo?
Mais informações sobre A Ilha dos Cães? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha posts sobre Antropophagus, Sexta-Feira 13 – parte 2 e Tower of Evil. E dê uma clicada em ‘seriados’ que você acha um post sobre Scooby-Doo.
Até Dezembro!

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

HALEY JOEL OSMENT

“I see dead people!”

O californiano Haley Joel Osment se tornou famoso ao sussurrar essa frase pro Bruce Willis no filme de terror O Sexto Sentido (1999), quando tinha 11 anos. E embora ele tenha aparecido em várias produções antes e depois dessa tanto no cinema quanto na televisão (afinal, ele trabalha como ator desde os 6 anos de idade), o Haley parece ser mais lembrado até hoje pelo Sexto Sentido mesmo.
Embora esse filme aposte mais no suspense do que no terror (as cenas aterrorizantes funcionam mais como detalhes do filme do que como parte integrante dele), essa produção ganhou o seu lugar na galeria dos clássicos de terror dos anos 90.
De qualquer forma, as produções de terror são raras no currículo do Haley. E de modo geral, foram raros os grandes trabalhos que ele teve depois dos anos 90.
Em 2014, ele apareceu na sátira de terror A Transformação.
Em 2016, o Haley protagonizou o filme Nightmare Time e também foi visto no filme Yoga Hosers.
E em 2018, ele participou de 1 capítulo do seriado de terror History of Horror.
Mais informações sobre o Haley? Lá vai:


Até a próxima!

terça-feira, 26 de novembro de 2019

UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES

título original: An American Werewolf in London
título brasileiro: Um Lobisomem Americano em Londres
ano de lançamento: 1981
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: David Naughton, Griffin Dunne, Jenny Agutter
direção e roteiro: John Landis

Desde que o 1º filme de lobisomem foi lançado até o início dos anos 80, esses monstros eram sempre retratados de 2 formas:

a) Humanos (homens, na maioria das vezes) com a cabeça e as mãos mais peludas do que o normal, além de orelhas pontudas e dentes e unhas afiados.
A gente vê exemplos disso em O Lobisomem de Londres (1935), A Maldição do Lobisomem (1961), La Loba (1965) e A Noite do Lobo (1972).

b) Algum animal (geralmente um pastor alemão) era maquiado e usado pra interpretar o lobisomem.
Exemplos disso em Nosferatu (1922) e A Fera Deve Morrer (1974).

E também tiveram filmes que usaram os 2 recursos, como O Lobisomem (1941): quando o Larry se transforma em lobisomem, ele vira um híbrido de homem e lobo (em ambas as aparências, interpretado pelo ator Lon Chaney Jr.); quando o Bela se transforma em lobisomem, ele assume a aparência de um lobo comum (que foi interpretado pelo cachorro do Lon).
Assim sendo, talvez a maior inovação que Um Lobisomem Americano em Londres tenha trazido tenha sido a estrutura física do lobisomem, retratado dessa vez como um monstro quadrúpede mais assustador do que os lobisomens de todos os filmes anteriores (embora ele só apareça ‘inteiro’ nas últimas cenas do filme).
Mas, além disso, temos que destacar que estamos falando aqui do maior clássico de filmes de lobisomens do final do século XX, colocado num pedestal até hoje por 99% dos fãs de filmes desse subgênero.
E há bons motivos pra isso: o lado psicológico dos personagens é bem trabalhado, os efeitos especiais foram o máximo do máximo pra época (e até deram um oscar ao filme!), é um filme que nunca fica paradão (embora os personagens nem cheguem a passar por tantas aventuras assim, a não ser na 1ª parte do filme), o suspense é garantido do início ao fim e as cenas de ataques do lobisomem, apesar de serem de violência extrema, não ficam expondo imagens de ‘açougue’ por vários minutos seguidos só pra chocar o público (tem muito gore, mas não em tempo integral).
Destaque também pra própria abertura do filme: os créditos iniciais têm ao fundo a beleza tristonha das charnecas inglesas, enquanto ouvimos uma versão melancólica de Blue Moon.
Também é interessante destacar a mudança total de cenário do início pro fim do filme: como já vimos, começa nas desoladas charnecas inglesas e depois a história se desloca pro Centro de Londres, onde se conclui (lembrando que é bastante incomum um filme de terror ter cenas se passando nas ruas do centro urbano de uma metrópole).
Os personagens principais são carismáticos e ganham o público logo de cara. E Um Lobisomem Americano em Londres não tem um vilão propriamente dito, já que o personagem David, que se transforma no lobisomem, mata todo mundo sem saber o que tá fazendo, pois ele fica inconsciente enquanto tá transformado.
Também não faltam pequenos toques de comédia ao longo do filme todo.
A única crítica negativa que eu tenho a fazer sobre Um Lobisomem Americano em Londres é em relação à cena final, que eu achei muito mal aproveitada: corta direto da situação que tá sendo mostrada pros créditos finais.
Tirando isso, eu posso dizer que é um filme de terror perfeito.
E claro: cuidado pra não confundir O Lobisomem de Londres com Um Lobisomem Americano em Londres, porque uma coisa não tem nada a ver com a outra.
E já que tamos falando em títulos parecidos, eu aproveito a oportunidade pra lembrar que o filme Um Lobisomem Mexicano no Texas (2005), apesar do título relativamente parecido, NÃO É uma continuação de Um Lobisomem Americano em Londres, ao contrário do que algumas pessoas podem imaginar (só usou um título marketeiro pra chamar a atenção do público, como A Mulher-Lobo de Londres, de 1946, tinha feito com O Lobisomem de Londres). Aliás, como os próprios nomes já deixam óbvio, esses filmes se passam em partes diferentes do Mundo.
E Um Lobisomem Americano em Paris (1997)? É uma continuação de Um Lobisomem Americano em Londres?
Bom, era pra ser, mas não é. Contudo, isso é assunto pra outro post. Aguardem!
Mais informações sobre Um Lobisomem Americano em Londres? Lá vai:


Agora, dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre A Maldição do Lobisomem, A Noite do Lobo, Nosferatu, O Lobisomem e O Lobisomem de Londres. Dê uma clicada em ‘mutantes’ que você acha posts sobre A Fera Deve Morrer e La Loba. E dê uma clicada em ‘animais enfurecidos’ que você acha um post sobre A Mulher-Lobo de Londres.
Até a próxima!