segunda-feira, 4 de abril de 2022

CURIOSIDADES SOBRE ETÉRNIA E ETÉRIA


Abril é o mês em que se comemora o Dia do Super Herói.
Não parece haver muita concordância em relação ao dia em si: eu vi alguns sites dizendo que 14 de Abril é o Dia do Super Herói, outros dizendo que é 18 de Abril e outros dizendo que é 28 de Abril. Mas todos concordam que é em Abril.
Então, já que o He-Man voltou à moda entre os fãs de super heróis, devido ao seriado Mestres do Universo exibido atualmente pela Netflix, vou aproveitar o mês de Abril pra lembrar aqui algumas curiosidades sobre He-Man e os Defensores do Universo (1983) e She-Ra (1985).
Vou levantar algumas dúvidas que as pessoas têm sobre o que foi mostrado nesses seriados. E aí vamos tentar responder dentro do que dá pra entender.
ATENÇÃO: vou levar em conta só o que foi mostrado nos seriados dos anos 80. Então, aqui não vai entrar em discussão aquilo que foi mostrado em continuações desses seriados lançadas anos depois, em explicações que só foram dadas pelos diretores e produtores muitos anos depois nem em novas versões sobre esses personagens.
Nenhuma ordem oficial de episódios foi estabelecida pra He-Man nem pra She-Ra: de acordo com a Filmation Associates, os 2 seriados foram produzidos pra terem seus capítulos exibidos em qualquer ordem, embora as histórias de alguns episódios indiscutivelmente sejam continuações das histórias de outros.
Então, eu vou numerar os episódios aqui pela ordem em que cada um deles foi exibido na televisão pela 1ª vez nos Estados Unidos.
Vou começar hoje dando uma visão geral de Etérnia e Etéria, os 2 planetas onde a maior parte dos 2 seriados se passa. E durante o mês vamos ver outras curiosidades sobre esses programas.

Em Etérnia...

He-Man foi lançado em 1983. Mas a história do seriado se passa naquele ano mesmo?
Provavelmente, não. Há mais evidências de que a história se passa quando o calendário da Terra já se encontrava algumas décadas depois de 1983. Especialmente por causa da época em que a astronauta terráquea Marlena chegou a Etérnia.
O 76º episódio (O Mistério dos Livros), na 2ª temporada do seriado, lançado em 1984, se passa no dia em que o Príncipe Adam tava completando 19 anos, ou seja, a 1ª temporada (1983) se passa quando ele tinha de 17 pra 18 anos.
Se a história do seriado se passasse simultaneamente ao calendário da Terra, ele teria nascido em 1965. Ou seja, sendo a mãe dele uma astronauta da Terra (aparentemente, dos Estados Unidos), ela teria chegado a Etérnia pelo menos em 1964. E isso seria impossível: os Estados Unidos só começaram a mandar mulheres em missões espaciais nos anos 80.

Quem são os membros da Família Real de Etérnia?
O Rei de Etérnia mais antigo ainda vivo durante os eventos mostrados nos seriados dos anos 80 era o Rei Miro, pai do Rei Randor e (pela lógica) do Rei Stefen.
O Rei Randor era o Soberano de Etérnia durante os 2 seriados dos anos 80.
A Rainha Marlena, devido ao seu casamento com o Randor, era a rainha-consorte na mesma época.
O Príncipe Adam e a Princesa Adora eram os filhos gêmeos do Randor e da Marlena, sendo o Adam o herdeiro direto do trono (provavelmente por ter nascido algumas horas ou minutos antes da Adora).
Antes do Randor assumir o poder absoluto, o pai dele era o Soberano de Etérnia.
Além desses, vimos alguns membros da Família Real que eram aparentados com o Randor, mas não se sabe exatamente como.
A Lady Edwina foi mencionada apenas como sobrinha do Randor e prima do Adam, mas nunca se revelou de quem ela era filha.
No mesmo peso e na mesma medida que a Edwina, o Príncipe Jeremy foi mencionado apenas como sobrinho do Randor e primo do Adam, mas também nunca se revelou de quem ele era filho.
O Stefen foi mencionado apenas como tio do Adam. E embora o parentesco direto dele com o Randor não tenha sido mencionado, pela lógica, eles só podiam ser irmãos.
E o Príncipe Dal apareceu explicitamente como filho do Stefen e primo do Adam.
No 99º episódio (A Roda do Tempo), fomos apresentados ao Rei Tamusk, que foi o último feiticeiro a ocupar o Trono de Etérnia. Mas, como ele já morreu há milhares de anos, não se sabe se os membros da Família Real de Etérnia vista nos seriados dos anos 80 eram descendentes dele.
No 12º episódio de She-Ra (A Viagem do Rei Miro), vimos um museu do palácio com uma galeria de quadros dos reis que governaram Etérnia antes do Randor.
O guia do museu apresentou 3 reis entre todos que apareciam nos quadros ali aos visitantes: Rei Eldon, Rei Volnar e Rei Freenorn.
Também não sabemos se os membros da Família Real de Etérnia vista nos seriados eram descendentes deles. Mas certamente esses 3 governaram Etérnia em épocas bem mais recentes do que o Rei Tamusk.

Etérnia tem quantas luas?
Essa é uma pergunta difícil de responder, mas vamos tentar...
Em várias cenas em que o planeta foi mostrado do espaço, vimos outros corpos celestes ao redor dele.
Mas não se sabe se aquilo eram luas orbitando ao redor de Etérnia ou se eram só planetas vizinhos.
No 42º episódio (Eternal Darkness), só apareceu 1 único corpo lunar orbitando em Etérnia. Mas isso não impede que existissem outras luas que simplesmente não tivessem sido mostradas naquela ocasião.
No 66º episódio (A Sombra de Esqueleto), vimos explicitamente que existiam no mínimo 2 luas: a Lua Brilhante e a Lua das Trevas.
No 14º episódio de She-Ra (O Espelho da Lira), vimos claramente 2 luas no céu de Etérnia. A Teela explicou que elas só se aproximavam uma da outra 1 vez por ano. E vimos que isso acontecia no mesmo dia em que as 2 luas de Etéria se aproximavam.

O Castelo de Grayskull sempre se encontrou nos arredores da Floresta Sempre Verde?
Não.
No 6º episódio (The Time Corridor), o plano do Esqueleto foi exatamente voltar ao passado e construir uma fortaleza no terreno que seria futuramente ocupado pelo Castelo de Grayskull, de modo que o castelo nunca pudesse existir ali.
O terreno ficava originalmente numa região de montanhas pedregosas.
Alguns séculos depois, a região passou a ser um deserto escaldante (provavelmente devido a mudanças naturais pelas quais o planeta passou ao longo do tempo). E foi ali que o castelo se materializou em Etérnia provavelmente pela 1ª vez, diante dos olhos da jovem Teela Na, como vimos no 77º episódio (A Origem da Feiticeira).
Esse último evento certamente aconteceu no mínimo uns 100 anos antes dos eventos mostrados em He-Man, já que ainda não existia nem sinal da Floresta Sempre Verde (como já foi dito, a região em volta do castelo era desértica).
E o abismo ao redor do castelo também não existia quando ele se materializou no deserto. E é possível que ele só tenha sido criado durante os eventos mostrados em He-Man. Afinal, no início do seriado, como no 20º episódio (Cosmic Comet), vimos que um poço de lama existia ao redor do castelo, ou seja, ele ainda não era completamente cercado pelo abismo.
Assim, é possível que a Feiticeira tenha criado o abismo com a magia dela pra servir de defesa ao castelo.
No 86º episódio (O Abismo), o He-Man explicou que o abismo chega até o centro do planeta e que, ao contrário do que muitos pensavam, a fonte do poder de Grayskull não ficava dentro do próprio castelo, mas sim no fundo do abismo (inclusive, quando o Adam se transformava em He-Man, o poder que saía da espada dele descia pelo abismo até o centro do planeta e depois voltava pra espada dele, como foi mostrado também no 86º episódio). E isso reforça a suposição de que a Feiticeira criou o abismo, também com a intenção de esconder a fonte do poder de Grayskull num lugar seguro.
Embora as antigas lendas de Etérnia contassem que o Castelo de Grayskull já existisse antes de ser encontrado pela Teela Na, ninguém sabe onde ele ficava antes disso (as lendas contavam inclusive que nenhum eterniano nunca tinha entrado no castelo). Mas é bem possível que a princípio ele se localizasse em outra dimensão.

Se alguém der uma olhada na parte externa do Castelo de Grayskull, ele parecia claramente a estátua do esqueleto de um monstro deitado de costas pra cima e com a cara virada pra frente, além de ser um lugar visivelmente desgastado pela ação do tempo. Já que He-Man e She-Ra eram seriados que sempre retratavam os lugares do bem como locais bonitos e bem cuidados e os lugares do mal como locais feios e relativamente sujos, isso não é uma contradição?
Como o Castelo de Grayskull foi criado há muitos e muitos séculos, a aparência desgastada dele se deve a isso.
Quanto ao fato do castelo ser um lugar feio, temos que lembrar que ele foi construído com a intenção de esconder segredos aos quais quase ninguém (no Universo inteiro) podia ter acesso. E é provável que tenha sido criado com esse aspecto pra intimidar quem quisesse entrar lá. Afinal, se foi criado com a intenção já mencionada, a ideia era mesmo que pouca gente entrasse lá, né?
Vale lembrar que o interior do castelo também era cheio de estátuas meio assustadoras. E no 105º episódio (O Segredo de Grayskull), vimos que a Feiticeira podia fazer essas estátuas ficarem com uma aparência mais assustadora ainda, com a intenção de espantar os intrusos pra fora do castelo.
A própria localização do castelo também não era das mais convidativas: ele ficava numa parte da Floresta Sempre Verde eventualmente atingida por tempestades de relâmpagos e não era raro ouvir uivos ameaçadores de animais nas proximidades do castelo.

O Castelo de Grayskull tinha quantas janelas?
Quando era mostrado de frente, o Castelo de Grayskull apresentava como fachada a escultura de um grande crânio monstruoso e usando um capacete, que tinha uma torre mais alta à esquerda de quem olha e outra torre mais baixa à direita. E só essa última tinha uma janela mostrada sempre.
No 10º episódio (Reign of the Monster), a Feiticeira foi vista numa janela que apareceu na outra torre.
Mas, em cenas da mesma ocasião, essa janela deixava de ser mostrada e não era mencionada pelos demais personagens ali presentes, o que dá a entender que só a Feiticeira enxergava ela.
Então, talvez essa janela pudesse ser vista e usada só pela Feiticeira (o que explica o fato de ela se transformar em falcão ali sem que a transformação fosse vista por ninguém).
Nas cenas em que o lado esquerdo do castelo foi mostrado, é possível ver uma janela meio retangular ali também, mas dando vista pra outro lado.
No 45º episódio (Eye of the Beholder), apareceu um par de correntes frouxas tentando inutilmente segurar a ponte levadiça do Castelo de Grayskull. O que eram essas correntes, já que elas nunca apareceram em nenhuma outra cena em todo o seriado?
Naquela ocasião, a Feiticeira, como todas as outras formas de vida de Etérnia, se encontrava enfraquecida pela falta de oxigênio no ar. E assim, ela não tinha forças pra manter a ponte erguida com a magia dela, deixando a entrada pro castelo escancarada.
Embora nunca tenham explicado o que eram aquelas correntes, pela lógica, deve ter sido uma magia que a Feiticeira tentou usar pra manter a ponte erguida de uma forma alternativa. Mas que também falhou.

No 56º episódio (The Huntsman), vimos que o Barão Grod construiu um castelo exatamente com a mesma arquitetura da fortaleza que o Esqueleto tinha construído no 6º episódio (The Time Corridor). E a região em volta do castelo tem o mesmo ambiente que a região em volta da fortaleza, com montanhas pedregosas com o mesmo formato. Por quê?
Realmente, isso nunca foi explicado.
E levando em conta que as 2 construções existiram em épocas diferentes (com milênios separando uma da outra) e que o terreno ocupado antes pela fortaleza do Esqueleto já era ocupado pelo Castelo de Grayskull durante os eventos mostrados em He-Man, a situação fica mais estranha ainda.
Nesse caso, é muito mais provável que os produtores do desenho tenham reaproveitado cenas do 6º episódio no 56º episódio simplesmente por questões de cortes no orçamento.

O que exatamente era o Templo do Sol?
Até onde se pode entender, era uma construção criada pra guardar objetos mágicos e impedir que eles caíssem em mãos erradas. Ou seja, tinha basicamente a mesma função que o Castelo de Grayskull, só que com um nível bem mais baixo de importância.
Os objetos guardados no Templo do Sol tinham basicamente o poder de aumentar a força física das pessoas e, em alguns casos, dar poderes mágicos a elas.
O templo parece ter sido abandonado no mínimo uns 100 anos antes dos eventos mostrados em He-Man, já que as informações que restaram sobre ele passaram a ser vistas como lendas confusas. Mas isso não impediu que o ambicioso Nepthu entrasse no templo e se apossasse do Escaravelho do Sol.
Se aproveitando que o Templo do Sol continuou vazio depois da derrota do Nepthu, o vilão Batros foi se instalar ali no 76º episódio (O Mistério dos Livros).
No 95º episódio (A Pedra do Sol), vimos que, provavelmente pra impedir que novos vilões entrassem no templo e causassem mais transtornos, alguém (possivelmente o Rei Randor) enviou 2 feiticeiros pra ficarem morando no templo, permitindo ou não que visitantes fizessem uso do poder dos objetos mágicos que ficavam lá.

A corte do planeta onde o Príncipe Kevin vivia, vista no 70º episódio de She-Ra (Uma Lição de Amor), tinha a mesma aparência da cidade de Tahryn, vista no 8º episódio de He-Man (Song of Celice). Por quê?
Os seriados não deram nenhuma informação significativa sobre nenhum desses 2 lugares.
Talvez, num passado distante, eles tenham sido colonizados pelo mesmo povo. E assim, foi usada a mesma arquitetura pra construir as 2 cidades.

O 27º episódio de He-Man (A Tale of Two Cities) passou uma metáfora positiva da Europa colonizando a África?
Esse talvez seja o episódio mais desgarrado dos temas fixos do seriado: além do Adam/He-Man e do Pacato/Gato Guerreiro, nunca apareceu aqui nenhum outro personagem do seriado que já tivesse aparecido antes. E a mesma coisa em relação aos lugares, já que a história se passou numa região florestal nunca vista antes e tão distante do palácio do Rei Randor (e de todos os outros lugares conhecidos no seriado) que todos os habitantes daquele território apenas já tinham ouvido falar superficialmente no He-Man. E mesmo assim, pensavam que era só uma lenda!
Aliás, nunca se explicou o que o Adam e o Pacato tavam fazendo ali. Mas...
Bom, o episódio começou com o He-Man salvando uma garota chamada Rhea, que se identificou como filha do Rei Thales. E esse era o soberano de uma cidade chamada Opra.
Enquanto o He-Man levava a Rhea pra casa, ela foi contando a ele que os únicos vestígios de civilização naquela selva eram Opra e outra cidade chamada Tauba, governada pela perversa Rainha Kênia, que sempre oprimiu Opra.
Devido a um acidente que ocorreu pouco depois, o He-Man perdeu a memória e foi capturado pelos gargões, uma raça de aves humanoides que serviam ao governo de Tauba.
Os homens fortes presentes em Tauba eram forçados a lutar numa arena pra diversão do povo. E aparentemente, o vencedor sempre matava o perdedor. E assim, o He-Man foi forçado a lutar contra um brutamonte da cidade chamado Prob. Mas, apesar de vencer, ele se recusou a matar o Prob, ganhando assim a amizade dele.
Aliás, o único habitante de Tauba retratado como ‘bonzinho’ foi o Prob.
A Kênia permitiu que o He-Man e o Prob deixassem a cidade. Mas, ao mesmo tempo, foi informada de que os gargões capturaram a Rhea. E graças a isso, ela exigiu que o pai da princesa fosse até lá e se rendesse.
Ao perceber que o Thales e a Rhea eram prisioneiros da Kênia, o He-Man decidiu voltar a Tauba e salvar eles. E o Prob, se sentindo em dívida com ele, foi ajudar.
Depois de mais alguns problemas causados pela Kênia e por seu mago da corte Saul, eles destronaram a rainha e, logo depois, o Thales coroou o Prob como novo Rei de Tauba. E como os gargões eram fieis ao governo e não ao governante, se mostraram felizes em servir ao Prob como o novo soberano deles.
Resolvido o problema, o He-Man e o Gato Guerreiro se colocaram a caminho de casa. E assim o episódio terminou.
Mas, no 93º episódio (Um por Todos), o Prob apareceu trabalhando como ferreiro na cidade de Pax, sem que ninguém explicasse como ele foi parar lá. Contudo, no 113º episódio (Feliz Aniversário, Roboto), ele foi mencionado novamente no Governo de Tauba.
Talvez tudo isso por si só não diga muita coisa. Mas a aparência dos personagens e dos cenários são de significado duvidoso...
O povo de Opra era branco e o povo de Tauba era negro.
E o interior do Palácio Real de Tauba tinha uma decoração de aparência relativamente africana.
Ou seja: o povo que era bárbaro, que gostava de espetáculos de violência, que tinha aliados que só eram confiáveis até um certo ponto (os gargões) e que era governado por uma monarquia opressora foi retratado com um tipo físico africano e vivendo num ambiente de aspecto africano, tendo que ser salvo dessas condições em que vivia por outro povo de aparência europeia (inclusive o novo rei deles, apesar de ter o tipo físico nativo de Tauba, foi coroado e reconhecido pelo rei de aparência europeia).
E esse rei de tipo físico africano depois foi embora dali e foi trabalhar em outra cidade como ferreiro?! O que houve? O governo dele não deu certo, o rei de aparência europeia assumiu o comando definitivo de Tauba e exilou ele da cidade?
OK. Pode ser que a intenção dos roteiristas não tenha sido fazer uma metáfora bem vista da Europa colonizando e “civilizando” a África... Mas vai dizer que isso tudo não dá o que pensar?

A cidade de Aquática era habitada por uma espécie dominante e outra dominada?
Tudo indica que sim.
Aquática era um principado governado pela Princesa Nami. E embora todos os habitantes da cidade tivessem uma aparência humanoide, dá pra ver facilmente que eram 2 espécies diferentes: uma com um aspecto quase totalmente humano e outra com uma cara mais de peixe mesmo.
Os únicos membros da espécie mais humana eram a própria Nami e o conselheiro dela, chamado Shelandor. E todos os outros habitantes eram os que tinham cara de peixe, que seriam o povo comum.
O que era o palácio que apareceu perto do Castelo de Abra, no 63º episódio (The Once and Future Duke)?
O tal palácio apareceu por 1 segundo, aparentemente nas bordas de uma floresta, quando o He-Man se livrou do nevoeiro mágico que tava atacando ele. Mas nunca mais voltou sequer a aparecer.
Como o prédio que funcionava como centro do Governo de Abra parecia ser o próprio Castelo de Abra, o palácio na floresta devia ser só a residência de alguma pessoa rica da região ou então apenas um prédio abandonado (afinal, ninguém foi visto entrando nem saindo de lá).

No 93º episódio (Todos por Um), vimos que o chefe dos homens das cavernas, chamado Palos, visto antes no 39º episódio (The Starchild), agora vivia como aldeão na pequena cidade de Pax. Por quê?
O antigo Rei de Tauba, chamado Prob, também apareceu em Pax naquela mesma ocasião.
Embora nunca tenha sido explicado o motivo do Palos e do Prob terem perdido seus postos de soberania, aparentemente Pax tinha o hábito de abrigar líderes depostos como novos cidadãos.
De qualquer forma, o Prob parece ter voltado à soberania que exercia antes, já que, no 113º episódio (Feliz Aniversário, Roboto), o Adam e o Mentor apareceram voltando de uma visita a ele em Tauba.

Afinal, o que é o tal Lado Escuro de Etérnia?
O Lado Escuro de Etérnia foi mencionado pela 1ª vez no 62º episódio (House of Shokoti – part 2), como sendo a pátria da Shokoti.
Foi mencionado de novo no 76º episódio (O Mistério dos Livros), como sendo o lugar onde o Batros vivia.
Nas raras vezes em que algum mapa de Etérnia apareceu em alguma cena, o que aparecia era sempre o mesmo continente.
E ali nunca era identificada nenhuma região com esse nome. Ou seja, como o próprio nome indica, o Lado Escuro de Etérnia deve ficar em outro continente, do outro lado do planeta.
Embora nenhuma cena de He-Man nunca tenha mostrado em nenhuma cena um lugar sendo chamado ali especificamente de “Lado Escuro de Etérnia”, pela lógica, podemos supor que a Montanha da Serpente ficava naquela região, pois a luz solar nunca chega lá. E a Montanha da Serpente também nunca apareceu em nenhum mapa mostrado no seriado.

Em Etéria...

Por que Blackmoor tinha a mesma arquitetura que o Palácio de Pedra Azul?
Provavelmente apenas foram 2 lugares construídos pelos mesmos arquitetos, já que, apesar de serem 2 construções com habitantes simpáticos à Grande Rebelião, uma coisa não tinha nada a ver com a outra.
Blackmoor era uma cidade onde os rebeldes faziam certas festividades anuais e o Palácio de Pedra Azul era uma fortaleza que pertencia à Rainha Mágica.
Obs.: No 72º episódio (Transformador do Tempo), vimos que, por motivos desconhecidos, Blackmoor teve o nome mudado pra Castelo Vista do Vale.

Etéria era dividida politicamente da mesma forma que Etérnia?
Não.
Etérnia era toda dividida em pequenos reinos independentes uns dos outros, cada um governado por uma autoridade local, embora quase todas essas autoridades reconhecessem o Rei Randor como soberano do planeta todo.
Etéria era visivelmente dividida em países maiores que se subdividiam em outras regiões, mas essas regiões pareciam funcionar como vassalas do governo central de cada país.
Talvez Mystacor, mais frequentemente chamado de Reino da Mágica, fosse o país que tinha mais regiões mostradas ao longo de She-Ra: a Floresta Escura, o Vale Verde e a Zona Proibida.
Não se sabe se o Deserto Carmesim também faz parte de Mystacor. Mas, se não fizer, no mínimo fica muito perto dali, já que, no 36º episódio (A Aprendiz Inquieta), a aprendiz de feiticeira Ariel saiu do Castelo da Mágica e chegou ao Deserto Carmesim depois de poucas horas de caminhada.

Etéria tem quantas luas?
Aparentemente, Etéria tem 4 luas, que passam por fenômenos diferentes e também causam fenômenos diferentes.
No 10º episódio (O Espelho da Lira), vimos que 2 dessas luas se aproximam 1 única vez por ano. E quando isso acontece, é possível realizar certos feitiços sem medo (se esses feitiços forem realizados fora desse período lunar, o feiticeiro perde o controle da magia e pode até destruir o planeta involuntariamente!).
No 21º episódio (O Castelo de Cristal), vimos que 3 das luas de Etéria entram em eclipse ao mesmo tempo, enquanto a outra se mantém inalterada.
No 27º episódio (O Adeus de Arqueiro), vimos que uma das luas entra em eclipse sozinha (talvez seja aquela que não entra em eclipse junto com as outras 3).
O 21º e o 27º episódios também deixaram claro que a magia que a Rainha Angella usava pra defender o Castelo da Lua Clara só funcionava fora dos períodos de eclipse. E assim, se alguém atacasse o castelo durante um eclipse de qualquer uma das luas de Etéria, a soberana não tinha como defender o castelo.

A Horda já chegou a dominar toda Etéria?
Não.
Embora, a princípio, os rebeldes pensassem que Lua Clara foi o último reino a ser dominado pela Horda, durante o seriado vimos que outros territórios, antes desconhecidos pelos rebeldes, nunca chegaram a ser dominados: na época em que a Adora se juntou à Grande Rebelião, Mystacor era governado pela feiticeira Mortella; a Ilha do Unicórnio era governada pelo Rei Unicórnio; o Sand Valley era governado por diferentes nobres, com cada um reinando sobre uma comunidade separada (e às vezes inimiga) das outras; e a Girândola e a Netoosa moravam numa região de Etéria onde ninguém sequer sabia o que era Horda nem o que era Grande Rebelião.

O Castelo da Mágica se localizava em cima de uma larga porção de terra e pedras sustentada por 2 pontes finas e com um espaço aberto embaixo. Mas no 18º e no 19º episódios (O Castelo Encantado e Três Corações Corajosos) vimos que existe um abismo profundo no subsolo do castelo que levava até a Sexta Dimensão. Como, se ele nem tocava o chão?
Através de magia, é claro. Aí nem há o que discutir.rsrs

No 20º episódio (A Pedra da Espada), vimos que a Montanha Dançante é oca: lá em cima, no Castelo de Cristal, existia uma porta pra uma escadaria que descia por dentro da montanha até o subterrâneo de Etéria. Isso faz dela um vulcão extinto?
O passado da Montanha Dançante nunca foi explicado. Tudo o que ficou claro sobre ela é que o pico é um dos pontos mais altos de Etéria (ou talvez o mais alto de todos), de tal forma que, do chão, nunca é possível ver o pico da montanha, sempre oculto pelas nuvens (vale lembrar que o céu de Etéria mantém sempre um bloco compacto de nuvens, que pode até ser visto do espaço).
A montanha tanto pode ser um vulcão extinto quanto pode ter sido criada com esse formato mesmo através de magia, com a intenção de que o Castelo de Cristal ficasse fora de vista, lá no alto.

O Castelo de Cristal não era um castelo nem era feito de cristal, mas sim uma torre de ouro com rubis gigantes encravados nela. Então, por que ele tinha esse nome?
Sabe-se que, quando o seriado se encontrava em fase de produção, essa construção ia se chamar Palácio do Poder. Mas, como o nome desagradou aos produtores, os roteiristas decidiram mudar pra outro nome.
O motivo da escolha do nome Castelo de Cristal é desconhecido.

O que eram os portais de crânios de Etéria?
Nunca se deu muitas explicações sobre o que eram essas construções. Mas elas podiam ser encontradas em diferentes regiões de Etéria.
No 33º episódio (O Sonho), vimos um desses portais na entrada do Caminho da Caveira; no 36º episódio (A Aprendiz Inquieta), vimos outro na Zona Proibida; e no 41º episódio (Inimiga Semelhante a Mim), vimos outro no pântano onde a Sombria fez o feitiço pra criar o Melog.
Os crânios do portal que ficava no Caminho da Caveira serviam como uma espécie de câmera pra que o Duque Dreer vigiasse quem entrava nos domínios dele. Mas os outros portais nunca foram vistos manifestando nenhum poder.

No 47º episódio (Trama em Família), o Espírito mencionou que quem já foi ao Vale dos Perdidos nunca mais voltou. Mas por quê, se pelo menos alguns personagens já tinham ido até lá e voltado depois?
Bom, na verdade, o próprio Espírito, transformado em Ventania, já tinha passado pelo Vale dos Perdidos no 43º episódio (O Povo-Pedra).
O comentário dele realmente não teve muito sentido. O máximo que se pode supor é que talvez o “ninguém jamais voltou de lá” fosse algum dito popular ou alguma coisa assim, pra lembrar que o Vale dos Perdidos é um lugar perigoso aonde se deve evitar ir.

O que era exatamente a Ilha da Fera?
Até 2ª ordem, a Ilha da Fera (também chamada em alguns episódios de Ilha Bestial) era uma ilha onde a Horda mantinha uma prisão, administrada pelo Pavoroso. Mas há alguns erros de continuidade bem visíveis de um episódio pro outro em que a Ilha da Fera foi retratada.
No 2º episódio (A Ilha da Fera), esse lugar foi retratado cercado por uma pequena floresta cheia de monstros, onde ninguém se atrevia a caminhar por vontade própria.
No 11º episódio (Prisioneiros da Ilha-Terra), a maior parte dos monstros pareciam ter sido aprisionados numa espécie de calabouço pela Horda, já que, pelo menos até as últimas cenas, nenhum monstro foi visto andando solto pela floresta.
No 13º episódio (Amizade), a ilha voltou a ser retratada da mesma forma que tinha sido mostrada no início.
No 56º episódio (A Febre), a floresta da ilha foi retratada como muito mais extensa do que foi mostrada em qualquer outro episódio. E inclusive tendo montanhas e cachoeiras.
Essa última parte foi bem estranha, levando em conta que, sempre que a ilha era mostrada de longe, víamos que a maior parte dela era feita de um aglomerado de ossos gigantescos de animais parecidos com dinossauros, enquanto a parte florestal ocupava só um mínimo da ilha.
Além disso, no mesmo episódio, uma tribo de guerreiros humanos foi retratada vivendo em estilo indígena na floresta da ilha. E a maioria deles nem sabiam da existência da Horda até aquele episódio, o que dá a entender que a floresta é tão grande que, mesmo andando por ela frequentemente, os nativos sempre passavam longe da parte da ilha ocupada pela Horda.
Desse episódio pra frente, os membros da Horda eram sempre retratados caminhando tranquilamente pela floresta da ilha, coisa que nunca se atreviam a fazer antes, por causa dos monstros.
No 65º episódio (O Povo do Geninho), foi revelado que a espécie da qual o Geninho fazia parte era originária da Ilha da Fera.

No 79º episódio (Romeu e Cintilante), as defesas do Castelo da Lua Clara foram retratadas de uma forma completamente diferente do que foi mostrado em todos os outros episódios. Por quê?
Realmente não foi dada nenhuma explicação pra isso. Mas as características mágicas que protegiam o castelo foram completamente ignoradas: a Horda conseguiu entrar sem problemas na Floresta do Sussurro e a proteção mágica que a Rainha Angella dava ao castelo através da Pedra da Lua, mostrada com detalhes no 40º (A História de Cintilante), foi ignorada e substituída por uma espécie de campo de força eletrônico.

💥💥💥

Outras vezes em que o blog já falou sobre He-Man e She-Ra:







Até a próxima!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que a Lady Edwina não era uma parente próxima do Rei Randor. Porque todos os outros parentes mais próximos dele são príncipes e princesas. Ela é só uma lady.
Pelas coisas que Edwina disse, ela também é relativamente mais velha do que Adam e Adora. Então, talvez ela seja prima do rei. E chamou ele de "tio" só por uma questão de respeito.
E o Príncipe Jeremy deve ser filho do Rei Stefen e irmão do Príncipe Dal. Afinal, esse é um príncipe.

Leo Rib disse...

Ou, como outra possibilidade, talvez a Edwina fosse simplesmente um membro da baixa nobreza de Etérnia, como o Lord Tyrin e a Lady Valtira. Ou seja: ela não era aparentada exatamente com a Família Real, mas era tratada por eles com certas regalias por ser uma nobre.