domingo, 24 de abril de 2022

CURIOSIDADES MISCELÂNICAS SOBRE SHE-RA


Encerrando a nossa série de curiosidades sobre He-Man e os Defensores do Universo (1983) e She-Ra (1985), hoje a gente vai falar sobre algumas curiosidades miscelânicas sobre She-Ra.

Terminado o 130º episódio de He-Man (A Região Fria), o centro das atenções da história vista até ali se deslocou do Planeta Etérnia pro Planeta Etéria, continuando nos 5 primeiros episódios de She-Ra (Em Etéria, A Ilha da Fera, A Descoberta de She-Ra, Reencontros e Batalha por Lua Clara). Mas, terminado o 5º episódio, houve uma passagem de tempo antes de começar o resto do seriado?
Sim.
O 7º episódio de She-Ra (O Cavaleiro Vermelho) se passou pelo menos 3 anos depois da fundação da Grande Rebelião, já que a Feira de Blackmoor, vista ali, servia como uma comemoração anual do início da Grande Rebelião. E o episódio mencionou que o Arqueiro sempre venceu a corrida realizada na feira, o que deixa claro que a corrida já aconteceu pelo menos 2 vezes antes.

No 1º episódio (Em Etéria), o Arqueiro disse que os anões moravam na Floresta do Sussurro. No 10º capítulo (O Perigo da Floresta do Sussurro), vimos que os anões eram magicamente ligados à Floresta do Sussurro. Mas o 27º episódio (O Adeus de Arqueiro) deixou claro que os anões não eram originários da Floresta do Sussurro, e sim de um bosque menor chamado Vila dos Anões que não tinha proteção nenhuma contra os ataques da Horda. Nesse caso, por que existia essa conexão deles com a outra floresta?
Isso realmente nunca foi explicado.
Mas talvez pelo fato de uma boa parte dos anões terem se mudado pra Floresta do Sussurro eles tenham sido envolvidos por algum tipo de magia. E assim, se a floresta sofria algum tipo de queimada ou de desmatamento, os anões também ficavam doentes.
A conexão deles com florestas em geral parecia ser confirmada pelas roupas feitas com folhas de árvores que eles vestiam.
De qualquer forma, a Família Real que governava os anões (o Rei Sprite e a Rainha Sparkle) ficava instalada mesmo na Vila dos Anões, e não na Floresta do Sussurro.

Não existiam fêmeas entre os trolls de Spikeheart?
Embora, com exceção do Rei Ahgo e do Grox, nenhum deles nunca tenha se identificado explicitamente como macho nem como fêmea, todos tinham uma aparência masculina.
Mas pode ser que alguns deles fossem fêmeas não identificadas.

O Rei Ahgo tinha 5 dedos em cada mão e 4 em cada pé e as unhas dele eram mais escuras e compridas, mas os outros trolls tinham 4 dedos em cada mão e 3 em cada pé e tinham unhas mais claras e curtas. Por quê?
Talvez o que acontecesse entre os trolls de Etéria fosse o mesmo que acontecia entre os habitantes da cidade de Aquática em Etérnia: existia uma espécie dominante e outra dominada. E o rei, é claro, era da espécie dominante.

No 41º episódio (Inimiga Semelhante a Mim), o Hordak mencionou que ninguém nunca conseguiu fugir das minas de Mondor. Mas como, se no 23º episódio (As Minas de Mondor) os rebeldes já tinham libertado vários escravos que tavam lá?
Isso realmente parece ter sido só um erro de continuidade.

Quando a Horda chegou a Etéria?
No 46º episódio (O Preço do Poder), uma cena de flashback mostrou que a conquista principal da Horda sobre Etéria aconteceu na época em que a Rainha Mágica ainda era adolescente.

No 55º episódio (Duelo entre Vilões), o Hordak vinha num veículo à frente de vários outros veículos da Horda quando o Esqueleto e a Sombria atacaram ele. Por que os tripulantes dos outros veículos não socorreram ele nem denunciaram a traição da Sombria?
A única explicação possível é que os ocupantes de todos os outros veículos eram robôs. E quando a Sombria provocou o desabamento que atingiu os veículos, todos devem ter sido destruídos.

O povo gato de Etérnia tinha alguma ligação com os gatos mágicos de Etéria?
Possivelmente, sim.
Os membros de ambas as espécies eram felinos humanoides e todos pareciam acreditar em algum tipo de divindade chamada Saz (nenhuma informação foi dada sobre esse personagem, mas é bem possível que fosse um deus felino).
Talvez o povo gato e os gatos mágicos fossem descendentes de uma mesma espécie que se dividiu em 2 grupos, indo um pra Etérnia e outro pra Etéria num passado distante.

Por que algumas coisas no seriado parecem ter ficado diferentes a partir do 66º episódio (Alguém para Contar)?
A partir dali, dá pra ver que houve uma passagem de tempo de pelo menos uns 3 ou 4 anos na história: o Modulok não apareceu mais (o Hordak deve ter despedido ele), a maior parte das funções de cientista da Horda passaram a ser exercidas por uma espécie de assistente da Felina chamada Traiçoeira, o ex-General Sunder e a Mally já tinham uma filha de uns 3 anos (eles tinham se conhecido e, supostamente, começado a namorar no 52º episódio)...
No 72º episódio (Transformador do Tempo), algumas cenas de flashback mostraram que o Hordak tinha reconstruído o Balão da Destruição, destruído pela She-Ra no 20º episódio (A Pedra da Espada). E ele usou isso pra atacar o Castelo Vista do Vale, mas teve o balão novamente destruído pela She-Ra.
Essa situação foi lembrada ali, mas nunca foi mostrada em tempo real em nenhum episódio, o que dá a entender que isso aconteceu durante a passagem de tempo mencionada acima.

Quem exatamente era o Tromba Rosa?
O Tromba Rosa (também chamado algumas vezes de Elefantinho) só apareceu em 3 episódios de She-Ra. E sempre em cenas rápidas.
No 24º e no 68º episódios (A Fórmula de Encolhimento e Fora do Casulo), as situações deram a entender que ele vivia em Etéria e fazia parte da Grande Rebelião. Mas no 74º episódio (O Dia das Flores), a Adora disse que ele era de Etérnia!?
Bom, se ele era de Etérnia, isso até ajudaria a explicar as pouquíssimas aparições do personagem em She-Ra. Mas, nesse caso, por que ele foi visto em outros 2 episódios antes disso sem nenhum outro personagem de Etérnia junto com ele?
Só se ele tivesse o hábito de viajar de Etérnia pra Etéria sozinho.

Todo o povo de Etéria tinha consciência do que a Horda era?
Não.
Embora os atos sádicos e tirânicos de 99% dos membros da Horda fossem sempre evidentes, existiam alguns eterianos que ainda não tinham entendido bem como a Horda funcionava. Inclusive, entre membros da própria Horda.
No 25º episódio (A Queima dos Livros), já começamos a ver que principalmente algumas crianças e jovens acreditavam que a Horda era bem intencionada e que a Grande Rebelião era formada por criminosos que queriam o mal do planeta.
É claro que essas ideias, divulgadas pela própria Horda, só conseguiam convencer a uma minoria, pois não era possível esconder por muito tempo as más ações dos vilões.
No 77º e no 79º episódios (A Cuidadora e Romeu e Cintilante), vimos claramente que alguns membros da Horda, como o Romeu e a Shakra, acreditavam que o Hordak tinha pelo menos algum tipo de boas intenções nas atitudes dele (embora a Shakra tivesse plena consciência das más atitudes da Horda e da necessidade de que ela fosse combatida pela Grande Rebelião).
No 52º episódio (Um Aliado Inesperado), o General Sunder demonstrava ter consciência das más ações da Horda, contrastando com o senso de justiça que ele procurava seguir. Mas, ao mesmo tempo, se comportava como se tivesse chegado longe demais pra voltar atrás, ou seja, obrigado a seguir a Horda mesmo percebendo o lado maléfico da organização.

No 80º episódio (Ataque aos Rebeldes), um cidadão aprisionado no calabouço da Zona do Medo chamado Peck usava roupas do mesmo tipo que o Rei Micah. Por quê?
O Micah só usou o mesmo tipo de roupa enquanto ficou preso nos calabouços do Soberano da Horda. Então, talvez aquilo fosse algum tipo de uniforme que a Horda dava aos prisioneiros.

Afinal, quem era o Cavaleiro Vermelho?
Esse personagem só apareceu no 7º episódio (intitulado exatamente O Cavaleiro Vermelho).
Desde a 1ª cena em que apareceu, ele usava uma armadura vermelha que escondia todo o corpo dele e jurou que só revelaria a identidade dele no dia em que a Horda fosse definitivamente expulsa de Etéria. E como nunca foi produzido um episódio mostrando essa situação, o personagem nunca mais foi visto e menos ainda revelou a verdadeira identidade dele.
A Rainha Angella mencionou várias vezes que reconheceu a voz do Cavaleiro Vermelho, embora não se lembrasse de onde. E nesse caso, a probabilidade maior é de que ele fosse um membro da Família Real de Lua Clara que a rainha não via fazia muitos anos.

No 46º episódio de She-Ra (O Preço do Poder), vimos que, depois de absorver a energia de um cristal mágico da Horda, a Sombria passou a se cobrir da cabeça aos pés, flutuar em vez de caminhar e ter aversão à luz. Mas no 42º episódio de He-Man (Eternal Darkness), já tínhamos conhecido o Sonho Negro, que tinha uma aparência bem parecida com a da Sombria e também flutuava e tinha aversão à luz. Isso significa que ele passou pelo mesmo processo que ela?
É bem possível.
Tudo o que foi revelado sobre o passado do Sonho Negro é que ele foi preso pelo Mentor no passado. E talvez esse passado tenha sido na época em que a Horda atacou Etérnia.
O Sonho Negro pode ter sido uma criatura menos poderosa de Etérnia (talvez até um humano) e o Hordak pode ter oferecido poderes mágicos a ele através de uma joia mágica em troca de apoio à Horda, exatamente como faria mais tarde com a Sombria.
E logo depois disso, o Sonho Negro pode ter sido derrotado e preso pelo Mentor.

Os unicórnios de Etérnia e os unicórnios de Etéria eram animais de espécies diferentes?
Tudo indica que sim.
O Ventania apareceu na grande maioria dos episódios de She-Ra, sendo retratado como um ser racional, capaz de falar e com asas.
E no 35º e no 93º episódios (O Rei Unicórnio e O Filhote de Ventania), vimos que todos os outros unicórnios de Etéria tinham essas mesmas características, sendo inclusive governados por um rei da espécie deles.
No 56º episódio de He-Man (The Huntsman), vimos como eram os unicórnios de Etérnia: eles não tinham asas e menos ainda tinham a capacidade de raciocinar, se comportando como animais comuns.
E no 52º episódio (The Sleepers Awaken), vimos que em Etérnia existiam cavalos alados...
...mas não unicórnios alados. E os cavalos alados de Etérnia também se comportam como animais irracionais mesmo, e não como um povo racional.
Como só foram vistos naquele episódio, podemos concluir que os cavalos alados de Etérnia também eram animais raros. E aparentemente só podiam ser encontrados no território que pertencia ao Lord Tyrin e à Lady Valtira.

Por que os sinistros, vistos no 62º episódio de He-Man (House of Shokoti – part 2) na pirâmide que pertencia à Shokoti, reapareceram na Sexta Dimensão no 19º episódio de She-Ra (Três Corações Corajosos)?
A única explicação possível é que os sinistros viviam em planetas diferentes (ou, no mínimo, tanto em Etérnia quanto na Sexta Dimensão) e eram criaturas que sempre procuravam lugares escuros pra servir a eles como habitat.
É interessante lembrar que os sinistros que viviam na Sexta Dimensão não manifestavam nenhum poder mágico (se limitavam a ficar pulando), enquanto os sinistros vistos em Etérnia podiam voar, podiam perder a consistência física até um ponto em que era possível alguém passar através deles e podiam se transformar em cordas.
É possível que a Shokoti tivesse dado esses poderes aos sinistros pra que eles servissem melhor aos propósitos dela.
Aliás, vale lembrar que a Fera Adormecida se parecia com um sinistro superdesenvolvido.
Talvez ela fosse um sinistro que a Shokoti fortaleceu ainda mais do que os outros.

O Tauron visto no 24º episódio de He-Man (Orko’s Favorite Uncle) e o Nazghal visto no 60º episódio de She-Ra (A Batalha dos Dragões) tinham a mesma aparência, usavam as mesmas roupas e ambos eram feiticeiros maléficos. Eles tinham alguma coisa a ver um com o outro?
Como o Nazghal nasceu cerca de 1000 anos antes do Tauron, é possível que um fosse um descendente do outro.

O Onanda visto no 47º episódio de He-Man (Trouble in Arcadia) e o Rei Tarbin visto no 60º episódio de She-Ra (A Batalha dos Dragões) tinham a mesma aparência. Eles tinham alguma coisa a ver um com o outro?
Como o Tarbin nasceu cerca de 1000 anos antes do Onanda, é possível que um fosse um descendente do outro.

Cronologicamente, a história de He-Man continuou em She-Ra. Mas isso já estava previsto desde que He-Man ainda estava na fase inicial?
O 77º episódio de He-Man (A Origem da Feiticeira) foi o primeiríssimo capítulo a mostrar a espada da She-Ra (ela se encontrava cruzada com a espada do He-Man, enquanto ambas ficavam penduradas numa parede do Castelo de Grayskul) e também a mostrar membros da Horda (além de deixar claro que esses invasores iam voltar no futuro).
Como esse episódio foi lançado em 1984, fica claro que desde aquele ano as ideias sobre She-Ra já se encontravam pelo menos em fase de produção (embora os nomes “She-Ra” e “Horda” não tenham sido mencionados em momento nenhum do episódio, as situações que seriam vistas no ano seguinte deixariam bem claro aquilo que tinha sido mostrado ali).

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Outras vezes em que o blog já falou sobre He-Man e She-Ra:













Até a próxima!

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