quarta-feira, 27 de outubro de 2021

DESENHOS ANIMADOS (até os anos 80)


Amanhã, 28 de Outubro, é o Dia Mundial da Animação.
Então, vamos comemorar essa data com os links pra todos os desenhos animados que a Multibússola já indicou até hoje.

SUPER-HOMEM (1941)


OS FLINTSTONES (1960)


OS JETSONS (1962)


A PANTERA COR DE ROSA (1964)


JONNY QUEST (1964)


A FEITICEIRA FACEIRA (1965)


A FORMIGA ATÔMICA (1965)


A LULA LELÉ (1965)


O ESQUILO SEM GRILO (1965)


O INSPETOR (1965)


O XODÓ DA VOVÓ (1965)


ZÉ BUSCAPÉ (1965)


FRANKENSTEIN JR. (1966)


OS IMPOSSÍVEIS (1966)


O PODEROSO MIGHTOR (1967)


OS HERCULOIDES (1967)


O GÊNIO MALUCO (1969)


SCOOBY-DOO, CADÊ VOCÊ? (1969)


OS MUSSARELAS (1972)


GOOBER E OS CAÇADORES DE FANTASMAS (1973)


A FAMÍLIA DÓ RÉ MI (1974)


NATAL CÓSMICO (1977)


TREME-TREME (1977)


BICUDO, O LOBISOMEM (1978)


FRANKENSTEIN (1981)


OS HERCULOIDES (1981)


OS SMURFS (1981)


A CAVERNA DO DRAGÃO (1983)


HE-MAN E OS DEFENSORES DO UNIVERSO (1983) & SHE-RA (1985)


JANJÃO E PEQUENO (1983)


EWOKS (1985)


GALTAR E A LANÇA DE OURO (1985)


HE-MAN & SHE-RA: ESPECIAL DE NATAL (1985)


THUNDERCATS (1985)


OS CAÇA-FANTASMAS (1986)


OS FANTASMAS (1986)


SECTAURS, OS GUERREIROS DE SYMBION (1986)


SILVERHAWKS (1986)


A TURMA DA PESADA (1987)


Todos aí são desenhos que fizeram parte da infância mais de quem tem de 30 anos pra cima, né?
Mas tem que ser. Os desenhos animados que eu via quando eu era criança e adolescente são os que foram lançados até o final dos anos 80. Os que foram lançados dos anos 90 pra frente são animações que eu não conheço ou só conheço superficialmente, porque eu já não via mais desenhos dali pra frente (eu sou dos anos 70). Portanto, não posso emitir muito a minha opinião sobre as últimas novidades desse assunto.
E antes que coloquem palavras na minha boca, nada contra os adultos que são fãs de desenhos recentes, certo? Cada um vê o que gosta.
Bom, como curiosidade, vamos lembrar aqui os 2 principais grupos em que os desenhos animados são divididos pela maioria dos fãs ocidentais: os cartoons...
...e os animes.
Como a palavra ANIME veio do Japão, vale lembrar que, por lá, não existe esse tipo de diferença. Simplesmente porque os japoneses chamam qualquer tipo de desenho animado de “anime”.
Aqui no Ocidente é que convencionaram chamar um tipo de animação de cartoon e um outro tipo de anime.

Mas enfim: a 1ª diferença é exatamente que o que chamam de “animes” são os desenhos produzidos no Japão, enquanto o que chamam de “cartoons” são os desenhos produzidos no Continente Americano (principalmente nos Estados Unidos) e no Continente Europeu.
Inclusive, os fãs mais hardcore de animes aqui no Ocidente não gostam que eles entrem na classificação de “desenhos animados”. Contudo, isso é meio sem sentido, pois, se a coisa é um desenho em movimento, é um desenho animado. Não importa se veio do Japão ou de qualquer outra parte do Mundo.
Além disso, existem desenhos que são coproduções do Japão com algum outro país (por exemplo, A Caverna do Dragão e Thundercats). E aí? Será que esses também não podem usar o título de “desenhos animados” só porque o Japão teve uma participação neles?

Outra diferença: num cartoon mais sério e mais voltado pra aventura, a maioria dos personagens humanos tem uma aparência mais realista, relativamente mais parecida com o aspecto físico de um ser humano de verdade (por exemplo, A Caverna do Dragão, A Turma da Pesada, Frankenstein Jr., Galtar, He-Man, Jonny Quest, Mightor, Natal Cósmico, Os Caça-Fantasmas, Os Fantasmas, Os Herculoides, She-Ra, SilverHawks, Super-Homem e ThunderCats); num cartoon mais voltado pra comédia, os personagens todos têm uma aparência mais de caricatura mesmo (por exemplo, A Feiticeira Faceira, A Formiga Atômica, A Lula Lelé, A Pantera Cor de Rosa, O Esquilo sem Grilo, O Inspetor, O Xodó da Vovó, Os Flintstones, Os Impossíveis, Os Jetsons, Os Mussarelas, Os Smurfs, Treme-Treme e Zé Buscapé).
Nos animes não existe esse tipo de distinção: seja uma comédia ou uma história mais séria, embora a aparência do personagem não seja exageradamente ‘fofinha’, também não tenta ser tão realista, geralmente com a cabeça um pouco maior do que uma pessoa teria na vida real, com os olhos maiores do que uma pessoa teria na vida real (por exemplo, Frankenstein e O Gênio Maluco)...

Outra: os cartoons geralmente partem mais pra comédia. Mesmo nos cartoons mais sérios é difícil não encontrar nenhum personagem fofucho que fique fazendo coisas engraçadinhas em algumas cenas pra servir de alívio cômico (por exemplo, o Bandit de Jonny Quest, o Geleia dos Caça-Fantasmas, o Gloop e o Gleep dos Herculoides, o Gorpo de He-Man, a Madame Riso de She-Ra, o Snarf de ThunderCats, a Uni da Caverna do Dragão e os próprios personagens-título de Bicudo, Goober e Scooby-Doo). E embora vários personagens de cartoons muitas vezes se machuquem e corram risco de morrer durante a história, é raro que alguém (mesmo que seja um vilão) chegue a morrer de fato. E nem pensar em mostrar sangue em nenhuma cena!
Os animes não deixam de ter cenas cômicas também. Mais eles têm sempre uma carga dramática mais intensa e cenas de violência bem mais explícitas, com o sangue escorrendo das feridas dos personagens que se machucam. E a morte de personagens (inclusive de heróis) é até relativamente comum.
Por isso mesmo, quando um anime é exibido na TV aberta do Ocidente, frequentemente ele sofre algum tipo de censura pela companhia que faz a distribuição: algumas cenas são simplesmente removidas do início ao fim, outras cenas são tingidas (quando um personagem cai ou é jogado de algum lugar alto, por exemplo, o sangue dele que aparece depois disso é tingido de marrom, pra ser confundido com lama), outras cenas são redesenhadas (principalmente as que têm imagens de nudez ou seminudez)...

Outra: os animes, em maior ou menor grau, sempre mostram alguma coisa relacionada à Cultura Japonesa.
Os cartoons, falando aqui com todo o destaque pros cartoons produzidos nos Estados Unidos, se preocupam mais em mostrar um personagem estadunidense salvando o Mundo em alguma situação ou então chegando entre outro povo e ensinando esse outro povo a viver de forma mais ‘civilizada’ do que em mostrar detalhes da Cultura WASP.

Bom, até aqui eu mencionei as diferenças gerais, tanto pra seriados quanto pra desenhos de longa-metragem. Agora, vamos ver diferenças especificamente entre os animes e cartoons que têm mais de 1 episódio.

A maioria esmagadora dos animes contam uma história inteirona, e não dividida em várias partes. Ou seja, pra você entender a história de um anime nos mínimos detalhes, quase sempre você tem que ver todos os capítulos na ordem, um depois do outro, no ‘estilo novela’ mesmo.
Existem cartoons que também seguem, mais ou menos, esse estilo? Sim, é claro (Sectaurs, por exemplo). Mas, na maioria das vezes em que isso ocorre, é com menos rigidez: mesmo quando um cartoon tem uma história inteira, ele sempre vai ter mais a tendência de mostrar um tema, que acaba recebendo mais destaque do que a história principal do desenho e que vai começar e acabar no mesmo capítulo.
Alguns cartoons até têm episódios específicos que, pra você entender, de fato você tem que ter visto outro episódio anterior ou então o próprio episódio tem que ter alguma cena de flashback mostrando partes de episódios anteriores (por exemplo, A Formiga Atômica, Ewoks, Frankenstein Jr., Galtar, He-Man, Janjão e Pequeno, Jonny Quest, Mightor, O Esquilo sem Grilo, Os Caça-Fantasmas, Os Fantasmas, Os Flintstones, Os Herculoides, Os Impossíveis, Os Jetsons, Os Smurfs, She-Ra, SilverHawks e ThunderCats). Mas isso é meio raro, se a gente levar em conta a quantidade total dos episódios desses cartoons. É mais comum o episódio começar com algum tipo de problema aparecendo, os personagens se mobilizando pra resolver esse problema e só conseguindo resolver já nos minutos finais do episódio. E quando conseguem resolver, na maioria das vezes alguém do núcleo dos heróis fala ou faz alguma coisa engraçada, todo mundo ali em volta acha graça daquilo e o episódio acaba. E junto com ele, geralmente também acaba aquele tema, já que é pouco provável que a aventura vivida ali volte a ser mencionada em episódios seguintes.
Outros cartoons explicitamente nunca se preocuparam em dar continuidade às histórias vistas em cada episódio (por exemplo, A Feiticeira Faceira, A Lula Lelé, A Pantera Cor de Rosa, Bicudo, Goober, O Inspetor, O Xodó da Vovó, Os Mussarelas, Scooby-Doo, Super-Homem e Zé Buscapé). Eles mostram curtas-metragens com histórias 100% independentes umas das outras, mas protagonizadas pelos mesmos personagens.
E eles são feitos assim propositalmente pra que, se você começar a ver o cartoon a partir de qualquer episódio, você não deixe de entender a história.

E outra, pra terminar: em quase todos os cartoons existem personagens que têm bordões. Você vê aquele mesmo personagem, quase sempre em momentos de emoção, falando aquela mesma palavra ou aquela mesma frase em todos os episódios em que ele aparece (por exemplo, o Bob Conroy gritando “Alakazam!!!”, os exterminadores de fantasmas gritando “Exterminadores: ação!!!”, os Ewoks gritando “Ee-Chee-Wa-Ma!!!”, a Formiga Atômica gritando “Lá vai a triônica Formiga Atômica!!!”, o Fred Flintstone gritando “Yabba Dabba Doo!!!”, o Goober falando “Isso é ridículo, ridículo, ridículo...”, os Impossíveis gritando “Vamos nós!!!”, a Madame Riso falando “Ai, minha mãezinha!” e  o Scooby-Doo falando “Scooby-Doo-By-Doo”).
Os únicos bordões que a gente costuma ver nos animes são as palavras ou frases que os personagens gritam quando invocam algum poder deles ou quando dão algum golpe mortal num inimigo.

Bom, claro que vocês também vão encontrar desenhos animados que misturam as características dos 2 tipos descritos acima. Então também não é pra tratar a coisa com uma rigidez militar.

“ISTO é cartoon e ISTO é anime! E vamos meter a porrada em quem diz o contrário!”

Calma! Não é assim! Até porque a função principal de qualquer desenho animado, seja ele um anime ou um cartoon, não é provocar uma guerra entre os fãs dos 2 gêneros, mas sim divertir e entreter o público.

Até a próxima!

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