título original: Habitaciones para Turistas
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 2004
país: Argentina
elenco principal: Elena Siritto, Jimena Krouco, Oscar Ponce
direção: Adrián García Bogliano
roteiro: Adrián García Bogliano e Ramiro García Bogliano
Durante uma viagem de ônibus pra cidade de San Ramon, no interior da Argentina, 5 garotas solteiras se conhecem. E depois de muito conversar, elas vão descobrir que as 5 ficaram grávidas sem querer. E como todas elas ouviram falar numa clínica de aborto que fica numa cidade mais no interior ainda, decidiram ir até lá pra fazer o procedimento, de modo que as famílias e amigos delas nunca soubessem de nada. Mas, como não existe ônibus direto pra essa cidade, elas vão ter que fazer uma baldeação em San Ramon antes de seguir em frente.
Quando desembarcam, elas veem que todos os habitantes de San Ramon são membros de uma igreja pentecostal daquelas mais extremistas. E todos olham pra elas com hostilidade.
Como são informadas de que nenhum ônibus vai sair mais naquele dia, as garotas decidem se hospedar numa pensão da cidade até a manhã seguinte. Mas, de noite, são atacadas por um misterioso assassino mascarado que começa a matar elas!
É verdade que nem todas as garotas vão ser mortas pelo assassino. Mas aquela que conseguir escapar da pensão e ir pedir ajuda na cidade vai ver que os habitantes tão longe de querer ajudar ela. Contudo, nas palavras do pastor local, se a garota pensa que os habitantes da cidade tão errados ou que eles são loucos, é porque ela não entendeu a grandeza do ato cristão deles.
Bom, como dá pra ver logo de cara, Habitaciones para Turistas é uma crítica explícita contra o fanatismo que se vê nas igrejas pentecostais, que têm como modus operandi o proselitismo levado a extremos e a rejeição radical contra qualquer ponto de vista diferente daquilo que é pregado como verdade incontestável naquela igreja (se você tentar conversar com 10 pentecostais, uns 9 vão defender as ideias acima).
O ponto de vista dos frequentadores da igreja desse filme é aquele comum de fanáticos religiosos em geral:
“Matar só é pecado quando é o outro que mata. Quando eu mato alguém que eu considero pecador eu estou certo.”
Não se pode negar que entre fanáticos religiosos é isso que eles consideram normal. É só se lembrar de todos os atentados de fanáticos muçulmanos que a gente tem visto nos últimos anos.
Quanto ao resto da história, não se pode negar que Habitaciones para Turistas é um slasher. Afinal, tem um vilão mascarado matando violentamente um grupo de pessoas num lugar onde elas não vão ser ajudadas por ninguém. Só que o dito cujo provavelmente é o vilão de slasher mais tosco que eu já vi (e olhem que eu já vi ‘coisas’!): além de nem representar uma ameaça durante a maior parte do filme, ele também não passa de um cara sem camisa e com uma meia cobrindo a cabeça! A aparência dele lembra mais um traficante de favela do que um vilão de slasher.
Mas com certeza isso se deve a Habitaciones para Turistas ser uma produção de baixo custo.
Aliás, eles gravaram o filme em preto e branco provavelmente pra disfarçar as condições limitadas da produção.
Além disso, as gravações tiveram várias paradas, o que levou o filme a demorar ao todo 4 anos pra ficar pronto.
Mas, apesar da precariedade, Habitaciones para Turistas conseguiu contar uma história de terror e transmitir a mensagem que queria transmitir.
Desde que você não espere ver nenhuma superprodução, vale a pena ver.
Mais informações sobre Habitaciones para Turistas? Lá vai:
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!
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