terça-feira, 23 de julho de 2019

O TERROR DO HIMALAIA

título original: The Snow Creature
título brasileiro: O Terror do Himalaia
ano de lançamento: 1954
país: Estados Unidos
elenco principal: Leslie Denison, Lock Martin, Paul Langton
direção: W. Lee Wilder
roteiro: Myles Wilder

Descritos como grandes humanoides peludos, os yetis, de acordo com os mitos e lendas de diferentes países do Extremo Oriente, habitam a Cordilheira do Himalaia. E embora esses mitos e lendas já existam há milênios no Extremo Oriente, o Ocidente só começou a prestar atenção nessas criaturas por volta de 1920, quando elas se popularizaram com o apelido de “abomináveis homens das neves”. E desde aquela época até hoje, muitos criptozoólogos americanos defendem a tese de que os yetis e os sasquatches são raças diferentes da mesma criatura.
Mesmo assim, ainda demorou um pouco pra sair o 1º filme de terror de longa-metragem sobre yetis. E esse é o tema desse post: O Terror do Himalaia.
Aliás, curiosamente, até hoje esse nunca foi um tema muito explorado pelo Cinema de Terror. Se você comparar a quantidade de filmes de yetis com a quantidade de filmes de sasquatches, esses últimos ganham de longe.
Mas vamos ao roteiro:

Nos anos 50, o antropólogo Frank vai até o Himalaia buscar amostras de vegetais raros, sendo orientado nas montanhas pelo guia de turismo Subra. E um repórter chamado Peter vai junto com ele.
Logo depois que eles começam a subir as montanhas, um vizinho do Subra chega correndo e avisa que a esposa dele foi raptada por um yeti.
Os americanos não dão importância àquela “superstição de caipiras” e querem seguir com a expedição. Mas o Subra se amotina, assume o comando da expedição e decide que vai encontrar e matar o yeti.
Forçados a ir junto, o Frank e o Peter eventualmente encontram uma família de yetis dentro de uma caverna. Mas o macho adulto da família se enfurece com a presença dos humanos ali, começa a bater nas paredes da caverna e provoca um desmoronamento. E as pedras que caem acabam matando os outros yetis e ferindo o macho, que cai desmaiado.
O Subra quer matar a criatura. Mas o Frank, reassumindo o comando da expedição, acha mais interessante levar ela viva pros Estados Unidos pra ser estudada.
Ideia pior ele não poderia ter...

O Terror do Himalaia é um filme com algumas esquisitices.
Já começa com um avião sobrevoando Nova York enquanto o narrador diz que ele tá sobrevoando Los Angeles. E depois mostra o avião sobrevoando as pirâmides do Egito enquanto o narrador diz que ele tá pousando na Índia.
Depois que o yeti é capturado, as autoridades do Himalaia, que falam Japonês (?!), arranjam o que parece ser uma cabine telefônica com um ar condicionado dentro pro monstro ser transportado pros Estados Unidos.
Mas o mais decepcionante é que a gente nunca vê o yeti com detalhes, já que quase sempre ele é mostrado de longe, no escuro ou de costas.
Muito provavelmente fizeram isso de propósito, pra não expor as falhas da fantasia. Porque, embora o ator Lock Martin, que interpretou o monstro, fosse muito alto (tinha 2, 31m), pelo que dá pra ver no filme, parece que ele tá com um pano de pelúcia enrolado em volta da cabeça e vestindo uma espécie de camisa felpuda de mangas compridas e uma calça comprida felpuda. Nada mais.
Tem uma cena em que ele aparece saindo da escuridão e andando na direção da câmera que foi reutilizada umas 20 vezes ao longo do filme todo, sendo tocada em velocidades diferentes ou mesmo exibida de trás pra frente algumas vezes. Mas nem ali dá pra ver muitos detalhes.
Embora o yeti mate algumas pessoas ao longo do filme, isso nunca é mostrado: alguém encontra o corpo depois que ele já saiu dali (e mesmo o corpo nunca é mostrado com detalhes).
Como a gente vê, O Terror do Himalaia não é nenhuma obra-prima. Mas, como eu já disse, fica com a glória de ser o 1º longa-metragem de terror sobre yetis.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
E antes de encerrar, um esclarecimento, já que talvez alguém tenha percebido que o seriado O Elo Perdido (1974) não foi marcado na categoria ‘yetis’ aqui do blog, embora sejam vistos 2 aparentes yetis no seriado.
Bom, realmente aparecem ali 2 criaturas que evidentemente foram inspiradas em yetis (a Holly, inclusive, menciona que na Terra elas seriam chamadas de “yetis” ou “pés-grandes”), que vivem nas montanhas nevadas atrás da cidade perdida dos sleestaks. Mas, de acordo com os habitantes daquela realidade virtual, essas criaturas são tappas, não são yetis. É outro tipo de humanoide peludo que vive na neve. Por isso O Elo Perdido não foi listado aqui na categoria ‘yetis’, certo?
Então, quem quiser ver um post sobre O Elo Perdido pode dar uma clicada aí do lado em ‘seriados’, mas não em ‘yetis’.
Bom, até a próxima!

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