título original: El Laberinto del Fauno
título brasileiro: O Labirinto do Fauno
ano de lançamento: 2006
países: Espanha / México
elenco principal: Ivana Baquero, Maribel Verdú, Sergi López
direção e roteiro: Guillermo del Toro
Com o fim da Guerra Civil Espanhola, os poucos rebeldes que ainda existem vivem escondidos nas florestas e montanhas, usando suas últimas forças pra derrubar o Franquismo, a ditadura recém-instalada.
Um capitão franquista chamado Vidal vive num moinho no meio de uma dessas florestas, que ele agora usa como base, sem desconfiar que a empregada Mercedes é uma espiã rebelde. E perto dali fica um misterioso labirinto, aparentemente construído na época do Império Romano, onde ninguém entra, com medo de se perder.
Uma viúva acabou de se casar com o Vidal. E ela tem uma filha do 1º casamento, chamada Ofelia, que é fã de contos de fada.
Indiferente a isso, o Vidal continua praticando atos de sadismo gratuito contra os rebeldes capturados.
A partir desse ponto, O Labirinto do Fauno, produção que completou 15 anos de lançamento em Maio, pode ser assistido sob 2 pontos de vista diferentes, já que a Ofelia começa a enxergar vários seres sobrenaturais que só ela vê. E um deles, o Fauno, diz que ela é a reencarnação de uma princesa encantada. E que dentro do labirinto existe uma passagem pra ela voltar ao antigo reino dela. Mas, pra fazer isso, antes ela tem que cumprir 3 provas, que só vão ser reveladas a ela no momento de serem cumpridas.
Então, como 1ª possibilidade, podemos entender que tudo o que aparece é mesmo real, embora só a Ofelia veja (o filme insinua isso em algumas cenas, como quando é só com a ajuda do Fauno que ela consegue escapar do quarto onde tava trancada); ou, como 2ª possibilidade, podemos entender que tudo era só a imaginação da menina, como uma forma dela de fugir do ambiente duro em que vivia (o filme também insinua isso em algumas cenas, como quando o Vidal encontrou a Ofelia no labirinto falando sozinha, enquanto ela própria se via falando com o Fauno).
Na verdade, O Labirinto do Fauno tem várias metáforas e mensagens subliminares. E dando um passeio aí pela Internet, você encontra vários sites fazendo dissertações enormes sobre cada cena do filme.
É interessante lembrar que, embora a gente veja aqui seres sobrenaturais e cenas de violência bem fortes, quem comete os atos mais aterrorizantes não são os seres sobrenaturais (com uma certa exceção em relação ao monstro que fica sentado à mesa do banquete), mas sim os vilões humanos do filme.
Sobre a produção, os efeitos especiais são ótimos.
O Labirinto do Fauno foi todo filmado na Espanha, embora algumas partes da produção tenham tido o México como base.
Foi o filme que ganhou mais prêmios em 2006.
Uma coisa pouco comentada é que a canção de ninar entoada por alguns personagens durante o filme parece ter sido inspirada no tema musical de um filme de terror de 1972 chamado The Legend of Boggy Creek. E eu acredito que não tenha sido exatamente por acaso.
Vou deixar a tradução aqui pra explicar o que eu quero dizer:
Lonely Cry
É aqui que a história acontece
Um mundo que raramente olhamos
Uma página do livro dos dias passados
Aves, feras, vento e água
Aqui abaixo do Céu azul brilhante
Nenhum homem embaça a visão da águia
E coisas que rastejam, nadam, voam,
Alimentam-se, reproduzem-se, vivem e morrem
Aqui o fluxo do rio de enxofre
Segue enquanto a nuvem de tempestade sopra
É pra esse lugar que a criatura vai
Segura dentro de um mundo que ela conhece
Talvez ela vagamente se pergunte:
“Por que não há outro como eu?
Pra eu tocar e amar antes de morrer?
Pra ouvir meu choro solitário?”
(Earl E. Smith)
Quem já viu O Labirinto do Fauno já percebeu que a letra dessa música descreve mais ou menos as condições em que a Ofelia vive, né? E o ritmo em que essa música é cantada é o mesmo ritmo da canção de ninar do Labirinto do Fauno.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:
Até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário