sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

CARRIE, A ESTRANHA

título original: Carrie
título brasileiro: Carrie, a Estranha
ano de lançamento: 2002
países: Canadá / Estados Unidos
elenco principal: Angela Bettis, Kandyse McClure, Tobias Mehler
direção: David Carson
roteiro: Stephen King (autor do texto original) e  Bryan Fuller

Em 1985, uma mulher chamada Margaret teve uma filha chamada Carrie.
Como era uma mãe solteira, ela tentou apagar o passado de “pecado”, passando a criar a filha num estilo de vida católico conservador. E pra isso, ela passa o tempo todo recitando passagens da Bíblia e interpretando elas de forma extremista, ela diz que menstruar é pecado, ela diz que o fato de uma mulher ter seios faz dessa mulher uma prostituta, ela é contra a Biologia porque isso contradiz o criacionismo (e consequentemente contradiz a interpretação fundamentalista da Bíblia), ela passa o tempo todo dizendo que o demônio tá sempre à espreita, ela considera as espinhas e as doenças de pele castigos de Jeová...
Pra piorar a situação, a Carrie tem a capacidade de movimentar e explodir objetos sem tocar neles quando fica nervosa ou irritada com alguma coisa (mas ela não tem nenhum controle sobre esse poder). E é claro que a Margaret vê isso como uma manifestação do poder do diabo...
Devido ao jeito 100% retraído e à aparência sempre assustada que adquiriu devido à forma como foi criada, a Carrie se torna alvo frequente de bullying na escola. Mas a pior parte é quando ela vai ao baile de formatura, em 2002, e alguns dos bad boys da escola resolvem fazer uma brincadeira de péssimo gosto com ela...
Agora totalmente fora de si, a garota vai manifestar seus poderes em fase extrema dentro do salão do baile e nas ruas ao redor dele! E nem os culpados nem os inocentes vão sair inteiros dessa!

Carrie, a Estranha é o 2º filme inspirado no livro com o mesmo nome, lançado pelo Stephen King em 1974 (o 1º filme inspirado no livro tinha sido lançado em 1976). E foi lançado originalmente como uma minissérie (uma novelinha, né?rsrs). Mas logo depois, foi reorganizado e relançado na forma de um telefilme de cerca de 130 minutos.
Sinceramente, o desenrolar da história é bem lento, só tendo um ritmo mais movimentado na última meia hora de filme. Ou seja, se você só gosta de histórias com ação o tempo todo, fique longe desse filme.
Os efeitos especiais são bons, porém pouco usados, devido ao excesso de blábláblá.
A origem das situações mostradas ali é mais sugerida do que explicada. Como os próprios poderes da Carrie, que a gente nunca entende exatamente o que são nem por quê foram adquiridos por ela.
A única pista que é dada é quando ela encontra na Internet relatos sobre pessoas com o mesmo tipo de dom, o que daria a entender que ela tem poderes telecinéticos (fenômeno que é muito mais aceito pelas religiões do que pelas ciências).
Como consideração final, podemos lembrar que tudo o que acontece de negativo na história só acontece devido à forma como a protagonista foi criada pela mãe (que, como a gente viu, funciona como uma beata do Paulo Antonio Muller). Assim, Carrie, a Estranha não só faz uma crítica explícita contra o fanatismo religioso como também lembra que criar um filho usando só repressão e religiosidade brutalizada sempre resulta em algum tipo de desastre, mais cedo ou mais tarde.
Na verdade, seguir qualquer religião de forma brutalizada sempre dá merda no final. Nunca vi nenhum fanático religioso (de qualquer religião) que não acabasse mal e que não fizesse nenhum mal a outras pessoas.
Bom, além do filme indicado nesse post aqui e do outro de 1976, existe um 3º filme inspirado no livro do Stephen King, também chamado Carrie, a Estranha, lançado em 2013.
Mais informações sobre o filme de 2002? Lá vai:


Até a próxima!

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