terça-feira, 4 de junho de 2019

EXPRESSO DO HORROR

títulos originais: Horror Express / Pánico en el Transiberiano
título brasileiro: Expresso do Horror
ano de lançamento: 1972
países: Espanha / Inglaterra
elenco principal: Christopher Lee, Peter Cushing, Telly Savalas
direção: Eugenio Martín (creditado aqui como Gene Martin)
roteiro: Arnaud d’Usseau e Julian Zimet

Em 1906, um explorador inglês chamado Alexander vai com uma expedição até uma caverna na China, onde, acidentalmente, encontra um troglodita congelado.
Querendo reservar as glórias dessa descoberta pra Inglaterra, ele bota o cadáver numa grande caixa de madeira e inicia a longa viagem de trem de volta pra casa, planejando só revelar o que tem lá dentro quando desembarcar em Londres. E numa baldeação que faz em Pequim, ele conhece um cientista chamado Wells, passando a andar com ele a partir daí.
Enquanto isso, um ladrão tenta arrombar a caixa sem saber o que tem lá dentro. Mas cai morto com os olhos todos brancos no mesmo instante em que olha lá pra dentro por um buraquinho. E essa situação chama a atenção de um fanático religioso da Igreja Ortodoxa chamado Pujardov...
Por fim, o trem zarpa. E algumas horas depois, o troglodita consegue sair de dentro da caixa a vai andando pelo trem, emitindo uma luz vermelha por um dos olhos e fazendo quem olha pra isso cair morto com os olhos todos brancos na mesma hora.
Não demora muito e a criatura é abatida a tiros por alguns passageiros. Mas quem disse que os problemas acabaram? E aliás, quem disse que a criatura em questão era mesmo um troglodita?

Expresso do Horror foi criado com a intenção de ser uma espécie de versão de terror do livro Assassinato no Expresso do Oriente (1934), da inglesa Agatha Christie. Mas a inspiração foi muito vaga (ambas as histórias falam de mortes que acontecem num trem, mas as semelhanças ficam por aí).
E o resultado ficou meio esquisito...
Em 1º lugar, a gente não entende bem qual é o tipo de terror que o filme pretende mostrar: começa como um filme de criatura pré-histórica, depois vira um filme de extraterrestre, depois vira um filme de zumbis...
Não sei se essas mudanças foram propositais. Mas se não foram (e aparentemente não foram), então o diretor simplesmente perdeu o controle do filme e saiu atirando pra todos os lados ao mesmo tempo.
Isso parece se confirmar quando a gente vê que o filme apresenta algumas histórias secundárias que não se desenvolvem: um conde e uma condessa ficam tentando se aproximar do Alexander, o monstro quer se apossar de um aço misterioso... Por quê? Ninguém explica.
Falando no monstro, como já foi dito, ele se apresenta como um troglodita. Mas até a fantasia do Trog, do Monstro das Cavernas (1970), ficou melhor do que a dele. Aliás, o diretor fez questão de só botar ele em cenas escuras pro público não ver as falhas... isso é, detalhes da fantasia.
O filme também força um pouco a barra pra retratar os soviéticos como bárbaros e desonestos. Principalmente quando entra em cena o personagem do Telly Savalas, que é quase uma caricatura de autoridade local abusiva.
De qualquer forma, o filme consegue manter um bom clima de suspense do início ao fim.
Também não posso encerrar sem mencionar que aqui mais uma vez se encontraram os amigos Christopher Lee e Peter Cushing, que já tinham aparecido juntos nos filmes de terror A Maldição de Frankenstein (1957), A Górgona (1964) e vários outros.
Mais informações sobre Expresso do Horror? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções inglesas’ que você acha posts sobre A Górgona, A Maldição de Frankenstein e O Monstro das Cavernas.
ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

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