domingo, 16 de junho de 2019

A FERA DEVE MORRER

título original: The Beast Must Die
título brasileiro: A Fera Deve Morrer
ano de lançamento: 1974
país: Inglaterra
elenco principal: Calvin Lockhart, Marlene Clark, Peter Cushing
direção: Paul Annett
roteiro: James Blish (autor do texto original), Michael Winder, Paul Annett e Scott Finch

Quando se fala em filmes de lobisomem, a gente já pensa logo num filme de terror de fundo sobrenatural, já que esse subgênero quase sempre apresenta o lobisomem como um ser sobrenatural, seguindo a tendência dos mitos e lendas que os povos antigos contavam sobre esse assunto.
Durante o século XX, alguns filmes quebraram essa tradição e apresentaram a transformação em lobisomem como uma doença, sem características sobrenaturais.
O Lobisomem de Londres (1935) e La Loba (1965) são exemplos disso...
Tá bom: no caso do Lobisomem de Londres a coisa fica meio indefinida, porque no início do filme vemos uma espécie de força sobrenatural atacando o Wilfred pra ele não subir a montanha e, depois, ficamos sabendo que a transformação em lobisomem é uma doença sem nada de sobrenatural.
Como seja, A Fera Deve Morrer faz parte desse time: o filme abandonou totalmente o elemento sobrenatural, mostrando o lobisomem como uma pessoa que tem uma disfunção hormonal que provoca a transformação em lobo.
Outra curiosidade aqui é que os lobisomens não foram representados por atores humanos, mas sim por um pastor alemão maquiado, tática usada por alguns poucos filmes mais antigos.
A 1ª situação mais famosa registrada em que usaram um animal nesse papel foi em Nosferatu (1922), quando botaram não um pastor alemão, mas sim uma hiena maquiada pra representar o lobisomem.
Bom, o roteiro aqui foi inspirado num conto do escritor James Blish, chamado There Shall Be No Darkness (1950). E mostra o seguinte:

Um caçador milionário chamado Tom convida 5 pessoas pra passar uns dias na mansão dele, revelando depois que são todos prisioneiros dele ali.
O motivo disso é que um dos 5 é um lobisomem. E ele quer descobrir qual é, com a intenção de matar a fera e usar isso como o maior troféu do currículo de caça dele.
Só depois disso ele vai liberar os outros 4.

Ao longo do filme vão sendo dadas pistas pro espectador descobrir quem é o lobisomem, como num filme policial.
É bom lembrar que o Tom, na obsessão dele em descobrir quem é o monstro, acaba literalmente torturando todos os outros personagens da história (ele só fala com as pessoas gritando, quer que todo mundo faça só exatamente o que ele quer que façam, ameaça os outros de arma na mão...). Então, fica até meio difícil definir quem é o vilão do filme. O lobisomem que o Tom tá procurando ou o próprio Tom?
Quanto aos prisioneiros que ele mantém na mansão, 4 deles se envolveram com casos mal explicados de violência extrema no passado e o outro é um biólogo que sempre buscou uma explicação científica pra existência dos lobisomens. E isso fez o Tom deduzir que os 5 ali são suspeitos de serem lobisomens. Assim, ele acha que, em algum momento, quem for um lobisomem de fato entre eles vai se revelar.
Aventura? Sim. Embora algumas cenas sejam mais paradas, até por serem mais explicativas, também tem cenas de perseguição ao lobisomem (inclusive de helicóptero), tem a luta final entre o Tom e o lobisomem... E aí tem um bom nível de ação.
A Fera Deve Morrer também traz no elenco os hoje falecidos Charles Gray e Peter Cushing, que foram presenças constantes em filmes de terror do século XX.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘aventura’ que você acha posts sobre La Loba, Nosferatu e O Lobisomem de Londres.
Até a próxima!

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