título original: Poltergeist
títulos brasileiros: Poltergeist / O Fenômeno
ano de lançamento: 1982
país: Estados Unidos
elenco principal: Heather O’Rourke, Oliver Robins, Zelda Rubistein
direção: Tobe Hooper
roteiro: Mark Victor, Michael Grais e Steven Spielberg
título original: Poltergeist II: The Other Side
título brasileiro: Poltergeist II: O Outro Lado
ano de lançamento: 1986
país: Estados Unidos
elenco principal: Heather O’Rourke, Oliver Robins, Zelda Rubistein
direção: Brian Gibson
roteiro: Mark Victor e Michael Grais
título original: Poltergeist III
títulos brasileiros: Poltergeist III / Cresce o Pavor / O Capítulo Final
ano de lançamento: 1988
país: Estados Unidos
elenco principal: Heather O’Rourke, Nancy Allen, Zelda Rubistein
direção: Gary Sherman
roteiro: Brian Taggert e Gary Sherman
Como eu já mencionei no post que fiz sobre Antropophagus (1980), a propaganda boca a boca muitas vezes distorce a realidade de muitos filmes. E Poltergeist foi uma dessas produções que sofreram muito ‘disse me disse’.
Acredito que não seja novidade pra quase ninguém que esse filme, lançado em 1982, teve uma continuação lançada em 1986 e outra, em 1988. E no caso dos 3 filmes, houve a morte de pelo menos 1 ator durante ou logo depois das gravações: a atriz Dominique Dunne (a heroína Dana do 1º filme) foi assassinada em 1982, o ator Julian Beck (o vilão Henry Kane do 2º filme) foi vitimado por um câncer de estômago em 1985, o ator Will Sampson (o herói Taylor do 2º filme) morreu devido a complicações causadas por uma cirurgia mal sucedida em 1987 e a atriz Heather O’Rourke (a heroína principal Carol Anne) morreu durante uma cirurgia de emergência no intestino em 1988.
Somando isso ao fato de encontrarmos aqui uma história de terror, não demorou a surgir a lenda de que o roteiro tava amaldiçoado, não demoraram a surgir boatos de que muitos outros atores além desses tinham morrido de forma estranha durante as gravações...
Enfim, pra muita gente, Poltergeist é mais famoso pelas lendas que ele gerou do que pela história em si.
É interessante lembrar que o filme de 1982 é na verdade uma sátira de terror, e não um filme de terror cascudo (a última cena, em que o pai bota a televisão pra fora de casa, é inegavelmente uma cena pra rir, né?). Por sinal, nenhum personagem morre no 1º filme. Com exceção de um canário, que morre de morte natural.rs
Tem uma árvore e um palhaço de brinquedo que se transformam em monstros, tem algumas figuras fantasmagóricas que aparecem pra encarar os heróis da história... Mas, sinceramente, essas criaturas não fazem muito mais do que dar sustos nos outros personagens.
Então, se nem é uma coisa voltada pro ‘mal’, vamos dizer assim, por que a história estaria amaldiçoada?
Além disso, vamos lembrar que morreram 4 pessoas relacionadas com Poltergeist ao longo de 6 anos (entre 1982 e 1988), não foi nem no mesmo ano. E dê uma pesquisada na história de vários outros filmes que você vai ver também pessoas relacionadas a eles que morreram durante as gravações ou nos anos seguintes.
Acho que, se o filme falasse sobre qualquer outro assunto que não fosse sobrenatural, nem teriam surgido essas lendas.
Tem uma cena em que aparecem alguns esqueletos, que, de acordo com informações não confirmadas, eram reais, porque ficava mais barato alugar esqueletos de indigentes do que comprar esqueletos de plástico.
Ninguém que trabalhou na direção nem na produção do filme nunca confirmou essa história e, venhamos e convenhamos, isso não convence muito, né? Não só pela improvável diferença de valor, mas também porque esqueletos de verdade seriam muito mais difíceis de manipular do que esqueletos de plástico.
Acho que isso tem muito mais a ver com o aglomerado de lendas urbanas que falam de maldições sobre o filme.
Bom, lançado no Brasil com o título original, mas eventualmente anunciado na televisão com o título de O Fenômeno, esse não é um filme propriamente de muita ação. Mas não deixa de prender a atenção do público com um roteiro interessante, escrito pelo grande Steven Spielberg (que foi também o produtor), em parceria com o Mark Victor e o Michael Grais.
A história mostra um vilão um tanto abstrato, identificado apenas como “Besta”. É um ser sobrenatural mais poderoso do que todos os outros espíritos que aparecem no filme, mas a origem dessa criatura só é esclarecida no 2º filme...
Em Poltergeist II: O Outro Lado, ficamos sabendo que, nos primeiros anos do século XIX, um fanático religioso chamado Henry Kane reuniu um bando de fanáticos manipuláveis e convenceu todos eles a se fechar numa caverna no Deserto da Califórnia, onde eles esperariam pelo fim do Mundo, pela volta de Jesus ou por alguma coisa parecida com isso.
Obviamente, todos eles, incluindo o próprio pastor, morreram de fome e de sede dentro da caverna, esperando pelo que nunca veio. Só que o espírito dele devorou os espíritos dos seguidores dele, se transformando numa espécie de assombração chamada Besta.
Vamos dizer que ele é o espírito de um Silas Malafaia do século XIX.rs
Agora, esclarecendo uma coisa do 2º filme que muita gente não entendeu, que foi o desaparecimento sem explicações da Dana...
Como já foi dito, a atriz Dominique Dunne, que interpretava essa personagem, foi assassinada na época do lançamento do 1º filme. Então, obviamente a personagem não aparece nas continuações. Mas por que pelo menos não inventaram uma explicação pro sumiço dela?
Provavelmente por motivos jurídicos mesmo. Os responsáveis pelo filme acharam melhor continuar a história dali pra frente ignorando a personagem, como se ela nunca tivesse existido, porque expor a imagem da atriz ali talvez pudesse causar algum problema com os tribunais.
Também vale lembrar que o 2º filme segue mais os passos do 1º. O 3º, apesar de ter o mesmo tema e de manter alguns dos personagens principais, acabou mudando bastante as coisas: a história foi deslocada pro Centro de Chicago, apareceram dezenas de personagens que nunca tinham sido mencionados nos filmes anteriores...
Isso é porque, do elenco dos filmes anteriores, só as atrizes Heather O’Rourke e Zelda Rubistein quiseram participar desse filme. O resto do pessoal nem deu a mínima (o sumiço deles, inclusive, fortaleceu a lenda urbana de que eles tinham morrido devido às maldições envolvidas com o filme).
Poltergeist III (lançado na televisão como Cresce o Pavor e em VHS como O Capítulo Final) também parte pra um terror um pouco mais pesado, enquanto os anteriores eram mais sátiras (é só aqui que a Besta começa a matar algumas pessoas).
Bom, o filme de 1982 é considerado um dos grandes clássicos do Cinema Fantástico. E teve um reboot lançado em 2015.
Outro filme dirigido pelo Tob Hooper que eu já indiquei aqui foi Pague para Entrar, Reze para Sair (1981).
Mais informações sobre Poltergeist e suas 2 continuações? Lá vai:
E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha posts sobre Antropophagus e Pague para Entra, Reze para Sair.
Até a próxima!
2 comentários:
O primeiro é um grande filme. Existe uma história não confirmada de que Spielberg não estava gostando do trabalho de Tobe Hooper e acabou ele mesmo terminando o filme.
Boas Festas pra vc e sua família!
Obrigado! Pra você também!
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