terça-feira, 26 de novembro de 2019

UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES

título original: An American Werewolf in London
título brasileiro: Um Lobisomem Americano em Londres
ano de lançamento: 1981
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: David Naughton, Griffin Dunne, Jenny Agutter
direção e roteiro: John Landis

Desde que o 1º filme de lobisomem foi lançado até o início dos anos 80, esses monstros eram sempre retratados de 2 formas:

a) Humanos (homens, na maioria das vezes) com a cabeça e as mãos mais peludas do que o normal, além de orelhas pontudas e dentes e unhas afiados.
A gente vê exemplos disso em O Lobisomem de Londres (1935), A Maldição do Lobisomem (1961), La Loba (1965) e A Noite do Lobo (1972).

b) Algum animal (geralmente um pastor alemão) era maquiado e usado pra interpretar o lobisomem.
Exemplos disso em Nosferatu (1922) e A Fera Deve Morrer (1974).

E também tiveram filmes que usaram os 2 recursos, como O Lobisomem (1941): quando o Larry se transforma em lobisomem, ele vira um híbrido de homem e lobo (em ambas as aparências, interpretado pelo ator Lon Chaney Jr.); quando o Bela se transforma em lobisomem, ele assume a aparência de um lobo comum (que foi interpretado pelo cachorro do Lon).
Assim sendo, talvez a maior inovação que Um Lobisomem Americano em Londres tenha trazido tenha sido a estrutura física do lobisomem, retratado dessa vez como um monstro quadrúpede mais assustador do que os lobisomens de todos os filmes anteriores (embora ele só apareça ‘inteiro’ nas últimas cenas do filme).
Mas, além disso, temos que destacar que estamos falando aqui do maior clássico de filmes de lobisomens do final do século XX, colocado num pedestal até hoje por 99% dos fãs de filmes desse subgênero.
E há bons motivos pra isso: o lado psicológico dos personagens é bem trabalhado, os efeitos especiais foram o máximo do máximo pra época (e até deram um oscar ao filme!), é um filme que nunca fica paradão (embora os personagens nem cheguem a passar por tantas aventuras assim, a não ser na 1ª parte do filme), o suspense é garantido do início ao fim e as cenas de ataques do lobisomem, apesar de serem de violência extrema, não ficam expondo imagens de ‘açougue’ por vários minutos seguidos só pra chocar o público (tem muito gore, mas não em tempo integral).
Destaque também pra própria abertura do filme: os créditos iniciais têm ao fundo a beleza tristonha das charnecas inglesas, enquanto ouvimos uma versão melancólica de Blue Moon.
Também é interessante destacar a mudança total de cenário do início pro fim do filme: como já vimos, começa nas desoladas charnecas inglesas e depois a história se desloca pro Centro de Londres, onde se conclui (lembrando que é bastante incomum um filme de terror ter cenas se passando nas ruas do centro urbano de uma metrópole).
Os personagens principais são carismáticos e ganham o público logo de cara. E Um Lobisomem Americano em Londres não tem um vilão propriamente dito, já que o personagem David, que se transforma no lobisomem, mata todo mundo sem saber o que tá fazendo, pois ele fica inconsciente enquanto tá transformado.
Também não faltam pequenos toques de comédia ao longo do filme todo.
A única crítica negativa que eu tenho a fazer sobre Um Lobisomem Americano em Londres é em relação à cena final, que eu achei muito mal aproveitada: corta direto da situação que tá sendo mostrada pros créditos finais.
Tirando isso, eu posso dizer que é um filme de terror perfeito.
E claro: cuidado pra não confundir O Lobisomem de Londres com Um Lobisomem Americano em Londres, porque uma coisa não tem nada a ver com a outra.
E já que tamos falando em títulos parecidos, eu aproveito a oportunidade pra lembrar que o filme Um Lobisomem Mexicano no Texas (2005), apesar do título relativamente parecido, NÃO É uma continuação de Um Lobisomem Americano em Londres, ao contrário do que algumas pessoas podem imaginar (só usou um título marketeiro pra chamar a atenção do público, como A Mulher-Lobo de Londres, de 1946, tinha feito com O Lobisomem de Londres). Aliás, como os próprios nomes já deixam óbvio, esses filmes se passam em partes diferentes do Mundo.
E Um Lobisomem Americano em Paris (1997)? É uma continuação de Um Lobisomem Americano em Londres?
Bom, era pra ser, mas não é. Contudo, isso é assunto pra outro post. Aguardem!
Mais informações sobre Um Lobisomem Americano em Londres? Lá vai:


Agora, dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre A Maldição do Lobisomem, A Noite do Lobo, Nosferatu, O Lobisomem e O Lobisomem de Londres. Dê uma clicada em ‘mutantes’ que você acha posts sobre A Fera Deve Morrer e La Loba. E dê uma clicada em ‘animais enfurecidos’ que você acha um post sobre A Mulher-Lobo de Londres.
Até a próxima!

Nenhum comentário: