quinta-feira, 7 de julho de 2022

A TRIBO & A TRIBO II






















títulos originais: The Forgotten Ones / The Tribe
título brasileiro: A Tribo
ano de lançamento: 2009
país: Estados Unidos
elenco principal: Jewel Staite, Justin Baldoni, Kellan Lutz
direção e roteiro: Jorg Ihle

título original: The Lost Tribe
título brasileiro: A Tribo II
ano de lançamento: 2009
países: Estados Unidos / Panamá
elenco principal: Emily Baldoni, Nick Mennell, Terry Notary
direção: Roel Reiné
roteiro: Jorg Ihle (autor do texto original) e Mark E. Davidson

O que fazer quando um filme já tá pronto, já se encontra praticamente sendo lançado e os responsáveis por ele chegam à conclusão de que ele nem ficou bom nem produziu exatamente os resultados esperados?
Pelo menos na maioria das vezes, acredito que o máximo que dá pra fazer é lançar assim mesmo e, mais tarde, admitir que não foi um bom trabalho, né?
Mas, quando os responsáveis pela produção têm grana pra isso, também é possível fazer um remake do filme e lançar ele logo depois (ou poucos anos depois), agora corrigindo o que não ficou bom no original.
Não vamos esquecer que foi isso que aconteceu com Uma Noite Alucinante (1981), que teve um remake lançado na mesma década com o título de Uma Noite Alucinante 2 (1987).
Então, A Tribo, lançado em Março de 2009, passou pelo mesmo processo: como não saiu bem do jeito que os produtores queriam, o filme teve uma espécie de remake, chamado A Tribo II, lançado em Maio do mesmo ano.
Até onde dá pra ver, o problema principal do 1º filme foi o excesso de contradições na história... Vamos dar uma olhada no roteiro pra vocês entenderem melhor:

Um pequeno grupo de amigos tão indo de barco encontrar um amigo rico que tá fazendo uma espécie de surubão à beira-mar, numa mansão dele.
Mas o barco sofre um acidente e o pessoal é atirado ao Mar, sendo obrigado a ir se refugiar numa ilha do Arquipélago das Antillas Mayores.
Só que a tal ilha é habitada por uma manada de ferozes sasquatches (eles nunca são chamados de sasquatches durante o filme, mas é o que a lógica demonstra que eles são), que começam a atacar 1 por 1 dos humanos que encontram. Até que a única personagem sobrevivente do grupo vai ter que dar um jeito de se defender dos monstros e tentar fugir da ilha.

Agora vejamos algumas das contradições facilmente observadas: no meio da viagem, um cara chamado Peter revela à namorada dele, chamada Liz, que o objetivo dele com a viagem era pedir ela em casamento quando chegassem à casa do tal amigo deles (levando em conta que a Liz é a garota romântica do grupo, é meio grotesco que alguém tenha escolhido uma festa orgiástica como cenário pra pedir ela em casamento, né?); o Peter aparece numa cena com a perna toda dilacerada pelos sasquatches, de forma que ele nem sequer consegue ficar em pé, mas cerca de 10 minutos depois ele tá simplesmente correndo numa boa; quando o filme já tá chegando ao final, descobrimos que os sasquatches são totalmente cegos e se orientam só pelo olfato e pela audição, mas várias cenas durante o filme fazem parecer que eles tão enxergando perfeitamente o que se passa na frente deles...
O filme também teve problemas com o título original: The Forgotten Ones.
Acontece que, em Agosto do mesmo ano, foi lançado outro filme chamado The Forgotten Ones, dirigido pelo Peter Anthony Fields. E aí, pra evitar que o público confundisse uma coisa com a outra, mudaram o título pra The Tribe.
Bom, como já foi dito, ainda em Maio de 2009, a Avatar, que produziu o filme, lançou um remake.
A história foi quase a mesma. Só fizeram algumas adaptações no roteiro.
O que mudou mais é que a manada de sasquatches foi substituída por uma tribo de trogloditas que, por motivos misteriosos, não evoluíram e mantiveram a estrutura física pré-histórica deles. E também entrou em cena uma organização católica fundamentalista que queria matar todos os humanos que tivessem ficado sabendo da existência da tribo, pois queriam impor o Criacionismo e não permitir que uma prova definitiva do Darwinismo viesse à tona...
Meio estranho usarem um grupo católico pra representar isso, né? Católicos, em sua maioria, acreditam no Darwinismo. Quem acredita no Criacionismo e tenta impor ele a unhas e dentes e a ferro e fogo são principalmente os pentecostais e neopentecostais (que, em sua maioria esmagadora, se mostram intolerantes em relação a pontos de vista diferentes dos deles).
Tirando isso, as diferenças entre os 2 filmes é que os diretores não são os mesmos, os atores não são os mesmos e os nomes dos personagens não são os mesmos. O resto é a mesma coisa.
Então, o 2º filme também não chegou a virar nenhum clássico, né?
Eu diria que ambos os filmes conseguem distrair os fãs de filmes de terror, desde que não se espere muito deles. Eles têm a aventura que têm que ter e o suspense que têm que ter, além das maquiagens dos monstros darem conta do recado. E em alguns pontos, eles lembram bastante A Montanha dos Canibais (1978) e O Predador (1987). Então, vão agradar a quem gosta desse tipo de filme.
O 1º filme foi a estreia do Jorg Ihle como diretor.
Mais informações sobre A Tribo e A Tribo II? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘aventura’ que você acha posts sobre A Montanha dos Canibais e O Predador.
Até a próxima!

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