Em Agosto desse ano vão se completar 40 anos do lançamento do filme A Hora do Espanto.
Embora o Charley fosse um fã de filmes de terror, ele pareceu aprender várias coisas sobre os vampiros com o Peter. Coisas essas que são óbvias até pra quem não entende quase nada do assunto.
Contraditório, né?
Não era exatamente um lobisomem, mas sim um lobo: de acordo com o livro Drácula (1897), os vampiros têm o poder de se transformar em morcegos, lobos e névoa.
Quando o Ed atacou o Peter transformado em lobo, ele foi mortalmente ferido por ele e, perdendo a força, foi assumindo de volta a forma humana. Então, por alguns segundos, ele assumiu uma aparência que era um meio termo entre um lobo e um homem (essa maquiagem demorou 18 horas pra ficar pronta!).
Embora o personagem nunca mais tenha aparecido em outros filmes, o encerramento da última cena dá a entender que ele sobreviveu.
Além disso, vamos lembrar que, depois de ter lutado contra o Vince transformado em lobo e depois voltado à forma humana, ele não derreteu nem se desintegrou, que é o que acontece quando criaturas sobrenaturais morrem (vimos isso nas mortes do Billy e do Jerry). E isso dá a entender que ali ele apenas desmaiou, mas não morreu.
A parte mais estranha aí é que o encerramento do filme dá a entender que ele sobreviveu como vampiro. Mas, pra ter sobrevivido, ele teria que ter se transformado de volta em humano, já que o vampiro que tinha mordido ele morreu.
Afinal, não foi isso que aconteceu com a Amy?
No roteiro original, o filme encerraria com o Vince se transformando num vampiro e se dispondo a ir atrás do Charley, revelando que ele deve ter sido mordido pelo Jerry enquanto lutava contra ele, num momento em que ninguém viu.
Esse final foi desconsiderado.
O Chris Sarandon ajudava frequentemente no processo de maquiagem pelo qual ele passava pra ficar com a aparência de vampiro: ele fazia uma parte da maquiagem enquanto os maquiadores faziam outra.
Isso era tanto pra acelerar o processo quanto por causa da experiência que ele tinha em se automaquiar nas várias peças de teatro das quais ele já tinha participado até aquela época.
Também foi o Chris que deu ao roteirista a ideia de criar uma história de amor pro vampiro, fazendo ele associar a Amy a um amor do passado, de modo que o personagem não ficasse muito superficial.
O único problema é que isso acabou deixando uma parte da história não contada. Afinal, o filme nunca dá muitas informações sobre a tal mulher do passado do Jerry.
O ator Jonathan Stark deveria usar lentes de contato pra filmar a cena da morte do Billy. Mas, como ele não conseguia enxergar nada com as lentes, o diretor mandou ele remover a lente do olho direito. E é por isso que, nessa cena, o olho direito dele parece normal e o esquerdo parece meio monstruoso.
Quando ele terminou de filmar essa cena, ele foi informado de que a água do estúdio tinha acabado momentaneamente. E desse modo, não podendo tomar banho, ele teve que voltar pra casa com a maquiagem da cena.
Assim, ao parar num posto de gasolina pra abastecer, ele sem querer deu o maior susto no frentista! Afinal, tava lá um cara com um buraco de tiro na testa e um rastro de sangue escorrendo dali pedindo gasolina.
O frentista abasteceu o carro dele, mas depois voltou correndo pra dentro do posto. E quando o Jonathan foi embora, viu pela janela do posto que o cara tava olhando pra ele e falando com alguém no telefone.
Na verdade, as lentes de contato que os atores usavam ao se apresentar transformados em vampiros eram muito duras. E todos, em maior ou menor grau, machucaram os olhos quando usaram elas.
Esse foi o filme de terror que teve a melhor bilheteria de 1985 e também foi a estreia do Tom Holland como diretor.
O personagem Peter Vincent recebeu esse nome em homenagem a 2 atores considerados os maiores nomes do Cinema de Terror do século XX: o Peter Cushing e o Vincent Price.
O Tom Holland até pensou em convidar o Vincent Price pra interpretar o personagem. Mas, naquela época, ele já tava com a saúde abalada. Então, não rolou.
Embora os personagens Charley, Amy e Ed sejam todos adolescentes que têm por volta de 15 anos, o ator mais jovem entre eles era o Stephen Geoffreys, que interpretava o Ed: ele já tinha 20 anos na época das filmagens.
Esse procedimento de usar atores adultos pra interpretar personagens adolescentes em filmes de terror sempre foi comum, já que obviamente não dá pra botar atores menores de 18 anos participando de cenas de violência bizarra.
A Hora do Espanto teve uma continuação [A Hora do Espanto 2 (1988)], uma nova versão com os vampiros sendo substituídos por lobisomens [Acredite em Lobisomens (2008)] e um remake [também chamado A Hora do Espanto (2011)].
O Chris Sarandon fez uma participação especial no remake de 2011, interpretando um personagem chamado Jay Dee, uma homenagem ao vampiro Jerry Dandridge, que ele tinha interpretado no filme original.
O Tom Holland e o Chris Sarandon voltariam a trabalhar juntos como diretor e ator novamente poucos anos depois em Brinquedo Assassino (1988), dessa vez com o Chris interpretando um dos heróis da história.
Ambos os filmes também têm pontos de partida semelhantes: começam com um personagem vendo uma criatura sobrenatural se manifestando e ninguém acreditando nele, mesmo depois que a tal criatura sobrenatural já matou alguém e até a polícia já foi chamada.
Em 2015, o Tom Holland revelou numa entrevista que gostaria de fazer uma nova continuação do filme se passando nos dias de hoje, novamente com o William Ragsdale interpretando o Charley e com o Stephen Geoffreys interpretando o Ed. E o roteiro mostraria os filhos do Charley descobrindo que o Ed tá realizando um ritual sobrenatural pra ressuscitar o Jerry. E eles passariam o filme tentando impedir isso.
Mas, até agora, nada indica que isso vá acontecer.
👹👹👹
Outras vezes em que o blog já falou sobre...
A HORA DO ESPANTO
ACREDITE EM LOBISOMENS
BRINQUEDO ASSASSINO
Até Maio!😄→
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