terça-feira, 21 de janeiro de 2020

KRULL

títulos original e brasileiro: Krull
ano de lançamento: 1983
países: Espanha / Estados Unidos / Inglaterra / Itália
elenco principal: David Battley, Freddie Jones, Ken Marshall
direção: Peter Yates
roteiro: Stanford Sherman

Os habitantes do Planeta Krull conhecem algumas profecias e aguardam que elas se cumpram.
Uma delas afirma que, um dia, Krull será atacado pelo Monstro, um terrível ser com vastos poderes mágicos que já dominou vários planetas e chegará a Krull trazendo o mesmo caos e a mesma destruição deixada nos outros mundos por onde ele passou...
Outra profecia afirma que, um dia, uma jovem de uma antiga estirpe se tornará uma rainha. Depois disso, ela escolherá um rei. Juntos eles governarão o planeta. E o filho deles governará a galáxia...

Apesar de ter sido produzido em parceria com os Estados Unidos, Krull não teve nem uma única cena gravada em solo estadunidense. A Espanha, a Inglaterra e a Itália foram os palcos de todas as filmagens.
É um filme que trabalha basicamente com clichês de aventura vistos até o início dos anos 80: um herói que vai salvar uma heroína que se encontra a mercê de um monstro, um velho sábio que dá conselhos aos heróis, um mago atrapalhado responsável pelas cenas cômicas da história, uma arma mágica que só pode ser usada pelo homem certo (leia-se: pelo ‘mocinho’ do filme, é claro rs) e um planeta cheio de lugares perigosos por onde os heróis vão passando.
Mas, apesar disso, sabem que funcionou?
É verdade que, na época em que foi lançado, Krull foi um filme meio deixado de lado. Mas, com o passar das décadas, passou a ser considerado cult.
Pra quem gosta de filmes em que as cenas mostram TUDO, TUDO, TUDO, talvez desagrade. Porque tem várias coisas que são apenas mencionadas pelos personagens, mas nunca mostradas.
Por exemplo, são mencionadas várias comunidades de camponeses destruídas pelos exércitos do Monstro. Mas, com exceção de um palácio visto no início do filme, o resto do Planeta Krull parece ser formado só por desertos, florestas, geleiras, montanhas e outros lugares desabitados. As tais comunidades nunca dão as caras.
O sábio Ynyr, respeitadíssimo pelos demais habitantes do planeta e visto por todos como um grande personagem da História de Krull, simplesmente nunca tem o seu passado revelado: nenhuma cena mostra e nenhum personagem conta o que ele fez de tão importante assim no passado (a única cena de ação que vemos ele protagonizando é quando ele vai falar com a Viúva da Teia e enfrenta a aranha gigante).
Apesar disso, eu não tiro o mérito do filme. Ele consegue contar uma história com início, meio e fim e você nem chega a sentir falta dessas coisas que não aparecem.
Os vilões assustam? Bom, o Monstro propriamente aparece muito pouco.
Na verdade, ele invadiu Krull pra se aproveitar daquela profecia da rainha. Ou seja, ele concluiu que a jovem em questão é a Princesa Lyssa. E assim que ela se tornou rainha, ele raptou ela, esperando que ela se casasse com ele pra cumprir a profecia, ou seja, fazer dele o Soberano de Krull.
Uma espécie de golpe do baú interplanetário, né?
Guardando-se as devidas proporções de diferença, Krull lembra um pouco Mercenários das Galáxias (1980), substituindo as batalhas de naves espaciais por uma odisseia ao longo de um planeta inóspito.
Aliás, tanto o Monstro quanto o Sador lembram vários vilões principais de sentais: uma criatura despótica e sádica que viaja pelo espaço tentando conquistar outros planetas, escoltada por um exército de seres bizarros.
Já que falamos nos súditos do Monstro, eles aparecem muito mais do que o patrão deles ao longo do filme. Mas não parecem ter exatamente uma hierarquia. São todos igualmente submissos a ele, mas um membro do exército do Monstro não manda no outro. Então, todos eles juntos formam um 2º escalão como um todo. E quase todos atuam simplesmente como guerreiros, enquanto alguns poucos se disfarçam com a aparência de seres pacíficos pra matar os inimigos na traição quando eles se encontram desarmados.
Todos eles, quando percebem que foram mortalmente feridos, se jogam no solo e se enterram ali pra morrer, enquanto soltam um grito de animal ferido.
Como curiosidade, podemos mencionar aqui a presença do jovem Liam Neeson, ainda nos seus primeiros anos de carreira cinematográfica, interpretando um personagem secundário.
Mais informações sobre Krull? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘extraterrestres’ que você acha um post sobre Mercenários das Galáxias.
Até a próxima!

2 comentários:

Hugo disse...

Filmes como "Krull" e "Mercenários das Galáxias" são filhotes do sucesso da primeira trilogia Star Wars, ou para quem é mais velho como eu, a trilogia "Guerra nas Estrelas".

São dois filmes B que funcionam e divertem, para quem não for muito exigente.

Abraço

Leo Rib disse...

É. Você tem que ver esses filmes tendo em mente que eles foram feitos nos anos 80 e nas condições técnicas dos anos 80, né?
Mas acho que é a minha década preferida em relação a filmes.
Abraço também!