segunda-feira, 4 de março de 2024

O SEQUESTRO

título original: O Sequestro
ano de lançamento: 1981
país: Brasil
elenco principal: Carlo Mossy, Jorge Dória, Milton Moraes
direção: Victor de Mello
roteiro: Valério Meinel (autor do texto original) e José Louzeiro

Na noite chuvosa e fria de 02 de Agosto de 1973, um menino chamado Carlos Ramires da Costa, apelidado de Carlinhos, via televisão junto com a mãe e os irmãos na casa dele, na Rua Alice, no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
De repente, as luzes se apagaram e um homem não identificado invadiu a casa, exigindo levar a criança mais nova que se encontrava ali, ou seja, o Carlinhos. E foi o que ele fez.
Esse evento, conhecido como Caso Carlinhos, foi investigado pela polícia com a execução de erros quase cômicos de tão idiotas. E é lembrado até hoje com deboche ao se falar da incompetência e inépcia dos policiais envolvidos no caso.
Em 1981, o diretor Victor de Mello lançou um filme criticando explicitamente as autoridades policiais cariocas. E ele usou como pano de fundo pra isso o Caso Carlinhos.
Se trata do longa-metragem O Sequestro, inspirado num livro com o mesmo título do Valério Meinel (1979) e tendo como ponto de partida o sequestro do menino Zezinho.
O filme retrata a história do Carlinhos? Não. Existem, sim, várias cenas que reproduzem situações que aconteceram relacionadas ao sequestro do Carlinhos. Por exemplo: os policiais só tomando conhecimento do sequestro pela televisão, a presença sem lógica dos bombeiros no local do sequestro, o espanto das pessoas ao ver que o sequestro aconteceu na casa de aparência mais pobre da rua, os repórteres aparecendo no local do pagamento do resgate e estragando tudo, o trote marcando o pagamento do resgate no Maracanã e a polícia conseguindo falsas confissões de culpa através de torturas.
E claro que, principalmente, a cena que mostra o menino sendo levado de casa é uma reprodução do que a mãe e os irmãos do Carlinhos descreveram.
Mas a intenção explicitamente não foi falar sobre a história do Carlinhos. A intenção foi mostrar o lado negativo das instituições policiais do Rio de Janeiro.
Na cena de abertura mesmo, já aparece uma aposentada sendo assaltada por 2 garotos na rua, chamando a polícia e os carros da polícia passando por ela e ignorando a situação.
Durante o filme todo, os policiais são retratados como extremamente corruptos, racistas e violentos.
Tem cenas (simuladas) de sexo? Claro. Como 99% dos filmes brasileiros do início dos anos 80.
Mais informações sobre O Sequestro? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

4 comentários:

Anônimo disse...

E o menino nunca mais foi visto, não é?

Leo Rib disse...

Depois do momento do sequestro, o Carlinhos nunca mais foi visto vivo nem morto.

Anônimo disse...

O que você acha que aconteceu com o verdadeiro Carlinhos?

Leo Rib disse...

Pela lógica, eu acho que ele foi morto no máximo poucos dias depois que foi levado. De outro modo, com a procura por ele que foi feita naquela época, ele teria sido visto por aí, por mais escondido que estivesse.
Se você quiser ver um texto bem detalhado que eu escrevi sobre essa história, pode entrar pelo link desse post aqui. Ele vai levar você a outro post com outro link. Lá você vai encontrar esse texto que eu disse.