sexta-feira, 8 de março de 2024

ISSO QUE AS “FEMINISTAS” DA GLOBO DEFENDEM É REALMENTE FEMINISMO?


Acredito que todos que estão lendo esse texto saibam que hoje, 08 de Março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Afinal, a mídia não permite que ninguém esqueça isso.
Assim, já que esse é um blog voltado pra filmes e outras produções artísticas, vale a pena comentar o comportamento das atrizes brasileiras que se dizem feministas.
Antes de seguir em frente, o que é feminismo?

Definição da Grande Enciclopédia Larousse Cultural: “FEMINISMO: Movimento que milita pela melhoria e extensão do papel e dos direitos da mulher na sociedade”.

Se esse é o significado, vamos manter isso em mente.
Bom, sem dúvida que no meio artístico brasileiro o grande foco do feminismo são as assim chamadas “feministas” da Globo. Ou seja, não só as atrizes dessa emissora como também as apresentadoras que trabalham lá e as cantoras que frequentemente se apresentam lá.
De uns 10 anos pra cá, essas mulheres passaram a se agarrar ao fato de falar frases de fundo feminista (pelo menos quando elas falam em público) como uma espécie de única condição possível pra elas continuarem vivendo...
Não sei se isso é necessário pra elas continuarem vivendo, mas claro que é necessário pra manter uma vaga garantida na Globo.
Um slogan que as assim chamadas “feministas” da Globo repetiam à exaustão até poucos anos atrás foi o famoso “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS”.
Interessante que todas as famosas que ficavam repetindo isso ou eram petistas ou então eram simpatizantes do PT. Por que será, né?
Bom, elas defendiam, teoricamente, a ideia de sororidade: o princípio de que cada mulher tem que apoiar todas as outras mulheres incondicionalmente.
Mas, na hora de passar da teoria pra prática, é assim que as “feministas” da Globo se comportam?
Em 2022, nas eleições presidenciais da França, a disputa no 2º turno foi entre o Emmanuel Macron e a Marine Le Pen. E o Emmanuel Macron venceu a Marine Le Pen, assim como tinha vencido na eleição anterior.
Bom, eis uma situação em que uma mulher foi derrotada por um homem 2 vezes seguidas em eleições presidenciais. Por que será que nós não vimos as “feministas” da Globo reclamando porque o povo da França é machista? Cadê a historinha do “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS!!!”?
Simples. A Marine Le Pen é esquerdista? É evidente que não. E se uma mulher não é esquerdista, ela é simplesmente deixada de lado pelas “feministas” da Globo que se preocupam tanto com a sororidade.
Também em 2022, a Giorgia Meloni se tornou a 1ª mulher a ocupar o posto de Primeira Ministra da Itália.
Entretanto, não vi nenhuma “feminista” da Globo comemorando isso.
Que estranho! Esse não é um passo a mais que as mulheres deram em relação à melhoria e extensão do papel e dos direitos da mulher na sociedade? As “feministas” da Globo não dizem que cada passo que as mulheres dão em relação à igualdade com os homens tem que ser comemorado e destacado?
Não é difícil entender o motivo dessa ausência de apoio ao que aconteceu na Itália: a Giorgia Meloni faz questão de se declarar de extrema direita.
Se vocês querem exemplos brasileiros, mais próximos de nós, tudo bem:
No caso do triplex pelo qual o Lula foi processado, o Lula colocou toda a culpa de qualquer irregularidade associada ao triplex na falecida Marisa Letícia. Nas palavras dele, ele não sabe de nada sobre esse assunto: a Marisa é que sabia de tudo.
Engraçado, né? Pra onde foram as “feministas” da Globo quando ele falou isso? Eu não vi nenhuma delas se manifestando contra ele.
Elas que dizem (só DIZEM, né?) que não se submetem a homem nenhum, tratam o Lula como um deus. Então, se ele quiser culpar a defunta pelo que quer que seja, as “feministas” da Globo estão pouco se lixando pra isso. Elas não vão falar contra o mestre delas.
Cadê a sororidade? Cadê o “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS!!!”?
A Marcela Temer recebeu centenas de comentários machistas contra ela na Internet. Alguma “feminista” da Globo se manifestou querendo defender ela? Eu não vi. E por quê? Porque a Marcela Temer é casada com o Michel Temer, que os petistas tratavam até bem pouco tempo atrás como o inimigo mortal deles.
Cadê a sororidade das “feministas” da Globo? Cadê o “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS!!!”?
O José de Abreu cuspiu na cara de uma mulher num restaurante só porque ela estava falando frases direitistas.
Embora essa tenha sido uma situação em que um homem agrediu explicitamente uma mulher, como o José de Abreu é um petista extremista, nenhuma “feminista” da Globo deu nenhum pio contra ele.
Cadê a sororidade com essa mulher que foi cuspida na cara? Cadê o “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS!!!”?
O que a gente percebe de forma indiscutível e inquestionável em todos esses exemplos? As “feministas” da Globo não defendem feminismo nenhum! Elas defendem é um petismo com uma maquiagenzinha muito mal feita de feminismo por cima.
E se você for mulher, se você tiver passado por alguma situação negativa especificamente por ser mulher, mas se você não defender as mesmas ideias políticas que essas famosas defendem e se você não idolatrar os mesmos líderes políticos que elas idolatram, pode ter certeza de que elas não vão dar a mínima pra você.
Mas é claro que não adianta você tentar explicar isso aos fãs delas. Os fãs mais emocionais dessas mulheres são aquele tipo de pessoa que vai continuar batendo o pé infinitamente dizendo que 2 + 2 = 5, dizendo que açúcar é salgado, dizendo que sal é doce... E se você tentar explicar racionalmente que não é assim, ou eles vão ignorar você e deixar você falando sozinho ou então eles vão ter ataques histéricos completamente descontrolados pra cima de você.
Aliás, antes de encerrar, como eu sei que os fãs dessas atrizes, apresentadoras e cantoras vão começar a me chamar de “direitista” só porque eu não estou idolatrando elas, quero lembrar que sou apartidário. Até porque analiso os 2 lados com raciocínio, e não com emoção, e vejo ambos os lados fazendo muita merda movida a emocionalismo.
O objetivo desse post foi apenas provar que dizer que essas mulheres são feministas faz tanto sentido quanto dizer que o Charles III é republicano.
Fica aí algo pra refletir.

Até a próxima!
Brasil 2024: tempo de pensar no que é melhor pra sua cidade.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quem faz uma análise racional do que é dito sobre feminismo no meio artístico brasileiro raramente vai dar razão ao que é dito ali. Porque a coisa entre os artistas brasileiros funciona muito na base do artista com menos visibilidade dar razão ao artista que tem mais. Então, se a Preta Gil fala algum absurdo, a garotinha que está estreando como cantora esse ano vai ficar simplesmente repetindo o que ela falou e tratando aquilo como uma verdade indiscutível. Então se um artista com mais voz ativa faz um discurso defendendo o feminismo (nos padrões que costumam defender no meio artístico), os outros artistas com menos voz ativa vão ficar apenas repetindo o que ele disse e dando razão a ele. Então, quando você analisa o que eles falam, você vê ali apenas aquele discurso copiado do outro artista. Mas que nem tem muito conteúdo.
Quem vai concordar com os discursos feministas que vêm do meio artístico brasileiro são pessoas que têm uma ligação sentimental muito forte com os artistas que falam essas coisas. É praticamente igual àquela criança que, ao ouvir alguém falando mal dos pais dela, avança na pessoa e grita: NÃO FALA ASSIM DO MEU PAI, SEU BURRO! VOCÊ NÃO SABE NADA! O MEU PAI SABE TUDO! O MEU PAI TÁ SEMPRE CERTO!

Carlos disse...

O feminismo das globais é seletivo.

Leo Rib disse...

Anônimo→ Sim. O mecanismo de funcionamento do meio artístico é exatamente esse.
Curioso, né? Quando a gente quer usar um exemplo de algum artista que falou merda, a Preta Gil facilmente vem à nossa mente. Por que será?rsrs

Carlos→ Cara... E bota SELETIVO nisso!!!