quinta-feira, 7 de maio de 2020

A HORA DO LOBISOMEM / BALA DE PRATA

título original: Silver Bullet
títulos brasileiros: A Hora do Lobisomem / Bala de Prata
ano de lançamento: 1985
país: Estados Unidos
elenco principal: Corey Haim, Everett McGill, Megan Follows
direção: Daniel Attias
roteiro: Stephen King

Em 1976, um misterioso monstro peludo mata várias pessoas brutalmente em noites de lua-cheia na pequena cidade de Tarker’s Mills, cercada por uma floresta dos Estados Unidos. E embora ninguém tenha testemunhado as situações, a tremenda força física que o assassino visivelmente usou e as marcas de unhas e dentes que ficaram nos cadáveres das vítimas deixam claro pra qualquer um que quem fez aquilo não foi um ser humano.
Um menino chamado Marty começa a desconfiar que se trata de um lobisomem. E não muito tempo depois, ele confirma a suposição ao ser atacado pelo monstro, só conseguindo fugir por um triz. Mas o que fazer se ninguém acredita nele?

Um Lobisomem Americano em Londres (1981) reina absoluto como o maior clássico entre os filmes de lobisomem da 2ª metade do século XX. Mas 4 anos depois dele, foi lançado outro filme do mesmo subgênero que também conquistou o seu lugar ao Sol... Ou seria à Lua?rsrs
Inspirado no livro Cycle of The Werewolf (1983), do grande Stephen King, Silver Bullet foi lançado no Brasil com 2 títulos: se chama Bala de Prata quando passa na televisão, mas recebeu o nome de A Hora do Lobisomem (mesmo título que o livro recebeu no Brasil) quando saiu em DVD.
É curioso lembrar que filmes de terror de meados dos anos 80, quando eram lançados no Brasil, eram eventualmente chamados de “A Hora de Alguma Coisa”: A Nightmare on Elm Street virou A Hora do Pesadelo (1984), Fright Night virou A Hora do Espanto (1985)... Mas nesse caso aqui, não teve nada a ver. A Hora do Lobisomem foi só o nome do livro traduzido pro Português mesmo.
Foi também o próprio Stephen King que escreveu o roteiro da versão cinematográfica da obra. E por sinal, ficou muito bem feito: é uma história com início, meio e fim e não deixa nada sem explicação. Redondinha.
A única cena que foge um pouco do roteiro é um pesadelo que um personagem tem em que ele vê todos numa igreja se transformando em lobisomens. Mas até essa cena tem uma razão de ser: ela dá uma pista sobre quem é o lobisomem (e se você for bem observador, você já mata a charada nessa cena).
Bom, a forma como o lobisomem é retratado em Bala de Prata também é totalmente diferente do que se vê em Um Lobisomem Americano em Londres: enquanto lá o pobre David nem sabe o que tá fazendo enquanto mata pessoas transformado em monstro, o personagem que passa pelo mesmo processo aqui tem PLENA CONSCIÊNCIA do que tá fazendo e, como fica evidente, ele só faz tudo o que faz porque quer. Ele é um fanático religioso que aproveita quando se transforma em monstro pra matar as pessoas que ele considera pecadores.
Imaginem quantos pentecostais brasileiros adorariam fazer isso, né?
O filme foi protagonizado pelo hoje falecido Corey Haim, com 13 anos na época das filmagens.
Outra curiosidade aqui é que foi o mesmo ator que interpretou o lobisomem na forma de monstro e na forma humana: o Everett McGill. Quase sempre, quando o filme tem um personagem humano que também tem forma de monstro, é um ator que faz a forma humana do personagem e um dublê que faz a forma de monstro.
Isso acontece porque as cenas em que o monstro aparece são consideradas de risco: geralmente são cenas de luta e de ação em geral; ao mesmo tempo em que quase sempre a pessoa que tá fantasiada de monstro nem tá vendo pra onde ela tá indo durante a cena (o rosto fica completamente coberto lá dentro).
Aliás, Bala de Prata também tem cenas muito boas de aventura e ação.
Esse filme também foi a estreia do Daniel Attias como diretor.
Mais informações sobre Bala de Prata? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre A Hora do Espanto, A Hora do Pesadelo e Um Lobisomem Americano em Londres.
Até a próxima!

4 comentários:

Hugo disse...

É um dos muitos filmes legais de terror dos anos oitenta.

Além do ícone Corey Haim, que interpreta um garoto na cadeira de rodas, o filme tem ainda Terry O'Quinn de "Lost" e o então quase astro Gary Busey.

Abraço

Leo Rib disse...

A minha cena preferida é quando o personagem do Corey tá soltando fogos na ponte e o lobisomem se mostra a ele. É uma das melhores cenas se suspense que eu já vi num filme.
Abraço também!

Anônimo disse...

Esse filme não teve uma continuação? Porque também tem um filme chamado A Hora do Lobisomem II.

Leo Rib disse...

Existe um filme de 1988 que foi lançado no Brasil com o título de A Hora do Lobisomem II. Mas ele recebeu esse nome por motivos puramente marketeiros. Não tem nada a ver com A Hora do Lobisomem de 1985.