sábado, 27 de dezembro de 2025

VINCENT VAN PATTEN

O nova-iorquino Vincent Van Patten é um ator mais de dramas e comédias e participou mais de produções televisivas do que cinematográficas. E as produções de terror em que ele apareceu até hoje foram raras. E curiosamente, aconteceram de 10 em 10 anos:
A estreia dele na área foi em 1971, em 1 episódio do seriado Galeria do Terror.
Em 1981, o Vincent apareceu em Noite Infernal.
Aqui temos uma curiosidade: o personagem dele, chamado Seth, é o único que fica com o destino indefinido. Não fica 100% claro se morreu ou não.
O Seth é atacado de surpresa por um louco deformado que morava numa mansão aparentemente abandonada. E ao ser puxado pra um canto escuro, ele simplesmente não aparece mais daí pra frente, embora se escute um tiro de espingarda depois disso.
Bom, numa 1ª análise, ele morreu, OK. Só que, como acabamos de ver, a morte dele nunca é mostrada nem vemos o cadáver dele depois dessa cena. E no caso de TODOS os outros personagens do filme que morrem, eles sempre aparecem morrendo ou os cadáveres deles são encontrados depois por outro personagem.
Então, também é possível que o Seth tenha sido só ferido pelo vilão.
Bom, em 1991, o Vincent protagonizou Acampamento do Medo.
Mais informações sobre o Vincent? Lá vai:


Mais informações sobre Noite Infernal? Lá vai:


Até a próxima!😉

segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

A MODA DOS URSINHOS COLORIDOS NOS DESENHOS DOS ANOS 80


Já pensou se você ligasse a televisão e tivesse passando um desenho animado de aventura com ursinhos coloridos, depois disso começasse outro desenho animado de aventura com ursinhos coloridos, depois disso começasse outro desenho animado de aventura com ursinhos coloridos, depois disso começasse outro desenho animado de aventura com ursinhos coloridos e depois disso começasse outro desenho animado de aventura com ursinhos coloridos?
O pessoal mais jovem talvez não saiba, mas algo pelo menos parecido com isso já aconteceu.
Quem foi criança nos anos 80 talvez não tenha visto essa abundância toda de desenhos com esses personagens no mesmo dia, mas posso afirmar quase com certeza que viu na mesma semana.
Acontece que foi uma espécie de moda incluir nas produções infantis daquela época personagens que lembrassem ursinhos de pelúcia com pelos de cores diferentes (ou, no mínimo, usando roupas de cores diferentes), com a óbvia intenção inicial de lançar bonecos correspondentes a isso, é claro.
Curiosamente, a moda começou de uma forma invertida ao que eu acabei de explicar...
Os Ursinhos Carinhosos foram lançados como uma linha de ursinhos de pelúcia em Fevereiro de 1983. E só depois, em Abril do mesmo ano, foi lançado o desenho de longa-metragem Os Ursinhos Carinhosos na Terra sem Sentimentos, a 1ª produção televisiva em que os felpudos do arco-íris apareceram, lançada pela Atkinson Film-Arts.
Vendo que a coisa era lucrativa, a Walt Disney Company também não demorou a lançar seu desenho protagonizado por personagens desse tipo: Os Ursinhos Gummi (1985).
Pensam que a coisa parou por aí? Não mesmo!
Antes mesmo da Disney lançar Os Ursinhos Gummi, a Toei Animeshon já tinha incluído os Ursinhos Amigos em 1 episódio da Caverna do Dragão (1983).
Sem dúvida, os Ursinhos Amigos foram inspirados nos ewoks, vistos em O Retorno de Jedi, lançado poucos meses antes: eram criaturas de pequena estatura, que moravam em casas construídas no alto de árvores e muuuuuito parecidas com ursinhos de pelúcia.
Aliás, os ewoks também entraram no meio dos desenhos desse tipo: numa parceria entre a Lucasfilm Limited e a Nelvana Ltd., surgiu Ewoks (1985).
Esse desenho basicamente transformou os peludos de Endor numa imitação dos Smurfs (1981). Mas as histórias giravam sempre em torno dos ewoks filhotes, não dos adultos.
E acreditem: até ThunderCats (1985) aderiu a essa moda! Pra quem não lembra, os felinos humanoides de Thundera criados pela Pacific Animation eram vizinhos de uma espécie de ursinhos coloridos cibernéticos (sério mesmo!). Eram os berbils, que, nas palavras do Panthro, moravam numa aldeia “a um pulinho da Toca dos Gatos”.
🐨🐼🐻 🐨🐼🐻 🐨🐼🐻
Outras vezes em que a Multibússola já falou sobre...

A CAVERNA DO DRAGÃO








EWOKS







OS SMURFS













THUNDERCATS










Até a próxima!😉

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

VIGGO MORTENSEN

O nova-iorquino Viggo Mortensen talvez seja mais conhecido por ter participado da série cinematográfica O Senhor dos Anéis (de 2001 até 2003), interpretando o herói Aragorn. Mas ele sempre foi um ator mais de dramas e comédias.
Produções de terror também sempre foram comuns no currículo dele.
A estreia do Viggo na área foi em 1987, quando ele protagonizou Duro de Prender.
Em 1990, ele protagonizou O Reflexo do Mal e também apareceu em O Massacre da Serra Elétrica 3.
Em 1995, o Viggo foi visto em Anjos Rebeldes.
Em 1998, ele participou do remake de Psicose.
A partir de 2003, 4 episódios do seriado Caiga Quien Caiga – CQC contaram com o Viggo no elenco.
Em 2010, ele apareceu em Never Sleep Again: the Elm Street Legacy, um documentário sobre a franquia A Hora do Pesadelo (1984).
E em 2022, o Viggo protagonizou Crimes do Futuro.
Mais informações sobre o Viggo:


Mais informações sobre A Hora do Pesadelo? Lá ai:


Até a próxima!😉

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

NIKOLAI NIKOLAEFF

O australiano Nikolai Nikolaeff provavelmente é mais conhecido no Brasil por ter interpretado o ranger branco da 16ª temporada de Power Rangers (2008). E a maior parte das produções em que ele apareceu até hoje foram dramas.
Quanto às produções de terror em que ele já foi visto até hoje, foram poucas.
Em 2003, o Nikolai participou de Subterrâneo.
E em 2012, Fortaleza Secreta contou com ele no elenco.
Em 2022, o Nikolai apareceu no seriado Stranger Things e em 1 episódio do seriado Love, Death & Robots.
E no ano seguinte, ele foi visto em Drácula – A Última Viagem do Deméter.
Mais informações sobre o Nikolai? Lá vai:








Mais informações sobre A Última Viagem do Deméter? Lá vai:


Até a próxima!😉

domingo, 14 de dezembro de 2025

TED RAIMI

O michiganiano Ted Raimi talvez seja mais lembrado por ter interpretado o herói cômico Joxer no seriado Xena, a Princesa Guerreira (entre 1996 e 2001).
Mas desde adolescente ele sempre foi um ator de produções de terror.
A estreia do Ted na área foi em 1977, quando ele foi ator e contrarregra do filme It’s Murder!
No ano seguinte, ele trabalhou como contrarregra no curta-metragem Within the Woods.
Nos anos 80, a relação do Ted com o gênero criou vínculos indissolúveis com o filme Uma Noite Alucinante: a Morte do Demônio (1981).
Acontece que ele se envolveu com várias produções derivadas desse filme: ele trabalhou no filme Uma Noite Alucinante 2 (1987), no filme Uma Noite Alucinante 3 (1992), no filme Meu Nome é Bruce (2007), no documentário Swallowed Souls: The Making of Evil Dead II (2011) e no seriado Ash VS Evil Dead (2016).
Ainda em 1985, o Ted foi ator e editor da comédia de terror Dois Heróis Bem Trapalhões, ator do filme Stryker’s War e contrarregra do filme Sam Raimi Early Shorts.
Em 1987, ele apareceu no filme Shadow Woods – o Pesadelo.
Em 1989, o Ted foi visto em Violência e Terror e em Shocker - 100.000 Volts de Terror.
Em 1992, ele participou de Maniac Cop 3 – o Distintivo do Silêncio e do Mistério de Candyman.
No ano seguinte, o Ted protagonizou O Mutilador.
Em 1996, 1 episódio do seriado American Gothic contou com ele no elenco.
No ano seguinte, o Ted apareceu em O Mestre dos Desejos.
Em 2001, ele foi visto em Delírio Diabólico.
No ano seguinte, o telefilme Fatal Kiss contou com o Ted no elenco.
Em 2004, ele apareceu em O Grito e em Tales from the Crapper.
Em 2006, o Ted participou do curta The Grudge 1.5 e de 1 episódio do seriado Mestres do Terror.
No ano seguint, ele foi visto em Raptores II – a Invasão e em 1 episódio do seriado 30 Days of Night: Dust to Dust.
Em 2008, o Ted participou do filme O Último Trem e de 1 episódio do seriado Sobrenatural.
No ano seguinte, Arrasta-me para o Inferno contou com ele no elenco.
Em 2010, o Ted apareceu no filme VideoDome Rent-O-Rama.
No ano seguinte, ele foi visto nos seriados Morbid Minutes e Vicious Circle.
Em 2013, o Ted apresentou o especial de terror After Ghoul Special: FEARnet Visits the Disney Archives.
No ano seguinte, ele protagonizou o curta-metragem Semblance.
Em 2015, o Ted foi ator, diretor, roteirista e produtor do seriado Deathly Spirits.
No ano seguinte, ele participou de 1 episódio do seriado Svengoolie.
Em 2017, Darkness Rising contou com o Ted no elenco.
No ano seguinte, ele apareceu no seriado Deadwax.
Em 2019, o Ted foi visto no curta Jac Kessler’s Popsy.
No ano seguinte, ele protagonizou e produziu o curta Red Light.
Em 2021, o Ted foi visto em 1 episódio do seriado Creepshow.
Em 2023, ele participou de Dante’s Hotel.
E no ano seguinte, o documentário In Search of Darkness 1990-1994: a Jorney into Iconic ‘90s Horror contou com o Ted no elenco.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:


Até a próxima!😉

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

ULTRA Q

títulos original e brasileiro: Ultra Q
ano de lançamento: 1966
país: Japão
elenco principal: Hiroko Sakurai, Kenji Sahara, Yasuhiko Saijo
direção: Hajime Tsuburaya
roteiro: Eiji Tsuburaya e Toshihiro Iijima

O piloto de helicóptero Jun tá sempre de olho em eventos fora do comum que acontecem, pois sonha em um dia se tornar um escritor de ficção científica.
Junto com ele trabalha um rapaz um pouco mais jovem chamado Ipei. E como esse é um novato que futuramente vai exercer a mesma função do Jun no serviço deles, ele sempre acompanha o outro, funcionando como uma espécie de assistente.
Uma repórter chamada Yuriko tá sempre em busca de notícias bombásticas pra publicar. E como ela sabe que o Jun tem interesses correspondentes a isso, ela se junta a ele e ao Ipei sempre que pode.
Esse trio realmente vai esbarrar com várias situações bizarras pelo Japão a fora...

Ultra Q é considerado o 1º programa da franquia Ultraman, apesar de não aparecer nenhum herói robótico gigante aqui.
Acontece que algumas fantasias de monstros vistas aqui seriam reaproveitadas em Ultraman, lançado no mesmo ano (na maioria das vezes, representando outros personagens).
Além disso, a atriz Hiroko Sakurai, que interpretou a Yuriko, voltaria em Ultraman, interpretando a heroína Akiko.
E outros atores que tiveram personagens menores aqui também voltariam no outro seriado interpretando heróis principais: o Susumu Kurobe (que faria o Shin Hayata) e os hoje falecidos Akiji Kobayashi e Masaya Nihei.
Mas, honestamente e com toda a sinceridade, tirando isso, Ultra Q tem pouca coisa a ver com Ultraman (a lenda urbana propagada por alguns sites de que Ultraman é uma continuação de Ultra Q é completamente furada).
Na verdade, Ultra Q é um seriado muito mais de suspense do que de aventura. E com um leve toque de terror.
Como monstros gigantes tavam na moda no Japão nos anos 60 por causa dos filmes Godzila (1954) e Gamera (1965), a TBS Terebi, a emissora de TV que transmitiria o seriado, incentivou os criadores de Ultra Q a incluírem mais personagens desse tipo na história. E de fato, quase todos os episódios têm monstros gigantes, além de fenômenos sobrenaturais, extraterrestres, monstros pré-históricos e mutantes criados por cientistas.
Não há uma evolução da história do 1º até o último episódio, porque os problemas que os heróis enfrentam em cada capítulo quase sempre ficam por ali mesmo e não voltam a ser mencionados em episódios seguintes. E nem as vidas pessoais dos 3 heróis principais são largamente exploradas.
Teve só 28 episódios. E o último capítulo não termina com nenhuma grande conclusão pra nenhum personagem: acaba como se fosse um episódio comum.
Curiosamente, alguns poucos episódios são comédias mesmo. E parecem feitos só com a intenção de agradar ao público infantil.
Ultra Q foi produzido em preto e branco. Mas não é difícil encontrar versões dele colorizadas digitalmente na Internet.
O ritmo do seriado é bem lento pros padrões de hoje. Certamente o pessoal mais jovem vai achar chato pra cacete.
Mas, apesar de atualmente parecer um seriado bastante tosco, Ultra Q foi o programa de TV mais caro que o Japão tinha produzido até 1966.
Mais informações sobre Ultra Q? Lá vai:


Mais informações sobre Ultraman? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!😉

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

NAKSHATRA BAGWE

O indiano Nakshatra Bagwe é conhecido principalmente por ser (na Índia) um dos principais ativistas pelos direitos GLBT.
Por isso mesmo, ele tem lançado filmes dos mais variados gêneros voltados pro público gay. E uma dessas produções, chamada The Uninvited, foi um filme de terror lançado em 2015.
Vale lembrar que, além de ator, o Nakshatra também foi o roteirista desse filme.
Mais informações sobre o ator? Lá vai:









Até a próxima!😉

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

TOM HULCE

O michiganiano Tom Hulce (creditado algumas vezes como Thomas Hulce) é um ator mais de dramas e comédias. E como se dedicou mais ao teatro, foram poucas as produções de terror com que ele se envolveu até hoje.
A estreia dele na área foi em O Arco-Íris Negro (1989).
Em 1993, o Tom apareceu em 1 episódio do seriado de terror The Hidden Room.
E no ano seguinte, ele participou do filme Frankenstein de Mary Shelley.
Mais informações sobre o Tom? Lá vai:










Até a próxima!😉

sábado, 29 de novembro de 2025

STEPHEN SPINELLA

O italiano Stephen Spinella é um ator mais de televisão, onde foi visto principalmente em dramas e comédias. E por isso mesmo, os filmes de terror até hoje foram raros no currículo dele.
Ele estreou na área na comédia de terror Mortos de Fome (1999).
Em 2010, o Stephen protagonizou a comédia de terror O Pneu Assassino.
E em 2013, ele apareceu em House of Dust.
Mais informações sobre o Stephen? Lá vai:











Até Dezembro!😊→

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

A GLOBO E SUAS TENTATIVAS DE GANHAR O PÚBLICO EVANGÉLICO


No próximo dia 30 se comemora o dia do evangélico. E como a programação da Rede Globo tem tentado nos últimos anos seduzir esse público e como o objetivo da Multibússola é falar sobre produções (entre outros tipos) televisivas, decidi fazer um post alternativo falando sobre esse assunto.
Vamos ver como a relação entre a Globo e os pentecostais e neopentecostais se desenvolveu:
Até os anos 80, o Brasil era um país de uma maioria católica que quase chegava perto da unanimidade.
Claro que sempre foi comum encontrar pessoas de outras religiões. Mas é indiscutível que a maior parte do povo era católica.
Com o crescimento dos movimentos pentecostais e neopentecostais nos anos 80 (eles já existiam antes disso, é óbvio, mas começaram a ganhar mais força na virada dos anos 70 pros 80), esse grupo começou a chamar uma certa atenção da mídia...
Ao mesmo tempo, eles começaram a atrair o deboche e a antipatia do resto da sociedade.
Deboche porque são grupos que se expressam basicamente através do exagero e do descontrole emocional. E antipatia porque eles vivem em função do proselitismo, pressionando todas as pessoas de uma forma doentia (e muitas vezes agressiva) pra que elas se juntem às igrejas deles, mesmo que as pessoas já tenham respondido várias vezes que não querem.
Então, desde os anos 80, as novelas da Globo não perderam tempo em passar a retratar os pentecostais e neopentecostais exatamente da forma descrita acima.
Realismo? Não podemos negar que sim. Afinal, você vai dizer que nunca viu criaturas como a Nevinha de Tieta (1989) ou como a Edivânia de Duas Caras (2007)? É só olhar principalmente pras classes mais pobres da sociedade que você encontra no mínimo algumas dezenas de edivânias e nevinhas.
Mas aí é que está: os movimentos pentecostais e neopentecostais se espalharam com muita força nas favelas e bairros pobres. E o pobre, independente de qual seja a religião que ele segue, tem uma tendência ao fanatismo religioso muito mais forte do que as pessoas de classe média pra cima.
Nem vou entrar muito nesse assunto de pobreza sempre resultar em fanatismo religioso porque isso daria outro post.
Bom, conforme esses movimentos foram aos poucos penetrando nas classes mais altas (embora a grande maioria dos frequentadores desse tipo de igreja ainda seja formada por pobres), a imagem do evangélico mais moderado começou a se fazer notar mais.
Hoje qualquer brasileiro que não seja evangélico já conhece algum evangélico de comportamento comum, que não se parece nem de longe com a Edivânia nem com a Nevinha. Mas que geralmente é uma pessoa de classe média, média-alta ou alta.
Ao mesmo tempo, aquela grande maioria católica que existia até os anos 80 não existe mais hoje: as necessidades pelas quais a população brasileira passava não eram correspondentes à inflexibilidade dos papas João Paulo II e Bento XVI, que se recusavam a aceitar qualquer tipo de mudança ou de adaptação no funcionamento do Catolicismo Romano.
Então, uma grande parte da população foi saindo dessa igreja e procurando outras, que resolvessem melhor os problemas dela: a grande maioria dos evangélicos mais velhos são ex católicos.
Então, quando a Globo viu o crescimento dessa nova divisão dos evangélicos, passou a tratar esse assunto de uma forma mais lucrativa. Afinal, já que agora eles são um público grande, é intere$$ante que a emissora seja bem vista entre eles, né?
Assim, de uns 5 anos atrás pra cá, as novelas da Globo têm retratado os personagens evangélicos como pessoas mais moderadas e de comportamento mais adaptado ao Brasil atual. Ou mesmo como protagonistas das novelas.
Vendo-se retratado dessa forma, o público evangélico vai passar a ter melhores relações com a Globo.
Entretanto, isso funciona sempre? É evidente que não.
Protestantes históricos (luteranos, presbiterianos, anglicanos...), em sua maioria, são pessoas mais moderadas e mais adaptadas à realidade. Com esses, pelo menos na maioria das vezes, não é difícil estabelecer um diálogo civilizado e educado.
Quanto aos pentecostais e neopentecostais, principalmente entre os mais pobres desse grupo, já começa a ficar difícil. Como eu já disse, a maioria ali é movida a exagero, proselitismo e descontrole emocional. As manifestações de intolerância contra outras religiões e outros estilos de vida são frequentes entre eles.
E tentar dialogar com alguém assim é bem complicado.
Se você pensar nos capachos do Silas Malafaia ou de qualquer outro chefe evangélico midiático (a gente sabe que cada um desses se posiciona como uma espécie de papa dos evangélicos), aí pode esquecer de vez. Porque, se esses elementos falarem que 2 + 2 = 5, que sal é doce e que açúcar é salgado, os capachos deles vão simplesmente concordar sem questionar. E vão ficar repetindo o que eles falaram que nem uns papagaios.
Por mais que a Globo passe a retratar os evangélicos como ‘personagens do bem’ nas novelas dela, por mais que o lado jornalístico da Globo passe a divulgar eventos evangélicos com simpatia (eles só começaram a fazer isso a partir de bem pouco tempo atrás), isso não vai mudar a opinião negativa que esses pentecostais e neopentecostais têm da Globo.
Vindo desse grupo, a Globo vai continuar sendo chamada por eles de “Rede Esgoto”, de “Globo Lixo”... E vai continuar sendo vista como “INIMIGA DE JESUS!!!”.
Então, a qual conclusão chegamos? Esse esforço da Globo pra ganhar o público evangélico está funcionando?
Pra maioria dos protestantes históricos e dos pentecostais de classe média pra cima, sim. Pros pentecostais e neopentecostais mais pobres e principalmente pros escravos de chefes evangélicos midiáticos, não está funcionando nem vai passar a funcionar.

Até a próxima!😉