sábado, 2 de abril de 2022

PÂNICO NA FLORESTA

títulos originais: Sortie Fatale / Wrong Turn
título brasileiro: Pânico na Floresta
ano de lançamento: 2003
países: Alemanha / Canadá / Estados Unidos
elenco principal: Desmond Harrington, Eliza Dushku, Julian Richings
direção: Rob Schmidt
roteiro: Alan B. McElroy

Desde 1950, dezenas e dezenas de pessoas têm desaparecido numa montanha florestal de West Virginia.
Algumas pessoas dizem que, ao passarem por ali, viram um pequeno bando de eremitas vagando pela floresta. E que são eles que matam as pessoas... Mas essa história costuma ser vista só como uma explicação popular pro frequente sumiço de gente ali.

Desde o início de Pânico na Floresta, já dá pra ver bem qual é o tipo de história que vamos encontrar nos próximos minutos de filme: eremitas dementes perseguindo e matando forasteiros numa floresta e essas pessoas tentando fugir e se salvar.
Ou seja, é só um slasher de floresta, como tantos outros slashers de floresta. Quem já viu Rituais (1977), Sexta-Feira 13 (1980), A Vingança de Cropsy, Madrugada Alucinante, Porno Holocaust (os 3 de 1981), A Ilha dos Cães, Madman (ambos de 1982), Acampamento Sinistro, O Depredador, O Último Terror (os 3 de 1983), Contagem de Cadáveres (1986) ou Terror no Pântano (2006) sinceramente não vai ver nenhuma grande novidade no tema básico de Pânico na Floresta.
Se é assim, o que faz desse filme uma espécie de clássico dos slashers do início desse século? Provavelmente o fato de ter lançado uma franquia slasher razoavelmente consistente: ao todo, foram lançados (até agora) 6 filmes dessa série.
E embora não se dê basicamente nenhuma informação sobre a origem dos vilões no 1º filme (só é feita uma insinuação de que eles são loucos e deformados porque nasceram de um incesto), os filmes seguintes contam a história deles de forma mais detalhada: o 2º (2007) e o 3º (2009) filmes contam o que aconteceu depois do 1º filme, enquanto o 4º (2011), o 5º (2012) e o 6º (2014) são pré-sequências que contam o passado das criaturas.
O 1º filme mostra uma família de 3 eremitas. São todos homens e aparentemente são irmãos. Mas não parece haver nenhuma hierarquia de 1 mandando nos outros, embora os filmes seguintes destaquem um deles, o Three Finger, muito mais do que os outros .
Na verdade, ele é chamado de Three Finger apenas no roteiro, já que nem ele nem os demais eremitas sabem falar (menos ainda poderiam formular nomes próprios pra cada um), se limitando a rosnar, gritar, rir e fazer sons insanos.
O que eu achei chato nessa série é que cada novo filme foi apelando cada vez mais pras cenas splatter, ou seja, a exibição explícita de coisas nojentas. Parece que a intenção de fazer terror foi sendo aos poucos deixada de lado e substituída pela vontade de mostrar coisas porcas. Como se tivessem combinando: “VAMOS VER SE DESSA VEZ A GENTE CONSEGUE FAZER O PÚBLICO VOMITAR!”.
Eu vi até um comentário num site quando lançaram o 6º filme que era mais ou menos assim: “Se continuar nesse ritmo, no 7º filme vão botar uma cena de scat sex (não procure imagens disso na Internet se você quiser manter a sua sanidade mental, tô avisando!!!)”. E tenho que concordar com a pessoa que fez o comentário!
Outra coisa sobre a evolução da série: a cada novo filme as maquiagens dos vilões vão ficando mais mal feitas. A coisa não demorou a mergulhar de cabeça no trash.
Agora um comentário sobre o final do 1º filme sem dar spoilers: o casal de protagonistas (que não volta a aparecer nem é mencionado nas continuações que a história teve) nem sequer se dá ao trabalho de ir à polícia fazer um B.O.! É o que eu esperaria depois de todas as situações bizarras e grotescas pelas quais eles e os amigos deles passaram naquela floresta, né?
Bom, vale destacar em Pânico na Floresta a presença do falecido ator Garry Robbins, interpretando uma das criaturas. Afinal, ele estreou também num slasher, A Ilha dos Cães, interpretando o igualmente louco e deformado Ida’s Son.
E um aviso: se você pretende ver o 2º filme dessa franquia, não caia na armadilha de procurar por “Pânico na Floresta 2”!
Sabe por quê? Se você fizer isso, vai achar um filme de 2007 com esse nome (mas que originalmente se chama Timber Falls) com outra história que não tem NADA a ver com a franquia Wrong Turn. Mas, querendo pegar carona na fama desse filme, os tradutores brasileiros lançaram esse outro slasher no Brasil como Pânico na Floresta 2.
Eu até gostei quando vi. Mas esse é um filme que se preocupa mais em fazer críticas aos cristãos conservadores do que em contar uma história de terror. Não que isso seja mau, porque fazer críticas a esse tipo de criatura é sempre positivo, né?rsrs Mas o problema é que o resultado aí foi um slasher fraquinho com um vilão deformado que nem mata ninguém durante o filme inteiro! E os outros vilões que são maus pra cacete (bom, se tratando do tipo de pessoa que se trata, dizer que eles são maus pra cacete é pleonasmo, né?) têm mortes muito simples. Eles mereciam sofrer 10 vezes mais do que aquilo antes de morrer!
O verdadeiro Wrong Turn 2 foi lançado no Brasil como A Floresta do Mal.
Em 2021, foi lançado um reboot do filme de 2003, intitulado Pânico na Floresta 2: a Fundação.
Bom, mais informações sobre Pânico na Floresta? Lá vai:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha posts sobre A Ilha dos Cães, A Vingança de Cropsy, Acampamento Sinistro, Contagem de Cadáveres, Madman, Madrugada Alucinante, O Depredador, O Último Terror, Porno Holocaust, Rituais, Sexta-Feira 13 e Terror no Pântano.
Até a próxima!

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