quinta-feira, 15 de agosto de 2019

A MONTANHA DOS CANIBAIS / BUSCA SEM FIM

título original: La Montagna del Dio Cannibale
títulos brasileiros: A Montanha dos Canibais / Busca sem Fim
ano de lançamento: 1978
países: Itália / Malásia / Sri Lanka
elenco principal: Claudio Cassinelli, Stacy Keach, Ursula Andress
direção: Sergio Martino
roteiro: Cesare Frugoni e Sergio Martino

Um subgênero dos filmes de terror que deixou sua marca registrada na História do Cinema no final dos anos 70 e início dos 80 foram os filmes de canibais.
Entretanto, parece que foi mais um modismo daquela época: conforme os anos 80 foram avançando, esse tipo de filme foi sendo produzido numa quantidade cada vez menor, até desaparecer quase por completo. E desde então, novos filmes de terror com esse tema têm sido raros. Provavelmente porque esses filmes tinham um tom meio ofensivo contra alguns países, passando uma imagem direta ou indireta de que só os Estados Unidos e a Europa é que são “civilizados”.
De qualquer forma, o roteiro nunca variava muito:

Um grupo de estadunidenses ou europeus se perdia em alguma densa selva da América do Sul, África ou Ásia, onde, além do grupo enfrentar as dificuldades da selva, alguém acabava virando o almoço de uma tribo isolada de canibais.

Um dos exemplos de filmes com esse tema dos anos 70 é La Montagna del Dio Cannibale, exibido na TV Brasileira com o título de A Montanha dos Canibais e depois relançado em DVD com o título de Busca sem Fim.
O filme mostra uma inglesa chamada Susan organizando uma expedição à Ilha de Roka, na Nova Guiné: de acordo com a Susan, ela quer encontrar o marido, que desapareceu por aquelas bandas enquanto fazia uma exploração... Lá pelo meio do filme, já vemos que não é bem isso que ela quer. E lá pelo final, concluímos que não é NADA disso que ela quer.rs Os interesses reais dela são mais lucrativos do que esse.
Os canibais do filme aparecem mais em ataques eventuais ao grupo, enquanto eles avançam pela floresta da ilha. Mas a aldeia deles, escondida dentro de uma gigantesca caverna, só vai ser vista nas últimas cenas (quando também é revelado por quê o marido da Susan sumiu). Mas os canibais que aparecem nos ataques que eu disse antes conseguem assustar mais do que os que aparecem na aldeia. E o mais engraçado é que o diretor botou alguns figurantes brancos pra fazer os canibais aí! Só que pintou todo mundo de cinza pra disfarçar.rs
Podemos dizer que os canibais como um todo são os vilões principais. Mas, andando com o grupo dos heróis, vai um cara chamado Arthur, irmão da Susan. E além do sujeito ser uma mala sem alça completa, ele também acaba causando vários estragos ao grupo com as atitudes dele. Então, ele é o vilão secundário da história. Não que a Susan seja flor que se cheire, mas o Arthur é pior.
A Montanha dos Canibais tem várias cenas de violência explícita, mas os efeitos especiais da maioria delas são tão toscos que não convencem ninguém. Talvez assustassem alguém nos anos 70, mas hoje nem teatro infantil amador faz uma coisa tão perrapada. Só não digo que pode até passar na Sessão da Tarde por causa do excesso de cenas de mulheres mostrando as tetas (e em alguns casos a xereca) na caverna.
E ao longo do filme todo também vemos dezenas de cenas (totalmente desnecessárias) de animais atacando e devorando uns aos outros mescladas com cenas da história.
Nota-se que A Montanha dos Canibais não é lá essas coisas, né? Mas vale a pena ser visto por quem quer conhecer esse tema. E fãs de aventura e suspense talvez também gostem.
Como ponto positivo, posso dizer que, apesar de ser um filme de terror, ele mostra paisagens muito bonitas (todas essas cenas foram gravadas na Malásia e no Sri Lanka, apesar do filme ter sido produzido na Itália).
Mais informações sobre A Montanha dos Canibais? Lá vai:


Até a próxima!

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