título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 2015
país: Estados Unidos
elenco: Kat Tenorio e Patrick Duffy
direção e roteiro: Jazz Walker
Tarde da noite, um homem dirige sozinho por uma rua deserta de uma cidade.
Ele decide estacionar e tirar um cochilo, já que tá com muito sono. Mas, pouco depois, ele acorda com alguém sacudindo o carro.
O cara salta depressa... mas não há ninguém ali! Ou, pelo menos, ninguém visível... A rua parece tão deserta quanto antes!
O homem volta pro carro e se prepara pra ir embora, mas o carro não pega. E, olhando pro retrovisor, ele vê uma mulher fantasmagórica passando atrás do carro!
E logo após isso, a estranha criatura aparece ao lado da porta do carona, abre e se prepara pra entrar...
Nos anos 50, as pessoas tavam preocupadas com o excesso de radiação atômica espalhada pelo planeta depois das bombas atômicas detonadas em Hiroshima e Nagasaki em 1945 e do teste nuclear no Atol de Bikini em 1946. E consequentemente, filmes de terror centrados em radiação atômica se tornaram mais comuns do que nunca nos anos 50.
Exemplos: Monster from the Ocean Floor (1954), A Ilha do Pavor (1957) e, um pouco atrasado, A Ilha da Morte (1963).
Nos anos 70, as pessoas começaram a se preocupar mais com o excesso de poluição despejada na Natureza. E consequentemente, filmes de terror que mostravam a Natureza de alguma forma atacando os humanos de volta se tornaram mais comuns do que nunca nos anos 70.
Exemplos: A Invasão das Rãs (1972), Um Longo Fim de Semana (1978) e A Semente do Diabo (1979).
Até o início dos anos 70, era comum nos Estados Unidos as pessoas irem acampar em lugares afastados e desertos como florestas e montanhas desabitadas. Mas notícias sobre pessoas que eram roubadas e brutalmente mortas quando faziam isso começaram a se tornar mais comuns na mídia da época. E as pessoas foram abandonando esse hábito, preocupadas com a possibilidade de ter esse mesmo destino. E consequentemente, os slashers que mostravam pessoas sendo atacadas e mortas por um maníaco quando iam acampar em florestas se tornaram mais comuns do que nunca a partir do final dos anos 70 e ganharam força total no início dos anos 80.
Exemplos: Rituais (1977), Sexta-Feira 13 (1980) e A Vingança de Cropsy (1981).
Acho que já ficou mais do que evidente que os filmes de terror de uma época costumam acompanhar o medo que a maioria das pessoas sentem naquela época.
Se a gente der uma olhada em filmes como 2am: The Smiling Man (2013) e O Homem do Luar (2016), dá pra ver que surgiu agora um novo medo na sociedade: o medo de andar sozinho por ruas desertas de centros urbanos durante a noite e não viver o suficiente pra chegar ao lugar aonde você pretendia ir.
Passenger é um curta-metragem amador de 3 minutos que, embora apele pro sobrenatural, faz parte desse mesmo pacote.
A mensagem bastante clara que esse filme e os 2 outros mais recentes mencionados acima passam é:
“NÃO DEIXE DE FICAR EM ALERTA QUANDO ANDAR PELA CIDADE DURANTE A NOITE, MESMO QUE PAREÇA QUE NÃO TEM PERIGO NENHUM POR PERTO!!!”.
Diferente do que a gente vê em Passenger e O Homem do Luar, na vida real não vai aparecer ali um ser sobrenatural, mas sim um pivete, um cracudo ou alguma outra coisa parecida com isso. Ou um bando deles.
Você olha pra alguma rua deserta de um centro urbano nas altas horas da noite, não vê nada nem ninguém... e de um segundo pro outro, você vê aquele bando de uns 10 maltrapilhos andando tropegamente (mas ferozmente) na sua direção, com cacos de vidro nas mãos e cheirando aqueles potes de plástico cheios de cola. E eles chegam tão de repente que parece que brotam do chão!
Esses são os monstros do terror da vida real, né?
Mais informações sobre Passenger? Lá vai:
E dê uma clicada aí do lado em ‘produções australianas’ pra ver um post sobre Um Longo Fim de Semana; dê uma clicada em ‘produções estadunidenses’ pra ver posts sobre 2am: The Smiling Man, A Ilha do Pavor, A Invasão das Rãs, A Semente do Diabo, A Vingança de Cropsy, Monster from the Ocean Floor, O Homem do Luar, Rituais e Sexta-Feira 13; dê uma clicada em ‘produções japonesas’ pra ver um post sobre A Ilha da Morte.
Até a próxima!
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