sábado, 11 de julho de 2020

MONSTER: A RESSURREIÇÃO DO MAL / O SENHOR DAS TREVAS

título original: Rawhead Rex
títulos brasileiros: Monster: A Ressurreição do Mal / O Senhor das Trevas
ano de lançamento: 1986
países: Estados Unidos / Inglaterra / República da Irlanda
elenco principal: David Dukes, Heinrich von Schellendorf, Kelly Piper
direção: George Pavlou
roteiro: Clive Barker

Um dia, um fazendeiro irlandês decide remover um antiquíssimo obelisco de pedra do quintal dele, já que aquilo atrapalha as plantações dele. Mas, quando faz isso, ele acidentalmente liberta uma monstruosa criatura que era mantida presa sob o obelisco.
Enquanto isso, um escritor chamado Howard tá visitando as igrejas da região, já que pretende escrever um livro sobre o assunto. E ao olhar pra um vitral de uma dessas igrejas, ele vê ali o desenho de uma misteriosa figura encapuzada derrotando um monstro e aprisionando ele sob a terra...
Mais tarde, passeando pela floresta vizinha, o Howard vê o monstro que o fazendeiro soltou no alto de um barranco. E olhando de frente pra ele! Mas desaparecendo de vista logo depois.
Ele reconhece o monstro como a mesma criatura que aparece no vitral da igreja. E depois que ouve falar em várias pessoas massacradas de forma misteriosa na região nas últimas horas, cercadas de indícios que mostram que foi uma criatura grande e forte que fez aquilo, ele decide procurar a polícia.
Mas ninguém vai acreditar nele... Pelo menos não antes que a situação piore. E muito!

Toda a história que vemos acima começa com o conto Cabeça Descarnada (1986), lançado pelo inglês Clive Barker como parte de sua coleção Livros de Sangue.
Reescrevendo a história em formato de roteiro cinematográfico, ele confiou a obra ao obscuro George Pavlou, que dirigiu o parangolé indicado nesse post.
Acontece que, de acordo com o Clive, quando o filme entrou em fase de produção, todo mundo simplesmente esqueceu que o autor existia. E o diretor mudou quase completamente a história, procurando se focar mais nas cenas de destruição causada pelo monstro e quase deixando de lado o contexto da história.
Rawhead Rex, que foi lançado no Brasil em VHS com o esdrúxulo nome de Monster: A Ressurreição do Mal e é exibido na televisão com o nome de O Senhor das Trevas, foi uma produção de baixo custo (apesar de ter produtores de 3 países envolvidos). E a gente vê isso principalmente pela fantasia boba do monstro. Ele parece simplesmente um punk com uma carranca do Rio São Francisco no lugar da cabeça (até porque a bocarra escancarada e os olhos arregalados dele são quase 100% imóveis).
No final das contas, ele ficou parecendo um monstro de programa infantil. Eu não me surpreenderia em ver ele no Cruzador Imperial Mess junto dos mutantes criados pelo Dr. Kéflen, de Comando Estelar Flashman (1986).rs
Mas, apesar de tudo, o monstro funciona dentro da história. É aquela criatura que até assusta na 1ª cena em que você vê, mas logo depois perde a graça.
Outro problema foi o excesso de situações contraditórias ou deixadas sem explicação (muitas cenas dão a entender que uma explicação vai começar a partir dali, mas o assunto é abandonado depois, sem se desenvolver), sem dúvida nenhuma como efeito da pouca atenção que o diretor deu ao conteúdo do roteiro.
Os efeitos especiais, pelo menos pros padrões dos anos 80, cumprem o que se espera (sem ser nenhuma obra-prima, é claro).
Comédia? Não. Tentaram contar aqui uma história séria e até bastante trágica.
Aventura? Sim. Mas nada que cause uma super empolgação.
Suspense? Até que o filme mostra algumas cenas legais de suspense, sim. E até poderia ter mais se o monstro tivesse a presença dele mais insinuada do que mostrada explicitamente. Mas o diretor fez questão absoluta de mostrar a criatura com todos os detalhes e com todos os closes de câmera em todas as cenas em que ela tá presente (e só dá pra fazer isso sem pagar mico quando você tem um monstro suuuuuper bem feito, né?).
Bom, O Senhor das Trevas é aquele filme de terror que a gente pode indicar a quem gosta do tema ‘monstro rondando uma pequena cidade florestal e matando e comendo os humanos que ele encontra pelo caminho’. Mas vale lembrar que não são todos que ele come: alguns ele só hipnotiza pra usar nos planos dele (um delegado e um vigário dominados mentalmente pela criatura causam grandes problemas aos outros personagens).
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


E já que eu mencionei Flashman, dê uma clicada aí do lado em ‘sentais’ que você encontra um post sobre o seriado.
Até a próxima!

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