título original: Porno Holocaust
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1981
países: Itália / República Dominicana
elenco principal: George Eastman, Lucia Ramirez, Mark Shannon
direção: Joe D’Amato
roteiro: George Eastman (creditado aqui como Tom Salina)
Depois de assistir pessoalmente a morte da esposa e do filho num evento trágico, um homem fica louco e deformado. E passa a matar basicamente todas as pessoas que encontra pela frente na ilha onde ele mora.
Mas o passado dele só é revelado quando uma mulher presa na ilha (o barco que ela usou pra chegar até lá se perdeu por causa dele) lê um diário com essas informações sobre o que aconteceu ali antes.
Isso parece o roteiro de Antropophagus (1980), né? Mas se trata de Porno Holocaust.
A semelhança não é por acaso: o George Eastman, que foi o roteirista dos 2 filmes, parece ter reaproveitado o roteiro de Antropophagus pra criar Porno Holocaust. Mas acrescentando algumas características de ficção científica.
Contudo, o diretor Joe D’Amato teve desde o início a intenção de fazer aqui um filme pornô, como o próprio nome do filme já deixa bem claro. Então, ele carregou nas cenas de sexo de verdade.
Porno Holocaust foi gravado ao mesmo tempo, nos mesmos lugares e quase com o mesmo elenco que Noites Eróticas dos Mortos-Vivos (1980). Mas só foi lançado alguns meses depois desse outro, já no início de 1981.
Acontece que gravar mais de 1 filme ao mesmo tempo era comum pra dupla dinâmica do Cinema de Terror Italiano do início dos anos 80 (eles mesmos: George Eastman & Joe D’Amato). Tanto que eles também lançaram seguidamente Antropophagus e Rosso Sangue (1981), dando a entender que um era uma continuação do outro. E como o diretor tinha muita experiência na área da pornografia, em alguns filmes de terror ele botou algumas cenas reais de sexo... Só que em Porno Holocaust ele pisou no acelerador e foi com tudo mesmo nesse sentido.rs
E o terror em si onde entra? Com o vilão, é claro.
Detalhando um pouco mais o que eu já mencionei acima, em 1958, um nativo chamado Antoine Demaduro morava numa ilha caribenha com a esposa e o filho. Mas ali foram feitos testes nucleares, incluindo a explosão de uma bomba atômica.
Eles não tiveram tempo de sair dali antes do início dos testes e foram atingidos pela radiação da bomba. Em consequência, a mulher e a criança morreram e o Antoine se transformou num mutante deformado. E enlouquecido depois de tudo o que aconteceu, ele passou a se vestir com farrapos e a vagar a esmo pela ilha, matando todos os humanos que inadvertidamente desembarcam ali...
O histórico de vida do personagem parece uma crítica aos testes nucleares no Atol de Bikini, em 1946, né?
Quanto às cenas de sexo protagonizadas por ele são simplesmente aquilo que se chama hoje de “pornografia PKF”.
Bom, simplificando temos aqui um filme de mutante misturado com slasher. Então, quem é fã desses 2 subgêneros deve gostar. Mas quem quiser assistir pra ver só sacanagem, tudo bem. Também é válido.rs Então, funciona nos 3 pontos.
Mas não vamos fechar os olhos pro óbvio: Porno Holocaust acabou virando uma comédia involuntária. É um filme que tem muitas cenas mal filmadas, contradições e efeitos especiais ‘feitos no quintal’. Entretanto, se você não se incomodar com isso, vale a pena ver, com certeza.
Simplificando: claro que não é um filme pra quem tá acostumado só com as produções hollywoodianas de hoje. Mesmo pros padrões dos anos 80, tudo aqui foi filmado de uma forma muito artesanal. Sem contar que o filme é uma criação do Joe D’Amato, é claro (como eu já disse aqui no blog antes, ele não costumava se importar tanto assim com a coerência das coisas que filmava).
Mais informações sobre Porno Holocaust? Lá vai:
E dê uma clicada aí do lado em ‘produções italianas’ que você acha posts sobre Antropophagus, Noites Eróticas dos Mortos-Vivos e Rosso Sangue.
Até a próxima!
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