quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

CONAN, O BÁRBARO

títulos originais: Conan, the Barbarian / Conan, el Bárbaro
título brasileiro: Conan, o Bárbaro
ano de lançamento: 1982
países: Espanha / Estados Unidos / México
elenco principal: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Sandahl Bergman
direção: John Milius
roteiro: Robert E. Howard (autor do texto original), Edward Summer, John Milius e Oliver Stone

Um menino chamado Conan foi criado numa aldeia bárbara no meio de uma floresta, aprendendo a adorar o deus Crom.
Ele sempre soube que é inútil rezar pra esse deus, pois ele não presta atenção nas orações dos humanos. Mas, quando quer, ele ajuda determinados humanos que acreditam nele. E também é ele que absolve ou condena os espíritos do povo do Conan no momento em que eles morrem e chegam diante dele.
Um dia, a aldeia é atacada por um bando de bandidos.
Única criança da aldeia, o Conan foi o único que não foi morto. Mas foi levado por um dos bandidos e vendido como escravo a um fazendeiro, vivendo nessas condições até o início da juventude.
O trabalho duro todos os dias deixou ele enorme, musculoso e anormalmente forte.
Um dia, impressionado com a força do Conan, um apresentador de shows de luta comprou ele como escravo e botou ele pra lutar contra vários guerreiros nos espetáculos que apresentava. E permitiu que ele se aprimorasse no Oriente.
Até que, aparentemente percebendo que o Conan já tinha se tornado poderoso demais pra continuar sendo escravo, o patrão soltou ele. E ele foi vagando pelo Mundo, até entrar acidentalmente no túmulo de um rei guerreiro dentro de uma caverna. E pegando a espada que foi sepultada junto com o rei, ele passou a usar aquela arma nas aventuras que encontrou dali pra frente.

Com cenas gravadas nos Estados Unidos, na Espanha e no México, Conan, o Bárbaro foi um filme amado por alguns e odiado por outros na época em que foi lançado. Mas hoje é considerado um clássico cult.
O filme foi inspirado nas histórias sobre o herói deixadas por seu criador Robert E. Howard. E foi sem dúvida um divisor de águas da carreira do Arnold Schwarzenegger, apesar da interpretação canastríssima dele.rsrs
A história pode ser dividida entre antes e depois da alforria do personagem: antes, o Conan só fazia o que mandavam ele fazer e repetia o que mandavam ele repetir, sem nunca dar muita importância às coisas que falava e que fazia; depois, ele se dedicou a encontrar o assassino do povo dele e vingar a morte de todos eles.
Muita coisa foi gravada no improviso, como a cena em que o Conan tá correndo dos cachorros e a cena em que ele incendeia o templo. Sim: ali o Arnold tava correndo dos cães furiosos de verdade (e sem proteção nenhuma!) e ele também incendiou o cenário de verdade!
O filme também faz uma crítica explícita contra as seitas religiosas que atraem tantos fanáticos, que se transformam em meros fantoches nas mãos dos sacerdotes.
Qualquer semelhança entre o vilão Thulsa e os pastores pentecostais e neopentecostais milionários que a gente vê na televisão hoje certamente não é mera coincidência.
Mas o diretor parece deixar claro que não é uma crítica contra Jesus, já que ele retratou o Conan, que é exatamente quem faz os fanáticos abrirem os olhos, com algumas características de Jesus: ele é torturado, depois disso é crucificado numa árvore do deserto, depois disso é retirado da crucificação pelos amigos dele e depois disso ‘ressuscita’ através de um poder sobrenatural.
A mensagem clara parece ser “Confiem em Jesus, mas nunca confiem nos líderes ricos de seitas”. Embora os pentecostais e neopentecostais (principalmente os de classes sociais mais baixas) pareçam fazer questão de seguir o oposto disso.
Mas enfim: desde o início, a intenção do diretor era criar uma série cinematográfica sobre o Conan. Mas acabou saindo só 1 única continuação até hoje (1984).
Um 3º filme tava previsto pra ser gravado logo depois disso. Mas como algumas pessoas que trabalhariam no filme já tavam ocupadas com outros projetos e outras já tavam com os contratos expirados, acabou não rolando (embora, até poucos anos atrás, ainda tivesse gente pensando na possibilidade de lançar esse 3º filme).
Em 2011, um reboot também chamado Conan, o Bárbaro foi lançado. Mas mostrando o herói passando por situações completamente diferentes do que se viu no filme de 1982.
Daqui a algum tempo vocês vão ver um post sobre esse reboot aqui. Aguardem!
Mais informações sobre o filme de 1982? Lá vai:


ATENÇÃO: esse post é inédito! Não consta na Bússola do Terror!
Até a próxima!

3 comentários:

Hugo disse...

Estrutura e estilo de filme B de ação explorados de forma competente.

Gosto bastante. A sequência de 1984 é inferior, mas ainda diverte.

A refilmagem eu deixei passar.

Abraço

Marcelo Castro Moraes disse...

Um grande clássico e que merece respeito

Leo Rib disse...

Hugo→ Bom, entre a continuação de 1984 e esse aqui, eu prefiro esse aqui.
Abraço também!

Marcelo→ Realmente.