títulos originais: Rosso Sangue / Antropophagus 2
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1981
país: Itália
elenco principal: Edmund Purdom, George Eastman, Katya Berger
direção: Joe D’Amato (creditado aqui como Peter Newton)
roteiro: George Eastman (creditado aqui como John Cart)
O maior equívoco que se costuma cometer quando se fala de Rosso Sangue é dizer que esse filme é uma continuação de Antropophagus, lançado 1 ano antes.
Mas o equívoco é bastante compreensível por 2 motivos.
1º, esse filme foi exibido em alguns cinemas, na época em que foi lançado mesmo, com o título marketeiro de Antropophagus 2, querendo pegar carona na fama que Antropophagus tinha naquele ano. Assim, quem ouviu falar do filme, mas não chegou a ver, obviamente pensou que se tratava de uma continuação do outro (e não pensem que esse tipo de marketing era novidade nem sequer naquela época: já tinha acontecido, por exemplo, 35 anos antes, com os filmes O Lobisomem de Londres, de 1935, e A Mulher-Lobo de Londres, de 1946).
E 2º, os vilões dos 2 filmes foram interpretados pelo mesmo ator, o George Eastman (que foi também o roteirista dos 2 filmes). Então, quem já tinha chegado a ver Antropophagus e depois só viu o trailer de Rosso Sangue ou então quem só viu algumas fotos do filme, ao ver o George Eastman lá como o vilão, também acabou pensando que era uma continuação (ou, provavelmente, uma pré-sequência) do outro.
Além disso, o diretor dos 2 filmes também era o mesmo: o Joe D’Amato.
Mas as coincidências param por aí: os 2 filmes têm histórias diferentes que se passam em países diferentes, além dos personagens nem serem os mesmos.
Rosso Sangue é uma mistura de slasher com filme de mutante. E não satisfaz muito como uma coisa nem como outra.
As cenas de morte até que seriam assustadoras, se tivessem sido feitas com efeitos especiais melhores. Mas os efeitos aqui foram muito ‘feitos no quintal’. E nesse caso as cenas não ficam boas se forem mostradas com muitos detalhes, né?
Quanto ao lado mutante da história, tudo bem que aí tudo pode acontecer. Mas o roteiro não ajuda muito: o vilão era um assassino grego que foi preso por um padre que também era cientista (?!) e, depois de ter sido irradiado por energia nuclear, virou um mutante semi-imortal com um cérebro gigante.
E Rosso Sangue foi todo gravado na Itália, mas a história se passa nos Estados Unidos. Então, depois de fugir do laboratório do ‘padre-cientista’, que fica na Grécia, o mutante foi parar nos Estados Unidos?!
Bom, várias outras contradições além dessa são mostradas do início ao fim do filme. Então, não espere encontrar aqui uma história coerente.
Virou uma comédia involuntária por causa disso? Não. Eu diria que tá mais pra trash mesmo. Porque você nem chega a achar graça; você apenas acha o filme chato.
Algumas coisas também foram estragadas pelo excesso. Por exemplo, o tema de abertura é bem assustador. Mas a insistência do diretor em ficar tocando aquela música o filme todo acaba enchendo o saco.
Como ponto positivo, temos que admitir que Rosso Sangue tem bons momentos de suspense.
E já que Antropophagus entrou na conversa, uma curiosidade sobre ele e Rosso Sangue: apesar de ambos serem filmes dirigidos pelo Joe D’Amato, nenhum dos 2 tem cenas de sexo!
Pois é. Um filme do Joe D’Amato que não tem cenas de sexo é igual a um artista velho que não faz discursos comunistas: é raríssimo de se ver, mas existe.
Mais informações sobre Rosso Sangue? Lá vai:
E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ pra ver um post sobre Antropophagus, em ‘mutantes’ pra ver um post sobre O Lobisomem de Londres e em ‘animais enfurecidos’ pra ver um post sobre A Mulher-Lobo de Londres.
Até a próxima!
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