domingo, 27 de outubro de 2019

FÚRIA DE TITÃS

títulos originais: Clash of the Titans / Furia de Titanes / Scontro di Titani
título brasileiro: Fúria de Titãs
ano de lançamento: 1981
países: Espanha / Estados Unidos / Inglaterra / Itália / Malta
elenco principal: Harry Hamlin, Judi Bowker, Laurence Olivier
direção: Desmond Davis
roteiro: Beverley Cross

Embora Fúria de Titãs seja considerado a 1ª grande produção cinematográfica inspirada no mito do herói grego Perseu, eu diria que ele simplesmente pinçou alguns elementos da Mitologia Grega que se enquadrassem numa história de aventura misturada com romance.
Não tô dizendo que o filme ficou ruim. Pros padrões da época, foi uma superprodução. Mas não assista esse filme pensando que você tá vendo o mito grego original.
O romance do Perseu com a Andrômeda, que o diretor pôs em cena o mais cedo que pôde, não tem nada a ver com o mito original, no qual o Perseu só conhece a Andrômeda quando ela já tá acorrentada à beira-mar pra ser devorada por um monstro marinho.
Por falar nele, o monstro que aparece em Fúria de Titãs se chama Kraken e é o último dos titãs. Mas o que aparece na Mitologia Grega querendo devorar a Andrômeda se chama Ceto e não é um titã.rs
Bom, sem mais comparações, esse filme tem um bom nível de aventura. E os efeitos especiais, embora hoje pareçam ultrapassados, são o máximo que se pode esperar de um filme do início dos anos 80. Aliás, esse foi o último trabalho do falecido Ray Harryhausen como responsável pelos efeitos especiais (lembrando que ele também foi um dos produtores do filme).
O Perseu que aparece no filme é um herói convincente. Mas a Andrômeda retratada ali é uma heroína que fica no meio do caminho entre a mulher independente que impõe a vontade dela e a mocinha que espera pra ser salva do monstro pelo mocinho.
Quanto aos vilões, Tétis e seu filho Calibos exercem essa função.
A única coisa que eu achei mal aproveitada em Fúria de Titãs é o Kraken: todos os personagens que falam sobre ele dizem que ele é uma criatura devastadora, dizem que ele é uma besta destruidora; mas na prática, mesmo quando tem oportunidade, ele não faz muita coisa. Ele provoca um tsunami que atinge a cidade de Argos no início do filme (nem sequer ataca a cidade com as próprias mãos) e no final ele tem lá uma lutazinha meio chinfrim com o Perseu.
Um monstro que tem uma capacidade de destruição tão propalada devia ser mostrado em cenas mais ‘tiro, porrada e bomba’, né?
No mais, Fúria de Titãs tem tudo pra agradar a fãs de aventura.
Lançado mundialmente como Clash of the Titans, o filme foi produzido nos Estados Unidos e foi gravado na Espanha (onde se chama Furia de Titanes), Itália (onde se chama Scontro di Titani), Inglaterra e Malta.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


Até a próxima!

2 comentários:

Hugo disse...

Clássico cult. Este foi o último trabalho do grande Ray Harryhausen, especialista em efeitos especiais antes da era do computador.

Abraço

Leo Rib disse...

Exato.
Abraço também!