título original: The Burning
títulos brasileiros: A Vingança de Cropsy / Chamas da Morte
ano de lançamento: 1981
país: Estados Unidos
elenco principal: Brian Backer, Brian Matthews, Jason Alexander
direção: Tony Maylam
roteiro: Brad Grey, Harvey Weistein e Tony Maylam
No início dos anos 80, filmar um slasher que se passava numa colônia de férias tava longe de ser uma ideia original. A gente perde as contas de quantos filmes desse tipo foram lançados naquela época.
Vendo só por esse lado, não enxergamos nenhuma novidade em The Burning, lançado no Brasil com 2 nomes diferentes: quando passa na televisão, o filme é chamado de A Vingança de Cropsy; quando foi lançado em VHS, ele recebeu o título de Chamas da Morte.
Bom, como eu ia dizendo, não vemos nenhuma novidade nesse filme numa 1ª análise. Mas, comparando ele com outros slashers, vemos que não é bem assim: vários clichês comuns em outros filmes desse tipo não entraram aqui.
A Vingança de Cropsy já começa mostrando que é um filme de terror, com o vilão (sim: é esse que se chama Cropsy!rs) matando violentamente uma prostituta num ataque de fúria não muito tempo depois do início do filme. Mas, depois disso, nenhuma outra cena aterrorizante à vista pelo menos pela meia hora seguinte. Nessa parte, apesar de não perder o ar de suspense, o filme fica igual a qualquer filmezinho de adolescentes norte-americanos dos anos 80: vemos lá o nerd que não tem amigos e acaba fazendo besteira pra parecer legal pra galera, os garotos legais que acolhem o nerd e oferecem amizade sincera a ele, o garoto brigão que apurrinha o nerd pra se exibir pras garotas que tão vendo, a garota virgem que tá doida pra dar e que sempre desiste no último minuto, 3 ou 4 piadinhas bobas...
Pode se dizer que o terror só volta na 2ª metade do filme... E volta com tudo! Na cena mais famosa do filme, o Cropsy chega a massacrar 5 personagens ao mesmo tempo, sendo que é raro num slasher que morra mais de 1 personagem em cada cena, né?
Mas, apesar de ele matar MUITA gente em cenas de provocar pesadelos, pelo menos metade dos personagens do grupo dos heróis vão escapar sãos e salvos. Então, se engana quem pensa que só a mocinha mais boazinha do grupo é que vai se salvar. E menos ainda é ela que vai matar o vilão no final. Esse é outro clichê que não usaram aqui.
Também não vemos na Vingança de Cropsy nenhuma parte paradona e sem ação: tem aventura durante o filme todo.
Outra coisa curiosa nesse filme é que ele tem uma cena que é praticamente igual a uma cena que se passa em Sexta-Feira 13 – parte 2 (1981)...
De noite, quando todo mundo tá reunido ao redor da fogueira, um dos zeladores da colônia de férias conta uma história relacionada ao vilão. Mas é interrompido por uma figura monstruosa que salta da escuridão de repente e dá a entender que vai matar todo mundo ali!
Mas, segundos depois, vemos que era só um dos garotos do grupo com uma máscara de monstro, ‘brincando’ com a galera.
Depois de ver essa mesma cena nos 2 filmes, alguém já pergunta logo:
“A Vingança de Cropsy plagiou Sexta-Feira 13 – parte 2?”
Ou:
“Sexta-Feira 13 – parte 2 plagiou A Vingança de Cropsy?”
Pois é. Não sabemos e provavelmente nunca vamos saber, simplesmente porque esses 2 filmes foram gravados ao mesmo tempo (na 2ª metade de 1980). Então, se é que houve um plágio, não dá pra saber quem plagiou quem.
E o que é a tal da vingança que o Cropsy quer fazer?
Acontece que, em 1976, ele era o zelador da Colônia de Férias de Blackfoot. E teve uma noite em que 5 garotos incendiaram ele acidentalmente, quando tentavam dar um susto nele.
E depois de passar 5 anos internado num hospital pra se tratar das queimaduras e mutilações que sofreu, o Cropsy vai atrás de 1 deles pra se vingar...
Aliás, a gente fica sem entender por quê ele foi atrás de 1 garoto só. Não foram 5 que tacaram fogo nele? E esse que ele persegue nem era o líder do grupo, que teve a ideia de fazer a brincadeira que incendiou ele.
Essa parte realmente ficou meio sem sentido.
Mais informações sobre A Vingança de Cropsy? Lá vai:
E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Sexta-Feira 13 – parte 2.
Até a próxima!
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