sexta-feira, 5 de julho de 2019

CALÍGULA

títulos originais: Caligola / Caligula
título brasileiro: Calígula
ano de lançamento: 1979
países: Estados Unidos / Itália
elenco principal: John Gielgud, Malcolm McDowell, Peter O’Toole
direção: Bob Guccione, Giancarlo Lui e Tinto Brass
roteiro: Bob Guccione, Giancarlo Lui e Gore Vidal

“Filme pornô de luxo.”

“Filme pornô chique.”

“Filme pornô pra intelectuais.”

É. Calígula já foi chamado de tudo isso. E não podemos negar que é mesmo um filme pornô, pois contém cenas reais de sexo no início, no meio e no fim do seu desenrolar.
Só que não era bem isso que era pra ser no início...
Depois que Calígula estreou, a atriz Anneka di Lorenzo (hoje já falecida) processou a direção do filme, por terem feito ela participar de um filme pornô sem ela saber: de acordo com a atriz, as cenas reais de sexo só foram feitas depois que o resto do filme já tava pronto. E várias outras fontes parecem confirmar o que ela disse, mostrando que a maior parte do elenco convencional nem sabia que as cenas pornô seriam feitas e anexadas ao filme.
Diga-se de passagem, são cenas reais de sexo de TODOS os tipos possíveis: cenas héteros, cenas gays e cenas lésbicas.
Dizem que o motivo disso foi o seguinte: o produtor de Calígula era o Bob Guccione, que achou que o filme tava ‘suave’ demais, ia acabar passando batido, e aí ele decidiu botar cenas mais polêmicas no filme pra ele chamar mais atenção. E como ele era o dono da Revista Penthouse, ele chamou alguns atores e atrizes pornô que trabalhavam pra ele e aí gravou essas cenas com sexo de verdade e acrescentou isso à edição final do filme. E o Malcolm McDowell e o Peter O’Toole foram os únicos atores do elenco convencional avisados disso com antecipação.
Cenas de sexo simulado também aparecem com frequência entre o elenco convencional. E homens pelados e mulheres peladas (inclusive em cenas sem teor sexual) também podem ser vistos ao longo do filme todo.
Polêmicas à parte, o que Calígula faz é contar, de forma muito fantasiosa, os últimos dias de reinado do Imperador Tiberius I e depois o reinado todo do Imperador Calígula (respectivamente, o 2º e o 3º imperadores do Império Romano).
Mas a tecnologia avançada que é atribuída à época (lembrando que a história se passa no século I), os exageros com que os cenários são mostrados e a forma caricata como a personalidade dos personagens é retratada, acabam transformando Calígula numa simples comédia de humor cáustico, regada a cenas de nudez e sexo. Tem lá umas 3 ou 4 cenas que tentam reproduzir acontecimentos reais, mas o resto do filme é fantasia... Ou pornografia, se vocês preferirem dizer assim, né?rsrs
Se é isso que você tá procurando, divirta-se. Mas se você tá atrás de um filme épico, que procura retratar fielmente o Império Romano, não é isso que você vai encontrar aqui.
Quanto ao protagonista e personagem-título do filme, pelo menos 90% das maldades que ele comete tão associadas a... vamos dizer assim, pênis, vaginas e ânus, pra usar termos suaves. Ou, no mínimo, tem uma mulher pelada e/ou um homem pelado fazendo parte da cena.
Simplificando: o Calígula é retratado como um tarado louco, gratuitamente mau e com muito poder político nas mãos.
Mais informações sobre o filme? Lá vai:


Até a próxima!

3 comentários:

Hugo disse...

Apenas complemento que o diretor Tinto Brass era especialista em filmes eróticos, estilo porno soft. E aparentemente o próprio Brass se negou a filmar as cenas explícitas. Bob Guccione filmou por conta e obrigou o montador a inserir estas cenas no longa.

É um filme que chama muito mais a atenção pelas polêmicas do que pela qualidade.

Abraço

pedro lopes - portugal e um povo lixo e fraca e nao trabalhos disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Leo Rib disse...

Pois é.
É por isso que quase nenhum ator do elenco convencional aparece nas cenas de sexo de verdade. Só o Malcolm McDowell e o Peter O’Toole, que, como eu disse, foram os únicos informados da situação.
Abraço também!