quarta-feira, 14 de novembro de 2018

A GÓRGONA

título original: The Gorgon
título brasileiro: A Górgona
ano de lançamento: 1964
país: Inglaterra
elenco principal: Barbara Shelley, Peter Cushing, Richard Pasco
direção: Terence Fisher
roteiro: J. Llewellyn Devine (autor do texto original) e John Gilling

Numa era ancestral da História, a Grécia era habitada por monstros conhecidos como górgonas. E quem olhava de frente pra elas se transformava em pedra.
Quando todas as demais górgonas foram mortas, a única sobrevivente fugiu pra uma região da Europa Central, onde encontrou uma floresta em que passou o resto da vida se escondendo...
Milênios depois, nessa mesma floresta, foi construído o Castelo de Borski, que pouco depois foi abandonado por seus moradores. E a algumas dezenas de metros do castelo, foi construída a vila de Vandorf.
No início do século XX, nas noites de lua cheia, os habitantes de Vandorf começaram a ouvir o fantasmagórico som de uma mulher cantando vindo do castelo abandonado. E os poucos que se atreviam a ir até lá pra ver do que se tratava nunca mais eram vistos com vida. Mas seus cadáveres eram sempre encontrados no dia seguinte... transformados em pedra!

Bom, temos aqui um filme de terror gótico que foi abrilhantado pela presença dos atores Peter Cushing e Christopher Lee (esse último aparece bem pouco no filme, mas é o personagem dele que resolve o problema principal da história na última cena). E que parece ser a versão cinematográfica de um conto deixado por um escritor chamado J. Llewellyn Devine. Mas as informações disponíveis sobre isso são muito vagas.
Apesar de ser um filme gótico (e portanto, com um ritmo mais lento), A Górgona consegue ter algumas cenas simples de aventura. Mas eu disse SIMPLES, hein! Não se animem muito nesse sentido.rs
É bom lembrar que o filme não retrata nenhum mito grego original, pois a górgona mostrada aqui, chamada Megera, nem existe na Mitologia Grega.
Ela não é uma vilã que se comporta com muita ação... A única forma de ataque dela é esperar que uma pessoa olhe diretamente no rosto dela, pra ter o efeito que a gente já sabe. E às vezes, ela usa um canto do mesmo tipo do das sereias pra atrair as vítimas até perto dela (sim: já fica claro desde o início do filme que esse é o tal canto que os moradores da vila escutam vindo do castelo rs).
O máximo que a Megera se mexe é quando ela vaga pelos arredores do Castelo de Borski, procurando novas vítimas.
E embora ela seja a vilã principal, o médico Namaroff exerce explicitamente a função de vilão secundário, enchendo o saco do casal de protagonistas do filme do início ao fim.
A Górgona também é um filme creditado em alguns sites como o 1º filme de terror a usar um monstro feminino como vilã principal... Até pouco tempo atrás, eu também pensava que era. Mas, pesquisando por aí, descobri que o mais antigo de todos, pelo menos que tenha registro, é A Filha de Drácula (1936). A confusão se deve ao fato da Górgona ser o 1º filme de terror da Hammer Film Productions a usar um monstro feminino como vilã principal. Mas aí é falando especificamente dos filmes da Hammer.
E pra encerrar, vamos lembrar que outros filmes do Terence Fisher que eu já indiquei aqui foram A Maldição de Frankenstein (1957) e A Noite do Lobisomem (1961).
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre A Górgona:


E dê uma clicada aí do lado em ‘produções inglesas’ que você acha posts sobre A Maldição de Frankenstein e A Noite do Lobisomem.
Até a próxima!

3 comentários:

Rodrigo Mendes disse...

Olá Leo.

Gosto do filme, aliás, tenho predileção por essas produções da Hammer das décadas de 50, 60 e 70. Comprei um box com esses filmes citados. A Górgona é uma das fitas mais curiosas do Terence Fisher. Também gosto de "Fanatismo Macabro", de 1965 dirigido por Silvio Narizzano, "O Beijo do Vampiro" (1963), de Don Sharp, "Maniac" (também de 63), de Michael Carreras e principalmente a versão de A MÚMIA, de 1959, um dos mais emblemáticos do Fisher com Peter Cushing e Christopher Lee, a dupla mais querida do estúdio.

Abraço.

Marcelo Castro Moraes disse...

Na época que estava garimpando esses filmes da Hammmer eu achei esse o mais ousado principalmente pelo seu final corajoso. Visite o meu blog de cinema. https://cinemacemanosluz.blogspot.com/2018/11/cinematv-animacao-brasileira-100-filmes.html

Leo Rib disse...

Rodrigo→ O 1º filme que eu conheci dele foi A Górgona mesmo.
A Maldição de Frankenstein eu só vi muitos anos depois, quando passou de madrugada na televisão. E A Noite do Lobisomem eu já tinha ouvido falar há muitos anos, mas só consegui ver propriamente o filme na Internet mesmo.
Abraço também!

Marcelo→ Esse filme é o que se pode chamar de tragédia: na última cena, nenhum personagem tem final feliz.